sábado, 23 de março de 2024

Vitamina popular é associada ao aumento de doenças cardíacas

Até na hora de manter uma alimentação saudável é preciso tomar cuidado. Tudo em excesso pode fazer mal — como é o caso da niacina, uma vitamina B essencial, também conhecida como vitamina B3, recentemente associada ao aumento do risco de doenças cardíacas.

Nova pesquisa publicada na Nature Medicine mostra que altos níveis dessa vitamina podem ser prejudiciais à saúde.

Uma forte associação entre níveis elevados da vitamina e o risco de desenvolver ataque cardíaco, acidente vascular cerebral ou outro evento cardíaco perigoso foi constatada no ensaio.

O estudo também revelou que o excesso de niacina pode afetar diretamente a saúde cardiovascular, desencadeando inflamação vascular, o que pode causar espessamento das paredes dos vasos sanguíneos, restringindo o fluxo sanguíneo e gerando danos em tecidos e órgãos.

De acordo com os pesquisadores, as pessoas devem tomar suplementos de niacina apenas em caso de necessidade médica.

•        Niacina na alimentação

A vitamina B essencial é encontrada em alimentos como carnes, aves, pães e cereais fortificados e bananas.

O objetivo do estudo é estimular a conversa sobre a niacina ser eliminada de certos alimentos fortificados, como farinha e cereais.

“A principal conclusão não é que devemos cortar toda a ingestão de niacina – essa não é uma abordagem realista ou saudável.

A niacina é uma vitamina essencial para a nossa saúde, mas uma quantidade excessiva parece ser uma preocupação”, disse Stanley Hazen à Health.

 

       Saiba quando fazer a última refeição para evitar doenças cardíacas

 

Com a agenda lotada de tarefas, é comum negligenciar a alimentação e comer em horários não recomendados. Apesar de ser algo rotineiro, jantar muito tarde prejudica a saúde do organismo e pode desencadear doenças mais sérias.

De acordo um novo estudo do boletim informativo Nature Briefing, refeições tardias podem estar ligadas a problemas no coração. “O horário das refeições regula os relógios biológicos que estão envolvidos em várias funções circadianas, como regulação da pressão arterial, metabolismo e secreção hormonal”, disse Bernard Srour, professor de epidemiologia e co- autor do estudo ao site Good Housekeeping.

Para entender se existe ligação entre o horário de comer, a quantidade de comida e as doenças do coração, a pesquisa analisou os hábitos de mais de 103 mil adultos. Os resultados mostraram que fazer a primeira refeição depois das 9h e a última depois das 21h provoca maiores riscos de problemas cardiovasculares, principalmente entre mulheres.

Apesar dos resultados das pessoas que começavam as refeições antes das 8h e terminavam antes das 20h terem sido melhores, os pesquisadores ponderam que são necessários mais estudos para terem mais conclusões sobre a ligação entre os padrões de alimentação e a saúde do coração. “Nosso estudo mostra que pode ser benéfico comer de manhã cedo e parar no início da noite para garantir uma duração noturna suficientemente longa”, disse Srour.

Pessoas habituadas a comerem tarde não devem dormir com fome, mas precisam estar atentas para a quantidade e a qualidade dos alimentos ingeridos. Além de observar as refeições, também é importante investigar se as refeições tardias são por fome ou estão relacionadas ao cansaço, ansiedade, tédio e hábitos.

Getty Images/gorodenkoff

Ainda conforme informações do Good Housekeeping, é melhor optar por comidas saudáveis e refeições menores, como frutas, pipoca, palitos de queijo, cereais, iogurtes, vegetais e castanhas. Alimentos processados, como sorvete, biscoitos e frituras, devem ser evitados.

Além de escolher as melhores opções de comida, também é importante trocar bebidas com açúcar e cafeína — café, chás cafeinados, energéticos e refrigerantes — por bebidas que não interfiram na qualidade do sono, como água saborizada, água com gás e chás sem cafeína.

Como a qualidade do sono está muito associada a doenças cardiovasculares, é crucial planejar o horário das refeições e também evitar estímulos e ruídos durante o período de descanso.

 

       Overdose de vitaminas: entenda quando suplementos ameaçam a saúde

 

Por não serem enquadrados como remédios, os suplementos alimentares e as vitaminas são vendidos sem receita médica. E, não é incomum que as pessoas passem a consumi-los sem qualquer orientação específica, apenas porque viram um anúncio na internet, um amigo indicou ou funcionou para o caso do vizinho.

O problema aparece quando a pessoa exagera na dose ou toma algo que não é adequado para as suas necessidades. Em situações assim, o que era para ser benéfico pode fazer mal à saúde. No final de fevereiro, chamou atenção a morte de um idoso por hipercalcemia (excesso de cálcio no sangue) causado pelo consumo exagerado de vitamina D. Consumir vitaminas e minerais sem a necessidade pode levar a disfunções no fígado, nos rins e até à morte.

A endocrinologista Marise Lazaretti Castro alerta que o maior risco está em fazer compras sem a orientação de profissionais de saúde. “Muitas pessoas escolhem polivitamínicos generalistas para suplementar uma falta identificada em exames. Para suplementar vitamina D, por exemplo, acabam tendo excesso de vitamina A”, exemplifica a professora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

•        Quais são os sinais de excesso?

Os sintomas mais comuns da intoxicação por vitaminas e suplementos são desconforto intestinal, vômitos e fadiga.

O excesso de vitaminas do complexo B também pode levar a formigamento e coceiras na pele, além do aumento da pressão arterial.

O exagero de vitamina C pode gerar cálculos urinários, sobrecarregando os rins. Em casos assim, a ardência ao fazer xixi é um dos primeiros sintomas. Já o excesso de vitamina D, leva a alterações no metabolismo do cálcio.

•        O que fazer quando surgem sintomas?

Os especialistas recomendam que, quando há desconforto, o uso dos suplementos seja interrompido imediatamente. O médico deve ser procurado imediatamente para avaliar se o quadro é consequência de uma superdosagem de vitaminas.

“Não é apropriado atribuir automaticamente ao suplemento a origem do problema, Temos que fazer uma análise mais aprofundada”, explica o toxicologista Alvaro Pulchinelli, presidente da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial (SBPC/ML).

Exames laboratoriais simples de urina e de sangue podem indicar se houve excesso de ingestão.

•        Quais são os suplementos mais preocupantes?

Qualquer substância ingerida em excesso pode ser prejudicial ao organismo, até mesmo a água, portanto todos os suplementos são potencialmente nocivos.

Os suplementos que os especialistas indicam para ter maior cuidado são os de vitamina D e vitamina C, já citados aqui, e os de zinco e cálcio, que podem levar a desconfortos gastrointestinais.

 

Fonte: Metrópoles

 

 

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