Porque o catolicismo é tão desprezado pelos
protestantes, muito mais que outras religiões?
Porque o
protestantismo nasceu de uma cisão do catolicismo e ficaram mágoas eternas. O
protestante entendia que o católico era o inimigo a ser vencido. Por último o
que realmente incomoda: o catolicismo AINDA é uma religião poderosa, mais que o
protestantismo. O protestantismo, por sua vez, dividiu-se em dezenas de
denominações como Batista, Metodista, Luterana, Adventista, Presbiteriana,
Pentecostal, etc. porque todos queriam seu naco de poder.
No Brasil estamos
vendo a mesma coisa com os NEO-PENTECOSTAIS. Observem como avançaram as
igrejecas brasileiras. Tudo começou para valer com a Universal, que tornou-se
muito poderosa e RICA. O RR Soares brigou com o Edir Macedo e fundou a
Internacional da Graça de Deus e ficou RICO. Daí saiu da Universal o Valdomiro
que fundou a Internacional do Poder de Deus e também ficou RICO. O Agenor Duque
também veio da Universal (?) vestiu o "saco de estopa" para dizer que
é "humilde" e fundou a Igreja Apostólica Plenitude do Trono de Deus,
e está ficando RICO. E mais todas essas igrejequinhas que vemos em cada bairro
das cidades brasileiras, fundadas por "pastores" que aprenderam o
"ofício" de ficar RICOS nas outras igrejas maiores e querem também o
seu quinhão dessa riqueza disponível. Todas a caminho da riqueza, do
estelionato e da malandragem.
• O que mais te chateia nos evangélicos?
São hipócritas, odeiam
os católicos, seguem a teologia da prosperidade de Levítico em vez do evangelho
da pobreza material de São Lucas, entregam o dízimo obrigatório num envelope
com o nome do contribuinte, envolveram-se na lavagem de dinheiro das drogas
traficantes e políticos corruptos, inventaram que fazendo um acordo monetário
com o pastor ungido enriquecerão os fiéis, o que na prática acaba por ser uma
mentira; Se um crente atrasa o pagamento do dízimo, ele toma isso como uma
dívida e toma carros, casas e terras dele por conta dessa dívida.
Eles acreditam na fé
sem obras, o que contradiz o evangelho de São Mateus. Eles acreditam no
arrebatamento, que confundem com o arrebatamento que ocorrerá na segunda vinda
de Cristo, mas o que eles acreditam sobre o arrebatamento não é bíblico pois
pensam que ocorrerá antes da grande tribulação, alguns dizem que antes dos mil
anos, outros depois, mas será antes da tribulação, na realidade a Bíblia é
clara que os eleitos sofrerão a tribulação e que os covardes não herdarão o
reino dos céus. Praticamente oferecem aos covardes que não sofram em troca de
dízimos e pactos com falsos profetas cristãos.
Eles acreditam no
dispensacionalismo, que indica que supostamente existem dois povos de Deus, a
Igreja e o povo de Israel, o que contradiz a carta de São Paulo aos Romanos,
que indica que existe apenas um povo de Deus, que é a Igreja. os judeus não
acreditavam em Jesus. O dispensacionalismo indica que o povo de Israel sofrerá
a tribulação, enquanto a igreja evangélica será arrebatada pelo céu em corpo e
alma, algo que não aparece na Bíblia, para não sofrer a grande tribulação.
Nas traduções
inglesas, um termo ridículo chamado semanas de ano foi introduzido no livro de
Daniel, mas na realidade as palavras “de anos” não aparecem nas línguas
originais, grego, latim e hebraico, nem nas Bíblias em espanhol, então não
passa de um erro. O problema é que inventaram uma história falsa, na qual
indicam que o templo de Jerusalém foi construído no ano 480 AC, mas a realidade
é que foi construído no ano 515 AC, sob o reinado de Dario da Pérsia, então o
que não é consistente com a realidade. Indicam também que faltavam sete anos
para os 480 anos e que isso corresponde à grande tribulação, da qual misturam
essa falsa doutrina com o dispensacionalismo e o falso arrebatamento
evangélico.
Eles pegam as leis do
Antigo Testamento que lhes convêm e ignoram as que não lhes convêm, com o
objetivo de ameaçar os fiéis com o inferno se não entregarem o dízimo.
Eles usam o livro do profeta
Malaquias para ameaçar os fiéis de que deveriam dar o dízimo ao pastor, quando
na realidade Malaquias estava ameaçando os pastores de que deveriam dar o
dízimo aos pobres e não se apropriar dele para si. O dízimo sempre foi alimento
para os pobres e nunca foi dado em dinheiro. Os judeus não pagam mais o dízimo
desde que os romanos destruíram o templo em Jerusalém em 70 DC.
Por que os crentes usam argumentos ruins
e falácias lógicas quando se pede que provas para a existência de Deus?
A teologia tem uma
característica única como ciência, que é uma pequena inversão de método.
Nas ciências genuínas,
primeiro se formula uma hipótese, depois é feito um experimento, depois uma
discussão tentando explicar os resultados dos experimentos, e depois uma
conclusão sobre a veracidade da hipótese. Na teologia cristã, a ordem é:
conclusão, experimento, e discussão. Por exemplo, no caso que você mencionou,
primeiro se assume que Deus existe (conclusão), depois eles pegam toda a
história registrada até então como um experimento, e a discussão é feita por
afirmações não-testáveis (e, portanto, não-refutáveis) na linha contrapositiva:
"se Deus não existisse, a história teria sido diferente". Isso porque
na teologia o objetivo não é discutir se Deus existe ou não, mas sim discutir
as implicações da sua existência. As tentativas de provar de que Deus existe
são feitas para os descrentes, e não para os crentes, já que os crentes se
convencem por experiências pessoais que não têm nada a ver com lógica. E o
objetivo dessas tentativas não é, e nunca foi, provar que Deus de fato existe,
mas sim convencer os descrentes de que não é tão absurdo assim crer que ele
existe. Aí, o que acontece é que esse tipo de estrutura argumentativa baseada
em coletar argumentos que suportam uma conclusão prévia é bem aceita no meio
crente, mas não é aceita em outras comunidades científicas. Por isso você acha
os argumentos ruins. Os descrentes vêem a existência de Deus como uma hipótese,
e o que eles querem é um experimento a posteriori que sustente a hipótese, para
só então chegar a uma conclusão. Mas isso provavelmente nunca vai rolar, e um
descrente nunca será convertido por meio de argumentação.
Além disso, essa
estrutura de concluir primeiro pra depois discutir, dá origem a algumas coisas
meio estranhas. Por exemplo, existem algumas linhas de argumentação na teologia
que só funcionam dentro da teologia. E ainda existem argumentos que só valem para
discussões específicas.
Vou dar um exemplo um
pouco mais concreto: um argumento que fundamenta muita coisa no meio crente é
que o poder e a riqueza vêm de Deus. Em Ageu: "Minha é a prata, e meu é o
ouro, diz o Senhor dos Exércitos". No evangelho de João, Jesus diz a Pilatos:
"Nenhum poder terias contra mim, se de cima não te fosse dado". A
primeira passagem às vezes é usada para justificar o dízimo, já que foi Deus
quem deu o dinheiro para a pessoa, logo é justo que ele o peça de volta. A
segunda costuma ser usada para dizer que Deus está acima da lei, e do poder
humano, já que se alguém tem algum poder na terra, é só por permissão de Deus.
São bons argumentos, Inclusive. Porém, eles também podem ser usados pra
justificar o roubo! Afinal, se você tem dinheiro, foi Deus quem te deu, e se eu
tenho o poder de tirar esse dinheiro de você, também foi Deus quem me deu esse
poder. Portanto, a única conclusão possível é que Deus na verdade quis dar o
dinheiro para mim, mas por intermédio de você! E você ainda tem que se sentir
honrado por ter sido usado por Deus para realizar a nobre tarefa de me entregar
um presente dos céus. É claro que existem outras passagens na Bíblia que
proíbem o roubo, mas o meu ponto é que se o argumento vale numa situação, então
ele também tem que valer na outra. Pelo menos para a filosofia padrão teria que
ser assim, mas para a filosofia crente a conclusão vem antes, e o que importa é
que o raciocínio permita que essa conclusão previamente estabelecida seja
válida. Em outras palavras: se confirma o que eu acredito, é um argumento
válido; senão, não. Existem vários outros exemplos.
Em geral, é só uma
questão de estilo de raciocínio. Nada garante que o método padrão filosófico e
científico é "mais correto" ou "mais errado" que o método
teológico. Crentes são, por definição, aqueles que aceitam o raciocínio teológico
como válido. Ateus e agnósticos são os adeptos do estilo de raciocínio padrão.
Eu, pessoalmente, sou adepto do raciocínio padrão, nasci ateu, mas tentei me
adaptar ao estilo de raciocínio crente por 7 anos (dos 19 aos 26). No fim das
contas, falhei, mas ao contrário da maior parte dos ateus, por entender o meio
crente, eu não ponho o raciocínio padrão acima do raciocínio teológico. São, no
mínimo, vertentes paralelas e, de certa forma, incomparáveis.
Fonte: Quora
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