sábado, 2 de setembro de 2023

Brasil pode usar cooperação com Índia para modernizar defesa com sistemas de mísseis e artilharia

O jornal Financial Express ressaltou que a busca do Brasil por capacidades militares avançadas teve um progresso significativo após o país demonstrar interesse pelos equipamentos da Índia.

De acordo com a mídia, o comandante do Exército brasileiro, general Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva, realizou na quinta-feira (31) uma visita estratégica às instalações da Bharat Eletronics, em Bangalore.

A visita confirmou o interesse do Brasil em adquirir os sistemas de mísseis terra-ar Akash de última geração, bem como em armas e equipamentos fabricados pela Índia.

A colaboração entre os dois países marca um novo nível no reforço das capacidades de defesa do Brasil.

Citando fontes diplomáticas, a mídia relata que a visita brasileira foi fruto das intenções de o país reforçar sua infraestrutura militar, e que, além do interesse pelo sistema de mísseis Akash, os brasileiros também estariam interessados nos obuseiros de 155 milímetros e no desenvolvimento de um sistema de artilharia autopropulsado sobre rodas.

O sistema de defesa antiaérea Akash, desenvolvido pela Índia, foi projetado para neutralizar ameaças provenientes de diversas altitudes e condições climáticas, com elevada flexibilidade tática devido à compatibilidade com veículos de alta mobilidade.

<><> Brasil se torna 1º país a exportar carne de frango para o mercado israelense

Israel é um dos maiores consumidores de frango do mundo, e abertura do mercado traz grande oportunidade para o Brasil, país líder em exportações do produto.

O Brasil se tornou nesta sexta-feira (1º) o primeiro país do mundo a exportar carne de frango para o mercado israelense.

Segundo comunicado do Ministério da Agricultura e Pecuária, desde o início da semana representantes da pasta estão em Israel para traçar um plano detalhado das exportações. Eles mantiveram reuniões com autoridades sanitárias locais e visitaram estabelecimentos voltados à produção de frango kosher para coletar informações sobre o processo de produção. O termo "kosher" é utilizado para designar a forma correta de abate e produção, adequada aos preceitos do judaísmo. Segundo o comunicado, as exportadoras brasileiras de carne de frango para Israel devem aderir ao processo.

A abertura do mercado israelense ao frango brasileiro é anunciada como um atestado do nível de credibilidade e confiança do sistema agropecuário brasileiro. Israel é um dos maiores consumidores mundiais per capita de carne de frango e tem uma grande demanda por cortes como peito e shawarma (fatias finas para consumo assado).

A alta demanda israelense é oportuna para a economia brasileira, uma vez que o Brasil é o maior exportador de carne de frango do mundo. Segundo dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), as exportações brasileiras de carne de frango totalizaram 2,629 milhões de toneladas no primeiro semestre de 2023. A cifra é 8,5% superior às vendas internacionais realizadas no mesmo período de 2022, que somaram 2,423 milhões de toneladas. A receita acumulada com a venda de frango no primeiro semestre deste ano chegou a US$ 5,168 bilhões (cerca de R$ 25,5 bilhões), 9,3% acima do registrado no mesmo período do ano anterior.

Em nota, a ABPA celebrou o comunicado do Ministério da Agricultura. "Há boas expectativas quanto ao fluxo de exportações para este mercado, que projeta um aumento na necessidade de consolidação de parceiros para complementar a oferta local de produtos, para o fornecimento em um segmento específico, o kosher. É mais uma conquista relevante sob a liderança do ministro Carlos Fávaro, ampliando a presença internacional da carne de frango do Brasil", escreveu o presidente da associação, Ricardo Santin.

 

Ø  China investe alto no Brasil para liderar indústria de veículos elétricos na América do Sul

 

A gigante automotiva chinesa BYD anunciou a instalação de uma fábrica no Brasil para o desenvolvimento de veículos elétricos para o mercado sul-americano.

Em entrevista à Sputnik, o analista Germán Mangione afirma que a China levará a inovação, enquanto a região fornecerá o lítio.

A empresa Build Your Dreams (BYD) anunciou a abertura de três fábricas para a produção de veículos elétricos e híbridos em Camaçari, no estado da Bahia.

A gigante da indústria automotiva chinesa pretende liderar a indústria da "mobilidade sustentável", investindo R$ 3 bilhões.

As fábricas produzirão chassis para ônibus e caminhões elétricos, bem como veículos híbridos e elétricos, com uma capacidade de produção de 150 mil unidades anuais.

Uma das unidades será dedicada à transformação de lítio e fosfato de ferro para a fabricação de baterias, cujas operações devem ser iniciadas no segundo semestre de 2024.

"A BYD já é uma das maiores fabricantes de veículos elétricos do mundo, junto a Tesla. Sua chegada ao Brasil vai consolidar a empresa como uma das mais importantes da América do Sul", explicou o jornalista argentino e diretor do Observatório de Atividade dos Capitais chineses na Argentina e América Latina, Germán Mangione.

O especialista indicou que somente 2,5% dos veículos vendidos no Brasil são híbridos ou elétricos.

"Em 2030, a tecnologia poderá representar apenas 7% das vendas de veículos leves. Pensando na média mundial de 37%, ainda é um mercado pequeno", ressaltou.

Mangione também observou que com o investimento, a empresa chinesa indica que vai transferir cada vez mais a tecnologia instalando fábricas da América do Sul, quando "dominadas as tecnologias básicas, como as baterias, motores elétricos, controladores eletrônicos e semicondutores a nível automotivo".

A região conta com o triângulo do lítio, onde Argentina, Bolívia e Chile abrigam 56% das reservas deste metal, peça-chave para as baterias elétricas e mobilidade elétrica.

"Devemos pensar nas vantagens comparativas que a China encontra na América Latina desde essa perspectiva da cadeia integral, e não a partir do mercado interno. [...] Os recursos naturais estão em nossos territórios e há infraestrutura para extraí-los e exportá-los. O custo do trabalho caiu, enquanto aumentou na China. Sendo assim, é conveniente se instalar aqui", adicionou.

Mangione também reconheceu que a nova posição de liderança regional do Brasil e sua diplomacia em destaque no BRICS ajuda a trazer estes tipos de investimentos chineses à região.

"Seguramente, no equilíbrio geopolítico deste novo 'multilateralismo de dois blocos', a China tinha preferência por impulsionar seus investimentos e projetos nos países mais próximos. Porém, por outro lado, o governo de Xi Jinping demonstrou um forte pragmatismo a respeito, com as relações comerciais no comando", destacou.

 

Ø  Em movimento inesperado, Canadá suspende negociações de tratado comercial com a Índia

 

Governo canadense informou nesta sexta-feira (1º) que interrompeu as negociações sobre o tratado comercial, apenas três meses após os dois países terem afirmado que pretendiam selar um acordo inicial este ano.

Ottawa e Nova Deli têm se falado intermitentemente desde 2010 sobre um acordo de parceria económica abrangente. As negociações foram formalmente reiniciadas no ano passado, relata a Reuters.

"As negociações comerciais são processos longos e complexos e fizemos uma pausa para avaliar onde estamos", disse um funcionário do governo aos repórteres antes da viagem do primeiro-ministro Justin Trudeau a Nova Deli, na próxima semana.

Os dois países afirmaram em maio que pretendiam selar um acordo inicial ainda este ano para aumentar o comércio e expandir o investimento, estabelecendo ao mesmo tempo um mecanismo para lidar com disputas.

No mês passado, um alto funcionário do governo indiano disse que Nova Deli planejava realizar diálogos bilaterais de comércio livre com o Canadá e outras nações à margem da cúpula do G20 na próxima semana, evento que acontecerá na capital indiana e que Trudeau participará.

O enviado da Índia ao Canadá, Sanjay Kumar Verma, disse à imprensa canadense hoje (1º) que Ottawa havia buscado uma "pausa no último mês" para o acordo, mas não explicou por quê, escreve a mídia.

 

Ø  'Invasão' de robôs perde fôlego diante de economia americana mais fraca e taxas de juros elevadas

 

As empresas dos Estados Unidos reduziram drasticamente as encomendas de máquinas de alta tecnologia no segundo trimestre, de acordo com dados compilados pela Associação para o Avanço da Automação.

O abrandamento das encomendas começou no final do ano passado, quando o aumento das taxas de juros e o abrandamento do crescimento econômico reduziram o apetite por novos robôs, segundo a Associação para o Avanço da Automação, também conhecidа como A3, citada pela Reuters.

Nem mesmo uma "invasão" de robôs consegue vencer uma economia em abrandamento.

"Neste momento, nem sequer estamos pensando em comprar um robô", afirmou a diretora financeira da ICON Injection Molding, Nancy Kleitsch.

Assim como muitos fabricantes, a atividade da ICON, fabricante de componentes de plástico, disparou durante a pandemia de COVID-19, incluindo a demanda de seus tubos de plástico utilizados nos testes rápidos para coronavírus. Agora, no entanto, a procura de tubos e outros produtos da empresa caiu para níveis não vistos em pelo menos sete anos, acrescentou Kleitsch.

As fábricas e outras empresas industriais, incluindo armazéns de comércio eletrónico e empresas de testes médicos, encomendaram 7.697 robôs no segundo trimestre, uma descida de 37% em relação ao ano anterior. Isto seguiu-se a uma queda de 21% no primeiro trimestre e de 22% no quarto trimestre do ano passado.

Durante a pandemia, as vendas de robôs dispararam, à medida que os produtores se esforçavam por utilizar as máquinas para produzir bens extremamente necessários. De fato, mesmo com a recessão que ocorreu no final do ano passado, 2022 foi um ano recorde de encomendas, de acordo com a A3.

 

Ø  Empreiteira britânica BAE anuncia centro de produção de equipamento militar na Ucrânia

 

A empresa tem sido das principais fontes de ajuda militar a Kiev, e Zelensky declarou que "as melhores armas" devem ser produzidas na Ucrânia.

A empreiteira britânica BAE Systems está criando uma sucursal de produção na Ucrânia, noticiou na sexta-feira (1º) o jornal britânico The Guardian.

A BAE disse que trabalharia diretamente com Kiev de forma a explorar possíveis parceiros para um plano de produção de armas de artilharia leve de 105 mm na Ucrânia, e que assinou acordos com seu governo para ajudar a aumentar o fornecimento de armas e equipamentos.

"As melhores armas que estão atualmente ajudando nossos guerreiros a defender a Ucrânia devem ser produzidas na Ucrânia", disse Vladimir Zelensky, presidente ucraniano, após uma reunião com Charles Woodburn, CEO da empresa.

"O desenvolvimento de nossa própria produção de armas é uma prioridade máxima", acrescentou o líder ucraniano.

A BAE tem fabricado grande parte dos equipamentos militares que o Reino Unido forneceu à Ucrânia. O Reino Unido é um dos maiores fornecedores de defesa para a Ucrânia, e em maio se tornou o primeiro país a começar a fornecer a Kiev mísseis de cruzeiro de longo alcance.

A BAE já está fornecendo treinamento e serviços de reparação para as Forças Armadas da Ucrânia.

Zelensky disse em maio que Kiev e Londres estavam trabalhando na abertura de um escritório da BAE na Ucrânia.

 

Ø  Rússia não cooperará com Ocidente nas áreas das quais a sua segurança depende, diz Lavrov

 

A Rússia não vai cooperar com o Ocidente nas áreas das quais a sua segurança militar e política depende, afirmou o chanceler russo, Sergei Lavrov, nesta sexta-feira (1º).

Ele enfatizou que se "de repente, por algum comando incompreensível de cima", o Ocidente propuser à Rússia "retornar a contatos mais ou menos normais", Moscou pensará se vale a pena fazê-lo.

"Não nos envolveremos com o Ocidente nas áreas em que nossa segurança depende em todos os sentidos", disse Lavrov durante sua fala no Instituto Estatal de Relações Internacionais de Moscou.

Ao mesmo tempo, durante seu discurso, o chanceler russo declarou que a Rússia não deseja "enterrar" o dólar, são os próprios EUA que deixaram de manter o papel da sua moeda, outrora aceitável para todos.

Lavrov ressaltou que a Rússia desenvolverá relações com aqueles que estão "prontos para isso com base na igualdade e na busca de um equilíbrio honesto de interesses".

É exatamente neste sentido que a Organização do Tratado de Segurança Coletiva (OTSC), a Comunidade dos Estados Independentes (CEI), a União Econômica Eurasiática, o BRICS e a Organização para Cooperação de Xangai (OCX) trabalham, "com base no consenso, sem líderes e seguidores, sem professores e alunos", afirmou o MRE russo.

Por essa razão, a atratividade do BRICS e da OCX no cenário mundial está aumentando à medida que o Ocidente enfraquece cada vez mais as instituições de governança global.

"O Ocidente está minando seriamente as instituições de governança global. Esta é também uma das razões pelas quais mais e mais pessoas querem se juntar ao BRICS, à OCX e procurar soluções para os problemas econômicos e financeiros emergentes, ignorando quaisquer estruturas onde o Ocidente está presente. Este não é um processo rápido, mas a reflexão sobre isso está crescendo na comunidade mundial."

Além disso, o ministro das Relações Exteriores russo destacou que a formação de uma ordem mundial multipolar levará muito tempo, a política do Ocidente destinada a tentar barrar o curso da História levará apenas a mais situações de confronto para a comunidade mundial.

"A formação de uma ordem mundial multipolar levará um longo período, pode ser uma longa época histórica, mas o processo é objetivo e não pode ser interrompido."

Ele acrescentou que a política do Ocidente, que é "destinada a tentar frear o curso da história", só trará "confrontos adicionais, dificuldades adicionais para a comunidade mundial".

 

Fonte: Sputnik Brasil

 

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