UFRB, UFSB e mais dezessete universidades e
institutos federais marcam greve
Professores de
diversas universidades e institutos federais aprovaram greve reivindicando
reajuste salarial e equiparação dos benefícios dos servidores públicos federais
àqueles concedidos ao legislativo e judiciário, ainda em 2024. Os servidores
técnico-administrativos de pelo menos 30 institutos federais já estão em greve
há um mês.
Até o momento, são
pelo menos:
- 2 institutos
federais e 1 universidade em greve;
- 7 universidades em
estado de greve (podem entrar em greve a qualquer momento);
- 17 universidades e 2
institutos com greve marcada para 15/4;
- 3
deflagrações/indicativos de greve após 15/4;
- 5
indicativos/construções de greve aprovadas sem data de deflagração.
O País tem 69
universidades federais e 38 institutos federais.
As três instituições
de ensino ligadas ao Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino
Superior (Andes) que estão em greve são: o câmpus Rio Grande do Instituto
Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS), o Instituto
Federal do Sul de Minas Gerais (IF Sul de Minas) e a Universidade Federal do
Rio Grande (FURG). Confira a lista das demais universidades abaixo.
Os professores de
instituições federais pedem que o reajuste salarial seja de 22%, dividido em 3
parcelas iguais de 7,06% em maio de 2024, 2025 e 2026. Já os servidores-técnico
administrativos pedem por um reajuste maior, de 34%, também dividido em três parcelas
em 2024, 2025 e 2026.
Segundo o sindicato da
categoria, os porcentuais correspondem às perdas salariais desde o governo do
ex-presidente Michel Temer, em 2016, até dezembro de 2023, acrescidas das
projeções inflacionárias de 2024 e 2025.
A proposta do governo
é de que não haja reajuste salarial em 2024, mas tem como contraproposta o
aumento de benefícios e auxílios pagos aos funcionários públicos, sendo o
principal deles o auxílio-alimentação com 52% de aumento, de R$ 658 para R$
1.000.
Os valores do
auxílio-creche e do auxílio-saúde seriam reajustados, conforme proposta do
governo, em 51% para todos os servidores públicos federais ativos.
"Apenas o aumento
do auxílio-alimentação resultaria em ganho de renda de mais de 4,5% para mais
de 200 mil servidores ativos - que são os que ganham até R$ 9 mil
mensais", afirma o Ministério de Gestão e Inovação.
O governo chegou a
propor dois reajustes salariais de 4,5%, um em 2025 e outro em 2026, "que
somados aos 9% já concedidos (no ano passado), representariam recomposição
salarial de 19%, o que ficaria acima da inflação projetada para o
período", segundo informou a pasta.
A oferta dos dois
reajustes de 4,5% para os próximos anos foi rejeitada pelo sindicato, que quer
a recomposição salarial ainda em 2024.
Os servidores públicos
federais pedem pelo "revogaço", isto é, a revogação de uma série de
leis implementadas nos últimos governos, como as jornadas especiais de
trabalho, procedimentos administrativos diante de greve no serviço público, a
centralização no INSS das pensões e aposentadorias, e a contrarreforma da
previdência social.
Eles reivindicam ainda
por um compromisso de negociação prévia com a bancada sindical a respeito da
PEC da Reforma Administrativa, além da implementação dos acordos de
reestruturação das carreiras e a instalação dos acordos feitos em mesas de
carreiras (fóruns de discussão de pautas não financeiras).
"O governo se
comprometeu a implantar até julho todas as mesas específicas de carreiras que
ainda não foram abertas no âmbito da Mesa Nacional de Negociação Permanente.
Atualmente são 18 mesas de negociações específicas abertas. Dez mesas já
chegaram a acordos e oito estão em andamento", afirma o Ministério de
Gestão e Inovação.
Já o MEC afirmou que
"vem envidando todos os esforços para buscar alternativas de valorização
dos servidores da educação, atento ao diálogo franco e respeitoso com as
categorias" e que equipes da pasta vêm participando da mesa nacional de
negociação e das mesas específicas de técnicos e docentes instituídas pelo
Ministério de Gestão e Inovação, e da mesa setorial que trata de condições de
trabalho.
>>>
Veja a lista de universidades em que os professores estão ou podem entrar em
greve:
·
Em greve
Instituto Federal de
Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS) - campus Rio Grande;
Instituto Federal do
Sul de Minas Gerais (IFSULDEMINAS);
Universidade Federal
do Rio Grande (FURG).
·
Em estado de greve
Universidade Federal
de São João del-Rei (UFSJ);
Universidade Federal
do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO);
Universidade Federal
Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ);
Universidade Federal
de Santa Maria (UFSM);
Universidade Federal
do Pampa (Unipampa);
Universidade Federal
da Integração Latino-Americana (UNILA);
Universidade Federal
de Mato Grosso (UFMT).
·
Greve aprovada para
15/04
Universidade Federal
de Minas Gerais (UFMG);
Centro Federal de
Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG);
Instituto Federal do
Piauí (IFPI);
Universidade da
Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB);
Universidade Federal
de Brasília (UnB);
Universidade Federal
de Juiz de Fora (UFJF);
Universidade Federal
de Ouro Preto (UFOP);
Universidade Federal
de Pelotas (UFPel);
Universidade Federal
de Pernambuco (UFPE);
Universidade Federal
de Viçosa (UFV);
Universidade Federal
do Cariri (UFCA);
Universidade Federal
do Ceará (UFC);
Universidade Federal
do Espírito Santo (UFES);
Universidade Federal
do Maranhão (UFMA);
Universidade Federal
do Pará (UFPA);
Universidade Federal
do Paraná (UFPR);
Universidade Federal
do Sul da Bahia (UFSB);
Universidade Federal
do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa);
Universidade
Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR);
·
Com
deflagração/indicativo de greve após 15/04:
Centro Federal de
Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (CEFET-RJ);
Universidade Federal
de Uberlândia (UFU);
Universidade Federal
Rural da Amazônia (UFRA).
·
Com
indicativo/construção de greve aprovada sem data de deflagração
Universidade Federal
do Piauí (UFPI);
Universidade Federal
do Recôncavo da Bahia (UFRB);
Universidade Federal
Rural de Pernambuco (UFRPE);
Universidade Federal
da Paraíba (UFPB);
Universidade Federal
dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM).
Fonte: Agencia Estado
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