sábado, 2 de março de 2024

Cuidado! Alimentos comuns no mercado são mais viciantes que cigarro

Pode não parecer, mas os alimentos ultraprocessados, comuns no nosso dia a dia, podem ser fatais para a saúde.

Eles são considerados os mais prejudiciais quando consumidos em excesso, têm sido objeto de estudo no Brasil e em todo o mundo devido à sua associação com o surgimento de até 34 tipos diferentes de câncer.

O consumo desenfreado desses alimentos não é surpreendente, dada sua alta concentração de açúcares e ingredientes hiperpalatáveis. Quem nunca se viu tentado a comer apenas um biscoito e acabou devorando o pacote inteiro?

De fato, resistir a esse tipo de alimento é uma tarefa difícil, como indicam pesquisas. Uma análise abrangente de 281 estudos realizados em 36 países revelou que os alimentos ultraprocessados podem ser tão viciantes quanto o tabaco.

Eles podem levar até mesmo a sintomas de abstinência e casos mais graves, inclusive morte.

Esses alimentos são formulados com componentes que estimulam o cérebro a desejar mais, graças às altas doses de açúcares e gorduras saturadas.

É notável que alimentos naturais ricos em carboidratos, como batata e arroz, contêm pouca gordura, enquanto fontes de gorduras saudáveis, como abacate e nozes, contêm mínimos carboidratos.

Agora, imagine alimentos que combinam altos teores de gordura e carboidratos, adicionados de aditivos destinados a intensificar ainda mais o aroma, sabor e textura. É isso que está por trás dos excessos alimentares.

Diante desse panorama, aprimorar a rotulagem, regular o marketing e promover o acesso a alimentos in natura e diminuir os alimentos ultraprocessados são estratégias cruciais para a população.

•        Como driblar os alimentos ultraprocessados?

Evitar os alimentos ultraprocessados pode ser difícil, mas existem algumas dicas que funcionam.

Por exemplo, reserve um tempo para planejar suas refeições, algo para evitar comer os processados por conveniência. Ainda, ajuda a incluir variedades como legumes, frutas, grãos integrais, proteínas magras e laticínios com baixo teor de gordura.

E, claro, preparar suas refeições em casa permite controlar os ingredientes e evitar aditivos prejudiciais.

Além disso, ao ir ao supermercado, foque nas seções de alimentos frescos, evitando as áreas de alimentos ultraprocessados e embalados. Como diz o ditado, “longe dos olhos, longe do coração”.

Enquanto isso, ter uma consciência sobre as compras é algo essencial. Ao escolher produtos embalados, verifique os rótulos e opte por aqueles com ingredientes mínimos e conhecidos. Evite alimentos com uma longa lista de aditivos, conservantes e ingredientes artificiais.

Sempre que possível, opte por alimentos integrais. Mesmo aqueles que parecem comuns, como arroz, podem ser prejudiciais em grandes quantidades. Procure sempre pelos grãos.

No dia a dia, tente evitar fast food, que também se encaixa no conceito de alimentos ultraprocessados. E se for comer, procure porções menores do que o costume, para não exagerar.

•        Tenha cuidado com as informações

Por outro lado, apesar de ser importante conscientizar sobre os alimentos ultraprocessados, é fundamental ter equilíbrio.

Além de ter boas escolhas, também é essencial não cair no que é conhecido como “terrorismo nutricional”.

Essa prática costuma demonizar certos grupos alimentares, promovendo uma abordagem extremista que pode levar a sentimentos de culpa, ansiedade e até mesmo distúrbios alimentares.

Em vez disso, é importante cultivar uma relação saudável e compassiva com a comida, reconhecendo que a alimentação vai além de simplesmente nutrir o corpo.

Permitir-se comer algo processado ocasionalmente e desfrutar de alimentos que trazem prazer é parte integrante de uma alimentação equilibrada. Além disso, se privar pode tornar a dieta insustentável a longo prazo e levar a episódios de compulsão alimentar.

Em vez de adotar uma mentalidade de “tudo ou nada”, é mais benéfico concentrar-se em escolhas alimentares consistentemente saudáveis no dia a dia, enquanto ainda se permite flexibilidade e moderação.

Isso pode incluir desfrutar de uma sobremesa ocasional, compartilhar uma refeição ultraprocesada com amigos ou familiares e apreciar alimentos que significam algo.

Além disso, é importante lembrar que cada pessoa é única e tem necessidades e preferências individuais quando se trata de alimentação. O que funciona para uma pessoa pode não funcionar para outra, e é fundamental respeitar essa diversidade.

O importante mesmo é ter uma alimentação saudável, livre de excessos, de maneira equilibrada, com moderação e, acima de tudo, consciência. Dessa forma, você não cairá em vícios e conseguirá aproveitar de tudo.

 

Fonte: Metrópoles

 

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