Deus seria bom ou mau, segundo o antigo
testamento?
Deus era, é e continua
sendo bom.
Quando Deus agiu no
Antigo Testamento Ele sempre o fez por motivos justos a começar pelo Dilúvio no
Gênesis quando a humanidade se corrompeu de tal maneira que é dito que desde o
menor até o maior entre os homens se tornaram violentos. Deus não os exterminou
de imediato mas foi generoso ao enviar Noé para os advertir durante os 40 anos
em que esteve construindo a arca. Mas tendo sido incrédulos, tendo zombado de
Noé e não tendo se arrependido das suas maldades veio sobre eles a justa
sentença divina.
Quando Deus ordenou ao
extermínio de povos ímpios no Antigo Testamento ele não estava agindo contra
"reis bonzinhos" e "povos ingênuos" mas contra nações más
que sempre conspiraram contra o povo de Deus (Ex 17:8-9; Dt 25:16-19; Jz 3:13-15;
Jz 6:3-6; Jz 10:11-12; I Sm 14:47-48; I Sm 15:2-3; I Sm 30:18-19; Sl 83:3-7) e
que eram tão idólatras e perversas que sacrificavam seus próprios filhos aos
seus ídolos (Lv 18:21; Dt 18:10; II Rs 16:3; II Rs 17:17; II Rs 17:29-31; Ez
20:31; Ez 23:37; Sl 106:38).
Quem acusa Deus de ter
sido cruel e mal não leu a Bíblia direito pois o mesmo Antigo Testamento que
relata as guerras e as punições também evidencia o caráter misericordioso de
Deus quando, por exemplo, declarou a Abraão que se houvesse 50, 45, 30, 20 ou
pelo menos 10 homens justos em Sodoma a teria poupado da destruição (Gn
18:23-32), quando se compadeceu de Nínive após estes se arrependerem dos seus
pecados antes do prazo de 40 dias que Deus lhes houvera dado por Jonas (Jn
3:10), quando curou o general dos sírios de sua lepra através do profeta Eliseu
(II Re 5:5-15), quando permitiu que muitas nações ímpias vizinhas coexistissem
pacificamente com Israel refutando a alegação de que os hebreus matavam
qualquer um que viam pela frente (Jz 3:1-5), quando não puniu e nem ordenou que
Israel matasse aos edomitas por lhes negarem a passagem dentro dos limites de
Edom vindo os hebreus tão somente a desviar o caminho pacificamente (Nm
20:17-21), quando ensinou que a paz deveria ser a primeira opção ao invés da matança
na guerra (Dt 20:10-13), quando livrou a vida da prostituta Raabe durante a
investida hebréia contra sua cidade acolhendo-a entre os hebreus (Js 6:25).
O Antigo Testamento
também relata o caráter de Deus como sendo justo (Dt 32:4; Sl 7:9; Sl116:5; Is
45:21; Dn 9:14), misericordioso (Ex 20:6; Ex 22:27, Ex 34:6; Dt 4:31; Dt 5:10;
II Cr30:9; Nm 9:17; Jl2:13; Is 55:7), fiel (Dt 7:9; Sl 19:7; Is 49:7, Jm 42:5),
tardio em irar-se (Ex 34:6; Nm 9:17; Sl 145:8; Jl 2:13; Na 1:3) e que não faz
acepção de pessoas (Dt10:17; Dt 16:19; II Cr 19:7; Jó 34:19).
“Porque eu bem sei os
pensamentos que tenho a vosso respeito, diz o Senhor; pensamentos de paz, e não
de mal, para vos dar o fim que esperais.” (Jeremias 29:11)
E Jesus, agora nosso
advogado à direita de Deus disponível para justificar todo aquele que Nele crê,
também punirá os incrédulos quando, por ocasião da sua segunda vinda, ele vier
como Juiz para julgar todos os que não têm crido na sua Palavra (II Tessalonicenses
1:7–10).
• Conclusão:
Tal qual afirmam as
Escrituras em Tiago 1:17, não há mudança no caráter de Deus e nem sombra de
variação assim como é dito de Cristo em Hebreus 13:8 o qual é a imagem do
próprio Deus Pai (João 14:9; Colossenses 1:15;) de maneira que Cristo é tão
bom, amoroso e justo quanto Deus Pai sem contradição.
Os autores da Bíblia acreditam que Deus é
"onisciente, onipresente e onipotente" ou este é um conceito moderno
de Deus?
Antes do exílio
babilônico, é duvidoso que os autores da Bíblia, ou as pessoas para quem eles
escreveram, tivessem entendido os conceitos de ser onisciente, onipresente ou
onipotente. Compare a história da criação em Gênesis capítulo 2, que foi
escrita muito antes do exílio, com a de Gênesis capítulo 1, escrita durante ou
logo após o exílio.
No capítulo 1, o poder
de Deus parece quase ilimitado e ele pode criar coisas do nada. No entanto, ele
teve que descansar depois de seis dias de esforço criativo.
No capítulo 2, o poder
de Deus era limitado, porque ele não podia fazer coisas vivas do nada e teve
que modelar Adão e os animais da terra úmida da mesma forma que um oleiro
faria. Deus não era onipresente, porque lemos sobre ele andando no jardim no
frescor do dia. Ele não era onisciente, porque a princípio não percebeu que
Adão havia comido o fruto proibido.
Outros autores tinham
uma compreensão intermediária de Deus, em alguns casos acreditando que ele era
humano, mas que uma pessoa não podia olhar para seu rosto e viver, e em outros
casos acreditando que ele aparecia apenas em sonhos e visões.
No Novo Testamento,
Deus se torna uma figura paterna de fundo mais remota, com foco em Jesus. Deus
conhece o futuro, mas ainda parece um tanto antropomórfico em Atos 7:55, onde
Estêvão olha para o céu e vê Jesus ao lado de Deus.
O conceito moderno de
Deus é que ele é transcendente e não limitado pelo espaço ou tempo. Ele agora é
concebido para ser onisciente, onipresente e onipotente. Não estamos mais
preocupados em morrer se virmos a face de Deus, pois isso agora parece uma impossibilidade
total.
Que tipo de poder Moisés tinha no cajado?
O inexistente Moisés
também teve o seu papel como mágico, além de legislador e profeta. Não havia
uma diferença nítida entre magia e milagre na mente antiga; não em seus métodos
e resultados – ambos eram considerados formas de perturbar a ordem natural do
universo. No judaísmo os magos eram bastante presentes, apesar da proibição
contra a magia na lei de Moisés, veja só que contradição.
“Ninguém pode ser
encontrado no meio de vós”, [a Bíblia adverte,] “que se envolva na adivinhação,
ou é uma bruxa, um mago, ou um feiticeiro, ou alguém que lança feitiços, ou
quem consulta espíritos, alguém que é um mago ou um necromante.” (Deuteronômio
18:10-11)
No entanto, os servos
de deus se envolvem em atos mágicos regularmente, a fim de comprovar a força
divina. Assim, por exemplo, deus ordena a Moisés e a Aarão que “realizem uma
maravilha” na frente do faraó, transformando um cajado em uma cobra. Mas quando
“homens sábios” do faraó fazem o mesmo truque, eles são desconsiderados como
“mágicos”.
Se na lei de Moisés Deus ordenava não
comer a carne de determinados animais, mas depois ele aboliu a lei de Moisés
(segundo o Novo Testamento), isso significa que Deus muda de ideia?
Se na lei de Moisés
Deus ordenava não comer a carne de determinados animais, mas depois ele aboliu
a lei de Moisés (segundo o Novo Testamento), isso significa que Deus muda de
ideia?
Em princípio Jesus não
tinha o intuito de abolir nada.
"Não penseis que
vim revogar a lei ou os profetas; não vim revogar, mas cumprir.
Porque em verdade vos
digo: Enquanto não passar o céu e a terra, de modo nenhum passará da lei um só
i ou um só til, sem que tudo se cumpra." - Mateus 5:17–18
O conceito de abolição
de leis é uma interpretação acomodada de cristãos.
De qualquer forma, é
fácil concluir que Deus teria mudado de ideia em várias passagens bíblicas. O
que nos leva a perguntar se o plano/execução original era falho, ou se o falho
é o definitivo.
Em quais religiões o Deus principal é
feminino?
Os homens do neolítico
e do paleolítico associavam as mulheres à Terra. Como somente as mulheres têm
poder de gerar a vida acreditava-se que a origem do Universo só podia estar
relacionado a uma Deusa. Até então não havia conhecimento sobre deuses masculinos
e a procriação não era associada ao sexo então, para os nossos ancestrais a
fecundação era feita através da Lua. As mulheres deitavam-se sob o luar para
poder gerar filhos. Assim surgiu o conceito de Deusa Mãe.
Deusa Mãe é como é
chamada a entidade espiritual e mitológica que dá origem à vida e ao Universo.
• Eurínome, aquela que governa de longe
Eurínome é também
conhecida como Grande Deusa e Criadora do Universo. Foi a mais importante
divindades dos pelasgos, o povo que ocupava a região da Grécia durante a
pré-história no periódico paleolítico. Infelizmente à medida que o patriarcado
ganhou força Eurínome foi reduzida a uma mera amante de Zeus.
Eurínome, mesmo que
seja um nome desconhecido na era contemporânea, é uma figura importante dentro
do contexto mitológico representando dessa maneira as divindades femininas.
E quando se trata de
divindades femininas alguns historiadores afirmam veementemente que Javé, o
deus judaico cristão, tenha se relacionado com a deusa da fertilidade
Asherah[1]. Descobertas arqueológicas nos levam a crer que a deusa governava o
mundo ao lado de Javé sendo uma figura tão importante e poderosa quanto o deus
abraamico.
Asherah é a deusa
proibida e a própria representação de poder e da maternidade ao ter sua imagem
esculpida retratando uma mulher grávida. Sendo adorada em Israel na antiguidade
era considerada a deusa da fertilidade, do amor e da guerra.
Sobre feminilidade a
religião Wicca está muito bem representada ao cultuar a Grande Deusa Mãe que é
revelada sob três aspectos: a Virgem, a Mãe e a Velha Sábia.
A Grande Mãe é o útero
do Universo e da Terra. É a representação mais primitiva da fertilidade e por
isso se relaciona à Lua e suas fases.
A Deusa Mãe é a Mãe
Universal. O princípio de tudo o que foi, é e há de ser.
Porque Deus não expulsou a serpente
dentro do Jardim ?
O que serias das
tradições religiosas da antiga Mesopotâmia sem as famigeradas serpentes?
No Livro do Mortos do
antigo Egito temos;
Tua inimiga, a
serpente foi lançada ao fogo e a serpente rebelde caiu; seus braços foram
acorrentados e Rá levou-lhe os movimentos.
No Hino a Aton lemos;
Todos os leões deixam
seus covis e todas as serpentes mordem.
Não menos importante,
podemos trazer para o nosso tema, o Caduceu, que é uma representação de duas
serpentes enroscadas num bastão que termina com duas asas. Pois, esta imagem
simboliza o poder de curar e de ressuscitar, ela também foi encontrada na
antiguidade em civilizações dispersas pelo mundo, desde a Mesopotâmia, à Índia,
à Grécia. Outro ser divino representado por uma serpente é Asclépio, ou
Esculápio, a princípio foi venerado como deus das regiões inferiores e surgia
sob a forma de uma serpente.
Portanto, não é
difícil de percebermos que houve, na antiguidade, uma interação entre as
culturas, que muitas trocas entre essas culturas foram feitas com o passar do
tempo. Sesóstris (1965 - 1920 a.EC) estendeu a zona de comércio do Egito até a
Índia e aos territórios a leste do pacífico. Isso explica a influência egípcia
exercida não apenas na Índia, mas também sobre muitas regiões do Mediterrâneo
e, até mesmo, sobre a China. Dessa forma, quando temos relatos tardios, como o
dos hebreus, há de se esperar algum fundamento anterior que tenha influenciado
suas narrativas diretamente, nesse caso, os egípcios.
No passado remoto
dessas regiões, as serpentes eram vistas com um olhar de medo e negação, pois
sabiam que o veneno carregado por elas era fulminante. Todavia, com o
desenrolar da história e, com a evolução tenológica dos povos antigos, em
trabalhar diversificado seus insumos e na constante descoberta de
matéria-prima, esses povos aprenderam tirar algum proveito fisiológico,
comercial, bélico e também religioso dos animais e, nesse universo, a serpente
foi uma parte integrante. Por conseguinte, podemos concluir (certamente, isso
não esgota do assunto) usando as seguintes observações;
1 - Os textos
religiosos dos hebreus teve forte influência dos textos egípcios.
2 - "Ora, a
serpente era o mais astuto de todos os animais selvagens que o Senhor Deus
tinha feito"
Assim sendo, a
serpente levou o conhecimento aos dois, começando por Eva, ou seja, uma
"evidência indicativa" que ambos não tinham "aquele" tipo
de conhecimento e, não poderiam julgar entre o bem e o mal.
“Certamente não
morrerão! Deus sabe que, no dia em que dele comerem, seus olhos se abrirão, e
vocês serão como Deus, conhecedores do bem e do mal”
3 - O símbolo da
serpente/cobra também está associado, à sabedoria, à ascensão e à força
"espiritual".
A serpente tem um tipo
de sociedade com deus, isto é, para atestar sua "bondade" e criticar
sua "maldade" ele precisa de um "testa de ferro" para levar
a culpa, e é por isso que a serpente tem um cargo tão importante no enredo
religioso judaico cristão.
Para tanto, a cada
nova explicação, surgem malabarismos sobre o motivo da onisciência, onipresença
e onipotência, como atributos de deus e, mesmo assim, ele não ter previsto o
que iria acontecer no Éden e, nos demais desastres empreendidos pelo próprio.
Porém, como é de
praxe, tanto deus como os seus devotos fazem dessa "concorrência
demoníaca" um sustentáculo para as incontáveis atitudes genocidas e
covardes com a sua criação. Para eles, os devotos, são esses os fundamentos que
justificam tamanha barbárie, mas, ainda bem que são apenas narrativas
mitológicas.
Fonte: Quora
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