domingo, 28 de janeiro de 2024

Deus seria bom ou mau, segundo o antigo testamento?

Deus era, é e continua sendo bom.

Quando Deus agiu no Antigo Testamento Ele sempre o fez por motivos justos a começar pelo Dilúvio no Gênesis quando a humanidade se corrompeu de tal maneira que é dito que desde o menor até o maior entre os homens se tornaram violentos. Deus não os exterminou de imediato mas foi generoso ao enviar Noé para os advertir durante os 40 anos em que esteve construindo a arca. Mas tendo sido incrédulos, tendo zombado de Noé e não tendo se arrependido das suas maldades veio sobre eles a justa sentença divina.

Quando Deus ordenou ao extermínio de povos ímpios no Antigo Testamento ele não estava agindo contra "reis bonzinhos" e "povos ingênuos" mas contra nações más que sempre conspiraram contra o povo de Deus (Ex 17:8-9; Dt 25:16-19; Jz 3:13-15; Jz 6:3-6; Jz 10:11-12; I Sm 14:47-48; I Sm 15:2-3; I Sm 30:18-19; Sl 83:3-7) e que eram tão idólatras e perversas que sacrificavam seus próprios filhos aos seus ídolos (Lv 18:21; Dt 18:10; II Rs 16:3; II Rs 17:17; II Rs 17:29-31; Ez 20:31; Ez 23:37; Sl 106:38).

Quem acusa Deus de ter sido cruel e mal não leu a Bíblia direito pois o mesmo Antigo Testamento que relata as guerras e as punições também evidencia o caráter misericordioso de Deus quando, por exemplo, declarou a Abraão que se houvesse 50, 45, 30, 20 ou pelo menos 10 homens justos em Sodoma a teria poupado da destruição (Gn 18:23-32), quando se compadeceu de Nínive após estes se arrependerem dos seus pecados antes do prazo de 40 dias que Deus lhes houvera dado por Jonas (Jn 3:10), quando curou o general dos sírios de sua lepra através do profeta Eliseu (II Re 5:5-15), quando permitiu que muitas nações ímpias vizinhas coexistissem pacificamente com Israel refutando a alegação de que os hebreus matavam qualquer um que viam pela frente (Jz 3:1-5), quando não puniu e nem ordenou que Israel matasse aos edomitas por lhes negarem a passagem dentro dos limites de Edom vindo os hebreus tão somente a desviar o caminho pacificamente (Nm 20:17-21), quando ensinou que a paz deveria ser a primeira opção ao invés da matança na guerra (Dt 20:10-13), quando livrou a vida da prostituta Raabe durante a investida hebréia contra sua cidade acolhendo-a entre os hebreus (Js 6:25).

O Antigo Testamento também relata o caráter de Deus como sendo justo (Dt 32:4; Sl 7:9; Sl116:5; Is 45:21; Dn 9:14), misericordioso (Ex 20:6; Ex 22:27, Ex 34:6; Dt 4:31; Dt 5:10; II Cr30:9; Nm 9:17; Jl2:13; Is 55:7), fiel (Dt 7:9; Sl 19:7; Is 49:7, Jm 42:5), tardio em irar-se (Ex 34:6; Nm 9:17; Sl 145:8; Jl 2:13; Na 1:3) e que não faz acepção de pessoas (Dt10:17; Dt 16:19; II Cr 19:7; Jó 34:19).

“Porque eu bem sei os pensamentos que tenho a vosso respeito, diz o Senhor; pensamentos de paz, e não de mal, para vos dar o fim que esperais.” (Jeremias 29:11)

E Jesus, agora nosso advogado à direita de Deus disponível para justificar todo aquele que Nele crê, também punirá os incrédulos quando, por ocasião da sua segunda vinda, ele vier como Juiz para julgar todos os que não têm crido na sua Palavra (II Tessalonicenses 1:7–10).

•        Conclusão:

Tal qual afirmam as Escrituras em Tiago 1:17, não há mudança no caráter de Deus e nem sombra de variação assim como é dito de Cristo em Hebreus 13:8 o qual é a imagem do próprio Deus Pai (João 14:9; Colossenses 1:15;) de maneira que Cristo é tão bom, amoroso e justo quanto Deus Pai sem contradição.

 

       Os autores da Bíblia acreditam que Deus é "onisciente, onipresente e onipotente" ou este é um conceito moderno de Deus?

 

Antes do exílio babilônico, é duvidoso que os autores da Bíblia, ou as pessoas para quem eles escreveram, tivessem entendido os conceitos de ser onisciente, onipresente ou onipotente. Compare a história da criação em Gênesis capítulo 2, que foi escrita muito antes do exílio, com a de Gênesis capítulo 1, escrita durante ou logo após o exílio.

No capítulo 1, o poder de Deus parece quase ilimitado e ele pode criar coisas do nada. No entanto, ele teve que descansar depois de seis dias de esforço criativo.

No capítulo 2, o poder de Deus era limitado, porque ele não podia fazer coisas vivas do nada e teve que modelar Adão e os animais da terra úmida da mesma forma que um oleiro faria. Deus não era onipresente, porque lemos sobre ele andando no jardim no frescor do dia. Ele não era onisciente, porque a princípio não percebeu que Adão havia comido o fruto proibido.

Outros autores tinham uma compreensão intermediária de Deus, em alguns casos acreditando que ele era humano, mas que uma pessoa não podia olhar para seu rosto e viver, e em outros casos acreditando que ele aparecia apenas em sonhos e visões.

No Novo Testamento, Deus se torna uma figura paterna de fundo mais remota, com foco em Jesus. Deus conhece o futuro, mas ainda parece um tanto antropomórfico em Atos 7:55, onde Estêvão olha para o céu e vê Jesus ao lado de Deus.

O conceito moderno de Deus é que ele é transcendente e não limitado pelo espaço ou tempo. Ele agora é concebido para ser onisciente, onipresente e onipotente. Não estamos mais preocupados em morrer se virmos a face de Deus, pois isso agora parece uma impossibilidade total.

 

       Que tipo de poder Moisés tinha no cajado?

 

O inexistente Moisés também teve o seu papel como mágico, além de legislador e profeta. Não havia uma diferença nítida entre magia e milagre na mente antiga; não em seus métodos e resultados – ambos eram considerados formas de perturbar a ordem natural do universo. No judaísmo os magos eram bastante presentes, apesar da proibição contra a magia na lei de Moisés, veja só que contradição.

“Ninguém pode ser encontrado no meio de vós”, [a Bíblia adverte,] “que se envolva na adivinhação, ou é uma bruxa, um mago, ou um feiticeiro, ou alguém que lança feitiços, ou quem consulta espíritos, alguém que é um mago ou um necromante.” (Deuteronômio 18:10-11)

No entanto, os servos de deus se envolvem em atos mágicos regularmente, a fim de comprovar a força divina. Assim, por exemplo, deus ordena a Moisés e a Aarão que “realizem uma maravilha” na frente do faraó, transformando um cajado em uma cobra. Mas quando “homens sábios” do faraó fazem o mesmo truque, eles são desconsiderados como “mágicos”.

       Se na lei de Moisés Deus ordenava não comer a carne de determinados animais, mas depois ele aboliu a lei de Moisés (segundo o Novo Testamento), isso significa que Deus muda de ideia?

Se na lei de Moisés Deus ordenava não comer a carne de determinados animais, mas depois ele aboliu a lei de Moisés (segundo o Novo Testamento), isso significa que Deus muda de ideia?

Em princípio Jesus não tinha o intuito de abolir nada.

"Não penseis que vim revogar a lei ou os profetas; não vim revogar, mas cumprir.

Porque em verdade vos digo: Enquanto não passar o céu e a terra, de modo nenhum passará da lei um só i ou um só til, sem que tudo se cumpra." - Mateus 5:17–18

O conceito de abolição de leis é uma interpretação acomodada de cristãos.

De qualquer forma, é fácil concluir que Deus teria mudado de ideia em várias passagens bíblicas. O que nos leva a perguntar se o plano/execução original era falho, ou se o falho é o definitivo.

 

       Em quais religiões o Deus principal é feminino?

 

Os homens do neolítico e do paleolítico associavam as mulheres à Terra. Como somente as mulheres têm poder de gerar a vida acreditava-se que a origem do Universo só podia estar relacionado a uma Deusa. Até então não havia conhecimento sobre deuses masculinos e a procriação não era associada ao sexo então, para os nossos ancestrais a fecundação era feita através da Lua. As mulheres deitavam-se sob o luar para poder gerar filhos. Assim surgiu o conceito de Deusa Mãe.

Deusa Mãe é como é chamada a entidade espiritual e mitológica que dá origem à vida e ao Universo.

•        Eurínome, aquela que governa de longe

Eurínome é também conhecida como Grande Deusa e Criadora do Universo. Foi a mais importante divindades dos pelasgos, o povo que ocupava a região da Grécia durante a pré-história no periódico paleolítico. Infelizmente à medida que o patriarcado ganhou força Eurínome foi reduzida a uma mera amante de Zeus.

Eurínome, mesmo que seja um nome desconhecido na era contemporânea, é uma figura importante dentro do contexto mitológico representando dessa maneira as divindades femininas.

E quando se trata de divindades femininas alguns historiadores afirmam veementemente que Javé, o deus judaico cristão, tenha se relacionado com a deusa da fertilidade Asherah[1]. Descobertas arqueológicas nos levam a crer que a deusa governava o mundo ao lado de Javé sendo uma figura tão importante e poderosa quanto o deus abraamico.

Asherah é a deusa proibida e a própria representação de poder e da maternidade ao ter sua imagem esculpida retratando uma mulher grávida. Sendo adorada em Israel na antiguidade era considerada a deusa da fertilidade, do amor e da guerra.

Sobre feminilidade a religião Wicca está muito bem representada ao cultuar a Grande Deusa Mãe que é revelada sob três aspectos: a Virgem, a Mãe e a Velha Sábia.

A Grande Mãe é o útero do Universo e da Terra. É a representação mais primitiva da fertilidade e por isso se relaciona à Lua e suas fases.

A Deusa Mãe é a Mãe Universal. O princípio de tudo o que foi, é e há de ser.

 

       Porque Deus não expulsou a serpente dentro do Jardim ?

 

O que serias das tradições religiosas da antiga Mesopotâmia sem as famigeradas serpentes?

No Livro do Mortos do antigo Egito temos;

Tua inimiga, a serpente foi lançada ao fogo e a serpente rebelde caiu; seus braços foram acorrentados e Rá levou-lhe os movimentos.

No Hino a Aton lemos;

Todos os leões deixam seus covis e todas as serpentes mordem.

Não menos importante, podemos trazer para o nosso tema, o Caduceu, que é uma representação de duas serpentes enroscadas num bastão que termina com duas asas. Pois, esta imagem simboliza o poder de curar e de ressuscitar, ela também foi encontrada na antiguidade em civilizações dispersas pelo mundo, desde a Mesopotâmia, à Índia, à Grécia. Outro ser divino representado por uma serpente é Asclépio, ou Esculápio, a princípio foi venerado como deus das regiões inferiores e surgia sob a forma de uma serpente.

Portanto, não é difícil de percebermos que houve, na antiguidade, uma interação entre as culturas, que muitas trocas entre essas culturas foram feitas com o passar do tempo. Sesóstris (1965 - 1920 a.EC) estendeu a zona de comércio do Egito até a Índia e aos territórios a leste do pacífico. Isso explica a influência egípcia exercida não apenas na Índia, mas também sobre muitas regiões do Mediterrâneo e, até mesmo, sobre a China. Dessa forma, quando temos relatos tardios, como o dos hebreus, há de se esperar algum fundamento anterior que tenha influenciado suas narrativas diretamente, nesse caso, os egípcios.

No passado remoto dessas regiões, as serpentes eram vistas com um olhar de medo e negação, pois sabiam que o veneno carregado por elas era fulminante. Todavia, com o desenrolar da história e, com a evolução tenológica dos povos antigos, em trabalhar diversificado seus insumos e na constante descoberta de matéria-prima, esses povos aprenderam tirar algum proveito fisiológico, comercial, bélico e também religioso dos animais e, nesse universo, a serpente foi uma parte integrante. Por conseguinte, podemos concluir (certamente, isso não esgota do assunto) usando as seguintes observações;

1 - Os textos religiosos dos hebreus teve forte influência dos textos egípcios.

2 - "Ora, a serpente era o mais astuto de todos os animais selvagens que o Senhor Deus tinha feito"

Assim sendo, a serpente levou o conhecimento aos dois, começando por Eva, ou seja, uma "evidência indicativa" que ambos não tinham "aquele" tipo de conhecimento e, não poderiam julgar entre o bem e o mal.

“Certamente não morrerão! Deus sabe que, no dia em que dele comerem, seus olhos se abrirão, e vocês serão como Deus, conhecedores do bem e do mal”

3 - O símbolo da serpente/cobra também está associado, à sabedoria, à ascensão e à força "espiritual".

A serpente tem um tipo de sociedade com deus, isto é, para atestar sua "bondade" e criticar sua "maldade" ele precisa de um "testa de ferro" para levar a culpa, e é por isso que a serpente tem um cargo tão importante no enredo religioso judaico cristão.

Para tanto, a cada nova explicação, surgem malabarismos sobre o motivo da onisciência, onipresença e onipotência, como atributos de deus e, mesmo assim, ele não ter previsto o que iria acontecer no Éden e, nos demais desastres empreendidos pelo próprio.

Porém, como é de praxe, tanto deus como os seus devotos fazem dessa "concorrência demoníaca" um sustentáculo para as incontáveis atitudes genocidas e covardes com a sua criação. Para eles, os devotos, são esses os fundamentos que justificam tamanha barbárie, mas, ainda bem que são apenas narrativas mitológicas.

 

Fonte: Quora

 

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