Após incitar ódio a
LGBTs, nome de Valadão viraliza com supostos casos homossexuais
Após
o Pastor André Valadão, de 42 anos, incitar ódio aos LGBTQIA+, alguns usuários
do Twitter resolveram reviver os rumores de que o religioso já teve relações
afetivas com outros homens. O jornalista Guga Noblat, por exemplo, compartilhou
na quinta-feira, 6, um vídeo em que o influenciador Bruno Sartori aparece
afirmando que ficou com uma pessoa e que ela deveria parar de negar.
"Pare
de se fazer de doido! Você pode fingir que é mentira, pode agir como se não
tivesse acontecido, pode fingir que não se lembra de mim... Eu não tenho
orgulho disso, nós já ficamos um dia... Se tem uma coisa da qual me arrependo
na minha vida, é isso. Mas pare de se fazer de doido!", diz Bruno Sartori
no vídeo, sem citar nomes. No arquivo, ainda pode-se ver uma manchete
explicando que a pessoa em questão seria o pastor André Valadão.
O
vídeo, porém, não é atual. A primeira vez de que se tem notícia do material é
2022, quando viralizou e muitos usuários da rede social ficaram em dúvida se Bruno
Sartori estava falando sério ou apenas brincando. A equipe de reportagem do
Terra procurou a assessoria do influenciador para comentar a veracidade do
vídeo e a repercussão do assunto, mas até a publicação desta matéria não houve
resposta. O espaço segue aberto para esclarecimento.
Além
de Guga Noblat, a jornalista Patrícia Lélis chegou a citar uma suposta fama de
"homossexual sigiloso" do pastor em Belo Horizonte (MG). Na época,
inclusive, ela fez um comentário sobre o vídeo de Bruno Sartori.
"André
Valadão, quando é que vamos falar sobre todas as pessoas que você ameaçava e
silenciava, quando expunham seus casos homoafetivos? O que não falta é
histórias em BH com isso. Sua irmã homofóbica, a Ana Paula, deve ficar
desesperada", escreveu a jornalista no Twitter, em 2022.
André
Valadão é casado com Cassiane Valadão desde 2001, com quem tem três filhos. A
união dos dois já foi chamada de "arranjada" após Cassiane revelar
que o pai de André, Márcio, a incentivou a namorar o filho.
• André Valadão emite nota após travesti
afirmar que fez sexo com o pastor
O
pastor André Valadão se pronunciou, nesta sexta-feira (7/7), sobre as falas de
Talita Oliveira. De acordo com Talita, uma mulher travesti, o pastor teria a
contratado duas vezes para serviços sexuais há cerca de 10 anos, e o religioso
pediu discrição sobre o suposto caso. Ela deu detalhes sobre o envolvimento
sexual que teve com André.
Em
nota enviada ao Metrópoles, a equipe de Valadão afirmou que “as alegações são
absolutamente falsas” e “visam apenas obter visibilidade na mídia e revelam-se
uma clara e covarde tentativa de difamar e manchar a honra de uma pessoa”.
O
comunicado ainda diz que serão aplicadas medidas legais cabíveis “para
salvaguardar a reputação do pastor André Valadão e buscar uma reparação justa e
necessária frente a essas vergonhosas e difamatórias alegações”.
Leia
a nota completa:
As
afirmações são absolutamente falsas, visam apenas obter visibilidade na mídia e
revelam-se uma clara e covarde tentativa de difamar e manchar a honra de uma
pessoa. Diante dessa infame conduta criminosa, de injúria e difamação, serão
empregadas todas as medidas legais cabíveis para salvaguardar a reputação do
pastor André Valadão e buscar uma reparação justa e necessária frente a essas
vergonhosas e difamatórias alegações.
O
pastor enfatiza que nunca incitou seus fiéis a praticar crimes de ódio. E
jamais usou a expressão “e Deus deixou o trabalho sujo para nós”, mentira
repetida em publicações, postagens e manifestações públicas, que serão
questionadas na Justiça. André Valadão fez somente uma interpretação bíblica
sobre a homossexualidade lastreada na liberdade religiosa. Em sua missão,
sempre acolheu pessoas de todas as orientações, respeitando os ensinamentos de
Jesus Cristo.
Acusações
O
pastor André Valadão voltou a causar polêmica após promover mais um discurso de
ódio contra a comunidade LGBTQIAP+. Agora, a Talita Olivier, mais conhecida
como Talita Oliveira, afirmou que já teria feito sexo com o religioso, que é
casado com Cassiane Valadão e pai de três filhos: Lorenzo, Vitório e Angel.
Talita
disse estar expondo a suposta situação agora, pois quer “tirar as máscaras” de
Valadão.
Em
entrevista à IstoÉ Gente, Talita disse: “Não me lembro o dia exatamente [do meu
primeiro contato com o pastor], acho que faz entre 10 a 12 anos. A primeira
vez, ele me pegou em uma rua na Avenida Indianápolis, em São Paulo, não muito
longe do banco do Bradesco. A segunda foi em Porto Alegre. Ele cantava em um
grupo gospel na época.”
Segundo
ela, Valadão teria pedido que ela colocasse seu boné e usasse sua camisa, pois
“tem tesão em homens, não em mulheres”. Ela ainda contou detalhes sobre o seu
suposto envolvimento sexual com o pastor:
“Eu
sempre uso preservativo com todos os meus clientes, mas ele fez oral em mim sem
camisinha.”
“Não
tenho medo que ele me processe. Ele contratou os meus serviços e deseja a minha
morte e da minha comunidade. Eu nunca tive vontade de expor isso, pois minha
vida está em risco. Quero tirar as máscaras dele”, completou.
Em
suas redes sociais, Talita comentou sobre o assunto: “Você pagou meu programa
anos atrás em São Paulo e em Porto Alegre. Você lembra, André Valadão? Que você
foi passivo comigo”, disparou.
·
Fala
homofóbica de André Valadão
André
Valadão é alvo de investigação do Ministério Público Federal por homofobia e
poderá sofrer punições graves na Justiça. Ele pode pegar cinco anos de prisão
pelo crime e também pode ser extraditado.
Durante
a pregação, o pastor afirmou: “Agora é a hora de tomar as cordas de volta e
dizer: pode parar, reseta! Mas Deus fala que não pode mais. Ele diz, ‘já meti
esse arco-íris aí. Se eu pudesse, matava tudo e começava de novo. Mas prometi
que não posso’, agora tá com vocês.”
O
Ministério Público Federal (MPF) instaurou, na segunda-feira (3/7), um
procedimento para apurar possível prática de homofobia praticada pelo líder
religioso durante transmissão de um culto pelo YouTube.
O
procedimento é de autoria do procurador regional dos Direitos do Cidadão (PRDC)
no Acre, Lucas Costa Almeida Dias. Na terça-feira (4/7), o ministro da Justiça,
Flávio Dino, afirmou que o pastor responderá legalmente por “propagar ódio
contra as pessoas”.
• André Valadão se pronuncia após esposa
assumir casamento arranjado: 'Maliciosa'
O
pastor André Valadão gerou polêmica e virou assunto nas redes sociais nesta
semana. Nos últimos dias, sua esposa, Cassiane Valadão, surgiu em um vídeo
contando que o casamento dos dois foi arranjado pelo sogro.
Porém,
o evangélico não gostou nada da repercussão e se pronunciou sobre os rumores na
web. Valadão publicou um clique com a mulher e disparou: "E a cara da
minha esposa vendo o tanto de fake news e notícia absurdamente maliciosa atrás
de likes sensacionalistas… Cês são crente não", ironizou.
Vale
lembrar que a declaração de Cassiane repercutiu após uma fala polêmica de
André. Em uma pregação nos Estados Unidos, ele fez comentários sobre a
comunidade LGBTQIA+ e gerou revolta na internet.
André
Valadão comentou contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo e afirmou que,
"se pudesse", Deus mataria pessoas que não são heterossexuais.
MPF solicita que conteúdos
discriminatórios de André Valadão sejam retirados das redes sociais
Nesta
quinta-feira, 6, o Ministério Público Federal (MPF) informou que solicitou à
Justiça, de forma imediata, a retirada dos conteúdos do pastor André Valadão
que envolvem discurso de ódio em relação à comunidade LGBTQIA+ do YouTube e do
Instagram.
O
MPF pede que Valadão se retrate pelas frases preconceituosas, seja responsável
por arcar com os gastos de criação e divulgação dos discursos a serem feitos
como contraponto as falas preconceituosas e que pague o valor de R$ 5 milhões
pelos danos morais coletivos que ele causou.
De
acordo com o Ministério, a pregação do pastor André Valadão "ultrapassa em
muito a liberdade religiosa e de expressão". "Destaca-se o tom
agressivo e permeado de ataques à população LGBTQIAP+, com a intenção de
estimular os fiéis a estigmatizar, isolar e matar tais pessoas", diz o
comunicado.
O
MPF ainda ressalta que diversos pastores são contra a pregação de Valadão
baseada em discurso de ódio e criticaram as ofensas do pastor sobre a
comunidade LGBTQIA+, que usa a Bíblia para justificar suas falas
preconceituosas.
"O
MPF precisou ajuizar a ação porque já havia enviado ofício às empresas Meta
Plataform (responsável pelo Instagram) e Google Brasil (responsável pelo
YouTube) para analisarem o vídeo e as postagens de André Valadão e submetê-los
à moderação de conteúdo, mas elas nada fizeram", finalizou.
No
começo de junho, André Valadão fez um culto com o tema "Deus odeia o
orgulho" e disse que, se pudesse, Deus mataria e "começava de
novo", se referindo à comunidade LGBTQIA+.
Pastor Valadão pode ser impedido de
pregar e até ser extraditado, diz advogada
O
pastor André Valadão, alvo de investigação do Ministério Público Federal por
homofobia, pode também ser extraditado dos Estados Unidos para o Brasil porque
o crime do qual está sob suspeita é passível de punição de até cinco anos de
prisão. Durante um culto de sua igreja pelo YouTube, nos EUA, Valadão pregou
que, se pudesse, 'Deus matava' e 'começava tudo de novo', se referindo à
comunidade LGBTQIA+.
Na
avaliação da advogada e mestre em Direito Penal Jacqueline Valles, além de
homofobia, o pastor pode ser enquadrado por 'incitação ao crime'.
"O
artigo 7 do Código Penal impõe a territorialidade do Brasil mesmo aos crimes
que não são praticados aqui, como é este caso", argumenta a jurista.
Durante
a pregação, o pastor afirmou: "Agora é a hora de tomar as cordas de volta
e dizer: Pode parar, reseta! Mas Deus fala que não pode mais. Ele diz, 'já meti
esse arco-íris aí. Se eu pudesse, matava tudo e começava de novo. Mas prometi
que não posso', agora tá com vocês."
Para
Jacqueline, "se houver uma convenção com o país onde o crime foi cometido,
o brasileiro pode ser extraditado para a aplicação das leis nacionais".
"Se
a investigação concluir que esse senhor cometeu o crime de homofobia, ele pode,
sim, ser extraditado para cumprir a pena no Brasil", explica a advogada.
Jacqueline
é membro da Associação Brasileira dos Advogados Criminalistas (Abacrim). Ela
entende que não há elementos que qualifiquem, por exemplo, um pedido de prisão
preventiva contra o pastor, mas explica que, durante a investigação, o
Ministério Público Federal pode pedir a aplicação de medidas cautelares para
impedir que o pastor volte a cometer o crime pelo qual é investigado.
"A
prisão em flagrante existe para cessar o cometimento do crime. Neste caso, não
se aplica mais. Mas, ainda assim, o artigo 282 do Código de Processo Penal
prevê a aplicação de medidas cautelares para evitar a prática de novas
infrações penais", assinala. "Ou seja, há a possibilidade de o MPF solicitar
que ele seja proibido de pregar, caso entenda, por exemplo, que há histórico de
cometimento deste tipo de crime."
Jacqueline
Valles observa que a incitação ao crime está prevista no artigo 286 do Código
Penal. Apesar de ter menor potencial ofensivo, se alguma pessoa vier a cometer
o crime sugerido pelo pastor, ele pode ser implicado.
"Se
alguém cometer o crime que esse cidadão sugeriu e afirmar que o fez a mando do
pastor, Valadão pode ser indiciado como coautor do crime e aí as implicações
são maiores", diz.
O
Ministério Público Federal (MPF) instaurou nesta segunda-feira, 3, um
procedimento para apurar possível prática de homofobia praticada pelo líder
religioso durante transmissão de um culto pelo YouTube. O procedimento é de
autoria do procurador regional dos Direitos do Cidadão (PRDC) no Acre, Lucas
Costa Almeida Dias.
• Flávio Dino diz que pastor André Valadão
vai responder por incitar fiéis contra pessoas LGBTQIA+
O
ministro da Justiça, Flávio Dino, afirmou na terça-feira, 4, que o pastor André
Valadão responderá legalmente por "propagar ódio contra as pessoas".
Em uma pregação em português na Igreja Lagoinha de Orlando, nos Estados Unidos,
o pastor afirmou que se Deus pudesse, "matava tudo e começava de
novo", em referência às pessoas LGBTQIA+. Em seguida, incitou os fiéis:
"vamos para cima".
"O
suposto cristão que propaga ódio contra pessoas, por vil preconceito, tem no
mínimo dois problemas. Primeiro, com Jesus Cristo, que pregou amor, respeito,
não violência contra pessoas. "Amar ao próximo como a si mesmo",
disse Jesus. Segundo, com as leis, e responderá por isso", afirmou Dino no
Twitter, sem citar o nome de Valadão.
Fonte:
Terra/Metrópoles
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