segunda-feira, 15 de abril de 2024

Toque físico pode reduzir depressão e ansiedade, dizem pesquisadores

Uma pesquisa realizada com dez mil participantes revelou que o toque físico consensual pode ser benéfico para a saúde mental. Foi comprovado que o toque pode aliviar dores e sintomas de ansiedade e depressão.

estudo também mostrou que a interação não precisa ser longa e que, quanto mais frequente, melhor. A partir dessas descobertas, os pesquisadores poderão saber mais sobre a importância do contato físico em intervenções na saúde pública.

Foi revelado pelos questionários que o toque em robôs sociais, cobertores pesados e travesseiros de corpo também têm efeitos positivos na saúde mental. Entretanto, foi notado que o contato “pele com pele” é melhor para essa finalidade.

Nas crianças, as interações são melhores quando feitas pelos pais, que mostraram ter resultados melhores do que os gerados por profissionais da saúde, por exemplo.

O tempo de contato não necessariamente impacta nos benefícios. A média percebida no estudo foi de 20 minutos, mas foi constatado que mesmo um abraço rápido pode melhorar a saúde mental, segundo os participantes.

“Isso nos levou à conclusão de que o toque consensual melhora o bem-estar de pacientes em cenários clínicos e pessoas saudáveis também”, disse Julian Packheiser, pesquisador do Instituto de Neurociência Cognitiva da Universidade de Ruhr. “Então, se você sentir vontade de abraçar familiares ou amigos — não se segure, desde que a outra pessoa dê seu consentimento.”

O time de 130 estudantes internacionais que executaram o estudo são da Universidade de Ruhr, em Bochum, na Alemanha; da Universidade Duisburg-Essen, em Duisburg, na Alemanha; e da Universidade de Amsterdã, na Holanda.

Os estudos futuros poderão investigar mais sobre a diferença entre o toque afetivo e o instrumental (quando lavam seu cabelo no salão de beleza, por exemplo), o contato com animais de estimação e os efeitos de incluir esse tipo de interação em ações da saúde pública. 

 

Ø  Músicas podem ser sentidas no coração e abdômen, revela estudo

 

Pesquisadores conduziram um estudo que mostrou que músicas podem ser sentidas em órgãos e também trazer emoções distintas dependendo de sua composição e melodia. Os pesquisadores apontam que os resultados podem ser úteis para ampliar uso de música no tratamento de saúde mental.

Foram compostas oito sequências musicais baseadas em 890 músicas das paradas da Billboard nos Estados Unidos. Cada uma delas tinha apenas quatro notas musicais combinadas e que criavam músicas causavam surpresa ou a sensação de previsibilidade.

Os 567 participantes foram expostos às músicas criadas e tinham que escolher em imagens em que partes do corpo humano aquela melodia afetava e o sentimento a que elas relacionavam.

Foi detectado que as canções que as pessoas mais sentiram no abdômen tinham sequências que sem surpresa ou imprevisibilidade. As emoções selecionadas foram calma, alívio, satisfação, nostalgia e empatia. Os participantes escolheram coração quando as três primeiras notas da música traziam pouca surpresa e incerteza, mas os últimos quatro acordes provocavam alta surpresa. Estas foram ligadas a sentimentos de prazer.

No total, todas as melodias sentidas no coração e estômago trouxeram graus de apreciação estética e reduziram sentimentos negativos como ansiedade e desconforto.

Com a combinação dos resultados, os pesquisadores puderam criar um mapa do copo para cada sequência de acordes. Como próximo passo, os pesquisadores querem unir esses dados com estudos de impactos físicos que essas músicas podem trazer, como a alteração da frequência cardíaca.

“Esta pesquisa oferece dados sobre como as experiências musicais estão intrinsecamente conectadas aos nossos corpos. Ela promete contribuir para o uso da música no alívio do estresse e no aprimoramento da saúde mental”, comentou Tatsuya Daikoku, professor associado da Escola de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia da Informação da Universidade de Tóquio.

 

Ø  Agência europeia descarta ligação entre remédio para emagrecer e pensamentos suicidas

 

O regulador de medicamentos da União Europeia não encontrou evidências de que uma classe de medicamentos para diabetes e perda de peso, como o Wegovy da Novo Nordisk, amplamente popular, esteja ligada a pensamentos suicidas. A afirmação foi feita na sexta-feira (12) após uma investigação de nove meses.

Após revisar as evidências disponíveis, o Comitê de Avaliação de Riscos de Farmacovigilância da Agência Europeia de Medicamentos (EMA), que monitora os efeitos colaterais dos medicamentos, afirmou que nenhuma atualização das informações do produto é justificada.

A descoberta ocorre após a EMA estender, em dezembro, sua revisão sobre a classe de medicamentos para perda de peso e diabetes conhecidos como agonistas do receptor GLP-1, para obter mais dados dos fabricantes de medicamentos para investigar ainda mais o problema.

A análise começou em julho depois que o regulador de saúde da Islândia sinalizou três casos de pacientes pensando em suicídio ou autolesão após o uso dos medicamentos da Novo. A revisão concentrou-se em medicamentos que contêm semaglutida ou liraglutida, ambos compostos direcionados ao GLP-1.

A liraglutida é o ingrediente ativo no tratamento para perda de peso Saxenda da Novo, enquanto a semaglutida é o ingrediente ativo no Wegovy e no tratamento para diabetes de maior venda, Ozempic.

A EMA também analisou cerca de 170 outros relatórios de casos sobre reações adversas suspeitas registradas no banco de dados EudraVigilance da UE.

A revisão preliminar da Administração de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos em janeiro não encontrou nenhuma ligação entre os medicamentos GLP-1 e pensamentos ou ações suicidas.

Os agonistas do receptor GLP-1, originalmente desenvolvidos para ajudar a controlar o açúcar no sangue em pacientes com diabetes na Ozempic da Novo Nordisk e no Mounjaro desenvolvido pela Eli Lilly, também retardam a digestão e reduzem o apetite.

 

Fonte: CNN Brasil

 

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