quinta-feira, 25 de abril de 2024

Raio-X da Ponte Salvador-Itaparica: uma das maiores obras do século ficará pronta em 2028?

A ponte Salvador-Itaparica é uma das maiores obras de mobilidade da Bahia do século 21, e o programa Linha de Frente, da TV Aratu, entrevistou o CEO da Concessão do Sistema Rodoviário Ponte Salvador-Ilha de Itaparica, o engenheiro químico Cláudio Villas Boas, que explicou tudo o que você precisa saber sobre o equipamento.

INVESTIMENTO

O investimento na ponte está orçado, atualmente, em R$ 9,5 bilhões. Em 2019, o valor era de R$ 7 bilhões. O montante, segundo Cláudio, será majoritariamente bancado pelo consórcio, que terá o direito de operar o sistema por 35 anos. O projeto é uma Parceria Público-Privada (PPP).

PONTA A PONTA

A ponte vai fazer parte do sistema viário que sai de Salvador, cruza a Baía de Todos-os-Santos, chega na Ilha de Itaparica, cruza a Ilha, atravessa outro lado do continente e segue cruzando as BRs 101 e 116.

O início desse sistema, conectando diretamente à Via Expressa, passa por cima da Avenida Jequitaia, da Oscar Pontes, seguindo pelo mar e conectando em Vera Cruz, ao lado do distrito de Mar Grande. Depois, segue uma rodovia nova, com pista dupla, ao longo da ilha, paralela à via existente, que é a 001, até se conectar à Ponte do Funil.

CRONOGRAMA

O cronograma hoje é a conclusão da sondagem em dezembro deste ano e, após isso, terá início a mobilização de canteiros em janeiro de 2025. Com isso, a conclusão da ponte, de acordo com o gestor, será ao final de 2028.

PEDÁGIO

A tarifa será tabelada, definida pelo governo na época do edital, e reajustada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). De acordo com Cláudio Villas Boas, “o preço está mais ou menos similar à tarifa do ferry-boat”, mas com vantagens. “Não tem hora marcada, atravessa em menos de 10 minutos e você não paga por passageiro adicional”.

CICLOVIA

Não há, ainda, um projeto para ciclovia, mas Villas Boas faz algumas ponderações. A ponte terá 12.4 km de extensão. No vão principal, no meio da Baía de Todos-os-Santos, ela estará a 90 metros de altura, equivalente a um prédio de 30 andares, ou seja, terá uma subida íngreme.

EMPREGOS

O período de construção é o que terá o maior impacto na geração direta de trabalho na ponte. Estão previstos três canteiros, onde serão concentradas as frentes de trabalho: Salvador, Vera Cruz e São Roque do Paraguaçu. Cerca de 7 mil empregos diretos e indiretos serão gerados, distribuídos, principalmente, nestes três canteiros. Hoje, existem cerca de 100 pessoas trabalhando na Concessionária e na atividade de sondagem e, em 2025, com a mobilização dos canteiros, vai começar uma curva de contratação para chegar a cerca de 7 mil empregos diretos.

¨      CEO de consórcio da Ponte Salvador-Itaparica diz que obra é ‘maior desafio de infraestrutura da carreira’

CEO da Concessão do Sistema Rodoviário Ponte Salvador-Ilha de Itaparica, o engenheiro químico Cláudio Villas Boas visitou a TV Aratu e concedeu uma entrevista para o Linha de Frente, programa comandado pelo jornalista Pablo Reis.

Na conversa, Villas Boas contou sobre a preparação para o início da obra da ponte, que tem previsão para começar a operar em 2025, e sobre os benefícios que a instalação deve trazer para a população. O CEO classificou a construção como o “maior desafio de infraestrutura da carreira”.

De acordo com o engenheiro, a ponte, que vai conectar a Região Metropolitana de Salvador com a BR-116 e BR-101, vai encurtar o caminho entre a capital baiana e o Litoral Sul do estado tanto para moradores que fazem o percurso diariamente quanto para turistas que vão para destinos como Morro de São Paulo, Boipeba e Barra Grande.

Formado em engenharia química pela Universidade Federal da Bahia (Ufba), Cláudio Villas Boas já foi diretor financeiro da Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa) e, recentemente, assumiu a presidência do Consórcio da Ponte Salvador- Ilha de Itaparica.

 

Ø  Estado investe R$23 milhões na restauração de 19 vias do Polo Industrial de Camaçari

 

O governador Jerônimo Rodrigues anunciou uma série de iniciativas destinadas ao desenvolvimento econômico e social de Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador. O gestor assinou nesta quarta-feira, 24, uma ordem de serviço para a restauração de 19 vias no Polo Industrial de Camaçari (PIC).

A requalificação das vias no Polo tem como foco a melhoria da infraestrutura viária essencial para o setor industrial local. Com um investimento estimado de mais de R$ 23 milhões, as melhorias abrangem uma extensão significativa de vias, com o objetivo de criar condições adequadas para o transporte de materiais, insumos e produtos acabados.

A infraestrutura revitalizada ainda busca contribuir para a competitividade das empresas locais, facilitando o fluxo de mercadorias. O cenário abre caminho para o  desenvolvimento econômico sustentável de Camaçari, além das cidades próximas, projeta o governador. 

 "Trazemos aqui essa entrega concreta, que inclusive deve beneficiar outros municípios", disse Jerônimo Rodrigues.

·        Investimento

Foi autorizada ainda a pavimentação de um trecho da BA-530, entre a Via Marginal e a Via Atlântica, com um investimento aproximado de R$ 3 milhões. Além de Camaçari, os municípios beneficiados incluem Pojuca, Dias d'Ávila, Mata de São João e Lauro de Freitas.

 

Ø  CBPM firma acordo com Estado para fomentar desenvolvimento da Bahia

 

Em iniciativa conjunta, diferentes órgãos baianos assinaram um acordo de cooperação técnica nesta terça-feira, 23. O objetivo é promover práticas sustentáveis do setor de mineração na Bahia.

O trabalho envolve a Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), Superintendência de Estudos Econômicos (SEI) e Companhia de Gás da Bahia (Bahiagás).

O ato ocorreu na sede da CBPM, no Centro Administrativo, em Salvador, e teve a presença do diretor-presidente do órgão, Henrique Carballal, que explica que o foco dessa parceria é promover o desenvolvimento econômico aliado ao social.

“Se nós integrarmos todos os setores governamentais, nós iremos conseguir fazer com que todos os setores da nossa economia possam, de fato, alcançar os seus objetivos, que é garantir ao povo da Bahia trabalho, emprego, renda, educação, saúde, preservando o meio ambiente”, declarou Carballal, destacando ainda que este é um passo importante na estrutura do governo, um marco importante, onde a transversalidade alcançará o objetivo maior que é o desenvolvimento social do povo baiano.

Também participaram da formalização do termo, o titular da Setre, Davidson Magalhães, o diretor da SEI, José Acácio Ferreira, e o diretor-presidente da Bahiagás, Luiz Raimundo Gavazza.

Entre as principais ações estão a contratação da mão-de-obra local para as novas indústrias aportadas no estado a partir do SineBahia, além da expansão do abastecimento de gás para áreas com atividade mineral no interior do estado. O uso eficiente de tecnologia também será priorizado, a fim de promover ganhos em agilidade, produtividade, transparência, sustentabilidade e redução de custos.

O acordo ainda prevê a qualificação e cadastramento de trabalhadores para atuarem junto às mineradoras. Para isso, será utilizada a estrutura do SineBahia. Caso não haja unidade do serviço na cidade, o SineBahia móvel será disponibilizado ou instalado um posto provisório. A expertise do órgão também será aproveitada na identificação e cadastramento das vagas informadas pelas empresas.

De acordo com o secretário Davidson Magalhães, o segmento mineral não deve ser visto só pelo aspecto extrativista, mas deve unir a expansão do setor com a geração de emprego e renda para a população local: “A CBPM tem feito um processo de expansão muito grande da exploração mineral em todo o estado da Bahia. Isso envolve também qualificação de mão-de-obra. Nós vamos identificar o tipo de qualificação profissional necessária para incorporar mão-de-obra regional e, a partir daí, ofertaremos esses cursos”, pontuou o titular da Setre.

Já o diretor-presidente da Bahiagás, Luiz Gavazza, destacou a importância desta parceria para ampliar o processo de interiorização da companhia, levando energia natural até outras cidades baianas. “A BahiaGás está no seu processo de expansão no fornecimento de gás, cumprindo os ditames da concessão e o incentivo e a diretriz que o Governo do Estado, que é sócio controlador, nos dá. Nós estamos interiorizando e, agora, nós estamos construindo o maior gasoduto de distribuição do país, com 306 quilômetros, de Itagibá a Brumado. Nesse movimento, nós estaremos atendendo o importante segmento da economia baiana, que ainda não é atendido pelo gás natural, que é a mineração”, disse Gavazza, que revelou ainda a expectativa de ampliar a atuação da BahiaGás até Caetité, Piatã e no norte do Estado.

A SEI, com o conhecimento técnico e científico sobre a realidade social e econômica do estado, vai prover os órgãos com informações seguras e estratégicas para a tomada de decisões. “Vamos utilizar toda a inteligência da SEI, o seu ferramental tecnológico para poder analisar essas políticas públicas que a CBPM estará implementando, para identificar quais são os ganhos efetivos para a sociedade”, explica o diretor-geral da Superintendência, José Acácio Ferreira.

Ainda estiveram presentes no evento o presidente da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), Carlos Henrique Passos, Giulliana Brito, chefe de gabinete da Secretaria de Turismo do Estado, e representantes do setor.

 

Fonte: AratuOn/A Tarde

 

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