Por que
Deus é incapaz de consertar esse mundo terrível?
Jesus
declarou: “o meu reino não é desse mundo” (João 18:36)
Na ocasião
do milagre da multiplicação dos pães e dos peixes, a multidão que presenciou o
milagre ficou maravilhada com Jesus e quiseram aclamá-lo rei! Jesus, porém, se
afastou deles antes que tentassem levá-lo ao poder político (João 6:13–15) e
isso por si só já demonstra claramente que Jesus nunca pleiteou nenhum cargo
político na Terra embora fosse o candidato ideal para trazer à Terra um governo
perfeito!
Enquanto
homem, Jesus reunia as qualidades mais do que necessárias para ser o melhor
governante que a Terra poderia ter na história da humanidade pois além de
justo, bondoso, amoroso, prestativo, desapegado e sábio, Jesus era o homem que
ressuscitava mortos, curava doenças e matava a fome de multidões
milagrosamente!
Jesus
Cristo também poderia ter descido da cruz, poderia ter nem precisado chegar até
ela se quisesse, poderia ter derrotado todo o império romano para satisfazer às
expectativas do povo judeu que aguardavam um messias político-militar e poderia
ter se proclamado rei dos judeus e do mundo inteiro há 2000 anos atrás.
Então você
me pergunta… E por que não o fez?
E eu lhe
pergunto de volta… Teria realmente adiantado?!
Há pessoas
que acham que se a pobreza e a fome fossem definitivamente eliminadas nesse
exato instante no mundo então a humanidade alcançaria a paz.
Mas lhe
digo que não é verdade pois a ganância, o egoísmo e a maldade implícitas no
coração humano trariam tudo isso de volta.
É por esse
motivo que todos os sistemas políticos, filosóficos e ideológicos que tentaram
resolver os problemas do mundo até agora fracassaram. Porque ignoram o cerne da
questão do mal no mundo que reside na natureza humana.
Por isso o
comunismo fracasou, por isso o capitalismo não é perfeito, por isso qualquer
forma de governo ou de sociedade apresenta os mesmos vícios e defeitos sociais
e morais e, necessariamente por isso, Jesus não se fez rei desse mundo
declarando, inclusive, que o reino Dele não é desse mundo pois ao contrário de
todos os filósofos, políticos, cientistas sociais, antropólogos, historiadores
e pensadores que buscam a solução do dilema humano a partir de soluções
externas, Jesus Cristo propõe atacar o verdadeiro cerne da questão ao convidar
o homem à reforma interna do mesmo através do Evangelho que nos revela a origem
do mal no homem como resultado da existência do pecado, inerente a todos nós,
cujo remédio é Cristo, o único com poder de libertar o homem dessa condição
restaurando-o àquela comunhão inicial com Deus perdida no Éden.
Por que há tantas interpretações da
Bíblia?
Diversos
são os motivos, mas considere que também existe o errado. Onde se está escrito
o azul muitos leem como verde. O mais comum são pregadores fazerem moralismo
sem conexão ao texto ou o uso de verdades acrescido de inverdades para
justificação de argumentos.
Para uma
exegese ou interpretação bíblica diversas questões devem ser levantadas e na
prática vazios são usados para dizer o que não foi dito.
Vemos
algumas:
Existem
vícios de tradições com interpretações erradas. Em livros canonizados há
autores que se referem a textos ou passagens de outros livros e autores fazendo
interpretações de textos deslocadas com o contexto original ou da tradição
interpretativa primaria do texto, trazendo uma nova teologia e muitas vezes até
argumentos para idolatrias.
Muitos
conteúdos dos escritos são poéticos e alegóricos mas uma interpretação literal
pode dar outra roupagem ao texto ou sentido.
O hebraico
bíblico não tem consoantes e uma palavra pode ter significado diverso que
somente pode ser entendida pela tradição oral do texto.
Os livros
cristãos foram escritos em grego mas muitas passagens foram faladas em aramaico
perdendo-se assim a fonte original da mensagem. Ilações sobre qual deveria ter
sido a mensagem original cria distorções.
Relatos
bíblicos deixam vazios e de questões levantadas surgem dúvidas sobre o que não
foi dito. Suposições muitas vezes deixam de ser suposições para ser
interpretações de um texto não constituído.
Relatos
considerados dentro de seu contexto histórico podem ter uma interpretação muito
diferente se interpretados literalmente ou de forma isolada.
Qual profeta foi preso por ter previsto o
futuro?
Jehoshaphat
foi um monarca que governou o reino de Judá em meados do século IX AC.
Um dia ele
foi à corte do reino vizinho de Israel, cujo governante estava ansioso para
reconquistar uma cidade ocupada pelos arameanos. Jehoshaphat ofereceu-se para
ajudá-lo, mas com uma condição, a saber, consultar os profetas.
Ele reuniu
400 deles e lhes perguntou se ele deveria ir para a batalha, e eles responderam
afirmativamente. Jehoshaphat, porém, não ficou satisfeito e perguntou se havia
mais alguém para consultar.
Foi-lhe
dito que havia um certo Miquéias, que era pouco considerado no reino porque ele
nunca previu nada de bom. Quando Miquéias chegou ao palácio, ele não se negou e
disse:
"O
Senhor pôs um espírito de falsidade na boca de todos estes profetas, e ele
prediz uma calamidade para você."
O rei de
Israel ordenou que até seu retorno vitorioso esse profeta apodrecesse na
cadeia, alimentando-se apenas de pão e água.
O
governante travou a guerra sozinho e encontrou a derrota, assim como Miquéias
havia predito.
Você acredita que a Bíblia tem uma
linguagem difícil e complicada, e por isso é extremamente difícil de
entendê-la?
Esse é um
tabu.
A bíblia é
um conjunto de livros.
66 nas
versões protestantes, um pouco mais nas versões católicas.
Desses 66
livros, vc vai conseguir ler e entender claramente 64 livros.
Apenas
2livros apresentam alguma dificuldade, porque estão escritos com linguagem
simbólica.
Livro de
Daniel
Livro do
Apocalipse
Outra
informação importante: a qualidade das traduções varia muito.
Prefira
traduções mais recentes, como a "Biblia na linguagem de hoje ",
"Tradução do Novo Mundo", etc
Às vezes,
uma simples atualização resolve muitas dúvidas.
Em algumas
traduções, o episódio do nascimento de Jesus é descrito como um milagre
avassalador. "Uma virgem dará à luz…"
Mas, os
tradutores da versão do Novo Mundo descobriram que a palavra hebraica original
pode significar "mulher jovem".
Muda tudo,
não?
"Eis
que uma mulher jovem dará à luz…"
Fica tudo
mais simples, é a natureza exercendo sua força. Mulheres jovens dão à luz todos
os dias.
Mas se a
tradução fala em uma virgem dando à luz, então precisa de uma intervenção
divina, um milagre.
Perceba,
portanto, que a simples tradução errada de uma palavra, dá origem a um dogma.
Há
centenas de outros casos semelhantes, em que dogmas foram criados a partir de
traduções errôneas, intencionalmente ou não.
Caso vc se
interesse por uma leitura crítica da bíblia, sugiro que busque outras fontes.
Há boas
opções, mas é claro, fora do universo religioso.
Qual o sentido de Deus ordenar o massacre
de crianças e bebês de colo? No que isso ajudaria?
E sim,
Deus mandou "passar a fio de espada" alguns povos, principalmente
enquanto os Hebreus se dirigiam na sua peregrinação até a terra de Canaã.
Algumas referências estão nesses textos em Deuteronômio 7:1-2; 20:16-18
Segue
abaixo alguns argumentos:
Uma
explicação é a de que, manter as crianças e mulheres como escravos (prática
muito comum aliás) não seria uma boa estratégia, uma vez que eles crescessem,
iriam certamente se rebelar contra o povo que os atacou ou mesmo desviar o povo
para que seguissem seus deuses.
Outra
explicação é a que na realidade Deus nunca ordenou tal coisa, isso é
simplesmente um conjunto de várias alegorias que sobre a formação do povo
Hebreu. Assim, a própria escravidão no Egito, a saída milagrosa, um líder
chamado Moisés, etc não passam de lendas criadas para dar uma áurea de
santidade ao povo escolhido por Deus.
Outra
explicação: Deus é soberano. Ele exerce sua misericórdia e também sua justiça
de acordo com Sua soberania. Ele não se subjuga ao nosso padrão de justiça ou
mesmo, a nossa interpretação do que seria justo. Nesse sentido, é interessante
inclusive verificar a negociação entre Deus e Abraão em relação às vidas de
Sodoma e Gomorra. Ao que se conclui que não existia nessas cidades ninguém
justo, uma vez que foram por fim destruídas.
Outra
explicação: esses povos, incluindo os demais adoradores de Moloque, já
sacrificavam seus filhos para esse deus[1]. A ordem para matar a todos pode ter
um sentido de ensino para o próprio povo Hebreu de como seriam as consequências
para eles e para a sua descendência caso seguissem após outros deuses,
apostatando do Deus de Abraão.
Outra
explicação: Deus (e nós) somos eternos. A passagem por essa terra é somente um
piscar de olhos em relação ao que será. Deus em sua soberania, pode dispor da
nossa vida como desejar. Imaginando que todas as coisas estão em seu controle,
Ele de fato permite que a cada segundo vidas inocentes sejam ceifadas desta
terra. Mulheres e crianças continuam sendo mortas pelas mãos de governos e seus
soldados ou através da violência de assassinos no exato momento que escrevo
essas linhas e isso parece não ter possibilidade de mudança. A eternidade muda
a perspectiva de quem perece e dá uma visão mais abrangente do que será nossa
"vida real". Infelizmente, o nosso mundo está doente e o remédio na
maioria das vezes é muito amargo. Alguns inocentes acabam pagando pelo rumo que
as coisas tomaram desde o Éden.
Fonte:
Quora
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