quinta-feira, 1 de fevereiro de 2024

Pedro dos Anjos: Demonizar a esquerda une os matizes judaico e neopentecostal sionistas

Israel, 2 de abril de 2019. O ex-presidente Jair Bolsonaro visitava o Centro Mundial de Memória do Holocausto, em Jerusalém, quando um jornalista questionou-o sobre a fala do seu chanceler.

Naquele dia, mais cedo, Ernesto Araújo havia dito mais cedo que ”nazismo era de esquerda”.

”O senhor concorda com o seu chanceler de que o nazismo foi um movimento de esquerda?, perguntou-lhe o jornalista.

”Não há dúvida, não é? Partido Socialista, como é que é? Da Alemanha. Partido Nacional Socialista da Alemanha”, respondeu o ex-presidente.

O absurdo foi assunto em toda a mídia.

Na época, a acusação assemelhava-se a algo nonsense, uma estultice só, fruto de uma mente tresloucada.

Hoje, parece haver uma lógica por trás daquele duo de indigentes intelectuais (o ex-presidente Tico e o seu ex-ministro Teco), que tem sido seguida ou desdobrada por ideólogos do sionismo judaico radicalizado.

Estigmatizar como “antissemitas” combatentes antinazifascistas, provados na luta, é mais do que um escárnio.

É uma poderosa psy ops (operação psicológica), capaz de colocar o inimigo engessado, paralisado e na defensiva.

Enquadrá-lo politicamente, por meio de lawfare, podendo até leva-lo à prisão, completa e coroa a operação.

A convergência dos sionismos judaico e neopentecostal implica uma tácita divisão de ataques extremistas.

Ao bolsonarismo e assemelhados fica a torpeza de classificar o nazifascismo como obra “da esquerda”.

Às organizações judaicas sionistas e seus acólitos gentios, a leviandade imoral de ofender como “antissemitas” os lutadores e lutadoras antinazifascistas que criticam o expansionismo belicoso israelense.

Para que a nossa caravana passe é necessário saber que as cadelas do fascismo não ladram apenas: elas querem nos dilacerar e exterminar e é preciso confrontá-las ofensivamente!

Bolsonarismo e conibismo não passarão!

Nota final: por que a Conib — Confederação Israelita do Brasil, com sua sanha para caçar bruxas, não muda o nome para Coíbe?

 

Ø  Sionismo e nazismo: No es lo mismo, pero es igual. Por Jair de Souza

 

Depois de mais de três meses de um massacre inclemente perpetrado pelas forças militares sionistas do Estado de Israel contra o povo palestino na Faixa de Gaza, boa parte da opinião pública mundial não se contém em sua acusação de que “o sionismo é igual ao nazismo, e o Estado de Israel é igual a Alemanha hitlerista”.

Entretanto, nesta oportunidade, gostaríamos de ressaltar que não é correto colocar os sionistas e seus adeptos como meros seguidores da ideologia estruturada e difundida por Hitler, Goebbels, Goering e seus associados.

Assim como também não deveríamos considerar o Estado de Israel como simples repetição do que foi a Alemanha nazista em seu momento.

Não podemos concordar com a equiparação do sionismo israelense com o nazismo hitlerista tão somente porque as forças do primeiro estão cometendo crimes iguais, ou até mais horrendos, do que os que foram praticados pelos segundos.

Sim, é verdade que no caso de Israel, talvez de maneira inédita na história, as forças armadas de uma grande potência militar tenham estabelecido como seus alvos preferenciais a parte mais fragilizada da população civil do povo com o qual está confrontada.

É certo que das mais de 25.000 mortes de civis causadas até agora pelos impiedosos bombardeios israelenses na Faixa de Gaza cerca de 70% se referem a crianças e mulheres.

Seguramente, se fôssemos emitir nossa opinião tão somente em função da sordidez e da monstruosidade que esta contabilidade nos indica, poderíamos facilmente aderir à argumentação que equipara o sionismo israelense ao nazismo hitlerista.

Em termos de perversidade, crueldade e desumanidade, não haveria muitas diferenças a assinalar entre essas duas correntes, cada qual em seu tempo histórico, logicamente.

Porém, somos forçados a reconhecer que há outros aspectos em questão que não podem ser desconsiderados. Sendo assim, tais diferenciações nos levam a rejeitar uma igualação pura e simples dessas duas correntes ideológicas mais nocivas que a humanidade já produziu ao longo do tempo.

Sobre os pontos discrepantes, vamos tentar jogar alguma luz por meio das palavras que expressaremos à continuação.

Em primeiro lugar, precisamos reiterar que é uma absoluta incorreção dizer que o sionismo se inspirou no nazismo e procura imitá-lo. Quem defende isto simplesmente se esquece da anterioridade do surgimento do sionismo em relação ao nazismo.

Como sabemos, as primeiras formulações do sionismo judaico se deram em meados do século XIX, ao passo que as do nazismo só começaram a se delinear no começo do século XX.

Por isso, se houver alguma influência efetiva de uma dessas correntes políticas sobre a outra, seríamos forçados por lógica a concluir que é muito mais provável que o nazismo tenha sido influenciado pelos postulados do sionismo do que o inverso.

Embora o sionismo e o nazismo constituam visões de mundo essencialmente racistas e supremacistas, o povo símbolo para cada qual não é o mesmo.

Para os nazistas, o suprassumo da humanidade está formado pela raça ariana, da qual os alemães constituiriam o núcleo mais puro. Já para os sionistas, o papel de povo senhor, de povo escolhido, seria representado pelos judeus.

Em outras palavras, ainda que o mecanismo que sustenta a base do racismo e supremacismo no sionismo e no nazismo seja muito parecido, o grupo humano que cada qual considera como o centro preferencial é diferente.

Não obstante os judeus terem sido o grupo étnico que mais sofreu com as atrocidades do nazismo, os líderes sionistas durante as primeiras fases do nazismo não questionavam as teses nazistas sobre a necessidade de separação entre as diferentes etnias.

Como é sabido, essas formas de nacionalismo surgiram a partir de disputas interbuguesas na Europa do século XIX, na qual cada burguesia procurava alinhar em suas hostes o número máximo possível de pessoas com as quais estivessem etnicamente afinadas.

Como a burguesia judaica não contava com um território sob seu domínio para impor o peso de seus interesses aos outros grupos burgueses, a ascendência judaica passou a ter um forte valor aglutinador.

Por isso, os sionistas receberam de muito bom grado as primeiras iniciativas hitleristas que buscavam sedimentar o isolamento dos judeus do restante das populações onde estavam instalados.

Como já procurei deixar evidente em outros textos, os sionistas eram minoritários em todas as comunidades judaicas da Europa até antes da eclosão da Segunda Guerra Mundial.

A maioria dos judeus até então estavam engajadas na luta por alcançar seus direitos de integração de maneira igualitária com os demais membros de suas sociedades.

Além disso, um número significativo de judeus e judias havia aderido aos ideais do socialismo e da luta da classe operária por sua emancipação. Tanto assim que um elevado percentual das principais lideranças do movimento operário europeu da primeira metade do século XX tinha ascendência judaica.

A grande serventia que o nazismo teve para a burguesia judaica após sua derrota definitiva pelas forças soviéticas em 1945 foi abrir o caminho para a consolidação do sionismo como a força política hegemônica junto às comunidades judaicas.

Claro que para isso, foi preciso contar com a valiosa ajuda das forças do imperialismo e de todos aqueles que até pouco tempo antes viam com satisfação ou indiferença a perseguição que o nazismo praticava contra os judeus na Europa.

Em razão do que expusemos mais acima, queremos repetir o que havíamos mencionado no começo: O sionismo não é uma simples cópia do nazismo.

Ele tem, sim, muito em comum com a variante alemã do fascismo, mas há também vários pontos que deixam patente que as duas correntes não são exatamente idênticas.

Poderíamos resumir a la Silvio Rodríguez dizendo sobre a relação do sionismo com o nazismo: “No es lo mismo, pero es igual”.

 

Ø  Jeferson Miola: Genoino é uma vítima da mesma vilania sionista praticada contra Roger Waters

 

A Conib – Confederação Israelita do Brasil é um órgão da ação extraterritorial do regime nazi-sionista de Israel. Dissemina aqui no país a propaganda mentirosa e caluniosa e promove a perseguição política, policial e judicial dos críticos das atrocidades do Estado de Israel perpetradas contra o povo palestino há mais de 75 anos. 

Os ataques ferozes ao jornalista Breno Altman colocaram em evidência este papel nefasto desempenhado no Brasil pela Conib e, também, por outras organizações sionistas. A manipulação de um comentário do ex-deputado federal José Genoino/PT se insere nesta ofensiva sionista para calar toda e qualquer crítica à limpeza étnica de Israel nos territórios palestinos. 

A técnica sionista é conhecida: mentem, distorcem a realidade, confundem maldosamente antissionismo com antissemitismo e taxam como antissemitas os críticos do nazi-sionismo. 

Consideram-se portadores do direito divino e ilimitado à reparação pelo Holocausto. Mas fazem da vitimização do Holocausto uma indústria, como denunciou o intelectual judeu Norman Finkelstein, e, também, fazem do Holocausto um salvo-conduto eterno para submeter os palestinos às mesmas condições bárbaras dos campos de concentração nazistas. 

Genoino defendeu a adoção de boicote à Israel, nos termos da campanha internacional BDS – Boicote, Desinvestimentos e Sanções.

É uma iniciativa lançada no início deste século para mobilizar consciências cidadãs e pressionar governos nacionais e os organismos mundiais a sancionarem Israel enquanto seus governos continuam desrespeitando o direito internacional, promovendo segregação racial e genocídio. 

A manipulação da Conib a uma fala do Genoino para acusá-lo de antissemita e, inclusive de nazista, repetiu o velho mantra: “O boicote a judeus foi uma das primeiras medidas adotadas pelo regime nazista contra a comunidade judaica alemã, que culminou no Holocausto”, a entidade afirmou em nota. 

A defesa do boicote ao Estado de Israel foi o mesmo motivo da perseguição implacável da Conib ao músico Roger Waters.

Exatamente o mesmo motivo. 

Waters tem a trajetória artística e pessoal dedicada ao combate ao colonialismo, ao fascismo, ao nazismo e ao Apartheid do regime nazi-sionista de Israel, que está assassinando uma criança palestina a cada 13 minutos. O ex-Pink Floyd apóia desde sempre a resistência do povo palestino e seu direito ao próprio Estado, e é uma das principais referências mundiais da campanha BDS. 

Devido a esses posicionamentos, Roger Waters foi alvo da ofensiva orquestrada do sionismo continental.

Na turnê realizada no segundo semestre de 2023 na América do Sul, ele foi sabotado, teve canceladas hospedagens em hotéis na Argentina e no Uruguai e sofreu ataques e ameaças insanas. 

O vice-presidente da Conib Ary Bergher entrou com ação judicial para impedir o ingresso do Roger Waters no Brasil. Ele queria, também, a proibição de shows no território nacional. “Entrei com o pedido como cidadão, brasileiro e judeu”, afirmou o integrante da Conib, acusando Waters de nazista: “Ele é um nazista que deve ser contido e preso” [sic]. 

Caso o pedido de proibição de ingresso no país e de suspensão dos shows não fosse aceito, a ação do vice-presidente da Conib pedia “que sejam escaladas polícias Federal e Civil para monitorar as apresentações do artista”. 

Uma comitiva de dirigentes da Conib inclusive foi a Brasília pressionar o Ministério da Justiça para que atendesse seus pedidos e censurasse Roger Waters. 

Nos ataques ao Genoino, a Conib está sendo cada vez mais a essência da Conib, ou seja, um órgão da ação extraterritorial do regime nazi-sionista que opera em todas partes do mundo com sua propaganda insidiosa. Genoino é mais uma vítima da mesma vilania sionista praticada contra Roger Waters.

 

Fonte: Viomundo

 

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