terça-feira, 31 de outubro de 2023

Candidato presidencial dos EUA promete impedir que Ucrânia inicie guerra mundial

O candidato à presidência dos EUA Vivek Ramaswamy prometeu na rede social X (antigo Twitter) não permitir que a Ucrânia inicie uma terceira guerra mundial arrastando os Estados Unidos para o conflito.

"Evitaremos uma terceira guerra mundial se cada nação cuidar de seus próprios interesses, porque uma guerra mundial, na verdade, não é do interesse de cada país", afirmou o candidato presidencial.

Uma terceira guerra mundial só ocorrerá em um único cenário, se países como a Ucrânia conseguirem arrastar os EUA para um conflito direto, de acordo com o comunicado de Vivek Ramaswamy.

"Isso não acontecerá sob minha presidência", escreveu o candidato presidencial dos EUA na rede social X.

Anteriormente, a Rússia enviou uma nota diplomática aos países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) sobre o fornecimento de armas à Ucrânia. Qualquer carga com armas para a Ucrânia é considerada um alvo legítimo para a Rússia, afirmou o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov.

Os países da OTAN estão "brincando com fogo" ao fornecer armas para a Ucrânia, segundo o Ministério das Relações Exteriores da Rússia. O fato de o Ocidente estar inundando a Ucrânia com armas não contribui para o sucesso de possíveis negociações e tem, pelo contrário, um efeito contraproducente, de acordo com o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.

Os Estados Unidos e a Aliança Atlântica estão diretamente envolvidos no conflito na Ucrânia, "inclusive não apenas fornecendo armas, mas também treinando pessoal [...] no território do Reino Unido, Alemanha, Itália e em outros países", disse Lavrov.

 

·         Israel é mais 'urgente' que Ucrânia, aponta presidente da Câmara dos EUA

 

Indo na direção contrária aos desejos do presidente dos EUA, Joe Biden, a Câmara dos Representantes vai votar nesta semana em um projeto de lei de auxílio financeiro e militar para Israel, afirmou o presidente do corpo legislativo, Mike Johnson.

"Vamos apresentar um projeto de lei de financiamento independente para Israel esta semana na Câmara", disse Johnson no domingo (29) em entrevista à rede Fox News. "Sei que nossos colegas, nossos colegas republicanos no Senado, têm uma medida semelhante." Ele não deu nenhuma indicação de quando a Câmara poderá discutir sobre uma proposta de financiamento para a Ucrânia.

Desde que voltou do Oriente Médio, Biden está tentando aprovar seu projeto de lei, que agrega no mesmo texto US$ 106 bilhões (R$ 527 bilhões) em ajuda para a Ucrânia, Israel e projetos de defesa nacionais. No documento do presidente, cerca de US$ 61 bilhões (R$ 303 bilhões) iriam para a Ucrânia, enquanto US$ 14 bilhões (R$ 69 bilhões) seriam destinados ao conflito israelo-palestino.

Até agora, o Congresso norte-americano já aprovou US$ 113 bilhões (R$ 562 bilhões) em recursos para a Ucrânia, mas a oposição do Partido Republicano ficou mais forte desde então, e muitos não querem mais saber de financiar o presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, e o conflito na Ucrânia.

Johnson acredita que o projeto de lei de fundos apenas para Israel ganhará um forte apoio bipartidário, tanto na Câmara, quanto no Senado. "Minha intenção não é usar isso para nenhum jogo político partidário", disse. "Este é um assunto muito sério."

"Acreditamos que esta é uma necessidade urgente", disse Johnson sobre o auxílio estadunidense a Israel.

"Há muitas coisas acontecendo ao redor do mundo que temos que resolver, e o faremos, mas neste momento, o que está acontecendo em Israel chama a atenção imediata, e acho que temos que separar isso e fazer com que isso aconteça."

Na manhã de 7 de outubro, Israel sofreu um ataque com foguetes em escala sem precedentes a partir da Faixa de Gaza, perpetrado pelo braço militar do movimento palestino Hamas. Depois disso, combatentes do grupo entraram nas zonas fronteiriças no sul de Israel.

Por conta disso, Israel entrou em estado de guerra e os ataques aéreos foram iniciados. Em poucos dias, os militares assumiram o controle de todas as áreas povoadas perto da fronteira com Gaza e realizaram bombardeios contra alvos, incluindo civis.

 

Ø  Linha de defesa da Rússia virou 'zona da morte' para forças da Ucrânia, diz general polonês

 

As tropas ucranianas não tinham os recursos necessários durante a contraofensiva para quebrar a linha de defesa russa, declarou o general polonês Leon Komornicki à revista Do Rzeczy.

"É uma zona da morte. […] Se os caminhos pelos quais tanques e veículos de combate de infantaria podem se mover são minados, a infantaria leve tem que se mover de posição em posição. Sem intensas barragens prévias de artilharia a infantaria fica sangrando. Isso aconteceu neste caso", disse ele, falando sobre no que se transformaram as posições defensivas russas para o Exército ucraniano.

Segundo o general polonês, as forças ucranianas não têm capacidades necessárias que lhes permitiam enfrentar o adversário na linha da frente. Ao mesmo tempo, as tropas de Kiev sofreram grandes perdas, tentando sem sucesso fazer um avanço no front. Komornicki acrescentou que desde junho já morreram cerca de 100 mil soldados ucranianos.

De acordo com o militar, o Exército ucraniano esgotou suas capacidades, por isso o lado russo passou a ações ofensivas.

A ofensiva de Kiev começou em 4 de junho deste ano e, três meses mais tarde, o presidente russo Vladimir Putin disse que a contraofensiva não ficou simplesmente atolada, ela foi um fracasso completo.

Segundo dados de início de outubro, as tentativas de ataque custaram a Kiev mais de 90 mil baixas entre seus militares. Foram eliminados 543 tanques que deveriam ser a principal força de ataque das Forças Armadas da Ucrânia. Segundo destacou Putin, os tanques agora "queimam muito bem".

·         'Perdas ucranianas aumentam a nível alarmante': militares russos disparam tudo o que têm, diz mídia

"As baixas ucranianas aumentaram a um nível alarmante – em parte devido ao trabalho dos drones", disse um militar da infantaria das Forças Armadas ucranianas com o codinome Levsha, citado pela revista The Economist.

Os militares russos disparam "tudo o que têm", assim que localizam um alvo, afirmou, por sua vez, o comandante da 47ª brigada ucraniana com o codinome Hammer.

"Eles usam seus próprios drones de ataque, artilharia de precisão, minas e bombas guiadas, e em alguns casos, eles até lançam equipes de sabotagem na batalha", destacou ele.

É quase impossível se esconder de um veículo aéreo não tripulado, segundo o militar ucraniano com o codinome Major.

"Um drone pode voar por trás de suas próprias posições e se disfarçar como 'seu'. Suas câmeras podem não ser muito boas. Mas a 150-160 quilômetros por hora, ele ultrapassará você de qualquer maneira", explicou o militar ucraniano.

"Se não houver lugar para se esconder, provavelmente é um homem morto", resumiu ele.

A Rússia tem uma clara superioridade no número de drones de alta qualidade, enquanto os drones ucranianos são montados principalmente por voluntários e com seu próprio dinheiro, escreve a mídia.

As Forças Armadas ucranianas conduzem uma contraofensiva nas regiões a sul de Donetsk, Artyomovsk e Zaporozhie há cinco meses, lançando nas batalhas brigadas treinadas pela OTAN e armadas com equipamentos estrangeiros. Mas elas não conseguiram obter sucesso em nenhuma das seções do front.

А contraofensiva das Forças Armadas da Ucrânia não está apenas estagnada, ela falhou completamente, disse o presidente russo Vladimir Putin. A Ucrânia perdeu 90 mil militares em suas tentativas de "alcançar resultados a qualquer custo", como se "esse não fosse o seu povo", de acordo com Putin.

·         Batalhão especial de drones lança-minas é criado pela Rússia na zona de conflito na Ucrânia

Um batalhão especial russo de operadores de drones sapadores foi criado na zona da operação militar especial, disse o chefe do Estado-Maior da Brigada de Engenheiros do Distrito Militar do Sul, conhecido pelo indicativo de Sotiy, à Sputnik.

O novo batalhão de engenharia foi formado para realizar operações relacionadas ao lançamento de minas em áreas remotas e secretas, a reconhecimento e a várias outras missões de combate.

"Nosso primeiro batalhão regular de sapadores especiais foi estabelecido com base na Brigada de Engenheiros do Distrito Militar Sul", disse o oficial.

Segundo o chefe do gabinete de engenharia, essa unidade conta com profissionais treinados e experientes.

"O batalhão especial utiliza os modelos mais avançados de veículos aéreos não tripulados [VANT]. Eles estão envolvidos na colocação de minas, em reconhecimento e na eliminação de pessoal e equipamento inimigo", acrescentou Sotiy.

De acordo com o vice-comandante do esquadrão especial de sapadores, que atende pelo indicativo de Angel, sua unidade usa munição de produção padrão, e para cada drone — seja um VANT kamikaze ou um lançador de bombas — são criadas munições técnicas individuais.

"É aqui que fabricamos os elementos explosivos, e, claro, todos eles são pesados para corresponder à massa do drone. Nosso esquadrão possui uma fábrica de montagem de campo perto das linhas de frente. Modificamos os drones que recebemos; temos um engenheiro de solda e montamos placas de circuito e afinamos nossos 'passarinhos'. Também montamos os fusíveis das munições — dispositivo que aciona a carga a partir do painel de controle", explicou.

Angel observou que seu pessoal trabalha constantemente para manter seu nível de habilidade. Quando não há tarefas de combate, os militares "treinam em simuladores, praticam e melhoram as suas competências", concluiu o militar.

 

Ø  Forças Armadas ucranianas enfrentam falta crítica de suprimentos médicos, afirma ex-premiê

 

As Forças Armadas ucranianas estão enfrentando uma falta crítica de medicamentos e equipamentos médicos de qualidade, já que o número de soldados feridos triplicou em meio à contraofensiva em ruínas, afirmou o ex-primeiro-ministro ucraniano, Nikolai Azarov, nesta segunda-feira (30).

"[O presidente ucraniano Vladimir] Zelensky e a sua 'cúpula' estão escondendo que as Forças Armadas ucranianas têm sérias dificuldades com medicamentos e equipamentos. O quadro é bastante sombrio nos hospitais ucranianos — não há suprimentos e equipamentos médicos de qualidade", disse Azarov nas redes sociais, que renunciou em meio aos protestos do Euromaidan em 2014 e se mudou para a Rússia.

O problema é que as autoridades ucranianas fornecem medicamentos de baixa qualidade e apenas em casos urgentes, acrescentou o político. Entretanto, a situação está sendo agravada pelo aumento do número de feridos na sequência das tentativas ucranianas de contra-ataque.

"Os hospitais podem receber até 150 soldados feridos por dia. A carga sobre os próprios médicos aumentou proporcionalmente. A equipe tem que realizar até sete amputações em um dia de trabalho. Os médicos ucranianos não escondem que muitos feridos poderiam ter sido salvos, mas eles morrem devido ao fornecimento de medicamentos e equipamentos médicos de má qualidade", disse o ex-chefe de gabinete.

Na semana passada, um jornal britânico noticiou que o pessoal médico das Forças Armadas ucranianas se queixava de equipamento médico defeituoso e da falta de fornecimentos, o que levou a um aumento do número de mortos na sequência da contraofensiva.

A contraofensiva que começou no dia 4 de junho, tem sido amplamente reconhecida por não ter tido sucesso até agora.

 

Ø  Em caso de entrega alemã de mísseis Taurus, Ucrânia levará meses para aprender a usar, diz mídia

 

A Ucrânia há muito tempo pede para a Alemanha enviar mísseis de cruzeiro Taurus, mas Berlim não se apressa em dar essa ajuda, escreve o jornal Die Welt.

No início de outubro, o chanceler alemão Olaf Scholz atrasou o envio devido a preocupações de que o pessoal alemão tivesse de viajar para a Ucrânia para ajudar no serviço e a operar a arma complexa, acrescentando que a presença de especialistas militares alemães na zona de combate poderia envolver ainda mais a Alemanha no conflito, provavelmente provocando um confronto direto com a Rússia.

Ao mesmo tempo, mesmo que os alemães tivessem enviado esta arma para Kiev, teria levado meses para treinar os soldados das Forças Armadas da Ucrânia na aplicação e integração destes mísseis nos sistemas de combate em uso, observa a publicação.

"Normalmente leva de um a um ano e meio para integrar a arma em uma plataforma de aeronaves de combate", aponta Joachim Knopf, diretor-administrativo da empresa da produção dos mísseis de cruzeiro Taurus.

O alcance dos mísseis Taurus é de mais de 500 km, continua a edição alemã, enfatizando que eles são melhores que mísseis de cruzeiro Storm Shadow e SCALP (que é a versão francesa dos Storm Shadow britânicos).

Além disso, destaca-se que, com a ajuda de mísseis Taurus, Kiev poderá atingir alvos na Crimeia, atacar as linhas de apoio da retaguarda e bunkers, pois os mísseis aumentaram a capacidade de penetração no que diz respeito às instalações defensivas.

A publicação também relata que, segundo informação, neste momento apenas 150 dos 600 mísseis de cruzeiro Taurus fornecidos para Bundeswehr estão prontos para lançamento.

Também é possível retomar a produção de mísseis, mas primeiro as autoridades alemãs devem fazer um pedido. Mas mesmo que o façam, levará "pelo menos um ano" para iniciar a produção, concluiu Knopf.

 

Ø  Provocadores da Ucrânia encorajaram distúrbios no aeroporto do Daguestão

 

Os distúrbios no aeroporto na cidade russa de Makhachkala, capital do Daguestão, foram coordenados por um canal no Telegram que é administrado por "traidores e apoiadores de Bandera" do território da Urânia, afirmou o chefe da república do Daguestão, Sergei Melikov.

Na noite de domingo (29), o aeroporto de Makhachkala foi temporariamente fechado depois que um grupo de manifestantes invadiu a pista de voo, informou a Agência Federal dos Transportes Aéreos da Rússia (Rosaviatsiya). Dezenas de pessoas invadiram a pista depois que um avião de passageiros, vindo de Tel Aviv, Israel, pousou no aeroporto.

"Hoje [30] recebemos uma informação absolutamente confirmada e aberta de que o canal Utro Dagestana [Manhã do Daguestão] é administrado e regulado a partir do território da Ucrânia por traidores e apoiadores de Bandera, por aqueles que odeiam coisas que são sagradas para nós e que fazem parte da nossa vida por muitos anos", disse Melikov a jornalistas.

Segundo Melikov, não é a primeira vez que o governo da região enfrenta tentativas de desestabilizar a situação na república do Daguestão e criar um protesto, com "uso de técnicas proibidas", como a fomentação de discórdia interétnica e problemas inter-religiosos.

Por sua vez, o Ministério do Interior da Rússia no distrito federal do norte do Cáucaso informou que o aeroporto de Makhachkala está completamente sob o controle da polícia.

Mais de 150 manifestantes ativos foram identificados, 60 dos quais foram detidos e levados à polícia para uma investigação mais aprofundada. Nove policiais foram feridos, dois dos quais foram hospitalizados depois dos distúrbios no domingo.

Assim, o ex-deputado da câmara baixa do parlamento russo, Ilia Ponomarev (pessoa física que realiza função de agente estrangeiro e listada como terrorista e extremista) disse anteriormente que a agitação no Daguestão foi coordenada "através do nosso canal no Telegram Utro Dagestana".

Ele fugiu da Rússia em 2014 depois de ser processado por peculato. Primeiramente, Ilia foi para os Estados Unidos e depois para a Ucrânia, onde recebeu uma autorização de residência temporária e depois a cidadania. Em 2022, o ex-deputado entrou na lista russa de procurados e foi declarado culpado por espalhar informações falsas sobre o Exército russo.

O Kremlin também classifica acontecimentos em Makhachkala como resultado de interferência externa. Os acontecimentos no aeroporto no Daguestão foram em grande parte resultado de interferência exterior, incluindo através da mídia, declarou nesta segunda-feira (30) o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.

 

Fonte: Sputnik Brasil

 

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