‘Condomínio Rei do Gado’: Michelle surta com apelido dado ao local onde
mora
Após a residência em que o ex-presidente vive em
Brasília ter sido renomeada no Google Maps para “Condomínio Rei do Gado”,
Michelle Bolsonaro usou suas redes sociais para rebater a atitude de
internautas e alfinetar Lula (PT). “Uns moram no ‘Condomínio rei do gado’ ,
outros, no ‘Palacete do Ex-Presidiário’, escreveu a ex-primeira-dama.
Ao longo desta terça-feira, a renomeação do Solar
de Brasília, localizado no bairro Jardim Botânico, viralizou nas redes sociais.
Nesta quarta-feira, o nome verídico do condomínio já consta novamente no Google
Maps.
Após deixar a Presidência, Bolsonaro se mudou para
o condomínio em março, assim que retornou de seu autoexílio nos Estados Unidos.
A residência em que vive com Michelle tem 400 metros quadrados de área
construída. De acordo com a Veja, o aluguel custa R$ 12 mil.
Além do ex-presidente, o Solar de Brasília tem
cerca de quatro mil moradores, já que abriga 1.220 casas. Em abril deste ano,
Bolsonaro chegou a ganhar um café da manhã de boas vindas de seus vizinhos. Na
ocasião, recebeu uma lata de leite condensado personalizada com os dizeres
“nosso eterno presidente desde 2019”.
Como noticiou Lauro Jardim, no entanto, o imóvel
não agrada o antigo casal presidencial. Segundo o colunista, a residência é
tida como barulhenta e inadequada para receber visitas.
TCU
diz que salário de Bolsonaro é assunto do TSE
A área técnica do TCU (Tribunal de Contas da União)
recomendou o arquivamento de processo que pede à corte para determinar ao PL a
suspensão do salário de Jair Bolsonaro, declarado inelegível pelo TSE (Tribunal
Superior Eleitoral).
A solicitação para que o tribunal apurasse
irregularidades na remuneração concedida pelo PL ao ex-presidente foi feita
pelo subprocurador-geral do Ministério Público junto ao TCU, Lucas Rocha
Furtado.
Os técnicos sugerem que o tribunal envie o caso
para a corregedoria do TSE e para a Procuradoria-Geral da República, para que
tomem eventuais providências.
Na representação, Furtado afirma que o pagamento do
salário de R$ 41 mil pelo partido a Bolsonaro, após a condenação pelo TSE,
viola o “princípio da moralidade administrativa”.
“Sabendo-se que as siglas partidárias recebem
recursos do Fundo Especial de Assistência Financeira aos Partidos Políticos
(Fundo Partidário), que é constituído, dentre outras fontes, por dotações
orçamentárias da União, o que se tem é a destinação de recursos públicos ao
ex-presidente da República declarado inelegível”, afirmou ele.
O procurador também pediu que o TCU determinasse de
maneira urgente a suspensão do salário de Bolsonaro e remetesse o caso ao TSE.
A área técnica do TCU entendeu, porém, que a
representação não preenche os requisitos para ter o mérito analisado porque não
há indícios de desvios no fundo partidário.
No documento obtido pela Folha, os técnicos afirmam
que a corte pode realizar auditorias para “apurar possíveis desvios ou
ilegalidades na gestão dos recursos públicos, como consequência nos fundos
partidários”.
“Entretanto, no caso concreto, como não há indícios
concretos de irregularidade e o recurso discutido refere-se a fundo partidário,
com previsão legal de fiscalização da Justiça Eleitoral, entende-se que as
eventuais irregularidades devem ser objeto de escrutínio da Justiça Eleitoral.”
Além disso, os técnicos avaliam que não há impedimento
para que o PL pague remuneração a quem esteja inelegível.
“Com relação aos efeitos da declaração de
inelegibilidade, observa-se que a jurisprudência da Corte Superior Eleitoral é
no sentido de que a inelegibilidade não importa no impedimento de participar de
partidos políticos.”
O caso está no TCU sob a relatoria do ministro
Benjamin Zymler, a quem cabe arquivar o processo.
Além desse, Lucas Furtado pediu a abertura de um
processo por mau uso de recursos públicos.
A solicitação é para que a corte investigue
Bolsonaro por “dano ao erário decorrente do abuso de poder político e do uso
indevido dos meios de comunicação”, especialmente por meio de canal público. O
pedido também tem como base a ação em que Bolsonaro foi condenado no TSE e
declarado inelegível por oito anos.
A ação no TSE teve como foco a reunião em julho do
ano passado com embaixadores estrangeiros no Palácio da Alvorada, residência
oficial da Presidência da República O evento durou cerca de 50 minutos e foi
transmitido pela TV Brasil. Só foram autorizados a acompanhar a reunião os
veículos que se comprometessem a transmitir o evento ao vivo.
Na ocasião, a menos de três meses da eleição,
Bolsonaro fez afirmações falsas e distorcidas sobre o processo eleitoral,
alegou ter se baseado em dados oficiais, e tentou desacreditar ministros do
TSE.
No mês passado, Bolsonaro foi declarado inelegível
no TSE por 5 votos a 2.
No julgamento, o TSE decidiu, de forma unânime,
rejeitar o pedido de inelegibilidade de Walter Braga Netto (PL), que foi candidato
a vice-presidente na chapa de Bolsonaro nas eleições de 2022.
Bolsonaro
se gaba de eliminar impostos para ricos
Ainda aborrecido com a aprovação com folga da
Reforma Tributária pela Câmara dos Deputados, o ex-presidente Jair Bolsonaro
passou um belo recibo, nesta terça (25), ao tentar convencer que, como o
governo Lula, ele também vinha fazendo uma reforma.
E destacou o que seria uma de suas “conquistas”:
reduzir o imposto cobrado sobre o jet ski dos ricos.
“A Reforma Tributária, eu vinha fazendo com o Paulo
Guedes. Reduzimos em um terço o IPI de 4 mil produtos, zeramos o imposto de
importação de muita coisa, como games, jet ski, veleiros”, afirmou em um evento
do PL na Câmara Municipal de São Paulo.
Na verdade, reforma é algo muito mais complexo que
um simples corte de impostos. Aprovada pela Câmara em 7 de julho, a PEC 45/2019
simplifica a taxação sobre o consumo no Brasil, criando um Imposto sobre Valor
Agregado, que reúne tributos federais (IPI, PIS e Cofins) e estaduais e
municipais (ICMS e ISS). O Brasil tentava aprovar uma proposta nesses moldes há
três décadas, o que é fundamental para a economia. Daí, o ciúme do
ex-presidente.
A citação ao jet ski não foi aleatória, uma vez que
o texto da reforma, que está sendo analisado pelo Senado, prevê a cobrança de
IPVA sobre esse tipo de embarcação, além de iates, lanchas, helicópteros e
aviões – que, hoje, são isentos, ao contrário de carros, motos e caminhões.
Criticando o ministro da Fazenda Fernando Haddad e
o presidente Lula, Jair bateu na PEC aprovada na Câmara com o apoio do
governador Tarcísio de Freitas, seu afilhado político, de 20 deputados federais
de seu partido, da maioria dos setores econômicos e dos semoventes.
E, como já fez em outras oportunidades, aproveitou
para defender a isenção de impostos para ricos e atacar a taxação progressiva
sobre heranças. Diz que isso “taxa quem produz”.
Depois de afirmar à plateia de colaboradores e
apoiadores que eles terão que pagar mais imposto (o que é provável se forem
representantes do 1% mais rico da população, alvo da segunda fase da reforma,
que deve tratar da renda e do patrimônio), Jair engatou um discurso
psicodélico, que começou no jet ski de rico e terminou em xingamentos a Lula.
“Quando dizemos de jet ski, dizem que estamos
pensando no rico. Na marina tem um montão de gente pobre que vive disso.
Estimula o turismo. Facilitamos a aquisição de carteira de habilitação para jet
ski e de hidroavião. O Brasil é uma pista, o Brasil é uma grande pista para
hidroaviões. Quero turismo de hidroavião na Amazônia para mostrar para o mundo
que aquele trem não pega fogo. Hoje o Canada tá em chamas, ninguém fala nada
aqui no Brasil, ninguém, quer dizer, a mídia tradicional, né? Todo ano pega
fogo na Califórnia, ninguém toca no assunto. Quando alguém aqui exagera na
festa de São Joao, aquilo passou a ser um foco de calúnia no Brasil. Problemas,
pancadas… Pancadas por que? Porque o país é maravilhoso, ninguém tem o que nós
temos. A quem interessa, levem-se em conta alguns países europeus, países mais
ao Norte, interessa eu ou um entreguista na presidência da República? Um analfabeto?
Um jumento, por que não dizer assim?”
Jet ski, vale lembrar, foi um dos símbolos do seu
governo durante a pandemia. Sempre que desejava mostrar indiferença diante das
centenas de milhares de mortes por covid-19, ele cavalgava um no lago Paranoá
ou em viagens pagas pelo contribuinte no Guarujá (SP) e em São Francisco do Sul
(SC).
Apenas nessas duas cidades, o gasto de Bolsonaro no
cartão corporativo nas festas de final de ano de 2020 a 2022 foi de R$ 1,16
milhão, incluindo apenas combustível, hospedagem e alimentação.
Pode se dizer muita coisa de Jair, menos que ele
não sabe aproveitar bem os tributos. Os nossos, no caso.
Lula
dá resposta acachapante a Bolsonaro após ser chamado de "jumento"
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu
responder nesta quarta-feira (26) ao ataque infantil feito por Jair Bolsonaro,
que em evento do PL em São Paulo na terça-feira (25) chamou o atual mandatário
de "jumento".
"A quem interessa... Leva-se em conta os
países europeus, os países do norte, interessa eu ou um entreguista na
Presidência da República? Um analfabeto. Um jumento, por que não dizer
assim?", havia declarado Bolsonaro em discurso exaltado e cheio de
palavrões.
Lula, então, revelou que foi provocado pela
imprensa a rebater o xingamento, e o fez com uma resposta acachapante:
mesclando inteligência e bom humor. Em sua manifestação, o presidente sequer
citou o nome de Bolsonaro.
"Ontem a imprensa me pediu para responder uma
pessoa que tentou me atacar chamando de 'jumento'. Um animal simpático e mais
esperto que alguns. O que seria ofensivo seria comparar um jumento a ele, isso
sim. Ofensivo aos jumentinhos que não fazem mal a ninguém", escreveu Lula
em suas redes sociais.
• Desesperado,
Bolsonaro apela para radicalismo e fala em "ponta da praia"
Durante participação em evento de filiações ao seu
partido, o PL, realizado em São Paulo (SP) neste terça-feira (25), Jair Bolsonaro
demonstrou estar desesperado com sua inelegibilidade, decretada pelo Tribunal
Superior Eleitoral (STF), e sinalizou certa apreensão ao apelar para o
radicalismo, falar palavrões, atacar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a
Justiça brasileira.
Em um discurso longo e com tom exaltado, o
ex-presidente xingou Lula de "jumento", disse querer voltar à
presidência da República e reclamou de sua condenação na Justiça eleitoral.
Segundo Bolsonaro, o TSE o condenou à
inelegibilidade pelo fato de ele querer se presidente por mais um mandato, e
não por abuso de poder ao convocar uma reunião com embaixadores estrangeiros
para atacar o sistema eleitoral brasileiro.
"Triste um país que pune um político não pelos
seus defeitos ou erros, mas por suas virtudes. Eu fui punido no TSE por
virtude. Vontade de ser presidente novamente, não é verdade? Eu queria ir para
a praia, mas entendo que é uma missão", afirmou.
Em outro momento de sua fala, Bolsonaro saiu em
defesa dos golpistas que participaram dos atos antidemocráticos em 8 de janeiro
e ainda usou a expressão "ponta da praia" para se referir àqueles que
defendem o Estado Democrático de Direito.
"Ponta da praia" é um termo usado por
militares para se referir à Restinga da Marambaia, no Rio de Janeiro, local que
ficou conhecido por ser onde se praticavam tortura, execução e desova de corpos
de presos políticos na ditadura miliar.
"Qualquer um pode ser preso hoje em dia por
nada. […] Qual é a acusação? Ofendeu o Estado democrático de Direito. Ah vá pra
ponta da praia! Tudo é Estado democrático de Direito", disparou.
Fonte: O Globo/UOL/Fórum
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