quinta-feira, 27 de julho de 2023

‘Condomínio Rei do Gado’: Michelle surta com apelido dado ao local onde mora

Após a residência em que o ex-presidente vive em Brasília ter sido renomeada no Google Maps para “Condomínio Rei do Gado”, Michelle Bolsonaro usou suas redes sociais para rebater a atitude de internautas e alfinetar Lula (PT). “Uns moram no ‘Condomínio rei do gado’ , outros, no ‘Palacete do Ex-Presidiário’, escreveu a ex-primeira-dama.

Ao longo desta terça-feira, a renomeação do Solar de Brasília, localizado no bairro Jardim Botânico, viralizou nas redes sociais. Nesta quarta-feira, o nome verídico do condomínio já consta novamente no Google Maps.

Após deixar a Presidência, Bolsonaro se mudou para o condomínio em março, assim que retornou de seu autoexílio nos Estados Unidos. A residência em que vive com Michelle tem 400 metros quadrados de área construída. De acordo com a Veja, o aluguel custa R$ 12 mil.

Além do ex-presidente, o Solar de Brasília tem cerca de quatro mil moradores, já que abriga 1.220 casas. Em abril deste ano, Bolsonaro chegou a ganhar um café da manhã de boas vindas de seus vizinhos. Na ocasião, recebeu uma lata de leite condensado personalizada com os dizeres “nosso eterno presidente desde 2019”.

Como noticiou Lauro Jardim, no entanto, o imóvel não agrada o antigo casal presidencial. Segundo o colunista, a residência é tida como barulhenta e inadequada para receber visitas.

 

       TCU diz que salário de Bolsonaro é assunto do TSE

 

A área técnica do TCU (Tribunal de Contas da União) recomendou o arquivamento de processo que pede à corte para determinar ao PL a suspensão do salário de Jair Bolsonaro, declarado inelegível pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

A solicitação para que o tribunal apurasse irregularidades na remuneração concedida pelo PL ao ex-presidente foi feita pelo subprocurador-geral do Ministério Público junto ao TCU, Lucas Rocha Furtado.

Os técnicos sugerem que o tribunal envie o caso para a corregedoria do TSE e para a Procuradoria-Geral da República, para que tomem eventuais providências.

Na representação, Furtado afirma que o pagamento do salário de R$ 41 mil pelo partido a Bolsonaro, após a condenação pelo TSE, viola o “princípio da moralidade administrativa”.

“Sabendo-se que as siglas partidárias recebem recursos do Fundo Especial de Assistência Financeira aos Partidos Políticos (Fundo Partidário), que é constituído, dentre outras fontes, por dotações orçamentárias da União, o que se tem é a destinação de recursos públicos ao ex-presidente da República declarado inelegível”, afirmou ele.

O procurador também pediu que o TCU determinasse de maneira urgente a suspensão do salário de Bolsonaro e remetesse o caso ao TSE.

A área técnica do TCU entendeu, porém, que a representação não preenche os requisitos para ter o mérito analisado porque não há indícios de desvios no fundo partidário.

No documento obtido pela Folha, os técnicos afirmam que a corte pode realizar auditorias para “apurar possíveis desvios ou ilegalidades na gestão dos recursos públicos, como consequência nos fundos partidários”.

“Entretanto, no caso concreto, como não há indícios concretos de irregularidade e o recurso discutido refere-se a fundo partidário, com previsão legal de fiscalização da Justiça Eleitoral, entende-se que as eventuais irregularidades devem ser objeto de escrutínio da Justiça Eleitoral.”

Além disso, os técnicos avaliam que não há impedimento para que o PL pague remuneração a quem esteja inelegível.

“Com relação aos efeitos da declaração de inelegibilidade, observa-se que a jurisprudência da Corte Superior Eleitoral é no sentido de que a inelegibilidade não importa no impedimento de participar de partidos políticos.”

O caso está no TCU sob a relatoria do ministro Benjamin Zymler, a quem cabe arquivar o processo.

Além desse, Lucas Furtado pediu a abertura de um processo por mau uso de recursos públicos.

A solicitação é para que a corte investigue Bolsonaro por “dano ao erário decorrente do abuso de poder político e do uso indevido dos meios de comunicação”, especialmente por meio de canal público. O pedido também tem como base a ação em que Bolsonaro foi condenado no TSE e declarado inelegível por oito anos.

A ação no TSE teve como foco a reunião em julho do ano passado com embaixadores estrangeiros no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência da República O evento durou cerca de 50 minutos e foi transmitido pela TV Brasil. Só foram autorizados a acompanhar a reunião os veículos que se comprometessem a transmitir o evento ao vivo.

Na ocasião, a menos de três meses da eleição, Bolsonaro fez afirmações falsas e distorcidas sobre o processo eleitoral, alegou ter se baseado em dados oficiais, e tentou desacreditar ministros do TSE.

No mês passado, Bolsonaro foi declarado inelegível no TSE por 5 votos a 2.

No julgamento, o TSE decidiu, de forma unânime, rejeitar o pedido de inelegibilidade de Walter Braga Netto (PL), que foi candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro nas eleições de 2022.

 

       Bolsonaro se gaba de eliminar impostos para ricos

 

Ainda aborrecido com a aprovação com folga da Reforma Tributária pela Câmara dos Deputados, o ex-presidente Jair Bolsonaro passou um belo recibo, nesta terça (25), ao tentar convencer que, como o governo Lula, ele também vinha fazendo uma reforma.

E destacou o que seria uma de suas “conquistas”: reduzir o imposto cobrado sobre o jet ski dos ricos.

“A Reforma Tributária, eu vinha fazendo com o Paulo Guedes. Reduzimos em um terço o IPI de 4 mil produtos, zeramos o imposto de importação de muita coisa, como games, jet ski, veleiros”, afirmou em um evento do PL na Câmara Municipal de São Paulo.

Na verdade, reforma é algo muito mais complexo que um simples corte de impostos. Aprovada pela Câmara em 7 de julho, a PEC 45/2019 simplifica a taxação sobre o consumo no Brasil, criando um Imposto sobre Valor Agregado, que reúne tributos federais (IPI, PIS e Cofins) e estaduais e municipais (ICMS e ISS). O Brasil tentava aprovar uma proposta nesses moldes há três décadas, o que é fundamental para a economia. Daí, o ciúme do ex-presidente.

A citação ao jet ski não foi aleatória, uma vez que o texto da reforma, que está sendo analisado pelo Senado, prevê a cobrança de IPVA sobre esse tipo de embarcação, além de iates, lanchas, helicópteros e aviões – que, hoje, são isentos, ao contrário de carros, motos e caminhões.

Criticando o ministro da Fazenda Fernando Haddad e o presidente Lula, Jair bateu na PEC aprovada na Câmara com o apoio do governador Tarcísio de Freitas, seu afilhado político, de 20 deputados federais de seu partido, da maioria dos setores econômicos e dos semoventes.

E, como já fez em outras oportunidades, aproveitou para defender a isenção de impostos para ricos e atacar a taxação progressiva sobre heranças. Diz que isso “taxa quem produz”.

Depois de afirmar à plateia de colaboradores e apoiadores que eles terão que pagar mais imposto (o que é provável se forem representantes do 1% mais rico da população, alvo da segunda fase da reforma, que deve tratar da renda e do patrimônio), Jair engatou um discurso psicodélico, que começou no jet ski de rico e terminou em xingamentos a Lula.

“Quando dizemos de jet ski, dizem que estamos pensando no rico. Na marina tem um montão de gente pobre que vive disso. Estimula o turismo. Facilitamos a aquisição de carteira de habilitação para jet ski e de hidroavião. O Brasil é uma pista, o Brasil é uma grande pista para hidroaviões. Quero turismo de hidroavião na Amazônia para mostrar para o mundo que aquele trem não pega fogo. Hoje o Canada tá em chamas, ninguém fala nada aqui no Brasil, ninguém, quer dizer, a mídia tradicional, né? Todo ano pega fogo na Califórnia, ninguém toca no assunto. Quando alguém aqui exagera na festa de São Joao, aquilo passou a ser um foco de calúnia no Brasil. Problemas, pancadas… Pancadas por que? Porque o país é maravilhoso, ninguém tem o que nós temos. A quem interessa, levem-se em conta alguns países europeus, países mais ao Norte, interessa eu ou um entreguista na presidência da República? Um analfabeto? Um jumento, por que não dizer assim?”

Jet ski, vale lembrar, foi um dos símbolos do seu governo durante a pandemia. Sempre que desejava mostrar indiferença diante das centenas de milhares de mortes por covid-19, ele cavalgava um no lago Paranoá ou em viagens pagas pelo contribuinte no Guarujá (SP) e em São Francisco do Sul (SC).

Apenas nessas duas cidades, o gasto de Bolsonaro no cartão corporativo nas festas de final de ano de 2020 a 2022 foi de R$ 1,16 milhão, incluindo apenas combustível, hospedagem e alimentação.

Pode se dizer muita coisa de Jair, menos que ele não sabe aproveitar bem os tributos. Os nossos, no caso.

 

       Lula dá resposta acachapante a Bolsonaro após ser chamado de "jumento"

 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu responder nesta quarta-feira (26) ao ataque infantil feito por Jair Bolsonaro, que em evento do PL em São Paulo na terça-feira (25) chamou o atual mandatário de "jumento".

"A quem interessa... Leva-se em conta os países europeus, os países do norte, interessa eu ou um entreguista na Presidência da República? Um analfabeto. Um jumento, por que não dizer assim?", havia declarado Bolsonaro em discurso exaltado e cheio de palavrões.

Lula, então, revelou que foi provocado pela imprensa a rebater o xingamento, e o fez com uma resposta acachapante: mesclando inteligência e bom humor. Em sua manifestação, o presidente sequer citou o nome de Bolsonaro.

"Ontem a imprensa me pediu para responder uma pessoa que tentou me atacar chamando de 'jumento'. Um animal simpático e mais esperto que alguns. O que seria ofensivo seria comparar um jumento a ele, isso sim. Ofensivo aos jumentinhos que não fazem mal a ninguém", escreveu Lula em suas redes sociais.

•        Desesperado, Bolsonaro apela para radicalismo e fala em "ponta da praia"

Durante participação em evento de filiações ao seu partido, o PL, realizado em São Paulo (SP) neste terça-feira (25), Jair Bolsonaro demonstrou estar desesperado com sua inelegibilidade, decretada pelo Tribunal Superior Eleitoral (STF), e sinalizou certa apreensão ao apelar para o radicalismo, falar palavrões, atacar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a Justiça brasileira.

Em um discurso longo e com tom exaltado, o ex-presidente xingou Lula de "jumento", disse querer voltar à presidência da República e reclamou de sua condenação na Justiça eleitoral.

Segundo Bolsonaro, o TSE o condenou à inelegibilidade pelo fato de ele querer se presidente por mais um mandato, e não por abuso de poder ao convocar uma reunião com embaixadores estrangeiros para atacar o sistema eleitoral brasileiro.

"Triste um país que pune um político não pelos seus defeitos ou erros, mas por suas virtudes. Eu fui punido no TSE por virtude. Vontade de ser presidente novamente, não é verdade? Eu queria ir para a praia, mas entendo que é uma missão", afirmou.

Em outro momento de sua fala, Bolsonaro saiu em defesa dos golpistas que participaram dos atos antidemocráticos em 8 de janeiro e ainda usou a expressão "ponta da praia" para se referir àqueles que defendem o Estado Democrático de Direito.

"Ponta da praia" é um termo usado por militares para se referir à Restinga da Marambaia, no Rio de Janeiro, local que ficou conhecido por ser onde se praticavam tortura, execução e desova de corpos de presos políticos na ditadura miliar.

"Qualquer um pode ser preso hoje em dia por nada. […] Qual é a acusação? Ofendeu o Estado democrático de Direito. Ah vá pra ponta da praia! Tudo é Estado democrático de Direito", disparou.

 

Fonte: O Globo/UOL/Fórum

 

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