quinta-feira, 2 de maio de 2024

As línguas estranhas da religião é uma grande mentira ou falta de discernimento?

As duas coisas.

Ao cumprir-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar. 2 De repente veio do céu um ruído, como que de um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam sentados. 3 E lhes apareceram umas línguas como que de fogo, que se distribuíam, e sobre cada um deles pousou uma. 4 E todos ficaram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito lhes concedia que falassem. Atos Cap. 2

O Pentecostes vem da língua Grega e significa cinquenta dias depois. Então, estamos tratando da posteridade de 50 dias após a festa da Pessach judaica. Além disso, essa festa do Pentecostes possuía três nomes em hebraico, são eles: festa das Semanas, festa das Colheitas ou Dia das Primícias, ou seja, era uma festa agrícola situada no período das colheitas. Portanto, fica lícito o teor festivo que envolvia todos ali reunidos, inclusive turistas de outras localidades, que também visitavam a região de Jerusalém, especialmente, o Templo, na época da Páscoa.

As festas atraiam pessoas de várias regiões, e, claro, essas pessoas falavam outras línguas. O autor criou um enredo dramático para enriquecer sua narrativa acrescentando o espírito santo como tempero especial da trama, talvez lembrando da Torre de Babel ou apenas utilizou-se da própria criatividade para descrever o que era comum nas épocas festivas da região. Não só isso, é perfeitamente claro que o texto apresenta exatamente isso; "começaram a falar noutras línguas".

Agora, se entendermos que "começaram a falar noutras línguas", seria uma língua não terrena, ou se preferir, a "língua dos anjos", possivelmente, o indivíduo que entende dessa maneira, sem antes buscar entender com alguma transparência o texto e o contexto de Atos, fica claro que falta a esse indivíduo compreender outras facetas, que deram ao autor a ideia de escrever uma novela com toda a trama especial para nos apresentar o seu personagem principal, a jornada do herói, Paulo de Tarso. Portanto, o que temos, é uma falta de discernimento, com muitos motivos atrativos por detrás dessa aderência ao misticismo dogmático, sem dúvidas.

Sobre o livro, quanto à data de escrita, a maioria dos estudiosos, não todos obviamente, concordam que o livro de Atos foi escrito entre os anos 70-80 e 150 d.EC. A Escola de Tübingen coloca a confecção da obra por volta do ano 150 d.EC. Portanto, não existem certezas sobre à data da elaboração da obra. Inclusive, alguns estudiosos também não têm garantias sobre quem foi o autor do livro. Alguns apontam para Lucas (historicamente um fantasma), outros para algum escriba de boa formação, isto é, conhecedor da cultura dos judeus, dos romanos, dos gregos e, também, de outros povos antigos daquela região e de outras regiões relevantes para os estudiosos da antiguidade.

•        Por que ensinam evolucionismo nas escolas sendo que na Bíblia está escrito que a verdade é a criação?

Não existe nenhum problema com isso.

A teoria da evolução está amparada em evidências científicas, e parece fora de questão que ela deva ser ensinada nas escolas. Talvez exista uma dificuldade de compreensão da sua complexidade, mas sempre é possível se chegar a uma forma pedagógica adequada.

O problema é quando a evolução é apresentada como um contraponto ideológico à religião, e isso faz com que exista uma "posição defensiva", estimulando um ponto de vista em que a fé, para ser fortalecida, precisa se contrapor aos conhecimentos científicos.

E essa nunca foi a atitude da teologia ao longo do tempo.

Sempre que surgiam divergências entre a narrativa bíblica e o que era obtido através da ciência, os principais nomes do pensamento cristão sempre assimilaram o conhecimento científico. E faziam isso não por menosprezo das Escrituras, mas porque reconheciam que eram enfoques diferenciados.

Por acaso a crença em espécies fixas e imutáveis foi alguma vez uma questão essencial à fé?

Além do mais, essa questão só adquire alguma importância enquanto os aspectos práticos da religião (como a ética e o serviço social) são colocados de lado, o que cria uma espécie de pressão interna para que seja uma questão de fé admitir conclusões opostas à ciência.

•        O antigo testamento não foi escrito para a igreja primitiva?

Não.

Alguns livros do AT foram utilizados como um arcabouço de regras para sedimentar os ensinamentos das Leis de Moisés, além dos escritos proféticos, no intuito de normatizar as ações praticadas no cotidiano pelos Hebreus. Os textos ficaram conhecidos como "As Escrituras". Os anciãos ensinavam no Templo sobre as Escrituras e, nesse contexto, muitas religiões advindas do judaísmo se formaram com base no AT, tais como; os Saduceus, os Essênios, os Zelotas, os Fariseus, os Apocalípticos, etc., Mas não eram conhecidas como "igreja primitiva" e, alguns desses segmentos eram denominados de seitas.

O Antigo Testamento tem relação direta com o judaísmo e com suas seitas. Entretanto, quando Paulo começou a disseminar seus textos, o AT passou a perder relevância para os Judeus e gentios que se convertiam ao proto catolicismo. Os escritos de Paulo, os genuínos, ganharam o título de "Escrituras" antes dos evangelhos devido à sua importância no meio dogmático de uma religião que, nascera como seita do judaísmo, mas estava em crescente ascenção e, nesse ponto, é que está situada a "igreja primitiva", e, alguns estudiosos também entrelaçam esse momento com o; "Cristianismo primitivo".

 

•        Portugal sabe quem é o Bispo Edir Macedo, qual é a opinião dos portugueses em relação a igreja universal do reino de Deus?

 

Sei e compartilho da opinião de muitos aqui. Como cidadão português que aprendeu a respeitar as escolhas dos outros, não condeno as muitas pessoas que procuraram essa religião, se acharem que nela encontram paz de espírito.

Já quanto ao pseudo bispo Edir Macedo, é manifestamente um enganador. E estou a ser brando ao usar essa palavra. Aproveita as debilidades emocionais e/ou espirituais de pessoas simples e crentes, para as explorar até ao tutano. Vi uma série da Globo, que contou a vida toda deste senhor. Claro que o argumento estava à partida viciado, pois os donos da globo temiam a concorrência via TV record, comprada pelo Macedo. Mas não esqueço imagens reais, ELE pelos vistos não sabia que estava ser filmado, a contar notas amarrotadas e a rir-se, como que a dizer "enganei mais uns papalvos"!!!

À anos, um bom grupo que dele se afastou trairam-no e, disponibilizaram as imagens para toda a gente ver. Foi uma vergonha, mas ao que parece, foi coisa que não lhe fez muita mossa.

Um outro caso, um lacaio dele, vulgo pastor (ou um Impastor), entusiasmou-se tanto com o seu discurso na igreja que' para demonstrar não sei o quê, pôs - se a pontapear uma imagem da padroeira do Brasil, para provar qual Arquimedes, que, a santa, Senhora da Aparecida, era de"caco", o que despertou a ira dos católicos brasileiros. Claro, saiu pianinho de cena, ou pôs-se na alheta (pirou-se, deu corda aos sapatos = fugir), e foi pregar para outra freguesia. Se não fugisse, caíam-lhe os céus em cima, como diziam os velhos gauleses da aldeia dos doidos, Astérix e Obélix.

Esse senhor, tão disputado pelos políticos, por causa dos votos evangélicos, não é um pastor. É um banqueiro!!! O que ele rege, é um império financeiro.

Respeito as pessoas crentes, mas tenho muita pena dos credulos.

 

Fonte: Quora

 

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