terça-feira, 27 de agosto de 2024

"Vai pegar fogo": internautas apontam possível conexão de Malafaia com os incêndios

O empresário da fé Silas Malafaia, que é um expoente da extrema-direita no Brasil e tem convocado atos contra as instituições no dia 7 de setembro, tem sido associado por internautas aos incêndios criminosos. Isso porque em vídeos e memes ele difundiu a mensagem "vai pegar fogo" na convocação para os protestos contra o ministro Alexandre de Moraes – o que pode ser interpretado como "apito de cachorro". 

O termo "apito de cachorro" (em inglês, "dog whistle") é uma metáfora usada para descrever uma mensagem política ou comunicação que é codificada de forma a ser entendida por um grupo específico, mas não por outros. Essa expressão vem do apito de cachorro real, que emite um som em uma frequência que apenas os cães podem ouvir.

Na política, um "apito de cachorro" é uma mensagem que contém uma conotação ou significado especial para uma audiência particular sem ser percebida de maneira óbvia pelo público em geral. É frequentemente usada para transmitir ideias ou posições controversas ou divisivas sem que isso seja claramente detectado por todos.

Por exemplo, um político pode usar uma linguagem aparentemente neutra ou inofensiva que, para uma audiência específica, tem um significado mais profundo ou alinhado com crenças extremas ou preconceituosas. Isso permite que o político mantenha uma postura pública aceitável enquanto comunica suas intenções reais para uma base mais restrita.

<><> Saiba mais sobre as investigações da PF:

O governo federal acionou a Polícia Federal (PF) para investigar a possível origem criminosa das queimadas que se espalharam pelo estado de São Paulo nesta semana. A informação foi confirmada neste domingo (25) pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que esteve na sede do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo), em Brasília.

A ministra disse que o governo trabalha com a suspeita de uma ação criminosa similar ao “dia do fogo”, numa referência ao 10 de agosto de 2019, quando uma ação orquestrada de criminosos ateou fogo em mais de 470 propriedades rurais. “Há uma forte suspeita de que está acontecendo de novo”, afirmou. 

“Nesse momento é uma verdadeira guerra contra o fogo e a criminalidade”, disse a ministra. “Tem uma situação atípica. Você começa a ter em uma semana, praticamente em dois dias, vários municípios queimando ao mesmo tempo. Isso não faz parte de nossa experiência de combate ao fogo.”

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também compareceu à sala de situação montada há dois meses no Prevfogo para acompanhar a situação dos focos de incêndio. Ele assegurou recursos e ações do governo federal para debelar as chamas, que disse serem difíceis de apagar. “A gente acaba de apagar o fogo você vira as costas e ele acende outra vez”.

Também compareceram ao local o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, o presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Rodrigo Agostinho, e o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues. Todos permaneceram cerca de uma hora na sala de situação, onde é possível acompanhar em tempo real os focos de incêndio em diferentes regiões do país, via imagens de satélite. 

“Em São Paulo, não é natural, em hipótese alguma, que em dois dias tenha diversas frentes de incêndio envolvendo concomitantemente vários municípios”, reiterou Marina sobre as suspeitas de ação criminosa. “É preciso parar de atear fogo”, apelou. “O fogo não é estadual nem municipal, é um fogo que prejudica o Brasil."

A ministra avalia que a situação poderia ser muito pior se o governo federal não tivesse se preparado desde o início do mandato de Lula para um possível aumento nas queimadas. Ela afirmou que "não é verdade que haja falha do governo federal".

Marina mencionou o envio da aeronave KC-390, da Força Aérea Brasileira (FAB) para auxiliar no rescaldo das chamas, mas relatou que o avião ainda não pode atuar por questões de segurança, devido à grande quantidade de fumaça. 

<><> Investigações

Ao lado da ministra, o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, confirmou a existência de 31 inquéritos para apurar condutas criminosas ligadas aos incêndios florestais na Amazônia e mais 20 relacionadas ao Pantanal, além de duas investigações abertas para apurar a situação em São Paulo. “Mobilizamos as nossas 15 delegacias espalhadas pelo interior [de SP] para que a gente possa identificar essa questão que envolve essas queimadas no estado”. 

Rodrigues também explicou que o governo dispõe de ferramentas que permitem retroceder as imagens de satélite, até a identificação da origem dos focos de calor, o que deve auxiliar em grande medida as investigações. A atuação da PF no caso se justifica devido ao impacto do problema em áreas de interesse da União, como o funcionamento dos aeroportos. 

Neste domingo (25), o governo paulista informou que há 21 cidades de São Paulo com focos ativos, e outras 46 cidades em alerta máximo para uma possível aproximação das chamas. 

<><> Fumaça 

A fumaça gerada pelas chamas no interior paulista e em outras regiões tem sido carregada por ventos favoráveis para as regiões centrais do país. Neste domingo, por exemplo, Brasília amanheceu com vários bairros encobertos pela fumaça. O fenômeno, facilitado pelo tempo seco, também foi registrado em outras capitais, como Goiânia e Belo Horizonte. 

De acordo com o governo federal, um número recorde de brigadistas foi mobilizado para trabalhar no combate aos incêndios florestais neste ano, incluindo 1,4 mil na região amazônica e 800 no Pantanal. Helicópteros da Marinha e do Exército foram enviados nesta semana a São Paulo para auxiliar no combate aos incêndios no estado.

O presidente do Ibama esteve neste domingo na sede do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo), estrutura que é ligada ao Ibama, em Brasília, junto com o presidente Luís Inácio Lula da Silva e a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. No local, eles acompanharam a situação dos focos de incêndio nos monitores da sala de situação.

¨      Prejuízos provocados pelos incêndios em SP podem passar de R$ 1 bilhão, diz Tarcísio

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), declarou que os prejuízos causados pelos recentes incêndios no estado terão um impacto significativo tanto na economia quanto no meio ambiente. Em entrevista à GloboNews, nesta segunda-feira (26), ele destacou que as queimadas, provocadas de forma criminosa e pelo clima seco, estão causando danos em plantações e residências. Segundo ele, os prejuízos podem ultrapassar R$ 1 bilhão.

Ainda conforme o governador, o estado de São Paulo não possui mais focos de incêndio. "Nós fizemos o reconhecimento agora pela manhã e os focos que remanesciam em Pedregulho, Paulo de Faria já foram extintos. Então, não tem nenhum foco ativo no estado de São Paulo”, disse.

Ainda de acordo com o governador, as Forças Armadas seguem atuando de forma conjunta com o Corpo de Bombeiros para atuar na prevenção de novos incêndios e para evitar a reignição do fogo. A onda de incêndios deixou 48 cidades do interior paulista em alerta máximo para queimadas.Segundo as autoridades, duas pessoas morreram e mais de 800 tiveram que deixar suas casas . Outras três pessoas foram presas pela suspeita de atuarem em incêndios criminosos.

A área mais afetada no fim de semana foi a região de Ribeirão Preto, localizada no nordeste do estado, onde 10 cidades registraram queimadas. Tarcísio esteve na região para acompanhar as ações de combate ao fogo.

Na cidade, as aulas foram suspensas em todas as escolas municipais devido ao acúmulo de fuligem, segundo informações da prefeitura. As atividades devem ser retomadas na terça-feira (27).

<><> Interior de São Paulo está em alerta máximo; incêndios afetam 48 cidades

A onda de incêndios que atinge o interior de São Paulo já deixou 48 cidades da região em alerta máximo para queimadas. Duas pessoas morreram e mais de 800 tiveram que deixar suas casas desde que o fogo começou, na sexta-feira (23), informa o G1.

Mais de 20 mil hectares já queimaram na região, que teve mais de 2.300 focos de incêndio em apenas três dias, de acordo com a Defesa Civil do estado de São Paulo. Imagens de moradores de cidades afetadas mostram o céu coberto por uma camada de fumaça. Foi o agosto com mais focos de incêndio da história do estado de São Paulo desde 1998.

Uma situação que, além da ação humana, foi agravada pela baixa umidade do ar, o vento e as altas temperaturas.

"Nós tivemos rios de fumaça combinados com um estado onde a temperatura estava muito alta e também muito seco. E esses rios de fumaça vêm acompanhados de fortes ventos, que também ajudam a espalhar tanto a fumaça que vem da Amazônia, quanto a dos próprios focos de incêndio do estado de São Paulo", diz Raquel Albrecht, do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da USP.

Em Araraquara, uma das cidades mais atingidas, um assentamento de 200 famílias foi tomado pelo desespero. "Foi terrível, minha mãe começou a chorar, desesperada, ela perdeu a cabeça e a gente não sabia o que fazer", contou o agricultor Bertolino Alves Neto.

Cerca de seis focos de incêndio ainda permanecem na região, alguns deles na cidade de Ribeirão Preto, que mesmo três dias depois do início do fogo ainda convivia com uma camada de fumaça no céu. Na cidade, rajadas de vento de até 80 km/h espalharam o fogo pelas casas em poucos minutos.

O Governo Federal montou uma força-tarefa para combater os incêndios em São Paulo, no Pantanal e na Amazônia. A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, pediu ajuda à Polícia Federal para investigar a possibilidade de incêndios criminosos.

 

¨      "Tem gente colocando fogo de maneira ilegal", diz Lula, sobre relatos do Ibama

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou na tarde deste domingo (25/8) que não há, até agora, nenhum incêndio detectado por causas naturais. "Significa que tem gente colocando fogo de maneira ilegal, na Amazônia, no Pantanal e sobretudo no estado de São Paulo, uma vez que todos os estados do país ja estão avisados e proibiram uso de fogo de manejo", afirmou o presidente, em postagem em rede social.

A declaração foi publicada após reunião no Prevfogo – a central de monitoramento do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais – na sede do Ibama, em Brasília. Lula se reuniu no local com a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, e outras autoridades de ministérios e demais órgãos públicos que atuam no combate aos incêndios.

Lula lembrou que o Governo Federal mobiliza cerca de 3 mil brigadistas em todo o Brasil para combater os focos de fogo. "A Polícia Federal vai investigar e o governo vai trabalhar com os estados no combate aos incêndios", disse Lula.

O presidente pretende participar da reunião semanal que ocorre na Casa Civil, com a participação de mais de 20 ministérios, sobre os incêndios. Os governadores dos estados atingidos serão convidados. “A Polícia Federal vai investigar e o governo vai trabalhar com os estados no combate aos incêndios”, disse, por meio da rede social X (ex-Twitter).

A ministra Marina Silva reforçou durante a reunião que a PF atuará na apuração de responsabilidades pelos incêndios que devastam o país nesta temporada. Na Amazônia, no Pantanal, em São Paulo. Outros focos já foram contidos em outras regiões, como no Distrito Federal em em Minas Gerais.

Marina classificou a situação dos focos de incêndio em São Paulo como "atípica". De acordo com o governo do Estado de São Paulo, 21 cidades enfrentam focos ativos de incêndio neste domingo. Ao todo, 46 municípios estão em alerta máximo para queimadas. “Em São Paulo, não é natural, em hipótese alguma, que em poucos dias você tenha tantas frentes de incêndio envolvendo, concomitantemente, vários municípios”, disse Marina.

“É preciso parar de atear fogo, porque mesmo colocando tudo o que está à disposição dos governos estaduais, municipais, dos esforços privados e do Governo Federal, se não parar de colocar fogo num período em que há temperatura alta, baixa umidade relativa do ar e ventos que vão até 70 km por hora, não há como conter o fogo”, enfatizou a ministra.

¨      Lula coloca Polícia Federal para investigar queimadas criminosas em São Paulo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou que a Polícia Federal investigue as queimadas criminosas que estão ocorrendo em São Paulo e outras regiões do País. "Tem gente colocando fogo de maneira ilegal, uma vez que todos os estados do país ja estão avisados e proibiram uso de fogo de manejo. Já são cerca de 3 mil brigadistas em todo o Brasil trabalhando para combater os focos de fogo. A Polícia Federal vai investigar e o governo vai trabalhar com os estados no combate aos incêndios", afirmou Lula.

 O governo federal acionou a Polícia Federal (PF) para investigar a possível origem criminosa das queimadas que se espalharam pelo estado de São Paulo nesta semana. A informação foi confirmada neste domingo (25) pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que esteve na sede do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo), em Brasília.

A ministra disse que o governo trabalha com a suspeita de uma ação criminosa similar ao “dia do fogo”, numa referência ao 10 de agosto de 2019, quando uma ação orquestrada de criminosos ateou fogo em mais de 470 propriedades rurais. “Há uma forte suspeita de que está acontecendo de novo”, afirmou. 

“Nesse momento é uma verdadeira guerra contra o fogo e a criminalidade”, disse a ministra. “Tem uma situação atípica. Você começa a ter em uma semana, praticamente em dois dias, vários municípios queimando ao mesmo tempo. Isso não faz parte de nossa experiência de combate ao fogo.”

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também compareceu à sala de situação montada há dois meses no Prevfogo para acompanhar a situação dos focos de incêndio. Ele assegurou recursos e ações do governo federal para debelar as chamas, que disse serem difíceis de apagar. “A gente acaba de apagar o fogo você vira as costas e ele acende outra vez

<><> "Conta do enfrentamento às mudanças climáticas não pode ser apenas do Sul Global", diz Lula

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um apelo por ajuda internacional no combate às mudanças climáticas no Brasil. Por meio de uma publicação nas redes sociais no domingo, Lula destacou a urgência em enfrentar a crise climática em resposta a uma série de incêndios que têm afetado diversas regiões do país. "Mesmo aqueles que são negacionistas não podem continuar negando a crise climática", afirmou o presidente.

Lula participou de uma reunião emergencial com Marina Silva, ministra do Meio Ambiente, e outras autoridades na sede do Ibama em Brasília. Durante o encontro, foi discutida a situação dos incêndios, que, segundo o presidente, têm origem criminosa e estão sob investigação da Polícia Federal. Atualmente, mais de 3 mil brigadistas estão mobilizados no combate às chamas.

Os incêndios causaram impactos significativos em várias cidades, incluindo Ribeirão Preto, Brasília, São José do Rio Preto, Uberlândia e Goiânia, todas sofrendo com densas nuvens de fumaça. Em Goiânia, a visibilidade reduzida resultou no cancelamento de voos, enquanto em Rio Preto, o aeroporto teve que ser fechado temporariamente devido às condições climáticas adversas. Um incidente em um condomínio residencial próximo a um incêndio florestal em São Paulo levou à evacuação de seus moradores.

Além dos esforços em campo, o governador Tarcísio de Freitas declarou situação de emergência em 45 municípios, intensificando as medidas contra as queimadas, segundo informa o Metrópoles. A Polícia Federal já iniciou 31 inquéritos para apurar os responsáveis pelos incêndios. Um suspeito, identificado como Alessandro Arantes, foi detido pela Polícia Militar de São Paulo enquanto incendiava uma área em Batatais. Em seu celular, foram encontrados vídeos que mostravam o indivíduo celebrando os incêndios.

 

Fonte: Brasil 247/Agencia Brasil

 

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