segunda-feira, 26 de agosto de 2024

Rabdomiólise: conheça a doença que deixa xixi escuro e pode levar à morte

A rabdomiólise é uma condição séria e potencialmente fatal que, embora ainda pouco conhecida, pode afetar especialmente atletas amadores e pessoas que realizam atividades físicas intensas sem o devido preparo.

Entre os sinais mais marcantes está a urina escura, muitas vezes comparada à cor de chá ou refrigerante de cola. Mas os riscos dessa doença vão além de um simples sintoma — sem tratamento adequado, ela pode levar a complicações graves, como insuficiência renal aguda, e até à morte.

Com a popularização dos exercícios intensos e da cultura fitness, cresce também o número de casos dessa condição, especialmente entre atletas que se submetem a treinos extenuantes sem a devida supervisão.

<><> O que causa a rabdomiólise?

A rabdomiólise pode ter diversas origens, mas as causas mais comuns são traumas, cirurgias e exercícios físicos extremos, alerta o Carlos Aita, patologista clínico e responsável técnico no DB Diagnósticos.

Ele explica que a lesão nos músculos esqueléticos — responsáveis pelos movimentos voluntários do corpo — libera uma série de substâncias no sangue, o que pode causar danos severos aos rins e outros órgãos.

Wander Ama, médico do esporte e membro titular da Sociedade Brasileira de Artroscopia e Traumatologia Esportiva (SBRATE) acrescenta que condições como desidratação, uso inadequado de suplementos e treinos realizados em ambientes com temperaturas extremas são fatores que aumentam o risco para atletas. “O treinamento excessivo sem descanso adequado também pode desencadear a condição”, afirma.

<><> Sintomas da rabdomiólise

Embora o escurecimento da urina seja um sinal característico, os sintomas da rabdomiólise incluem dor muscular extrema, fraqueza, inchaço local e diminuição da produção de urina.

Segundo Aita, “a urina escura é resultado da eliminação da mioglobina, uma proteína liberada pelos músculos lesionados”. Em casos graves, a condição pode evoluir para complicações como insuficiência renal aguda, arritmias cardíacas e até falência múltipla de órgãos.

Por isso a importância de estar atento aos sinais iniciais, especialmente em atletas: “Se houver dor muscular intensa após o exercício, acompanhada de urina escura ou sensação de fraqueza extrema, é crucial buscar atendimento médico imediato”.

<><> Como evitar a rabdomiólise

Prevenir a rabdomiólise exige atenção especial à intensidade e ao ambiente de treino. “A prática de exercícios deve ser gradual, respeitando os limites do corpo e com hidratação adequada”, orienta Ama.

Ele ressalta que períodos de descanso entre as sessões de treino, uma alimentação balanceada e o uso consciente de suplementos são medidas essenciais.

Além disso, o especialista enfatiza que pessoas com histórico de uso de certos medicamentos ou condições de saúde, como insuficiência vascular, devem ser acompanhadas por profissionais ao iniciar um regime de exercícios.

“O importante é adaptar a atividade física à realidade de cada pessoa, evitando situações extremas”, conclui.

<><> Tratamento e diagnóstico

O tratamento da rabdomiólise começa com a remoção da causa do problema e a estabilização do paciente, com foco na hidratação e no suporte renal.

“Infusões intravenosas para manter a produção de urina alta são fundamentais para evitar a insuficiência renal”, explica o médico do esporte. Em casos severos, pode ser necessário o uso de diálise.

O diagnóstico é baseado em exames clínicos e laboratoriais, como a dosagem da creatina quinase (CK) e a presença de mioglobina na urina.

Esses exames ajudam a identificar a extensão do dano muscular e a necessidade de intervenções mais agressivas.

 

•                                          Unhas em gel: o perigo da técnica que promete “mais praticidade”

Os procedimentos de alongamento, como as unhas de gel, têm ganhado cada vez mais espaço entre mulheres que buscam praticidade. No entanto, especialistas alertam que, apesar de atenderem à pressão estética por mãos sempre bem cuidadas, esses tratamentos podem causar danos à saúde das unhas naturais, especialmente quando os cuidados necessários são negligenciados.

Entre os problemas mais comuns estão:

•                                          enfraquecimento da unha original;

•                                          infecções; e

•                                          reações alérgicas.

A busca por uma aparência perfeita, aliada à falta de informações sobre os riscos, tem levado muitas mulheres a optarem por essas intervenções sem considerar o impacto a longo prazo. Conhecer os cuidados indicados e as contraindicações é essencial para quem deseja evitar complicações futuras.

<><> Perigos e prevenção

De acordo com o dermatologista Mario Cezar Pires, do Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (Iamspe), as unhas de gel podem ser prejudiciais por diversos motivos.

“A colonização bacteriana é maior nas unhas artificiais, o que eleva o risco de infecções e compromete a higiene. Além disso, o processo pode causar microtraumas que enfraquecem a unha natural, aumentando a ocorrência de micoses e alergias aos componentes usados”, explica.

Além disso, existe um questionamento científico acerca da ligação entre o uso da luz ultravioleta para secagem das unhas de gel e o risco de câncer de pele, algo que a comunidade científica ainda não conseguiu responder. “Estudos futuros poderão esclarecer melhor essa dúvida”, defende o médico.

Já a dermatologista Silvia Quaggio, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD), destaca a necessidade de o procedimento ser realizado por profissionais qualificados.

“Se a lâmina ungueal for agredida durante o processo, o dano pode ser significativo. Além disso, a exposição aos raios UV durante a secagem exige proteção. Usar protetor solar no dorso das mãos é uma recomendação básica para minimizar danos”, orienta.

<><> Cutículas e esmaltação

No Brasil, retirar a cutícula é um hábito comum, mas especialistas advertem que esse procedimento pode enfraquecer as unhas. “A cutícula é a última camada de proteção. Ao retirá-la, a unha tende a ficar mais frágil e quebradiça”, esclarece Pires.

Para pessoas com unhas frágeis, o ideal é suavizar a cutícula sem removê-la, usando técnicas simples como amolecer a pele durante o banho e empurrá-la delicadamente.

Quanto à frequência da esmaltação, os especialistas concordam que o uso contínuo pode levar ao enfraquecimento da unha, especialmente quando não há intervalos para a unha natural “respirar”.

Quaggio recomenda que, após períodos de uso intenso de esmaltes, as unhas fiquem sem produtos por até dois meses para restaurar cor e saúde natural.

<><> Quando evitar?

Certos grupos precisam ter atenção redobrada com esses procedimentos. Pires alerta que pessoas com diabetes, hipotireoidismo, anemia e imunossupressão devem evitar alongamentos devido ao maior risco de infecções. Além disso, quem tem histórico de alergias, como indivíduos atópicos, devem ser cautelosos.

Por fim, para quem busca uma solução sem riscos, os médicos recomendam optar por procedimentos menos invasivos e procurar sempre profissionais bem capacitados.

“O ideal é realizar a manutenção a cada 15 a 20 dias e variar a cor dos esmaltes para evitar pigmentações indesejadas”, conclui Quaggio.

 

•                                          O que é recidiva de câncer? Entenda por que acontece e veja os tipos

A recidiva do câncer acontece quando o tumor reaparece algum tempo após a finalização do tratamento da doença. Esse ressurgimento pode ocorrer tanto no mesmo local de origem quanto em outros órgãos.

Segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO), as recidivas acontecem quando “micro metástases”, ou seja, pequenas áreas tumorais, permanecem no corpo após o tratamento. Com o passar do tempo, essas células tumorais podem se multiplicar indiscriminadamente, levando ao desenvolvimento de um novo câncer.

Por isso, ao finalizar o tratamento de um câncer, é fundamental iniciar o processo chamado de “seguimento”. De acordo com o A.C. Camargo Cancer Center, essa fase inclui consultas médicas regulares mesmo com a ausência de sintomas do tumor. O objetivo é rastrear uma possível volta do câncer por meio de exames físicos e análises laboratoriais e de imagem.

<><> Quais são os tipos de recidivas do câncer?

Existem diferentes tipos de recidivas do câncer, caracterizadas pela localização onde a doença ressurgiu. De acordo com a SBCO, são eles:

•                                          Recidiva local: quando o câncer volta no mesmo lugar onde houve a primeira ocorrência da doença;

•                                          Recidiva regional: o câncer ressurge nos linfonodos próximos ao local do primeiro câncer;

•                                          Recidiva metastática: quando o câncer volta em outra parte do corpo, geralmente distante de onde ocorreu pela primeira vez.

Mesmo quando ocorre o surgimento do tumor em outras partes do corpo, ele ainda é nomeado pelo local onde a doença foi detectada pela primeira vez, de acordo com a entidade.

<><> Como prevenir a recidiva?

Segundo a SBCO, entre os principais fatores de risco para a recidiva do câncer estão a má alimentação, obesidade e o sobrepeso. Por isso, manter uma dieta equilibrada é uma das formas para prevenir a volta do câncer. Além disso, a prática de atividades físicas pode atenuar os efeitos colaterais de tratamentos como a quimioterapia e melhorar o sistema imunológico, fortalecendo-o para combater a possível volta do câncer.

Ainda de acordo com a entidade, quanto mais difícil é tratar um câncer, maior a probabilidade de ele reincidir, principalmente se ele já sofreu metástase ou se teve um crescimento acelerado.

<><> Como tratar a recidiva?

A recidiva do câncer pode ser tratada, assim como o primeiro câncer, segundo a Mayo Clinic. O tratamento tem o objetivo de desacelerar o crescimento do tumor, além de aliviar a dor e outros sintomas. O método escolhido para o tratamento será baseado no tipo de câncer e também levará em conta como o primeiro câncer foi tratado, segundo a clínica.

Em alguns casos, as células tumorais podem ter tido resistência aos medicamentos utilizados na primeira vez e, por isso, será preciso mudar a estratégia para o tratamento.

 

Fonte: CNN Brasil

 

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