Orcrim Pablo Marçal: articuladores de
campanha trocaram carros de luxo por cocaína para o PCC
Integrantes do Partido
Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB), relacionados ao presidente nacional
Leonardo Avalanche e ao influenciador digital Pablo Marçal, são investigados
por supostamente trocar carros de luxo por cocaína, destinada ao Primeiro Comando
da Capital (PCC). A investigação, conduzida pela Polícia Civil, envolve
Tarcísio Escobar de Almeida, ex-presidente estadual do PRTB, e Júlio César
Pereira, conhecido como Gordão, segundo informa o jornal Estado de S. Paulo.
Os suspeitos, que
negam envolvimento com o crime organizado, foram ligados a negociações que
supostamente financiaram o tráfico de drogas, gerando lucros significativos. Os
eventos desencadearam com a apreensão de armas e drogas em posse de Francisco
Chagas de Sousa, apelidado de Coringa, em agosto de 2020. Os investigadores
descobriram que Coringa agia no tráfico interestadual, usando veículos como
pagamento de drogas.
Em 30 de julho de
2020, Gordão teria solicitado a Coringa auxílio para vender um veículo BMW X5,
mencionando que Escobar explicaria o negócio. Essas transações são parte de um
esquema que inclui a venda de drogas e a divisão de lucros entre os envolvidos,
conforme relatórios da polícia.
Adicionalmente, foram
encontradas evidências de atividades criminosas em um telefone celular de
Gordão, com conversas que indicavam o controle de membros da facção e a
coordenação de punições. A investigação continua em andamento, com novas
descobertas sendo reveladas periodicamente.
Embora Marçal tenha
levantado acusações sem provas contra o psolista Guilherme Boulos sobre uso de
cocaína, é a sua campanha que se vê cada vez mais envolvida com o tráfico de
drogas e com o crime organizado.
• Condenado por participação no "novo
cangaço" atua no PRTB de Pablo Marçal
Edílson Ricardo da
Silva, ex-policial militar envolvido em um ataque a uma companhia da Polícia
Militar em Guararema, na Grande São Paulo, em uma ação do chamado “novo
cangaço”, e no roubo de caixas eletrônicos de uma agência bancária em 2009, foi
condenado a sete anos de prisão pela Justiça Militar e a mais dois anos e
quatro meses pela Justiça Comum. Ele foi preso em junho de 2013 e solto em maio
de 2014, mas, segundo o jornal O Estado de S. Paulo, atualmente, Edílson está
concorrendo ao cargo de vereador em Mogi das Cruzes e é vice-presidente do PRTB
no município.
Edílson faz parte do
mesmo grupo de Tarcísio Escobar de Almeida e Júlio Cesar Pereira, conhecido
como Gordão. Ambos são apontados como articuladores informais do PRTB, partido
do candidato a prefeito de São Paulo, Pablo Marçal. Tarcísio e Gordão foram acusados
de trocar carros de luxo por cocaína para o PCC.
De acordo com a
denúncia, da promotoria, Edílson teria ajudado a planejar o ataque ao quartel
da 3.ª Companhia do 17.º Batalhão da Polícia Militar em 2 de agosto de 2009. Os
assaltantes, usando informações de Edílson, invadiram o quartel e depois a
agência do Bradesco, levando R$ 39 mil - cerca de R$ 110 mil em valores
atualizados - e dez armas.
O Inquérito
Policial-Militar revelou que Edílson manteve contato com indivíduos envolvidos
em atividades ilícitas e com membros do PCC, como Joaquim Renato Lobo de Brito
e Anderson Paixão Bertoldo. A condenação foi confirmada pelo Tribunal de
Justiça Militar (TJM).
Edílson está
concorrendo pela primeira vez ao cargo de vereador em Mogi das Cruzes e é
vice-presidente do PRTB local. O presidente do partido em Mogi é José Roberto
Rodrigues Junior, também candidato a prefeito. Edílson participou de eventos
partidários ao lado de Tarcísio Escobar e Leonardo Avalanche.
Ainda conforme a
reportagem, “Escobar participou ativamente na articulação político-partidária
do PRTB em território paulista, nas regiões de São Paulo, Santo André, São
Bernardo do Campo, Marília, São José do Rio Preto, Olímpia e Catanduva. No
evento de Marília ele estava junto também de Pablo Marçal, candidato à
Prefeitura da capital, na cidade de Marília, em maio deste ano, durante o
período de pré-campanha. Já Gordão, teve participação mais discreta. Ele
aparece apenas em um registro de reunião política em Pindamonhangaba”.
• Eduardo Bolsonaro diz que Marçal não tem
moral para acusar ninguém de uso de cocaína
O deputado Eduardo
Bolsonaro (PL-SP) disse que o coach de extrema-direita Pablo Marçal, candidato
do PRTB à prefeitura de São Paulo, não tem moral para acusar ninguém de ser
"cheirador", em razão das reportagens do Estado de S. Paulo, que
acusam os articuladores de sua campanha de venderem carros de luxo para a
compra de drogas, em articulação com o PCC, o Primeiro Comando da Capital.
Este vídeo demonstra
um racha na extrema-direita e o desejo da família Bolsonaro de não permitir que
a liderança deste campo seja tomada por um novo personagem, como Marçal.
"Não existe direita no Brasil, existe Bolsonaro", disse ele. O
deputado também afirmou que muitos personagens têm a ânsia de destruir seu pai
para tomar o seu lugar na liderança deste campo político.
Integrantes do Partido
Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB), relacionados ao presidente nacional
Leonardo Avalanche e ao influenciador digital Pablo Marçal, são investigados
por supostamente trocar carros de luxo por cocaína, destinada ao Primeiro Comando
da Capital (PCC). A investigação, conduzida pela Polícia Civil, envolve
Tarcísio Escobar de Almeida, ex-presidente estadual do PRTB, e Júlio César
Pereira, conhecido como Gordão, segundo informa o jornal Estado de S. Paulo.
Os suspeitos, que
negam envolvimento com o crime organizado, foram ligados a negociações que
supostamente financiaram o tráfico de drogas, gerando lucros significativos. Os
eventos desencadearam com a apreensão de armas e drogas em posse de Francisco
Chagas de Sousa, apelidado de Coringa, em agosto de 2020. Os investigadores
descobriram que Coringa agia no tráfico interestadual, usando veículos como
pagamento de drogas.
Em 30 de julho de
2020, Gordão teria solicitado a Coringa auxílio para vender um veículo BMW X5,
mencionando que Escobar explicaria o negócio. Essas transações são parte de um
esquema que inclui a venda de drogas e a divisão de lucros entre os envolvidos,
conforme relatórios da polícia.
Adicionalmente, foram
encontradas evidências de atividades criminosas em um telefone celular de
Gordão, com conversas que indicavam o controle de membros da facção e a
coordenação de punições. A investigação continua em andamento, com novas
descobertas sendo reveladas periodicamente.
Embora Marçal tenha
levantado acusações sem provas contra o psolista Guilherme Boulos sobre uso de
cocaína, é a sua campanha que se vê cada vez mais envolvida com o tráfico de
drogas e com o crime organizado.
• Bolsonaro dá patada em Pablo Marçal no
Instagram, que se irrita e retruca; Eduardo o compara a Mourão
Jair Bolsonaro (PL)
deu uma "patada" no candidato a prefeito de São Paulo Pablo Marçal
(PRTB) pelo Instagram nesta quinta-feira (22). Em uma postagem em que Bolsonaro
falava sobre uma suposta "revolução ferroviária" que teria sido implementada
no Brasil durante seu governo, Pablo Marçal comentou: "Pra (sic) cima
capitão. Como você disse: eles vão sentir saudades de nós". Bolsonaro,
então, respondeu com ironia: "Nós? Um abraço".
Marçal não gostou da
mensagem de Bolsonaro e retrucou, irritado: "Isso mesmo presidente.
Coloquei 100 mil na sua campanha, te ajudei com os influenciadores, te ajudei
no digital, fiz você gravar mais de 800 vídeos. Por te ajudar, entrei para a
lista de investigados da PF. Se não existe o nós, seja mais claro".
Ainda que seja
bolsonarista e, segundo aliados de Jair Bolsonaro, seja o candidato a prefeito
de São Paulo que mais representa o bolsonarismo, Pablo Marçal não tem o apoio
do ex-mandatário. Bolsonaro se aliou ao atual prefeito e candidato à reeleição
em São Paulo, Ricardo Nunes (MDB). No entanto, Marçal vem tentando colar sua
imagem à de Bolsonaro, na tentativa de se apropriar dos eleitores bolsonaristas
da capital paulista.
O deputado federal
Eduardo Bolsonaro (PL-SP) foi outro a reagir ao comentário de Marçal na
postagem de Jair Bolsonaro. O parlamentar comparou o candidato ao ex-vice
presidente e hoje senador Hamilton Mourão (Republicanos). "Estranho. Em
2022 vc (sic) disse que a diferença entre Lula e Bolsonaro é que um deles tinha
1 dedo a menos. Só acordou agora? Tá (sic) parecendo até o Mourão...".
• Marçal, o caluniador. Por Alex Solnik
As redes sociais
oferecem um campo propício para o caluniador profissional.
A calúnia, tal como o
câncer, propaga-se rapidamente e tal como os demônios, nunca volta à Caixa de
Pandora.
O caluniador
profissional sabe que a “relação custo-benefício” é sempre favorável a ele.
O estrago que faz é
instantâneo e enorme; a punição demora e é branda.
A Justiça obriga a
publicar direito de resposta da vítima da calúnia nas redes sociais do
caluniador, mas isso não resolve o problema, porque o caluniador já instalou a
dúvida na cabeça do eleitor ao divulgar a calúnia. E essa dúvida não há direito
de resposta que remova.
O caluniador diz que o
outro é isso e aquilo, sem provas; o “acusado” diz que não é, também sem
provas. Fica a palavra de um contra a
palavra do outro.
O caluniador coloca
sua vítima na defensiva. E vira herói da bolha que o apoia.
Marçal cresce entre os
bolsonaristas porque tem a “coragem” de caluniar o candidato de Lula, que é o
principal inimigo do bolsonarismo, o que Ricardo Nunes não faz com a virulência
exigida.
Marçal pode não ser o
candidato oficial de Bolsonaro, mas se transforma, aos poucos, no candidato
oficial do bolsonarismo.
• A bolha dentro da bolha – e o poder de
Pablo Marçal. Por Marconi Moura de Lima Burum
Quando assisti aos
lances do debate entre Donald Trump e Joe Biden (eleição dos EUA) e vi que,
como no velho faroeste, sem lei, sem regras, sem limites, Trump podia mentir e
dissimular à vontade, pensei: “Copiamos o que há de pior daquele país… Então,
este será o tom das campanhas para prefeituras no Brasil em 2024!”. Dito e
feito: Pablo Marçal é o Trump na disputa para comandar a cidade mais importante
da América Latina. E nada – por agora – consegue frear o ímpeto bandido deste
moço, pois, mesmo tendo as lições de enfrentamento do fascismo imprimidas por
Alexandre de Moraes nas eleições de 2022, o Brasil (suas instituições
coloniais) não estão preparadas para este velho (novo) faroeste tropical.
Faz alguns meses,
escrevi um artigo acerca da importância de se tipificar o crime de Fake News ao
menos para enchentes (e outros impactos climáticos), pandemias, catástrofes em
geral e demais tragédias que causem comoção nacional. Cheguei a redigir a minuta
de um projeto de Lei e enviei para dezenas e dezenas de congressistas
brasileiros. Por incrível que pareça, a “mira” (ou justificação personalizada)
para meu anteprojeto se chamava “Pablo Marçal”. É verdade que outros também,
como este criminoso mencionado, usaram das Fake News e mecanismos sofisticados
de falácias que constroem pós-verdades durante as enchentes do Rio Grande do
Sul, agravando sobremaneira o socorro às vítimas. Portanto, vi nestes sujeitos
a nata podre que torna emergente tipificar crimes dessa natureza para emplacar
algum freio quanto às consequências de seu poder destruidor. Mas infelizmente
ninguém, nenhum deputado ou senador levou a sério o que apresentei.
Tudo isso que escrevi
até agora é para dizer que estamos presos. Trata-se de uma metabolha. A bolha
dentro da bolha do fascismo e do delírio. Pablo Marçal se tornou tão poderoso
que não há lei – ao menos por hora – que possa impedir suas reiteradas mentiras
digitais contra seus adversários. A deslealdade neste ringue das eleições
municipais permite que criminosos sem qualquer medição de aplicação de
escrúpulos possa tripudiar à vontade: i) do(s) concorrente(s); ii) do Poder
Judiciário; iii) da sociedade; e iv) da lógica mínima de civilidade e ética de
uma dada comunidade. Em síntese: fomos convidados sem querer para dentro da
bolha de Pablo Marçal; para assistir a seu fétido espetáculo, sua maldita
performance.
Ocorre que esta bolha
é uma criatura. Seu criador, em uma bolha maior, é o bolsonarismo. Com um
detalhe ainda mais assustador: a criatura está querendo ser maior que o
criador. Vejamos.
Jair Messias Bolsonaro
apoia para a reeleição à Prefeitura de São Paulo, Ricardo Nunes. É o mesmo
Nunes que tem a máquina administrativa e os bilhões do orçamento da maior
cidade do cone sul para “comprar” uma eleição. Este tal Nunes também tem o
apoio do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (outro de um escrúpulo
ultra neoliberal). Nunes também tem na bagagem a maioria dos partidos políticos
que guardam poderosa cifra do Fundo Partidário e do horário eleitoral nas
mídias. Mesmo assim, com este arsenal, Nunes afunda nas pesquisas eleitorais,
dando espaço para o sentido contrário, a saber, o crescimento de Marçal na
corrida de 2024.
Portanto, a bolha de
Bolsonaro permitiu a criação de uma bolha interna que inibe que os sujeitos
tornados gados (gadificados) pelo “mito” o escutem e votem no Nunes. Ao
contrário: o bolsonarismo migra dia após dia para Marçal. E Bolsonaro e
seus/suas “fascistetes”, ou vão ter de migrar para Marçal – a fim de não perder
todo o domínio cognitivo dessa gente – ou de fato a criatura engolirá o
criador.
Em síntese: Pablo
Marçal é o sumo (o caldo estragado) dessa nova sociedade dos meios digitais sem
regramento e das mentiras cruéis autorizadas e não silenciadas. E é também o
extrato de nossa omissão: dos democratas de um país tonto e sem leme – quanto à
sua lógica de civilização – em cujo imperativo é apagar incêndios que inibam a
destruição total de nosso conceito de sociedade e nada mais robusto e perene
que isso.
Destarte, pagamos um
preço muito alto por nossos erros (do campo democrático – nos excessos de um
republicanismo gratuito). Daí ficar a pergunta: quantos “Marçais” e quantos
“Bolsonaros” ainda dominarão, e por quanto tempo, o debate de anti/civilização
neste País?
O fato é que a bolha
de Pablo Marçal – que é ainda o pior dos lugares de existência – já está aos
poucos conquistando o território da bolha de Jair Bolsonaro. Resta saber se
encontraremos mecanismos (e forças) para furar de uma vez por todas essa redoma
– a fim de não incorrer no risco de que todos sejamos sequestrados de uma vez
por todas para dentro dessa tragédia civilizatória. Há que se instituir um
limite agora!
Fonte: Brasil 247
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