quinta-feira, 22 de agosto de 2024

ORCRIM: Marçal era peça central em quadrilha financeira e tinha a missão de escolher as vítimas dos golpes

O processo no qual o candidato à prefeitura de São Paulo Pablo Marçal (PRTB) foi condenado por furto devido à participação em uma quadrilha de fraude bancária desmente a versão dele de que apenas consertava computadores. Ele foi preso em 2005 durante a operação Pegasus, que desmantelou uma das maiores quadrilhas especializadas em invasão de contas bancárias pela internet.

Conforme relatou a Folha de S. Paulo, Marçal foi condenado a quatro anos e cinco meses de prisão em regime semiaberto pela Justiça Federal, mas a pena prescreveu em 2018.

Segundo a investigação da Polícia Federal, além de fazer a manutenção dos computadores do grupo, Marçal operava um programa que captava e-mails para envio de spams, usados para obter dados bancários das vítimas. Em depoimento, Marçal negou envolvimento direto na ação, alegando que apenas reiniciava o programa a pedido de outro integrante do grupo.

No entanto, o testemunho de um agente da PF contradiz a versão de Marçal. Questionado em audiência se o atual candidato à prefeitura de São Paulo sabia das atividades ilícitas da quadrilha, a testemunha afirmou que sim.

"Ah, sim. Sim. Inclusive tinha um...notebook, né, pra ele operar que foi fornecido pelo grupo", disse. "Inclusive, o Pablo é... a indicação de que ele quer enviar, ele próprio enviar, isso demonstra que ele sabe enviar [os emails mandados pela quadrilha]."

¨      Áudios obtidos pela PF mostram que Pablo Marçal participava de esquema de golpes bancários

Áudios obtidos pela Polícia Federal mostram o bolsonarista Pablo Marçal (PRTB), candidato à prefeitura de São Paulo, conversando sobre a captura de endereços de e-mails que foram usados para atrair vítimas de um esquema de golpes bancários, informa o Globo. A conversa foi utilizada pela Justiça para fundamentar a condenação de Marçal por integrar o grupo criminoso. No entanto, a pena dele foi extinta por prescrição do processo.

A quadrilha disparava e-mails com assuntos chamativos, como avisos falsos de inadimplência e irregularidades no CPF, para atrair vítimas e ter acesso a senhas. Segundo a sentença, Marçal era o encarregado de capturar listas de e-mails para que o grupo que o contratou infectasse o computador das vítimas com programas invasores. 

Em um dos áudios, o ex-coach conversa com acusado de liderar o grupo sobre a seleção dos e-mails. Um programa era usado para captar as contas que eram de fato acessadas pelos usuários, aumentando a chance de as vítimas clicarem nos links maliciosos. “Quero ver a produção de e-mail capturado. Aqueles e-mails que você capturou no primeiro dia não estavam bons”, disse o chefe do grupo. 

Em resposta, Marçal perguntou se ele próprio não poderia disparar os e-mails. “Não tem jeito de eu enviar de lá (endereço onde o grupo se reunia)? Eu mesmo pôr para enviar os que eu estou pegando?”, questionou. O líder recusa a oferta e pede para Marçal apenas “capturar os e-mails”. 

A sentença ainda cita outros seis áudios que comprovam a participação de Pablo Marçal no esquema. Em um deles, o ex-coach afirma que está compactando os e-mails capturados para enviá-los ao líder do grupo, e diz que dois computadores estão capturando os endereços eletrônicos e outros dois estão enviando as mensagens. 

Outro diálogo mostra o comandante do esquema dando orientações a Marçal sobre como fazer a seleção dos e-mails para evitar endereços inativos. O ex-coach responde que “vai fazer isso”.

•                                        Articuladores do partido de Marçal estão sendo investigados por ligação com o tráfico de cocaína

A Polícia Civil de São Paulo está investigando dois articuladores do PRTB, partido de Pablo Marçal, candidato bolsonarista a prefeito de São Paulo, por suposto envolvimento em atividades criminosas ligadas ao Primeiro Comando da Capital (PCC). Tarcísio Escobar e Júlio César Pereira, antigos aliados da cúpula do partido, são acusados de trocar carros de luxo por cocaína, além de financiar o tráfico e controlar uma casa de prostituição. Eles negam qualquer ligação com a facção. As informações são do jornal O Estado de São Paulo.

A investigação começou após a apreensão de armas, drogas e documentos com Francisco Chagas de Sousa, o "Coringa", que teria ligações com os dois acusados. Escobar e Pereira estariam envolvidos na entrega de veículos usados na troca por cocaína, com os lucros divididos entre eles e outros membros do PCC. Conversas gravadas pela polícia indicam que os dois tinham conhecimento das transações ilegais.

Apesar das acusações, Escobar e Pereira ainda participavam de eventos políticos, inclusive ao lado de Pablo Marçal, até o caso ganhar destaque na mídia. A liderança do PRTB alega ter cortado relações com Escobar após as revelações, mas as investigações continuam, envolvendo fraudes imobiliárias e outras atividades criminosas.

•                                        Bilionário financia as baixarias de Pablo Marçal em São Paulo; saiba quem ele é

O bilionário bolsonarista Helio Seibel, um dos principais nomes no setor de madeira e construção, doou R$ 100 mil à campanha de Pablo Marçal (PRTB) para a Prefeitura de São Paulo. Seibel é proprietário do Grupo Ligna, que controla gigantes como a Dexco (fabricante das marcas Deca e Hydra) e a rede Leo Madeiras, além de deter participação na Klabin, uma das maiores empresas de papel e celulose do país. O empresário já havia feito grandes contribuições em 2022, quando destinou mais de R$ 1,3 milhão para as campanhas de Tarcísio de Freitas e Jair Bolsonaro. A informação foi divulgada pela Folha de S. Paulo.

A doação de Seibel evidencia uma divisão entre os apoiadores de Bolsonaro, que declarou apoio ao prefeito Ricardo Nunes (MDB), rival de Marçal na disputa eleitoral. Apesar disso, parte do eleitorado bolsonarista parece preferir Marçal, que tem se apresentado com um discurso mais agressivo para atrair os votos conservadores. Até o momento, Marçal arrecadou R$ 544 mil, com os R$ 100 mil de Seibel e outra doação do empresário Helvio Paulo Ferro representando as maiores contribuições de sua campanha.

Helio Seibel, além de apoiar Marçal, tem um histórico de financiamento a políticos de extrema-direita. Em 2020, ele contribuiu com R$ 170 mil para a campanha do vereador Rubinho Nunes, conhecido por ter liderado a proposta de CPI das ONGs na Cracolândia. Seibel é uma figura influente entre os círculos conservadores e suas doações refletem seu interesse em moldar a política pública em linha com suas convicções bolsonaristas.

•                                        Bilionário que doou para campanha de Marçal também financiou Bolsonaro e Tarcísio

O bilionário Helio Seibel, maior investidor da candidatura de Pablo Marçal (PRTB) à prefeitura de São Paulo, também financiou as campanhas do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e do governador Tarcísio de Freitas em 2022, informa o Metropoles. Para Bolsonaro, a doação foi de R$100 mil. Já para Tarcísio, foram duas parcelas que totalizaram R$200 mil. Ele também financiou a candidatura do deputado Ricardo Salles (Novo-SP).

A doação de Seibel para Pablo Marçal representa a divisão entre bolsonarismo nas eleições em São Paulo. O ex-presidente apoia oficialmente a candidatura do prefeito Ricardo Nunes (MDB). No entanto, Nunes enfrenta dificuldades para capitalizar o voto da extrema-direita após o crescimento de Marçal.

Seibel tem um patrimônio de mais de R$2,5 bilhões e é proprietário do Grupo Ligna, que controla gigantes como a Dexco (fabricante das marcas Deca e Hydra) e a rede Leo Madeiras, além de deter participação na Klabin, uma das maiores empresas de papel e celulose do país.

•                                        Mais da metade dos Pix recebidos por Pablo Marçal vem de CPFs de fora de SP

 O candidato à prefeitura de São Paulo e coach extremista Pablo Marçal (PRTB) declarou ter recebido, até essa terça-feira (20), R$ 544 mil em doações de apoiadores, mas um detalhe chama a atenção desta arrecadação: De acordo com apuração do portal Metrópoles, dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostram que 53% desse montante vêm de doadores cujos CPFs são de fora do estado de São Paulo.

<><> Problemas com a justiça

O Ministério Público Eleitoral (MPE) de São Paulo pediu a suspensão do registro de Pablo Marçal.

O pedido para Marçal ocorreu por abuso de poder econômico em razão, segundo a promotoria, da forma como foram utilizados nas redes sociais seus vídeos durante a pré-campanha eleitoral.

•                                        Marçal burla decisão judicial e volta a associar Boulos e MST ao uso de cocaína

Após a Justiça Eleitoral ordenar a remoção de uma publicação considerada difamatória contra Guilherme Boulos (PSOL), Pablo Marçal (PRTB) continuou sua campanha de ataques ao adversário. Na noite de terça-feira (20/08), o juiz Murillo D’Avila Vianna Cotrim exigiu que a Meta, proprietária do Instagram, retirasse o conteúdo ofensivo de Marçal, que insinuava, sem evidências, que Boulos era usuário de drogas.

Desafiando a decisão judicial, Marçal postou um novo vídeo em suas redes sociais onde conversa com um personagem vestido de "comunista", com um boné do MST e nariz coberto de farinha, simulando o uso de cocaína ao fazer gestos com o dedo no nariz. Ele manteve o tom provocativo, afirmando que "bolos são feitos com muita farinha", numa clara alusão ao uso de cocaína.

Essa atitude de Marçal tem gerado críticas severas, não apenas de Boulos, que já repudiou as acusações diversas vezes, mas também de outros candidatos que condenam o uso dos debates eleitorais para criar sensacionalismo em vez de discutir propostas concretas para a cidade.

Além das reações negativas, Marçal enfrenta o risco de cassação de seu registro de candidatura, já que está sob investigação por múltiplas irregularidades. A Justiça também determinou que um vídeo de resposta de Boulos seja publicado em até 48 horas nas redes de Marçal, como parte das penalidades impostas por suas ações na campanha.

•                                        Filha de Boulos sofre bullying após Marçal inventar fake news sobre uso de drogas: “chega da escola chorando”

Durante sabatina da CNN nesta terça-feira (20), o candidato à Prefeitura de São Paulo Guilherme Boulos (PSOL) relatou, emocionado, que sua filha sofreu bullying na escola devido à fake news propagada por Pablo Marçal (PRTB), que afirmava, de forma leviana, que Boulos seria usuário de drogas.

"Eu sou pai de duas filhas, um cidadão inventa uma história sobre uso de drogas. Minha filha chega da escola chorando, porque provocaram ela na escola com isso", relatou Boulos.

<><> Agressões continuam, mesmo com intervenção da Justiça

Após a Justiça Eleitoral ordenar a remoção de uma publicação difamatória contra Guilherme Boulos, Pablo Marçal continuou sua campanha de ataques. Na noite de terça-feira (20), o juiz Murillo D’Avila Vianna Cotrim determinou que a Meta, proprietária do Instagram, retirasse o conteúdo ofensivo de Marçal, que insinuava, sem provas, que Boulos era usuário de drogas.

Desafiando a decisão judicial, Marçal postou um novo vídeo em suas redes sociais, no qual aparece conversando com um personagem vestido de "comunista", usando um boné do MST e com o nariz coberto de farinha, simulando o uso de cocaína ao fazer gestos com o dedo no nariz. Ele manteve o tom provocativo, afirmando que "bolos são feitos com muita farinha", numa clara alusão ao uso de cocaína.

•                                        Justiça Eleitoral manda PF investigar Pablo Marçal por fake news contra Boulos

A Justiça Eleitoral determinou que a Polícia Federal (PF) abra um inquérito contra Pablo Marçal, candidato do PRTB à Prefeitura de São Paulo. A decisão, segundo o jornal O Estado de S. Paulo, foi tomada após o deputado federal Guilherme Boulos (Psol) apresentar uma notícia-crime acusando Marçal de disseminar notícias falsas contra ele. O juiz Augusto Drummond Lepage, da 346ª Zona Eleitoral de São Paulo, acolheu a manifestação do Ministério Público Eleitoral e encaminhou o caso à PF para investigação.

O promotor eleitoral Nelson dos Santos Pereira Júnior solicitou a investigação de Marçal por supostos crimes de calúnia, difamação e divulgação de fatos inverídicos no contexto eleitoral. Esses crimes, previstos nos artigos 323, 324 e 325 do Código Eleitoral, podem resultar em penas de até quatro anos de reclusão, além de multa.

A denúncia foi apresentada pela campanha do Psol após um debate eleitoral na TV Bandeirantes, na quinta-feira (8), onde Marçal insinuou, sem provas, que Boulos seria usuário de drogas. No mesmo dia, Marçal chamou Boulos de “cheirador de cocaína” em vídeos postados em suas redes sociais.

Boulos também pediu a remoção dos vídeos e direito de resposta nas redes sociais de Marçal. A Justiça Eleitoral atendeu parcialmente ao pedido, determinando a remoção dos vídeos. Além disso, o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) ordenou que Marçal apague outros três vídeos com acusações falsas contra Boulos. Até o momento, Pablo Marçal não se manifestou sobre a decisão.

•                                        Bolsonaristas ignoram comando de Bolsonaro e trocam Nunes por Marçal

Lideranças bolsonaristas têm demonstrado insatisfação com o apoio de Jair Bolsonaro (PL) ao atual prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), que busca a reeleição. Entretanto, evitam mostrar esse descontentamento publicamente para não confrontar o ex-mandatário. Nos bastidores, parlamentares do PL e aliados, incluindo membros do Republicanos, partido do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, articulam apoio a Pablo Marçal (PRTB).

Marçal, que foi preso em 2005 durante a operação Pegasus, que desmantelou uma das maiores quadrilhas especializadas em invasão de contas bancárias pela internet, é visto por muitos partidários do ex-mandatário como o que mais representa os valores do bolsonarista e a da extrema direita na capital paulista. Ele foi condenado a quatro anos e cinco meses de prisão em regime semiaberto pela Justiça Federal, mas a pena prescreveu em 2018

Segundo o UOL, ordens de Bolsonaro têm restringido influenciadores de direita de apoiar Marçal nas redes sociais, evitando críticas a Ricardo Nunes. Bolsonaristas se queixam da impossibilidade de apoiar publicamente um candidato que consideram mais alinhado às pautas conservadoras. Marçal, por sua vez, tem ganhado força ao adotar um discurso mais agressivo e evocar símbolos característicos do bolsonarismo e da extrema direita.

Marçal tem levado bolsonaristas a divergirem pela primeira vez de Bolsonaro. Para alguns, o apoio do ex-mandatário a Nunes está mais relacionado à política interna do PL, especialmente às articulações do presidente da legenda, Valdemar Costa Neto. Com o crescimento de Marçal nas últimas semanas, o cenário político começa a mudar.

 

Fonte: Brasil 247

 

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