quinta-feira, 22 de agosto de 2024

Mercadante destrói ladainha de Bolsonaro sobre BNDES e "ditaduras comunistas"

"Hoje, com a volta do sistema, as prioridades que sempre foram outros países, usualmente ditaduras socialistas ideologicamente ligadas ao PT, por um projeto de manutenção no poder, além de não pagarem as dívidas feitas com o dinheiro do aumento de impostos e taxas do povo brasileiro, retorna-se novamente a seu ritmo 'democrático pujante e inabalável' da era PT/ Social Democracia", escreveu o ex-presidente na rede X sobre o banco.

No mesmo texto, Bolsonaro diz que em sua gestão "o BNDES aumentou seu lucro em 164% de 2018 para 2019 e em 65% de 2020 para 2021. Em 2022 registrou LUCRO RECORDE HISTÓRICO de R$ 12,5 bilhões subindo 46,2% frente aos R$ 8,6 bilhões de 2021".

Presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Social, o BNDES, Aloizio Mercadante divulgou nota nesta quarta-feira (21) detonando a velha ladainha de Jair Bolsonaro (PL) sobre o uso da instituição pelo PT para financiar "ditaduras comunistas".

No comunicado, Mercadante explica exatamente o motivo dos lucros do banco - criado exatamente para fomentar a economia produtiva e não gerar dividendos - sob a gestão Bolsonaro que, na prática, funcionava sob o comando do ministro da Economia neoliberal, Paulo Guedes.

"É preciso deixar claro que, diferente da gestão anterior, o atual lucro do BNDES se deve basicamente à intermediação financeira, principal atividade de um banco de fomento, o que alavanca os investimentos e gera emprego e renda em nosso país.  No passado, o lucro líquido do BNDES, celebrados por alguns que não tem nada mais a apresentar, estava relacionado à venda de patrimônio do Banco", rebateu Mercadante.

Segundo Mercadante, no governo Lula "o BNDES voltou a ser o grande instrumento de fomento ao desenvolvimento do Brasil".

"No 1º semestre de 2024, o BNDES registrou um aumento de 204% nas aprovações de crédito para a agropecuária, de 157% para a indústria, de 90% para comércios e serviços e de 66% para infraestrutura, em relação ao primeiro semestre de 2022 - último ano na gestão anterior", relata.

O presidente do banco ainda dá números sobre o aumento do financiamento para micro, pequenas e médias empresas, que somam R$ 29,3 bilhões.

"Tudo isso, com uma inadimplência de 0,07%, expressivamente inferior à do Sistema Financeiro Nacional (que registrou 3,24% geral e 0,41% para grandes empresas em junho de 2024), com um aumento de 94% do lucro líquido recorrente, em relação ao mesmo período de 2023, e sendo considerada a instituição mais transparente da república por pesquisa do TCU e pela CGU", explicou.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) voltou a ser um pilar fundamental para o crescimento do Brasil, de acordo com seu presidente, o economista Aloizio Mercadante. Em uma nota contundente, Mercadante destacou o ressurgimento do BNDES sob a administração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, após um período de desmonte durante o governo anterior.

"O BNDES resistiu e voltou", afirmou Mercadante, ao rebater uma postagem do ex-presidente Jair Bolsonaro, que criticou a atual gestão do banco. Bolsonaro, em sua publicação, exaltou os lucros do BNDES durante seu mandato, sugerindo que o banco funcionava de forma mais eficiente sob sua administração. No entanto, Mercadante fez questão de esclarecer as diferenças fundamentais entre os períodos, destacando que o lucro atual do BNDES reflete o fortalecimento da intermediação financeira e o apoio ao desenvolvimento econômico nacional, e não a venda de ativos, como ocorreu no passado.

No primeiro semestre de 2024, o BNDES registrou um crescimento expressivo em diversas áreas. As aprovações de crédito para a agropecuária aumentaram em 204%, para a indústria em 157%, para comércios e serviços em 90% e para infraestrutura em 66%, comparando-se com o mesmo período de 2022, último ano da gestão anterior. "Estamos vendo o BNDES cumprir sua verdadeira missão de fomentar o desenvolvimento do país, gerando emprego e renda", destacou Mercadante.

Somente para as micro, pequenas e médias empresas (MPMEs), as aprovações totalizaram R$ 29,3 bilhões, o dobro do que foi aprovado no primeiro semestre de 2022. No total, as aprovações de crédito somaram R$ 66,5 bilhões, um aumento de 107%, enquanto as consultas subiram 146% e os desembolsos, 47%.

Mercadante também salientou a sólida saúde financeira do banco, evidenciada por uma inadimplência de apenas 0,07%, muito inferior à média do Sistema Financeiro Nacional. Além disso, o lucro líquido recorrente do BNDES aumentou em 94% em comparação com o mesmo período de 2023. "Isso mostra que estamos no caminho certo, com uma gestão que prioriza o desenvolvimento e a transparência", afirmou o presidente.

Ao abordar as críticas de Bolsonaro, Mercadante foi enfático: "No passado, o lucro líquido do BNDES foi celebrado por aqueles que não tinham mais nada a apresentar, mas ele era resultado da venda de patrimônio do banco. Agora, optamos por manter e valorizar nossa carteira de investimentos, o que resultou no recebimento de R$ 12,9 bilhões em dividendos e juros sobre capital próprio."

O presidente do BNDES também fez questão de ressaltar a situação encontrada no início da gestão Lula, com o banco apresentando um "funding" insuficiente e uma liquidez comprometida. "A carteira do banco no início da gestão anterior era de R$ 514 bilhões. Ao final, havia caído para R$ 479 bilhões, uma queda nominal de 7%. Estamos reconstruindo o caixa do banco, que neste semestre alcançou a marca de R$ 45 bilhões."

Em resposta à insinuação de Bolsonaro de que o BNDES sob Lula retornaria a práticas que beneficiariam apenas governos alinhados ideologicamente ao PT, Mercadante reafirmou o compromisso do banco com o desenvolvimento nacional. "Estamos ampliando o Fundo Clima, criando a Letra de Crédito do Desenvolvimento (LCD) e o Fundo de Investimento em Infraestrutura Social, tudo isso com transparência e credibilidade", disse Mercadante, concluindo que o BNDES está mais forte do que nunca.

Leia a íntegra da nota divulgada por Aloizio Mercadante:

O BNDES RESISTIU E VOLTOU

No governo do presidente Lula, o BNDES voltou a ser o grande instrumento de fomento ao desenvolvimento do Brasil. No 1º semestre de 2024, o BNDES registrou um aumento de 204% nas aprovações de crédito para a agropecuária, de 157% para a indústria, de 90% para comércios e serviços e de 66% para infraestrutura, em relação ao primeiro semestre de 2022 - último ano na gestão anterior. 

Somente para as micro, pequenas e médias empresas (MPMEs), as aprovações totalizaram R$ 29,3 bilhões, o dobro em relação ao 1º semestre de 2022.  Da mesma forma, o desempenho operacional aponta que as aprovações de crédito somaram R$ 66,5 bilhões, aumento de 107%, as consultas subiram 146% e os desembolsos 47%, no mesmo comparativo. 

Tudo isso, com uma inadimplência de 0,07%, expressivamente inferior à do Sistema Financeiro Nacional (que registrou 3,24% geral e 0,41% para grandes empresas em junho de 2024), com um aumento de 94% do lucro líquido recorrente, em relação ao mesmo período de 2023, e sendo considerada a instituição mais transparente da república por pesquisa do TCU e pela CGU.

É preciso deixar claro que, diferente da gestão anterior, o atual lucro do BNDES se deve basicamente à intermediação financeira, principal atividade de um banco de fomento, o que alavanca os investimentos e gera emprego e renda em nosso país.  No passado, o lucro líquido do BNDES, celebrados por alguns que não tem nada mais a apresentar, estava relacionado à venda de patrimônio do Banco. A opção da atual gestão de manter a carteira de investimentos do BNDES resultou no recebimento de R$ 12,9 bilhões em dividendos e juros sobre o capital próprio, em razão da valoração de 32% da carteira desde o fim da gestão anterior.  

O fato é que, no início da nossa gestão, encontramos o BNDES com funding e liquidez comprometidos. A carteira do Banco no início da gestão anterior era de R$ 514 bilhões. Ao final, era de R$ 479 bilhões, uma queda nominal de 7%. 

O caixa médio do BNDES ao final do governo anterior era de apenas R$ 16 bilhões, especialmente em razão de devoluções antecipadas ao Tesouro. Estamos reconstruindo o caixa do banco que, neste semestre, alcançou a marca de R$ 45 bilhões.

Agora, alcançamos a maior carteira de crédito dos últimos seis anos e com transparência, credibilidade e inovações importantes para captação de recursos sem impacto primário, como a ampliação do Fundo Clima, a Letra de Crédito do Desenvolvimento (LCD) e o Fundo Investimento em Infraestrutura Social. O BNDES resistiu e voltou!

Aloizio Mercadante, presidente do BNDES

 

¨      Em reunião com Lula, indústria de papel e celulose anuncia investimentos e geração de mais de 40 mil empregos

Nesta quarta-feira (21), o presidente Lula (PT) se reuniu com representantes da indústria de papel e celulose para discutir planos ambiciosos de expansão do setor no Brasil. O encontro contou com a presença de importantes figuras do governo e do setor, incluindo o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), e o presidente da Indústria Brasileira de Árvores (IBÁ), Paulo Hartung.

O objetivo da reunião foi a apresentação de um pacote de investimentos significativo para o período até 2028, que inclui a construção de novas fábricas, a ampliação de plantas industriais já existentes e a realização de obras de infraestrutura logística para melhorar o escoamento da produção. Segundo a IBÁ, entidade que representa 47 empresas e 10 associações estaduais ligadas ao setor, esses investimentos deverão gerar cerca de 36 mil empregos durante a fase de obras, além de 7,3 mil postos de trabalho diretos e indiretos uma vez que as novas unidades estejam em operação.

O Brasil ocupa posição de destaque no cenário global da indústria de papel e celulose. Com quase 10 milhões de hectares de florestas plantadas, o país é o segundo maior produtor mundial de celulose e o maior exportador do produto. Já na produção de papel, o Brasil se posiciona como o nono maior produtor mundial, reforçando sua relevância no mercado internacional.

Em termos econômicos, o setor é uma importante fonte de divisas para o Brasil. Em 2023, as exportações de papel e celulose geraram US$ 10,3 bilhões, resultando em um superávit comercial de US$ 9,2 bilhões. Além do impacto financeiro, a indústria brasileira se destaca também por suas práticas sustentáveis. De acordo com o último relatório anual da IBÁ, 90% da energia utilizada nos processos produtivos da indústria de papel e celulose no Brasil é proveniente de fontes renováveis, evidenciando o compromisso do setor com a sustentabilidade ambiental.

Além disso, em 2022, o setor foi responsável por 2,6 milhões de empregos diretos e indiretos, demonstrando sua importância não apenas econômica, mas também social para o país. Com os novos investimentos, a expectativa é que o Brasil continue a consolidar sua posição como líder mundial nesse segmento, alinhando crescimento econômico com práticas sustentáveis.

¨      Três Poderes se unem em um Pacto pela Transformação Ecológica

O presidente Lula (PT) assina nesta quarta-feira (21) o Pacto pela Transformação Ecológica, em uma cerimônia que reúne os presidentes dos Três Poderes do Estado brasileiro. Ao lado de Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado, Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados, e Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), governo, Congresso e Judiciário formalizam um compromisso em torno da agenda ambiental. 

O Pacto pela Transformação Ecológica surge como uma resposta coordenada dos Três Poderes para enfrentar os desafios ambientais, climáticos e sociais do Brasil, ao mesmo tempo que busca posicionar o país como um protagonista global em segurança ambiental, climática e alimentar. A iniciativa visa integrar a biodiversidade rica e os recursos naturais abundantes do Brasil em um novo paradigma de desenvolvimento sustentável.

A transformação ecológica proposta pelo pacto representa uma mudança nos paradigmas econômicos, tecnológicos e culturais do Brasil. Essa mudança busca promover o desenvolvimento sustentável através de uma relação harmoniosa com a natureza e seus biomas, garantindo que a geração de riqueza ocorra de forma justa e que os benefícios sejam amplamente distribuídos. Além disso, o pacto visa assegurar a melhoria da qualidade de vida tanto das gerações presentes quanto das futuras.

O Pacto pela Transformação Ecológica se estrutura em torno de três grandes eixos: ordenamento territorial e fundiário, transição energética, e desenvolvimento sustentável com justiça social, ambiental e climática. Dentro destes eixos, foram estabelecidas 26 medidas específicas, que serão acompanhadas por um comitê gestor conjunto dos Três Poderes.

Os objetivos centrais do pacto incluem:

  • Sustentabilidade ecológica: Proteção dos biomas, combate ao desmatamento ilegal, regeneração da biodiversidade e promoção de cidades sustentáveis.
  • Desenvolvimento econômico sustentável: Fomento à inovação tecnológica, economia circular, bioeconomia e uso de energias renováveis.
  • Justiça social, ambiental e climática: Redução das desigualdades, medidas de adaptação às mudanças climáticas e defesa das comunidades vulneráveis.
  • Direitos das crianças e gerações futuras: Integração dos interesses das futuras gerações em todas as políticas públicas.
  • Resiliência a eventos climáticos extremos: Implementação de estratégias para prevenção e mitigação de riscos climáticos.

Entre as principais ações do pacto, destacam-se:

  1. Ampliação do financiamento e redução do custo de crédito para práticas sustentáveis pelo Executivo.
  2. Priorização de projetos de lei no Legislativo, como o marco legal do mercado de carbono e a produção de energia eólica no mar.
  3. Agilização das demandas judiciais relacionadas a questões ambientais e climáticas pelo Judiciário.
  4. Integração de bancos de dados imobiliários e ambientais entre Executivo e Judiciário para garantir segurança jurídica sobre terras.
  5. Adoção de medidas de gestão sustentável pelos Três Poderes para reduzir impactos ambientais diretos.

 

¨      Após reunião sobre emendas, STF espera que Lira esqueça retaliação

As duas Propostas de Emenda à Constituição (PECs) que limitam a atuação do Supremo Tribunal Federal (STF) não foram pauta na reunião entre os representantes da Corte e do Congresso na última terça-feira (20), informa o G1. No entanto, os ministros do tribunal esperam que a Câmara volte a engavetar os projetos como um “gesto de paz” por parte do parlamento.

O tema não foi abordado na reunião porque a interrupção das PECs não era uma condição para o acordo entre os poderes. Uma das propostas restringe decisões monocráticas (individuais) dos ministros, e outra que autoriza o Congresso a derrubar decisões do Judiciário, o que só existiu no Brasil em períodos de ditadura. 

Segundo um dos ministros, “não se pode confundir uma coisa com a outra”, mesmo que a tramitação dos projetos seja vista como um gesto de vingança pelas restrição das emendas parlamentares. Com o acordo encaminhado entre os poderes, Congresso e Executivo deverão respeitar princípios de razoabilidade e transparência em relação às emendas.

Se os textos forem a voto, os ministros alertam que a PEC que limita as decisões individuais pode acabar prejudicando o próprio Congresso. Já a PEC que dá ao Legislativo o poder de cassar decisões do Judiciário é vista como inconstitucional, e seria derrubada em caso de aprovação.

 

Fonte: Brasil 247

 

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