terça-feira, 27 de agosto de 2024

Em vídeo duro, Tabata conecta Marçal ao PCC

Candidata a prefeita de São Paulo, Tabata Amaral (PSB) emplacou mais uma peça de campanha que viralizou nas redes sociais por desmascarar o passado criminoso do também candidato Pablo Marçal (PRTB).

No vídeo, Tabata cita o enriquecimento suspeito de Marçal, sua condenação por participação em esquema de fraudes bancárias, o relacionamento de seu entorno com a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) e, mais recentemente, por montar uma "máfia digital" para atacar adversários políticos e se autopromover nas redes sociais. 

<><> Presidente de partido de Marçal, acusado de parceria com PCC, agora é denunciado por fraudar filiações e ameaçar mulher de morte

O presidente nacional do partido a qual Pablo Marçal é filiado, o PRTB, Leonardo Avalanche é acusado por adversários dentro do partido de vender candidaturas, fazer ameaças e fraudar filiações. 

A acusação foi protocolada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) pelo secretário-geral da legenda, Marcos Andrade, e pela ex-vice-presidente Rachel de Carvalho, que diz ter deixado o posto após sofrer ameaça de morte, revela reportagem do jornal Folha de S.Paulo.

Avalanche ganhou destaque na mídia após admitir manter relações com integrantes do Primeiro Comando da Capital, o PCC, e ser visto embarcando em um voo particular junto com dois homens investigados por suspeita de elo com organizações criminosas.

<><> "Não dá para jogar mole com a extrema-direita violenta", diz Glauber Braga

O deputado federal Glauber Braga analisou, nesta segunda-feira (26), que a atual conjuntura brasileira exige um endurecimento na postura do campo progressista, em meio ao aumento do radicalismo da extrema direita.

"Com a extrema-direita violenta não dá pra jogar mole. A esquerda tem que manter firme o seu conteúdo e na forma tem que estar disposta a ir pro embate. Não é tempo de fofura a qualquer custo", escreveu Braga.

O comentário do parlamentar surge em meio a cobranças de internautas para que nomes como Guilherme Boulos (PSOL) subam o tom contra Pablo Marçal (PRTB), candidato da extrema direita nas eleições para a prefeitura de São Paulo. Marçal tem tido postura agressiva nos debates e em suas peças de campanha, o que tem feito sua popularidade subir entre o eleitorado reacionário.

Um dos casos de maior repercussão foi quando o extremista associou Boulos ao uso de cocaína em um debate e em um vídeo publicado nas redes sociais. O deputado psolista rebateu com uma postagem de um trocadilho entre 'Boulos' e 'bolo', afirmando que 'quanto mais se bate na massa de Boulos, mais ela cresce'.

¨      José Dirceu pede calma e análise objetiva sobre ascensão de Marçal

A recente ascensão de Pablo Marçal (PRTB) nas pesquisas para a prefeitura de São Paulo tem gerado debates acalorados dentro das fileiras do Partido dos Trabalhadores (PT) e do governo. Marçal está crescendo rapidamente entre os eleitores bolsonaristas, o que preocupa algumas lideranças do PT. No entanto, para o ex-ministro José Dirceu, o partido deve manter a calma e analisar a situação com frieza e objetividade.

Dirceu, conhecido estrategista político e figura histórica do PT, lembrou que o ex-presidente Lula (PT) derrotou Jair Bolsonaro (PL) em São Paulo durante as eleições presidenciais de 2022. Para ele, o crescimento de Marçal nas pesquisas é um reflexo do eleitorado bolsonarista, mas isso não significa uma ameaça irreversível para o PT.

“Marçal está disputando os votos bolsonaristas. Mas vencemos Bolsonaro em São Paulo há dois anos, e vamos vencer Marçal se ele for para o segundo turno", afirmou Dirceu. Sua análise sugere que o partido não deve entrar em pânico, mas sim focar em uma estratégia bem estruturada para combater a ascensão de Marçal. A informação é da coluna de Mônica Bergamo na Folha de S.Paulo. 

Segundo o ex-ministro, é necessário que as lideranças do PT e os ministros de Lula reduzam a ansiedade e observem o cenário político com mais objetividade. Dirceu acredita que Marçal ainda está longe de consolidar o apoio de todo o eleitorado bolsonarista, que representou 37,99% dos votos na capital paulista no primeiro turno de 2022.

Embora Marçal tenha alcançado 21% da preferência dos eleitores segundo o Datafolha, Dirceu vê que a disputa está concentrada entre ele e o atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB), para ver quem avançará ao segundo turno. Ele destaca que a campanha do prefeito Nunes precisará se concentrar em enfrentar Marçal para evitar que o ex-coach passe ao segundo turno.

Dirceu reforça que, assim como nas eleições de 2022, o PT tem a capacidade de superar a direita em São Paulo, desde que mantenha a estratégia e a calma. No segundo turno das eleições presidenciais de 2022, Lula obteve 53,54% dos votos na capital paulista, vencendo Bolsonaro, que ficou com 46,46%. Além disso, o candidato ao governo do estado, Fernando Haddad (PT), também venceu na capital com 54,41% dos votos, enquanto a direita foi derrotada na eleição para o Senado, onde Márcio França (PSB) superou Marcos Pontes (PL-SP) na cidade.

Dessa forma, Dirceu acredita que o PT está bem posicionado para enfrentar os desafios eleitorais em São Paulo, desde que mantenha a serenidade e a análise crítica do cenário. A mensagem do ex-ministro é clara: é preciso evitar a ansiedade e focar em uma campanha sólida, que explore as fragilidades de Marçal e reafirme o histórico de vitórias do partido na capital paulista.

 

¨      Pesquisas mostram perda de força do bolsonarismo no Rio e em SP e fim da hegemonia do clã entre eleitores da direita

O sinal de alerta está ligado no bolsonarismo, devido ao resultado da última pesquisa DataFolha, na semana passada, no Rio e em São Paulo. Os 9% de intenção de votos de Alexandre Ramagem (PL), contra 56% de Eduardo Paes (PSD), no Rio, e o avanço do coach Pablo Marçal (PRTB) contra o prefeito Ricardo Nunes (MDB), em São Paulo, jogam luz sobre um cenário que seria considerado inusitado há alguns anos: os votos da direita já não são apenas dos seguidores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e as narrativas já não são controladas apenas pelo clã que centralizou votos deste segmento nas últimas eleições. Nas duas capitais mais importantes do Brasil, há o temor de que os candidatos apoiados por Bolsonaro não passem, sequer, para o segundo turno.

No Rio, de onde vem a família Bolsonaro, as pesquisas apontam a perda de força sobre o eleitorado conservador: Paes conseguiu apoio de lideranças evangélicas da Assembleia de Deus e da Igreja Universal, e tem crescido entre os religiosos. As igrejas, que foram um dos principais campos de apoio a Bolsonaro nas últimas eleições, têm tímida participação na campanha de Ramagem, que chegou a ter uma vice ligada à Universal do Reino de Deus vetada. Mas, mais do que a perda de apoios de políticos religiosos, as pesquisas indicam uma espécie de “voto mais crítico” do eleitorado conservador, que hoje aposta em outras opções, que não as indicações de Bolsonaro.

A campanha de Ramagem, entretanto, mira o segundo turno a partir da associação com Bolsonaro na propaganda eleitoral na TV e aposta que, caso passe, será “uma nova eleição, iniciada do zero”. De acordo com membros do marketing de Ramagem, a expectativa é que com as inserções midiáticas diárias, Ramagem chegue a 15% dos votos em setembro. A estratégia de campanha tentará “desconstruir” a imagem do atual prefeito e apontará a sua antiga ligação com políticos associados a atos de corrupção.

Entretanto, sabem que a missão não é simples: além de Paes gozar de boa popularidade, a avaliação é de que o atual prefeito mantém diálogo com os setores conservadores, possui bom arco de apoios partidários e, principalmente: possui domínio das redes sociais, um território que por anos foi usado com desenvoltura pelo bolsonarismo para se comunicar com os eleitores e criar narrativas que geravam votos.

O mesmo pode ser visto em Niterói, onde Carlos Jordy (PL) tenta se aproximar de Rodrigo Neves (PDT), que congrega apoios até mesmo de conservadores e religiosos. Nas duas cidades, Ramagem e Jordy devem contar com uma força-tarefa de apoio que irá da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro até o popular deputado federal Nikolas Ferreira, que vão turbinar as candidaturas.

Já em São Paulo, há a avaliação de que as narrativas e a postura belicosa trazidas por Pablo Marçal chegam a suplantar as falas mais radicais de Bolsonaro. O ex-coach, que ganhou notoriedade através das redes sociais, tem se valido justamente da imagem de anti-sistema, da qual Bolsonaro se valeu, e de injustiçado, a partir de decisões judiciais que limitam a sua atuação. O apoio de Bolsonaro ao prefeito Ricardo Nunes, com a indicação de um vice, portanto, não tem sido suficiente para congregar toda a direita, como acontecia em outros tempos.

Além de estar mais presente na campanha de Nunes, Bolsonaro também partiu para o ataque contra Marçal. Na perspectiva dele e da Executiva Nacional do PL, está a possibilidade de derrota nos dois principais colégios eleitorais do Brasil, ainda no primeiro turno. Muito além do apoio aos seus candidatos, Bolsonaro entrará no jogo para lutar contra o possível fiasco que seriam as derrotas amargadas não para políticos de esquerda, mas, sim, de nomes que hoje já podem vencê-lo entre os eleitores da direita.

¨      Ex-secretário da Receita do governo Bolsonaro elogia Marçal: 'fala tudo que um liberal quer ouvir'

Marcos Cintra, ex-deputado federal e ex-secretário da Receita Federal do governo Jair Bolsonaro (PL), demonstrou apoio à candidatura do ex-coach e empresário de extrema direita Pablo Marçal (PRTB) à prefeitura de São Paulo. "Ele fala tudo que um liberal como eu quer ouvir: defesa do livre mercado, empreendedorismo, combate à corrupção", afirmou Cintra, famoso por idealizar o imposto único,

Ainda segundo ele, “Marçal é um furacão que está chegando e colocando toda a classe política profissional em pânico. É um gênio da comunicação, sem o pseudo-intelectualismo a que as elites estão acostumadas ". Os elogios ao candidato de extrema direita foram feitos à coluna Painel, da Folha de S. Paulo, e em postagem na rede social X, antigo Twitter.

A campanha de Marçal recebeu com entusiasmo o apoio de Cintra, reconhecendo nele uma figura que pode trazer mais peso intelectual à candidatura. Uma das críticas ao candidato, porém, é sua falta de experiência administrativa e o fato de se cercar principalmente de influenciadores e ativistas digitais.

Aliados de Marçal acreditam que Cintra, que ocupou cargos importantes no início do governo Jair Bolsonaro (PL) e coordenou vários programas governamentais, poderia contribuir com ideias e, possivelmente, com a gestão futura do candidato.

Apesar dos elogios, Cintra afirmou que ainda não tomou uma decisão final sobre seu voto. “Preciso saber mais sobre a pessoa dele, ver como ele é de fato, o que já fez. Quero saber se essa questão de coach não é uma espécie de encantamento, uma lavagem cerebral”, comentou.

Sobre as acusações e processos enfrentados por Marçal, Cintra minimizou a importância, dizendo que, quando jovem, o candidato teve envolvimentos que hoje estão legalmente resolvidos.

Embora a campanha planeje aproximar Cintra de Marçal, ele declarou que, por ora, não tem interesse em se envolver diretamente, mas não descartou a possibilidade de uma colaboração futura caso o candidato seja eleito prefeito. "Não tenho o menor interesse nisso agora. Se ele chegar a virar prefeito e chamar como uma ajuda técnica, é outra coisa", afirmou.

 

Fonte: Brasil 247/Agenda do Poder

 

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