RELAÇÕES
"DUVIDOSAS": Presidente da Transparência Internacional agora detona
Dallagnol e Moro
Amigo
íntimo e confidente de Deltan Dallagnol (Novo-PR) quando a Lava Jato ocupava o
noticiário da mídia liberal, Bruno Brandão, diretor-executivo da Transparência
Brasil, agora ataca frontalmente o ex-procurador-chefe da força-tarefa e mira
também o ex-juiz Sergio Moro (União-PR), que em breve pode ter o mandato no
Senado cassado pela Justiça Eleitoral.
Nesta
semana, o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a
abertura de investigação sobre a relação "duvidosa" da Organização
Não Governamental (ONG) com procuradores da Lava Jato.
A exemplo
do que aconteceu em Curitiba, quando procuradores da Lava Jato tentaram criar
uma organização não governamental (ONG) para ficar com R$ 2,5 bilhões de um
acordo da Petrobras nos EUA, os membros da força-tarefa em Brasília fizeram uma
manobra semelhante para ficar com R$ 270 milhões do acordo de leniência da
J&F, holding da gigante de alimentos JBS.
Segundo
informações obtidas pelo site Consultor Jurídico, a manobra contou com a ajuda
da ONG Transparência Internacional, que chegou a receber os R$ 270 milhões, em
uma manobra do conselheiro da organização e assessor informal da Lava Jato,
Joaquim Falcão.
Os planos,
no entanto, foram frustrados pelo Procurador-Geral da República, Augusto Aras,
que detectou a manobra e bloqueou o repasse de recursos.
Em
entrevista ao jornal O Globo, Brandão faz mea culpa sobre a relação com os
lavajatistas e diz ter se enganado sobre Dallagnol e Moro.
"Houve
erros muito importantes da operação, do sistema político, da imprensa e da
sociedade, inclusive da Transparência Internacional. Deixamos de perceber que
em relação aos dois principais representantes da Lava-Jato, o procurador Deltan
Dallagnol e o juiz Sergio Moro, havia uma profunda divergência com o
entendimento da Transparência Internacional sobre o que essencialmente
significa a luta contra corrupção. Se depois da operação eles emprestaram a
imagem para um governo autoritário, que destruiu o combate à corrupção e
fragilizou a própria democracia brasileira, eles não comungam a nossa visão
sobre combate à corrupção", afirmou, tentando se afastar dos ex-amigos.
Sobre as
piadas com Dallagnol para combinar artigos na mesma mídia liberal, Brandão
desconversa e diz que a ONG fez um trabalho técnico junto a Lava Jato.
"Nós
tivemos uma cooperação com o Ministério Público em diversas instâncias, com as
forças-tarefas da Lava-Jato, Greenfield e Amazônia. Com a Lava-Jato,
principalmente para reformar a proposta original das dez medidas (contra a
corrupção). Nós fizemos um trabalho de cooperação com especialistas, para criar
um pacote de 80 medidas, que tinha uma visão muito mais plural do combate à
corrupção, que não fosse um olhar só penal", afirma.
Sobre os
"retrocessos no combate à corrupção no Brasil", que foram apontados
pela ONG e alvo de críticas do governo, Brandão saiu pela tangente e culpou o
governo Jair Bolsonaro (PL), o legislativo e o judiciário.
"Aprendemos
nos últimos anos que toda a estrutura de combate à corrupção que o país levou
décadas para construir pode ser destruída em poucos anos. Foi o que a gente
assistiu, principalmente no governo Bolsonaro. Apontamos no relatório da semana
passada que essa responsabilidade, além do legado do governo Bolsonaro, é
também do governo Lula, com omissões e mesmo retrocesso, mas não é
responsabilidade exclusiva do Poder Executivo. Há o Legislativo, com o Centrão
cada vez mais poderoso, abocanhando mais recursos. E o Poder Judiciário, que
tem tem feito o papel do desmonte, com decisões que anulam de maneira
generalizada investigações e processos contra a corrupção", disse.
Ø
Lava Jato: Transparência Internacional
tentou driblar TCU por dinheiro em acordo
Novas
revelações decorrentes da operação Lava Jato apontam para possíveis tentativas
de manipulação, por parte da ONG Transparência Internacional, dos recursos
provenientes de acordos de leniência, especificamente relacionados ao grupo
empresarial J&F.
Mensagens
trocadas entre o ex-coordenador da Lava Jato, Deltan Dallagnol, e procuradores
do Ministério Público Federal (MPF) sugerem uma estratégia para direcionar
parte desses recursos para a ONG, evitando, assim, a auditoria do Tribunal de
Contas da União (TCU). Ou seja, a ideia era que os valores fossem repassados à
instituição sem a devida fiscalização.
Essas
mensagens foram reveladas após o levantamento do sigilo de documentos pelo
ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, na última terça-feira
(6).
Uma das
mensagens presentes no documento revela uma reunião entre membros da Fundação
Getúlio Vargas (FGV) e da Transparência Internacional para tratar dos R$ 2,3
bilhões provenientes desse acordo.
Embora o
autor da mensagem que menciona o TCU não tenha sido identificado, o processo
cita Bruno Brandão, então presidente da Transparência Internacional, e Michael
Mohallem, professor da FGV e prestador de serviços da ONG.
Além
disso, o material revela uma troca de mensagens entre Dallagnol e Brandão, em
que discutem a elaboração de um estudo sobre a destinação dos recursos
compensatórios.
Essas
mensagens sugerem que a ONG estaria interessada em receber recursos
provenientes desses acordos – as conversas indicam uma articulação para
direcionar esses recursos para diversas áreas, como saúde pública e entidades
de combate à corrupção.
·
O que diz a ONG
A
Transparência Internacional rejeitou veementemente as acusações. A organização
classificou as suspeitas como meras “ilações”, ressaltando que sempre recusou
ofertas de financiamento e que a coordenadora da Comissão Permanente de
Assessoramento para Acordos de Leniência e Colaboração Premiada desmentiu os
relatos que envolviam a ONG.
“O
processo cujo sigilo foi derrubado ontem inclui, apenas, o conteúdo de quem
acusa a Transparência Internacional (TI). Não há qualquer peça de defesa ou
manifestação da TI nos autos, pois a organização nunca foi ouvida antes de ser
feita essa divulgação. Além disso, há omissões graves, como o relatório final
do trabalho realizado pela Transparência Internacional com recomendações de
transparência, boas práticas de governança e rigorosos controles à destinação
dos chamados ‘recursos compensatórios’ em casos de corrupção. Mais importante,
a decisão do min”, disse trecho da nota apresentada pela ONG.
“Toffoli
faz referência a um ofício do ex-PGR Augusto Aras, com graves ilações e
informações inverídicas sobre destinação de recursos à TI, mas omite a resposta
ao ofício, com detalhado parecer da subprocuradora-geral Samantha Dobrowolski,
então coordenadora da Comissão Permanente de Assessoramento para Acordos de
Leniência e Colaboração Premiada, desmentindo as informações do ex-PGR e
atestando que a TI jamais recebeu ou receberia qualquer recurso ou teria
qualquer papel gestor ou decisório sobre a aplicação de tais fundos”.
O ex-juiz
da Lava Jato, Sérgio Moro optou por não se manifestar, assim como Deltan
Dallagnol, que não respondeu até o momento.
Ø
Marcelo Uchôa: 'a Transparência
Internacional faz parte de uma gangue que tem Deltan Dallagnol como integrante'
O jurista
Marcelo Uchôa destacou nesta quarta-feira (7) a gravidade das relações entre a
ONG estrangeira Transparência Internacional e a Operação Lava Jato, no Brasil.
O estudioso citou o ex-deputado federal cassado Deltan Dallagnol(Novo-PR), que
foi procurador do Ministério Público Federal no Paraná (MPF-PR).
"A
Transparência Internacional tem parceria com o MPF, desde 2014, pra desenvolver
ações contra a corrupção, dando pitaco sobre o uso de 2,3 bilhões de reais
levantados em acordos de leniência da Lava Jato do Dallagnol e eu tenho q
acreditar q ela não integra a gangue? Por favor!", escreveu o estudioso na
rede social X.
O ministro do Supremo Tribunal Federal
Dias Toffoli determinou investigação sobre a
atuação da Transparência Internacional (TI) no Brasil, onde a entidade fez um
conluio com a Operação Lava Jato, que tinha o ex-parlamentar como procurador do
Ministério Público Federal (MPF-PR).
De acordo
com informações publicadas em 4 de agosto pelo Consultor Jurídico, a ONG estrangeira "tentou ser sócia dos lavajatistas no
desvio e apropriação de fundos totalizando R$ 4,8 bilhões oriundos de acordos
de leniência firmados com a Petrobrás e a JBS".
Ø
“Globo ataca a democracia quando abraça
Dallagnol”, diz Tony Garcia
O
empresário Tony Garcia criticou a Rede Globo nesta quarta-feira (7) por dar
espaço ao senador Sergio Moro (União Brasil-PR) e ao ex-deputado federal
cassado Deltan Dallagnol (Novo-PR), ex-juiz e ex-procurador da Lava Jato,
respectivamente. "Em nome do combate à corrupção corromperam todo o nosso
ordenamento jurídico e trabalharam incessantemente contra a democracia com o
apoio da @tvglobo", escreveu Garcia na rede social X. De acordo com o
empresário, a emissora "presta um desserviço enorme" ao regime democrático
quando "abraça os corruptos Deltan Dallagnol e Sergio Moro".
"A
@GloboNews ainda dá espaço para o meliante @deltanmd em clara provocação ao
presidente @LulaOficial e @STF_oficial. Esse indivíduo junto de @SF_Moro
causaram um dano enorme ao país enquanto à frente da malfadada Lava Jato
desmascarada pela bem-vinda Vaza Jato", continuou.
"Criminalizaram
a política como também tentaram o mesmo com os tribunais superiores em especial
o @STF e frontalmente contra os ministros @gilmarmendes, Ricardo Lewandowski,
Dias Toffoli. Outra vez, como no apoio que deram a ditadura em 1964, a Rede
Globo presta um desserviço enorme a democracia qdo abraça corruptos do naipe de
@deltanmd e @SF_Moro", acrescentou.
No ano
passado, Garcia delatou Moro em uma entrevista à TV 247. Ele afirmou que
desembargadores do TRF-4 foram chantageados por Moro depois de participarem de
uma “festa da cueca” com prostitutas em Curitiba.
O
empresário também disse que foi coagido por Moro a forjar informações à revista
Veja que pudessem comprometer o ex-ministro José Dirceu (PT). Garcia também
acusou o senador de transformar a capital paranaense na "Guantánamo
brasileira". Em setembro, o delator entregou ao Supremo Tribunal Federal
as missões ilegais que cumpriu a mando de Moro.
O ministro
do STF Dias Toffoli determinou abertura de invedstigação com o objetivo de
apurar as denúncias feitas pelo empresário.
Fonte
Fórum/DCM
Nenhum comentário:
Postar um comentário