sexta-feira, 9 de fevereiro de 2024

RELAÇÕES "DUVIDOSAS": Presidente da Transparência Internacional agora detona Dallagnol e Moro

Amigo íntimo e confidente de Deltan Dallagnol (Novo-PR) quando a Lava Jato ocupava o noticiário da mídia liberal, Bruno Brandão, diretor-executivo da Transparência Brasil, agora ataca frontalmente o ex-procurador-chefe da força-tarefa e mira também o ex-juiz Sergio Moro (União-PR), que em breve pode ter o mandato no Senado cassado pela Justiça Eleitoral.

Nesta semana, o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a abertura de investigação sobre a relação "duvidosa" da Organização Não Governamental (ONG) com procuradores da Lava Jato.

A exemplo do que aconteceu em Curitiba, quando procuradores da Lava Jato tentaram criar uma organização não governamental (ONG) para ficar com R$ 2,5 bilhões de um acordo da Petrobras nos EUA, os membros da força-tarefa em Brasília fizeram uma manobra semelhante para ficar com R$ 270 milhões do acordo de leniência da J&F, holding da gigante de alimentos JBS.

Segundo informações obtidas pelo site Consultor Jurídico, a manobra contou com a ajuda da ONG Transparência Internacional, que chegou a receber os R$ 270 milhões, em uma manobra do conselheiro da organização e assessor informal da Lava Jato, Joaquim Falcão.

Os planos, no entanto, foram frustrados pelo Procurador-Geral da República, Augusto Aras, que detectou a manobra e bloqueou o repasse de recursos.

Em entrevista ao jornal O Globo, Brandão faz mea culpa sobre a relação com os lavajatistas e diz ter se enganado sobre Dallagnol e Moro.

"Houve erros muito importantes da operação, do sistema político, da imprensa e da sociedade, inclusive da Transparência Internacional. Deixamos de perceber que em relação aos dois principais representantes da Lava-Jato, o procurador Deltan Dallagnol e o juiz Sergio Moro, havia uma profunda divergência com o entendimento da Transparência Internacional sobre o que essencialmente significa a luta contra corrupção. Se depois da operação eles emprestaram a imagem para um governo autoritário, que destruiu o combate à corrupção e fragilizou a própria democracia brasileira, eles não comungam a nossa visão sobre combate à corrupção", afirmou, tentando se afastar dos ex-amigos.

Sobre as piadas com Dallagnol para combinar artigos na mesma mídia liberal, Brandão desconversa e diz que a ONG fez um trabalho técnico junto a Lava Jato.

"Nós tivemos uma cooperação com o Ministério Público em diversas instâncias, com as forças-tarefas da Lava-Jato, Greenfield e Amazônia. Com a Lava-Jato, principalmente para reformar a proposta original das dez medidas (contra a corrupção). Nós fizemos um trabalho de cooperação com especialistas, para criar um pacote de 80 medidas, que tinha uma visão muito mais plural do combate à corrupção, que não fosse um olhar só penal", afirma.

Sobre os "retrocessos no combate à corrupção no Brasil", que foram apontados pela ONG e alvo de críticas do governo, Brandão saiu pela tangente e culpou o governo Jair Bolsonaro (PL), o legislativo e o judiciário.

"Aprendemos nos últimos anos que toda a estrutura de combate à corrupção que o país levou décadas para construir pode ser destruída em poucos anos. Foi o que a gente assistiu, principalmente no governo Bolsonaro. Apontamos no relatório da semana passada que essa responsabilidade, além do legado do governo Bolsonaro, é também do governo Lula, com omissões e mesmo retrocesso, mas não é responsabilidade exclusiva do Poder Executivo. Há o Legislativo, com o Centrão cada vez mais poderoso, abocanhando mais recursos. E o Poder Judiciário, que tem tem feito o papel do desmonte, com decisões que anulam de maneira generalizada investigações e processos contra a corrupção", disse.

 

Ø  Lava Jato: Transparência Internacional tentou driblar TCU por dinheiro em acordo

 

Novas revelações decorrentes da operação Lava Jato apontam para possíveis tentativas de manipulação, por parte da ONG Transparência Internacional, dos recursos provenientes de acordos de leniência, especificamente relacionados ao grupo empresarial J&F.

Mensagens trocadas entre o ex-coordenador da Lava Jato, Deltan Dallagnol, e procuradores do Ministério Público Federal (MPF) sugerem uma estratégia para direcionar parte desses recursos para a ONG, evitando, assim, a auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU). Ou seja, a ideia era que os valores fossem repassados à instituição sem a devida fiscalização.

Essas mensagens foram reveladas após o levantamento do sigilo de documentos pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, na última terça-feira (6).

Uma das mensagens presentes no documento revela uma reunião entre membros da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e da Transparência Internacional para tratar dos R$ 2,3 bilhões provenientes desse acordo.

Embora o autor da mensagem que menciona o TCU não tenha sido identificado, o processo cita Bruno Brandão, então presidente da Transparência Internacional, e Michael Mohallem, professor da FGV e prestador de serviços da ONG.

Além disso, o material revela uma troca de mensagens entre Dallagnol e Brandão, em que discutem a elaboração de um estudo sobre a destinação dos recursos compensatórios.

Essas mensagens sugerem que a ONG estaria interessada em receber recursos provenientes desses acordos – as conversas indicam uma articulação para direcionar esses recursos para diversas áreas, como saúde pública e entidades de combate à corrupção.

·        O que diz a ONG

A Transparência Internacional rejeitou veementemente as acusações. A organização classificou as suspeitas como meras “ilações”, ressaltando que sempre recusou ofertas de financiamento e que a coordenadora da Comissão Permanente de Assessoramento para Acordos de Leniência e Colaboração Premiada desmentiu os relatos que envolviam a ONG.

“O processo cujo sigilo foi derrubado ontem inclui, apenas, o conteúdo de quem acusa a Transparência Internacional (TI). Não há qualquer peça de defesa ou manifestação da TI nos autos, pois a organização nunca foi ouvida antes de ser feita essa divulgação. Além disso, há omissões graves, como o relatório final do trabalho realizado pela Transparência Internacional com recomendações de transparência, boas práticas de governança e rigorosos controles à destinação dos chamados ‘recursos compensatórios’ em casos de corrupção. Mais importante, a decisão do min”, disse trecho da nota apresentada pela ONG.

“Toffoli faz referência a um ofício do ex-PGR Augusto Aras, com graves ilações e informações inverídicas sobre destinação de recursos à TI, mas omite a resposta ao ofício, com detalhado parecer da subprocuradora-geral Samantha Dobrowolski, então coordenadora da Comissão Permanente de Assessoramento para Acordos de Leniência e Colaboração Premiada, desmentindo as informações do ex-PGR e atestando que a TI jamais recebeu ou receberia qualquer recurso ou teria qualquer papel gestor ou decisório sobre a aplicação de tais fundos”.

O ex-juiz da Lava Jato, Sérgio Moro optou por não se manifestar, assim como Deltan Dallagnol, que não respondeu até o momento.

 

Ø  Marcelo Uchôa: 'a Transparência Internacional faz parte de uma gangue que tem Deltan Dallagnol como integrante'

 

O jurista Marcelo Uchôa destacou nesta quarta-feira (7) a gravidade das relações entre a ONG estrangeira Transparência Internacional e a Operação Lava Jato, no Brasil. O estudioso citou o ex-deputado federal cassado Deltan Dallagnol(Novo-PR), que foi procurador do Ministério Público Federal no Paraná (MPF-PR).

"A Transparência Internacional tem parceria com o MPF, desde 2014, pra desenvolver ações contra a corrupção, dando pitaco sobre o uso de 2,3 bilhões de reais levantados em acordos de leniência da Lava Jato do Dallagnol e eu tenho q acreditar q ela não integra a gangue? Por favor!", escreveu o estudioso na rede social X. 

O ministro do Supremo Tribunal Federal Dias Toffoli determinou investigação sobre a atuação da Transparência Internacional (TI) no Brasil, onde a entidade fez um conluio com a Operação Lava Jato, que tinha o ex-parlamentar como procurador do Ministério Público Federal (MPF-PR).

De acordo com informações publicadas em 4 de agosto pelo Consultor Jurídico, a ONG estrangeira "tentou ser sócia dos lavajatistas no desvio e apropriação de fundos totalizando R$ 4,8 bilhões oriundos de acordos de leniência firmados com a Petrobrás e a JBS".

 

Ø  “Globo ataca a democracia quando abraça Dallagnol”, diz Tony Garcia

 

O empresário Tony Garcia criticou a Rede Globo nesta quarta-feira (7) por dar espaço ao senador Sergio Moro (União Brasil-PR) e ao ex-deputado federal cassado Deltan Dallagnol (Novo-PR), ex-juiz e ex-procurador da Lava Jato, respectivamente. "Em nome do combate à corrupção corromperam todo o nosso ordenamento jurídico e trabalharam incessantemente contra a democracia com o apoio da @tvglobo", escreveu Garcia na rede social X. De acordo com o empresário, a emissora "presta um desserviço enorme" ao regime democrático quando "abraça os corruptos Deltan Dallagnol e Sergio Moro".

"A @GloboNews ainda dá espaço para o meliante @deltanmd em clara provocação ao presidente @LulaOficial e @STF_oficial. Esse indivíduo junto de @SF_Moro causaram um dano enorme ao país enquanto à frente da malfadada Lava Jato desmascarada pela bem-vinda Vaza Jato", continuou. 

"Criminalizaram a política como também tentaram o mesmo com os tribunais superiores em especial o @STF e frontalmente contra os ministros @gilmarmendes, Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli. Outra vez, como no apoio que deram a ditadura em 1964, a Rede Globo presta um desserviço enorme a democracia qdo abraça corruptos do naipe de @deltanmd e @SF_Moro", acrescentou. 

No ano passado, Garcia delatou Moro em uma entrevista à TV 247. Ele afirmou que desembargadores do TRF-4 foram chantageados por Moro depois de participarem de uma “festa da cueca” com prostitutas em Curitiba. 

O empresário também disse que foi coagido por Moro a forjar informações à revista Veja que pudessem comprometer o ex-ministro José Dirceu (PT). Garcia também acusou o senador de transformar a capital paranaense na "Guantánamo brasileira". Em setembro, o delator entregou ao Supremo Tribunal Federal as missões ilegais que cumpriu a mando de Moro.

O ministro do STF Dias Toffoli determinou abertura de invedstigação com o objetivo de apurar as denúncias feitas pelo empresário.

 

Fonte Fórum/DCM

 

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