Zelensky provoca Rússia a atacar Ucrânia e
perde o Sul Global, diz político do país
Vladimir Zelensky tem
tentado provocar uma resposta severa da Rússia através de uma retórica
agressiva e ameaças para afastar o Sul Global de Moscou, disse à Sputnik neste
sábado (24) o político ucraniano Vladimir Oliynyk.
Mais cedo, a mídia
ucraniana divulgou um vídeo de Zelensky gravado na região de Sumy, na fronteira
com a Rússia, que se concentrou principalmente em ameaças ao país.
"Primeiramente,
Zelensky está trabalhando para garantir um lugar no país onde residirá quando
tudo acabar. Em segundo lugar, ele quer provocar a Rússia a responder com meios
nucleares, pelo menos com armas táticas, para que o Sul Global se afaste dela,
porque os países lá são a favor da paz", disse Oliynyk.
O político observou
que a abordagem de Zelensky não beneficia o povo da Ucrânia, que na maior parte
apoia a ideia de negociações com Moscou. Em vez disso, suas ações visam
retratar a Rússia como a agressora.
"Kiev quer
retratar a Rússia como uma agressora que representa uma ameaça para o mundo
inteiro. Em seu discurso, ele dedicou uma quantidade significativa de tempo à
Rússia, atribuindo-lhe características humilhantes e pensando que isso de
alguma forma irritaria a liderança russa e os levaria a cometer erros",
acrescentou o político.
As tropas ucranianas
cruzaram a fronteira com a Rússia e lançaram uma ofensiva contra a região de
Kursk em 6 de agosto. O presidente russo, Vladimir Putin, declarou que o ataque
é mais uma grande provocação, acrescentando que os ucranianos estavam atirando
indiscriminadamente contra civis no país. Putin ainda prometeu uma resposta
apropriada.
<><>
Kiev quer ameaçar Moscou com mísseis Storm Shadow, Washington não apoiou o
plano, diz mídia
A Ucrânia sugeriu
realizar um "ataque de demonstração" a alvos militares próximos da
capital da Rússia, segundo o jornal britânico The Guardian.
Kiev quer lançar um
"ataque demonstrativo" com mísseis Storm Shadow em profundidade do
território russo para criar uma ameaça potencial a Moscou, mas os EUA não
apoiaram o plano arriscado, escreve no sábado (24) o jornal britânico The
Guardian.
"Altos
funcionários em Kiev sugeriram que o uso dessas armas anglo-francesas em um
'ataque de demonstração' mostraria ao Kremlin que as instalações militares
próximas à capital poderiam ser vulneráveis a ataques diretos", cita o The
Guardian.
De acordo com a fonte,
a Ucrânia espera forçar a Rússia a negociar às custas de uma possível ameaça a
Moscou ou São Petersburgo. No entanto, o veículo de imprensa nota que esse
plano altamente arriscado não recebeu o apoio dos EUA.
O jornal britânico The
Times noticiou na quarta-feira (21) que as autoridades norte-americanas estavam
impedindo os britânicos de permitir que Kiev usasse mísseis de cruzeiro Storm
Shadow para atacar o território russo reconhecido internacionalmente.
¨
Ucrânia 'está nervosa'
com atrasos de envio ativos russos congelados, diz mídia dos EUA
Autoridades ucranianas
estão ficando cautelosas com os atrasos na finalização de um acordo que
desbloquearia US$ 50 bilhões (R$ 274 bilhões) em apoio ao aproveitar os lucros
dos ativos congelados do banco central russo, de acordo com pessoas
familiarizadas com o assunto, ouvidas pela Bloomberg.
Esses fundos devem ser
transferidos para Kiev até o final do ano, de acordo com um plano do G7 feito
em junho, mas a implementação do plano foi prejudicada por exigências feitas
pelos Estados Unidos e pelo risco de a Hungria desacelerar qualquer decisão da
União Europeia sobre apoio à Ucrânia ou sanções contra a Rússia, de acordo com
as pessoas que falaram sob condição de anonimato à mídia.
Embora o prazo para o
acordo do G7 se estenda até o final do ano, a Ucrânia precisará de uma decisão
no mês que vem, quando uma revisão de financiamento pelo Fundo Monetário
Internacional (FMI) exigirá garantias de que os requisitos orçamentários de
Kiev serão atendidos, disse uma das pessoas.
"Precisamos de um
mecanismo real. As discussões relevantes estão em andamento há muito tempo, e
finalmente precisamos de decisões", disse Vladimir Zelensky na
quarta-feira (21).
Um porta-voz da
Comissão Europeia disse que o trabalho está em andamento, e mais discussões
serão necessárias e serão retomadas nas próximas semanas. Um porta-voz do
Ministério das Relações Exteriores da Hungria não respondeu a um pedido de
comentário.
Os fundos renderam até
agora cerca de € 3,4 bilhões (R$ 20,9 bilhões) desde que foram imobilizados,
embora os lucros gerados antes de 15 de fevereiro sejam retidos pela Euroclear,
sediada na Bélgica, como uma proteção para lidar com riscos atuais e futuros,
como litígios.
Na quarta-feira (22),
o Ministério das Relações Exteriores da Rússia disse à Sputnik que Moscou
responderá ao uso pelos países ocidentais das receitas geradas pelos ativos
russos congelados, visto que isso é ilegal e se trata de roubo de fundos
russos, conforme noticiado.
¨
Mídia revela papel dos
EUA e do Reino Unido no ataque da Ucrânia à região de Kursk
Segundo o The New York
Times, Washington e Londres colaboraram com os ucranianos na invasão de Kursk,
permitindo uma melhor execução das operações fronteiriças.
Os EUA e o Reino Unido
forneceram à Ucrânia imagens de satélite e outras informações sobre a região de
Kursk após a invasão das Forças Armadas da Ucrânia, informou na sexta-feira
(23) o jornal norte-americano The New York Times.
"Nos dias após a
ofensiva, os Estados Unidos e o Reino Unido forneceram à Ucrânia imagens de
satélite e outras informações sobre a região de Kursk", disse o artigo,
"para permitir que os comandantes acompanhassem melhor a transferência de reforços
russos que poderiam atacar [as tropas ucranianas] ou cortar sua provável rota
de fuga para a Ucrânia", disse o jornal, citando duas fontes.
No dia 6 de agosto, as
tropas ucranianas lançaram um ataque à região de Kursk, na Rússia. A ação
marcou a agressão mais significativa da Ucrânia contra a Rússia desde fevereiro
de 2022.
Comentando o ataque, o
presidente russo Vladimir Putin disse que a Ucrânia havia realizado outra
provocação em larga escala, atirando indiscriminadamente em alvos civis. O
inimigo terá uma resposta adequada, acrescentou Putin.
¨
O que a Ucrânia busca
alcançar ao atacar usinas nucleares russas? Especialista militar explica
Os ataques da Ucrânia
às usinas nucleares russas de Zaporozhie e Kursk são provavelmente uma
tentativa de retratar Moscou como incapaz de manter essas instalações seguras,
disse o veterano das Forças Armadas suecas e observador político e militar
Mikael Valtersson à Sputnik.
"Quando se trata
da usina de Zaporozhie, acredito que a Ucrânia quer criar pressão na comunidade
internacional em relação à Rússia, que a usina deve ser pelo menos
internacionalizada, para que a Rússia não a controle", explicou
Valtersson. "Eles poderiam dizer: [a usina] é neutra agora, a comunidade
internacional cuida disso."
"Quando se trata
de Kursk, acredito que eles querem semear angústia e talvez até o pânico entre
alguma parte da população russa, pelo menos aqueles que vivem nas
proximidades", acrescentou.
Ele também sugeriu que
a Ucrânia tenta semear a confusão negando a responsabilidade por esses ataques.
"Eles disseram
que a Rússia atacou sua própria usina em Zaporozhie, e provavelmente dirão que
se houvesse drones ucranianos, eles estavam apenas passando por perto, e
tentarão o tempo todo alegar que é uma operação de bandeira falsa da
Rússia", observou Valtersson. "E no Ocidente muitos acreditarão
nisso."
Mesmo que a culpa da
Ucrânia seja confirmada, provavelmente "não haverá uma reação muito severa
no Ocidente", observou.
<><>
Agrupamento de tropas Sul destrói tanque Abrams, diz Defesa da Rússia
As tropas russas
eliminaram mais de 1.000 efetivos ucranianos e uma grande quantidade de
equipamento militar, incluindo um tanque Abrams, informou o Ministério da
Defesa da Rússia.
O agrupamento de
tropas russo Yug (Sul) aniquilou nas áreas de Pereezdnoe, Zaliznyanskoe,
Grigorovka, Raigorodok, Chasov Yar, Kurdyumovka, Plescheevka, Kurakhovo,
Katerinovka e Konstantinovka (República Popular de Donetsk) até 630 efetivos
adversários, 19 veículos militares (incluindo um tanque Abrams), um sistema de
artilharia autopropulsado M109 Paladin, obuseiros M777, M198, D-20 (dois), D-30
(quatro) e M119, e três depósitos de munição, comunicou no domingo (25) o
Ministério da Defesa da Rússia.
Os agrupamentos de
tropas Vostok (Leste), Sever (Norte) e Zapad (Oeste) eliminaram nas áreas de
Ugledar, Vodyanoe, Shakhtersk, Prechistovka, Zolotaya Niva, Serebryanka (RPD),
Novodarovka (região de Zaporozhie), Velikaya Pisarevka (região de Sumy), Prudyanka,
Liptsy, Volchansk, Berestovoe, Kolesnikovka, Niosinovo, Petropavlovka (região
de Carcóvia) e Novovodyanoe (República Popular de Lugansk) até 740 soldados, 19
veículos militares, estações de guerra eletrônica Bukovel-AD, Anklav-N e
Kvertus e ainda quatro depósitos de munição, entre outros alvos.
Por sua vez, os
agrupamentos de tropas Dniepre e Tsentr (Centro) atingiram nas áreas de
Novodanilvoka (região de Zaporozhie), Kherson, Tokarevka e Dneprovskoe (região
de Kherson), Selidovo, Galitsynovka, Vozdvizhenka, Tarasovka, Grodovka,
Toretsk, Memrik e Dimitrov (RPD) com sucesso até 560 combatentes, 16 veículos
militares, obuseiros D-20 (três) e D-30, e uma estação de guerra eletrônica
Anklav-N.
"A aviação
tático-operacional, veículos aéreos não tripulados, tropas de mísseis e
artilharia das Forças Armadas da Federação da Rússia atingiram um ponto de
destacamento temporário de mercenários estrangeiros", referiu o Ministério
da Defesa, acrescentando ainda que foram destruídos oito foguetes Himars e 41
drones.
¨ Zelensky assina lei que proíbe grupos religiosos ligados à
Rússia
O presidente da
Ucrânia, Volodymr Zelensky sancionou um projeto de lei que proíbe grupos
religiosos com laços com a Rússia neste sábado (24), Dia da Independência da
Ucrânia.
O principal alvo do
projeto de lei é a Igreja Ortodoxa Ucraniana (IOC), que historicamente tem sido
ligada à Igreja Ortodoxa Russa, também conhecida como Patriarcado de Moscou.
Zelensky fez
referência ao projeto de lei em seu discurso noturno, dizendo que “a ortodoxia
ucraniana hoje está dando um passo em direção à libertação dos demônios de
Moscou”.
A nova lei dá à Igreja
Ortodoxa Ucraniana (IOC) e outros grupos religiosos nove meses para cortar
laços com a Rússia ou correr o risco de serem fechados por ordem judicial. A
lei foi aprovada pelo parlamento ucraniano em 20 de agosto, com 265 legisladores
votando a favor e 29 votando contra.
Enquanto a IOC alega
ter cortado laços com a Igreja Ortodoxa Russa em 2022, o Serviço Estatal de
Política Étnica e Liberdade de Consciência da Ucrânia diz que os laços ainda
estão intactos e a igreja ucraniana permanece na órbita de Moscou.
O Serviço de Segurança
da Ucrânia (SBU) acusou a IOC de espalhar propaganda pró-Moscou. Desde o início
da invasão em larga escala, o SBU abriu processos criminais contra mais de 100 clérigos da
igreja. Quase 50 já foram acusados e 26
receberam sentenças, de acordo com o
serviço de segurança ucraniano.
Um dos clérigos
condenados usou seus sermões para defender a invasão em larga escala da Rússia
e a tomada de partes da Ucrânia. Em conversas com paroquianos, o clérigo tentou
persuadi-los a ir para a Rússia ou regiões ocupadas para ajudar os russos. Ele foi
condenado a cinco anos.
O objetivo desta lei é
proibir as atividades do Patriarcado de Moscou na Ucrânia “que é um instrumento
de influência e propaganda russa”, de acordo com Mykyta Poturaiev, um membro
ucraniano do Parlamento que patrocinou o projeto de lei.
“O Patriarcado de
Moscou não é uma inspiração, mas um participante da guerra”, disse Poturaiev.
A maioria dos
ucranianos é ortodoxa. Durante séculos, as igrejas ucranianas foram
subordinadas e administradas pelo Patriarcado de Moscou. Mas com a anexação da Crimeia pela Rússia em 2014, as igrejas ortodoxas da Ucrânia se dividiram.
Em 2019, o líder
espiritual do mundo ortodoxo, o Patriarca Bartolomeu I de Constantinopla,
reconheceu oficialmente uma Igreja Ortodoxa da Ucrânia independente, sediada em
Kiev.
Para o líder da igreja
ucraniana de Kiev, Metropolitan Epiphanius, a lei oferece uma oportunidade “de
proteger o espaço espiritual ucraniano do jugo do mundo russo”.
“Todos podem ver que
na Rússia, os centros religiosos, não apenas o Patriarcado de Moscou, mas
também os centros de muçulmanos, protestantes e budistas, estão sob o controle
total do Kremlin. Eles espalham a ideologia do mundo russo, justificam a guerra
contra a Ucrânia e dizem que é uma chamada guerra santa. Que a destruição da
Ucrânia é um objetivo moralmente justificado e até mesmo um dever das tropas
russas”, disse.
De acordo com uma
pesquisa conduzida pelo Instituto Internacional de Sociologia de Kiev (KIIS) em
abril de 2024, 83% dos ucranianos acreditavam que o estado deveria intervir nas
atividades da IOC em um grau ou outro. Em particular, 63% acreditam que a Igreja
Ortodoxa Ucraniana deveria ser completamente proibida na Ucrânia.
O metropolita Clement,
porta-voz da IOC, criticou o projeto de lei em uma declaração no Facebook,
chamando a lei de uma tentativa de “dividir as pessoas em cidadãos certos e
errados”.
Do lado de fora de uma
igreja da IOC em Kiev, um paroquiano de 47 anos disse que as recentes ações
contra sua igreja foram sufocantes. “O governo agora está se infiltrando em
minha alma. Cabe a mim decidir como oro. Eles ficaram completamente loucos”, disse
o paroquiano — que se recusou a dar seu nome por medo de represálias —
à CNN.
Ihor, um oficial
ucraniano, costumava adorar na IOC, mas disse que parou de ir à igreja
completamente.
Embora ele não ache
que a política deva se envolver com religião, ele reconhece que “há muitos
padres na Igreja Ortodoxa Ucraniana que apoiam a Rússia e a guerra na Ucrânia.
Por isso, eles devem responder diante de Deus”.
<><>
Papa Francisco condena polêmica lei aprovada na Ucrânia: 'Nas Igrejas não se
toca'
O papa Francisco
expressou preocupação com a nova lei ucraniana que abre caminho à proibição da
Igreja Ortodoxa Ucraniana afiliada ao Patriarcado de Moscou, sublinhando que
nenhuma Igreja pode ser suprimida.
"Que aqueles que
querem rezar possam rezar naquela que consideram a sua Igreja. Por favor, que
nenhuma Igreja cristã seja abolida direta ou indiretamente: não se toca nas
Igrejas", sublinhou o pontífice.
Depois de rezar a
oração mariana do Angelus na Praça de São Pedro, no Vaticano, o papa indicou
que teme pela "liberdade daqueles que rezam" por causa das "leis
recentemente adotadas na Ucrânia".
No dia 20 de agosto, a
Suprema Rada (parlamento da Ucrânia) aprovou um projeto de lei que permite a
proibição da Igreja Ortodoxa Ucraniana canônica afiliada ao Patriarcado de
Moscou, na Ucrânia. A entidade religiosa afirmou que a lei viola a Constituição
da Ucrânia e a Convenção Europeia dos Direitos Humanos. O seu advogado, Robert
Amsterdam, classificou a resolução do parlamento ucraniano como "uma
eliminação".
As autoridades
ucranianas têm perseguido a Igreja Ortodoxa Ucraniana ligada ao Patriarcado de
Moscou, a maior e mais antiga comunidade cristã do país, há anos. A campanha de
assédio se intensificou em 2022, após o início da operação militar especial da
Rússia na Ucrânia.
Desde então, o governo
impõe sanções contra eclesiásticos, organiza ataques a templos dessa Igreja,
prende padres, inicia processos criminais, proíbe as atividades da Igreja
Ortodoxa Ucraniana em várias regiões, despojando-a de mosteiros e templos,
incluindo o famoso Mosteiro das Cavernas.
Fonte: Sputnik Brasil/CNN
Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário