sábado, 30 de setembro de 2023

Memorial dedicado a nazistas ucranianos nos EUA gera revolta em comunidade judaica local

Dias após a homenagem a um veterano nazista no Parlamento canadense, jornalista expõe dois memoriais dedicados à 14ª Divisão de Granadeiros Waffen da SS alemã em território americano.

Um dos principais assuntos nos noticiários ao redor do mundo na última semana foi a fervorosa homenagem recebida por um veterano nazista ucraniano no Parlamento do Canadá. Yaroslav Hunka, de 98 anos, foi aplaudido de pé por todo o Parlamento, na presença do primeiro-ministro, Justin Trudeu, e do presidente ucraniano, Vladimir Zelensky.

No mesmo dia, veio à tona a informação de que Hunka lutou nas fileiras da 14ª Divisão de Granadeiros Waffen da SS alemã nazista, na Galícia, durante a Segunda Guerra Mundial. A questão gerou indignação e perplexidade global, em especial em comunidades judaicas.

Porém, segundo um artigo do jornal Times of Israel, nos Estados Unidos, na Filadélfia, Pensilvânia, ocorre uma controvérsia envolvendo a mesma divisão nazista. Grupos da comunidade judaica local vêm protestando contra um memorial dedicado à 14ª Divisão de Granadeiros Waffen da SS, localizado no cemitério católico St. Mary's, no subúrbio de Elkins Park.

O memorial à divisão nazista não é o único em território americano. Em Detroit, no Michigan, no subúrbio de Warren, há outro memorial dedicado à 14ª Divisão de Granadeiros Waffen da SS. Porém, nesse caso, há um silêncio da comunidade judaica local em torno do memorial.

Os dois memoriais e o histórico de Hunka na divisão nazista foram expostos pelo jornalista Lev Golinkin, que escreve para o portal judaico Forward. Ele afirma que, no caso de Warren, o memorial à divisão nazista, que fica em uma área privada, em princípio pode não ter sido intencional. Isso porque o memorial não é dedicado à divisão, mas a veteranos ucranianos e americanos de ascendência ucraniana. O nome da divisão nazista aparece como patrocinadora do memorial.

"Há uma diferença entre homenagear um regimento genocida ou dizer que os seus veteranos financiaram um memorial aos veteranos ucranianos", disse Golinkin.

Porém, ele classifica como vergonhoso o silêncio da comunidade judaica local em relação ao memorial.

"É surpreendente que, em meio a uma onda global de supremacia branca e distorção do Holocausto, as organizações judaicas em Detroit optem por permanecer em silêncio sobre um monumento às SS na sua cidade", disse o escritor.

O prefeito de Warren, James Fouts, diz que não há possibilidade de a cidade apoiar uma homenagem do tipo. Porém, ele diz que não há nada que possa fazer em relação ao memorial.

"Creio que não há nada que possamos fazer em relação a um memorial localizado em uma propriedade privada", disse Fouts.

<><> Justin Trudeau vê fascismo por todos os lados, a não ser quando está diante dele, ironiza colunista

Para o jornalista britânico Brendan O'Neill, foi "extraordinário" ver o primeiro-ministro do Canadá, "o ostentoso detestador da extrema-direita", aplaudir de pé e com entusiasmo o veterano de divisão paramilitar de Adolf Hitler durante uma homenagem no Parlamento do país na sexta-feira passada (22).

O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, tem o costume de classificar seus adversários, e praticamente qualquer um que discorde dele, de fascistas, mas aplaude um ex-combatente que lutou sob o comando de nazistas na Segunda Guerra Mundial, ironizou o jornalista Brendan O'Neill, em sua coluna desta semana para a revista britânica The Spectator.

"Brilhante, embora sombria ironia, a ovação do Parlamento canadense a Yaroslav Hunka. Certamente algo sem precedentes na história do Ocidente moderno", comentou em seu artigo de opinião em alusão à homenagem da Câmara dos Comuns do Canadá, na sexta-feira passada (22) ao ex-combatente ucraniano, de 98 anos, que integrou a 14ª Divisão de Granadeiros da SS nazista.

O evento contou com a participação do presidente da Ucrânia, Vladimir Zelensky, que também aplaudiu efusivamente o soldado nazista.

Para ele, foi "extraordinário" ver que, assim como os parlamentares, Trudeau, "o homem mais correto da cristandade, ostentoso detestador da extrema-direita", também aplaudiu de pé e com entusiasmo o colaborador nazista.

"Ele vê fascismo por todos os lados, a não ser quando está diante dele. Falam muito do Canadá moralmente correto, onde a classe trabalhadora que defende seus postos de trabalho é 'protofascista', enquanto um ex-soldado próximo do fascismo é aplaudido nos corredores do poder."

Hunka foi membro da Primeira Divisão Ucraniana, composta por voluntários ucranianos e depois incorporada à 14ª Divisão de Granadeiros da SS, o exército paramilitar nazista, responsável por operações contra judeus, poloneses, russos e comunistas durante a Segunda Guerra Mundial.

Trudeau se desculpou pelo ocorrido na quarta-feira (27).

A representante oficial do Ministério de Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, declarou que a afirmação de Trudeau, de que desconhecia completamente o passado nazista do homenageado, é mentirosa.

O incidente gerou críticas e indignação de setores da sociedade civil e política no Canadá e em vários países.

A Organização das Nações Unidas (ONU) se pronunciou a respeito e disse que é contrária a qualquer homenagem a nazistas.

Para o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, a atitude foi descuidada com a memória que deve ser preservada em relação aos nazistas: "Esses crimes não prescrevem. Tal negligência, certamente, é motivo de indignação", declarou ele na segunda-feira (25).

 

Ø  Ocidente está começando a reconhecer a realidade do nazismo na Ucrânia, afirma jornalista

 

Jornalista irlandês Chey Bowes destaca que a Rússia alertou para o nazismo na Ucrânia, mas analistas ocidentais ignoraram. Ele afirmou que "talvez seja a hora de enfrentar a realidade".

Está na hora de o Ocidente admitir a existência do nazismo na Ucrânia. É o que disse o jornalista irlandês Chey Bowes na rede social X (antigo Twitter).

"Quando os russos disseram que queriam desnazificar a Ucrânia, muitos analistas ocidentais riram deles. Agora é mais difícil rir. Talvez seja a hora de enfrentar a realidade que os meios de comunicação ocidentais ignoraram?", questionou Bowes.

O comentário do jornalista tinha como base a homenagem do Parlamento canadense ao soldado nazista ucraniano Yaroslav Hunka, feita na semana passada.

Yaroslav Hunka foi convidado para uma sessão da Câmara dos Comuns do Canadá em 22 de setembro, no âmbito de uma visita do presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, ao país.

Na ocasião, o então presidente do Parlamento, Anthony Rota, fez um discurso apresentando o veterano nazista, de 98 anos, como um "herói".

Hunka lutou na Primeira Divisão Ucraniana, também conhecida como Divisão Galícia. Essas tropas atuavam em conjunto com a SS, exército paramilitar do Partido Nazista de Adolf Hitler (1889–1945).

O caso expôs a simpatia do regime de Kiev pelo nazismo e continua gerando forte repercussão negativa ao redor do mundo.

Após o episódio, Rota anunciou sua renúncia ao cargo, e o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeu, pediu desculpas por participar da homenagem.

 

Ø  Ocidente pode fazer Zelensky renunciar após seus fracassos, diz ex-oficial de inteligência dos EUA

 

Os aliados ocidentais podem fazer o presidente ucraniano Vladimir Zelensky renunciar após seus fracassos, disse o ex-oficial de inteligência dos Estados Unidos Scott Ritter em uma entrevista ao jornalista Danny Haiphong.

"Acho que Zelensky será eliminado, se não no sentido direto da palavra, pelo menos desaparecerá, e outra pessoa será colocada em seu lugar. Porque o que está acontecendo agora é um teatro do absurdo", disse Scott Ritter.

Trata-se do escândalo que ocorreu no Parlamento canadense, onde o chefe do governo Kiev aplaudiu um ucraniano veterano do Exército nazista, Yaroslav Hunka.

Além disso, Zelensky cometeu erros graves durante a contraofensiva das Forças Armadas ucranianas, revelando de fato todos os seus planos ao inimigo, acrescentou Ritter.

Zelensky simplesmente deixou de ser útil para o Ocidente, disse o oficial americano.

Na semana passada, ocorreu um escândalo por causa de Yaroslav Hunka foi convidado para uma sessão do Parlamento canadense em 22 de setembro, no âmbito de uma visita do presidente ucraniano, Vladimir Zelensky.

Na ocasião, o então presidente do Parlamento, Anthony Rota, fez um discurso apresentando o veterano nazista, de 98 anos, como um "herói".

Hunka lutou na Primeira Divisão Ucraniana, também conhecida como Divisão Galícia. Essas tropas atuavam em conjunto com a SS, Exército paramilitar do Partido Nazista de Adolf Hitler (1889–1945).

O caso expôs a simpatia de Kiev ao nazismo e continua gerando forte repercussão negativa ao redor do mundo.

Após o episódio, Rota anunciou sua renúncia ao cargo, e o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeu, pediu desculpas por participar da homenagem ao veterano nazista.

Além disso, o presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Kevin McCarthy, disse, após uma reunião com Zelensky na quinta-feira (21), que ele não havia se comprometido com os US$ 24 bilhões (cerca de R$ 116 bilhões) solicitados pela Casa Branca para Kiev.

·         EUA usam Ucrânia para se prepararem para futuras guerras, escreve mídia

As Forças Armadas dos Estados Unidos estão usando o conflito ucraniano para se prepararem para guerras futuras, relata o portal Defense One, citando os chefes de dois centros de treinamento militar dos EUA.

"O Exército dos EUA usa o conflito na Europa para treinar militares para a próxima guerra", ressalta a publicação.

O Centro Nacional de Treinamento (NTC, na sigla em inglês) na Califórnia e o Centro de Treinamento de Prontidão Conjunta (JRTC, na sigla em inglês) em Louisiana estão observando os eventos na Ucrânia e realizando seus experimentos.

Um dos principais desafios é a camuflagem e a proteção de informações, escreve a mídia.

"Drones, vigilância eletrônica e satélites facilitam a identificação de formações americanas pelos adversários, e o uso de artilharia ou mísseis em conjunto com esses dados significa que o inimigo pode atacar em qualquer lugar e a qualquer momento", de acordo com o comunicado de um funcionário.

Nesse sentido, os centros estão realizando um treinamento de um mês das tropas que estão se preparando para o destacamento, segundo o artigo.

"À medida que surgem notícias da Ucrânia", o Exército dos Estados Unidos está usando cada vez mais artilharia e drones nos exercícios militares. No JRTC, por exemplo, os militares aprenderam a operar drones que usam aplicativos para detectar sinais de Bluetooth e Wi-Fi. Eles também podem solicitar imagens de satélite para confirmar que o sinal está vindo de uma unidade militar, disse o chefe de um dos centros.

"De 30% a 50% de todos os ataques de artilharia no centro de treinamento são conduzidos e monitorados especificamente usando drones, com cerca de 100 salvas de artilharia sendo disparadas diariamente no NTC", acrescentou ele.

Além disso, as formações do Exército nesses centros aprendem a usar seus equipamentos de comunicação o mínimo possível para manter o silêncio de rádio.

Em julho, o ex-chefe do Ministério da Defesa ucraniano, Aleksei Reznikov, disse que a Ucrânia era um campo de testes ideal para as armas ocidentais.

 

Ø  Com manobras terríveis no front, Ucrânia faz Rússia chegar mais perto da vitória, diz mídia

 

Se a Ucrânia não parar a tempo e continuar sua contraofensiva, enfrentará uma derrota catastrófica, escreveu o jornalista do The New York Times, David French.

"Os comandantes das Forças Armadas da Ucrânia levarão a ofensiva adiante por muito tempo, levando soldados e Exército ao ponto de ruptura e acreditando que o verdadeiro avanço está logo ali", segundo o artigo.

"Lembre-se da ofensiva alemã na primavera de 1918, perto do fim da Primeira Guerra Mundial. O Exército alemão desferiu golpes sucessivos contra os Aliados, obteve ganhos limitados, mas, no processo, perdeu sangue demais, deixando-o vulnerável", ressalta a publicação.

Juntamente com o enfraquecimento do apoio do Ocidente, o conflito terminará com a derrota das Forças Armadas da Ucrânia, escreve o jornalista.

"Isso significa que a vitória da Rússia sobre a Ucrânia também significará uma vitória sobre os Estados Unidos", resumiu o artigo.

As Forças Armadas ucranianas conduzem uma contraofensiva nas regiões a sul de Donetsk, Artyomovsk e Zaporozhie há quatro meses, lançando nas batalhas brigadas treinadas pela OTAN e armadas com equipamentos estrangeiros. Mas elas não conseguiram obter sucesso em nenhuma das seções do front.

А contraofensiva das Forças Armadas da Ucrânia não está apenas estagnada, ela falhou completamente, disse o presidente russo Vladimir Putin. A Ucrânia perdeu 71.500 militares em suas tentativas de "alcançar resultados a qualquer custo" - como se "esse não fosse o seu povo", de acordo com Putin.

·         Linhas de defesa russas são mais fortes do que Ocidente esperava, admite Estado-Maior britânico

A linha de defesa das Forças Armadas da Rússia é mais forte do que o Ocidente acreditava, tornando a contraofensiva ucraniana lenta. Isto foi afirmado pelo almirante Tony Radakin, chefe do Estado-Maior britânico, citado pelo jornal The Times.

Segundo ele, os observadores devem reduzir suas expectativas sobre o resultado da contraofensiva ucraniana a curto prazo.

Radakin acredita que há uma "guerra de atrito" de fato que requer poder militar e econômico para vencer.

"Os militares vencem batalhas, mas é a economia e a sustentabilidade que geralmente ganham guerras", disse ele.

Radakin ressaltou que a tarefa das Forças Armadas ucranianas é complicada pela falta de treinamento militar dos soldados recrutados ucranianos, bem como pela heterogeneidade das armas, que atendem a equipamentos de estilo soviético e ocidental.

Além disso, ele insinuou que Kiev se atrasou em decidir lançar uma contraofensiva.

De acordo com ele, de início foi o mau tempo, que afetou o começo da ofensiva, e, em seguida, "foi realizada uma análise militar sobre [possibilidades] da Rússia. E então [descobriu-se], que na realidade algumas das instalações defensivas russas eram mais fortes do que se supunha originalmente".

Kiev lançou uma contraofensiva em 4 de junho nas regiões a sul de Donetsk, Artyomovsk e Zaporozhie, lançando na batalha brigadas treinadas pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e armadas com equipamentos estrangeiros.

Como o presidente da Rússia, Vladimir Putin, observou, o inimigo não conseguiu obter qualquer sucesso e os patrocinadores ocidentais estão claramente desapontados com esses resultados.

 

Fonte: Sputnik Brasil

 

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