sexta-feira, 23 de agosto de 2024

Moraes tem apoio de seus pares no STF para investigar vazamento de mensagens

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), recebeu apoio de seus colegas para abrir um inquérito e investigar o vazamento de mensagens de servidores de seu gabinete. A decisão veio após consultas dentro da Corte, conforme relatado por três ministros ao jornalista Fausto Macedo, do Estado de S. Paulo.

O inquérito, iniciado por Moraes sem solicitação de órgãos de investigação, segue sob sigilo. Após a divulgação das mensagens pela Folha de S. Paulo, figuras como Luís Roberto Barroso, presidente do STF, e Gilmar Mendes, decano da corte, manifestaram publicamente seu apoio. Avaliações internas consideraram a conduta de Moraes adequada.

Eduardo Tagliaferro, ex-chefe do setor de combate à desinformação do Tribunal Superior Eleitoral, foi uma das primeiras pessoas intimadas na investigação. Após ter seu celular apreendido por suspeita de violência doméstica, Tagliaferro nega ter sido a fonte do vazamento. A Polícia Federal está agora determinando se ele divulgou as conversas ou se outro indivíduo acessou o aparelho.

•        Os desdobramentos do inquérito sobre o vazamento de mensagens de assessores de Alexandre de Moraes

O Supremo Tribunal Federal (STF) instaurou inquérito para apurar o vazamento de mensagens trocadas por assessores do ministro Alexandre de Moraes na Corte e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

A investigação, conduzida pela Polícia Federal (PF), segue em sigilo. O próprio Moraes, que recebeu apoio de seus colegas do STF para apurar o vazamento, será o relator do caso.

Na semana passada, o jornal “Folha de S.Paulo” começou a publicar uma série de reportagens que afirmam que o gabinete de Moraes na Suprema Corte teria usado a Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação (AEED), do TSE, “fora do rito” para investigar bolsonaristas no âmbito dos inquéritos das fake news e das milícias digitais.

As reportagens mostraram diálogos entre o ex-chefe da AEED, Eduardo Tagliaferro, e o juiz Airton Vieira, que atua como auxiliar do gabinete de Moraes no STF.

<><> PF intima ex-assessor e cunhado

Como uma das primeiras ações do caso, a Polícia Federal (PF) intimou Tagliaferro para prestar esclarecimentos. Ele será ouvido nesta quinta-feira (22), em São Paulo. A mulher e o cunhado do perito também foram convocados a prestar depoimento [entenda abaixo].

A defesa de Tagliaferro afirmou que foi surpreendida com a instauração do inquérito e pediu ao STF o adiamento da oitiva até ter acesso aos autos.

<><> Suspeitas sobre a Polícia Civil

Tagliaferro deixou o cargo no órgão eleitoral após ser preso por violência doméstica, em maio de 2023. Ele foi exonerado do TSE no mesmo dia em que foi detido.

Posteriormente, seu cunhado entregou à Polícia Civil de São Paulo o aparelho telefônico do perito. O celular ficou sob custódia da corporação por seis dias.

A partir disso, surgiu a suspeita de participação de agentes da Civil paulista no vazamento das mensagens.

A corporação afirmou que também iniciou um procedimento interno para investigar a possível participação de seus membros no vazamento das informações.

•        Frota: ex-assessor de Alexandre de Moraes foi responsável pelo vazamento de mensagens

Citado em uma conversa entre dois assessores do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, o ex-deputado federal Alexandre Frota apontou um ex-servidor do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) como o responsável pelo vazamento das mensagens.

Nos diálogos, Eduardo Tagliaferro conversa com Airton Vieira, juiz auxiliar e chefe de gabinete de Moraes. A dupla indica que Alexandre de Moraes e Alexandre Frota teriam pedido o bloqueio das contas do cantor gospel Davi Sacer nas redes sociais.

"Para mim, está claro que foi o Tagliaferro que vazou as mensagens", disse Frota, que já integrou cinco partidos (PRP, Patriota, PSL, PSDB e PROS). O relato feito pelo deputado foi publicado na coluna de Paulo Cappelli, no jornal Metrópoles.

"Estou desafiando Tagliaferro a apresentar um áudio, mensagem ou vídeo meu solicitando bloqueio de conta de um cantor gospel de quem eu nunca ouvi falar", continuou Frota. "De onde ele tirou isso?. Se foi o doutor Airton quem disse, então que o doutor Airton se posicione. Ele está até hoje no gabinete do ministro [Moraes]. Nosso trabalho se deu no âmbito da CPMI das Fake News, com autorização judicial. Investigamos e descobrimos muita coisa naquela época [em 2019]".

•        Suspeita de envolvimento da Polícia Civil de SP no vazamento de mensagens motivou abertura de inquérito

A suspeita de participação da Polícia Civil de São Paulo no vazamento de mensagens do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes foi um dos motivos que levaram o magistrado a determinar uma investigação da Polícia Federal (PF) sobre o caso. Segundo a CNN Brasil, a suspeita surgiu após o celular de Eduardo Tagliaferro, ex-chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ter ficado sob custódia da polícia por seis dias, período em que ele esteve preso por violência doméstica em 202312.

Como uma das primeiras ações do inquérito, Tagliaferro foi intimado a prestar depoimento à Polícia Federal. Simultaneamente, a Polícia Civil de São Paulo também iniciou um procedimento interno para investigar a possível participação de seus membros no vazamento das informações.

A abertura do inquérito ocorreu após uma reportagem da Folha de S. Paulo revelar que Moraes havia solicitado ao TSE relatórios sobre alvos do inquérito das fake news. Moraes defendeu a legalidade de sua ação, recebendo apoio público de outros ministros do STF, como Flávio Dino, Gilmar Mendes, Luís Roberto Barroso e Cármen Lúcia, além da Procuradoria-Geral da República.

Em sessão no STF, Moraes afirmou que todos os alvos dos relatórios já eram investigados nos inquéritos das Fake News ou das milícias digitais, ambos sob sua relatoria. Ele também destacou que todos os documentos oficiais foram acompanhados pela Procuradoria e que os recursos contra suas decisões foram mantidos pelo plenário do STF.

•        Inquérito sobre vazamento de mensagens de ex-auxiliar de Moraes cita bolsonarista Carla Zambelli como suspeita

A deputada federal bolsonarista Carla Zambelli (PL-SP) é mencionada na investigação sigilosa do Supremo Tribunal Federal (STF) que apura o vazamento de mensagens de assessores do ministro Alexandre de Moraes, além da possível participação da Polícia Civil de São Paulo, destaca a CNN Brasil. O caso também investiga obstrução de Justiça, devido à suspeita de que o objetivo do vazamento seria tumultuar as apurações conduzidas por Moraes que envolvem Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados.

A deputada já é investigada por outro caso no STF relacionado ao acesso indevido ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para a emissão de falsos mandados de prisão contra Moraes, envolvendo também a participação de um hacker. Em entrevista à emissora, Zambelli negou envolvimento com o vazamento das mensagens e afirmou que apoia a investigação: “Vamos aguardar a investigação. Com esse, eu chego a 10 inquéritos”.

Desde a publicação das mensagens pela Folha de São Paulo, ministros do STF, a Procuradoria Geral da República (PGR) e membros do governo manifestaram apoio a Moraes.

•        Triste fim!!! Ciro entra na campanha da extrema-direita contra Alexandre de Moraes

 O ex-presidenciável Ciro Gomes se somou à campanha da Folha de S. Paulo e de outros setores da extrema-direita para atacar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, e reverter a inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro, protagonista da tentativa de golpe de estado no Brasil em 8 de janeiro de 2023.

"Desde 2019, Moraes resolveu transformar esse inquérito numa coisa que não tem fim, no inquérito do fim do mundo. Isso, data máxima vênia, não é direito. É incorreto. Está simplesmente produzindo nulidade para, inclusive, garantir a impunidade dos malfeitores", disse Ciro, segundo reportagem da própria Folha de S. Paulo, que tem liderado os ataques contra Moraes, ao lado de figuras como o jornalista Glenn Greenwald e o bilionário Elon Musk, dono do X.

No seu vídeo, Ciro diz que Moraes acumula funções e poderes. "Ele bate lateral, faz o gol de cabeça, como juiz, valida, embora haja uma queixa de impedimento, e faz ele mesmo a perícia do VAR no lance", afirma. O ex-presidenciável também defende que o inquérito das fake news seja encerrado para que, assim, "as coisas voltem à normalidade".

 

•        Ciro Gomes, o espalha-roda. Por Paulo Henrique Arantes

Não há surpresa no que disse Ciro Gomes e que mereceu destaque na Folha de S. Paulo. Eis a incontinência: "Desde 2019, Moraes resolveu transformar esse inquérito (o das fake news) numa coisa que não tem fim, no inquérito do fim do mundo. Isso, data máxima vênia, não é direito. É incorreto. Está simplesmente produzindo nulidade para, inclusive, garantir a impunidade dos malfeitores".

É óbvio que o ministro Alexandre de Moraes aprofunda-se para que não pairem dúvidas jurídicas sobre as condenações que certamente proporá como relator do inquérito das fake news. Só na cabeça de Ciro Gomes o magistrado “produz nulidade para garantir impunidade”.

Ciro, há algum tempo, tenta compensar sua impotência eleitoral disparando contra quase tudo. Em respeito à identificação levemente à esquerda que já teve, poderia mirar nos extremistas de direita que tentam destruir tudo que se assemelhe a democracia e civilidade.

O problema de Ciro Gomes é, nitidamente, o recalque por não ter sido, jamais, ungido como o candidato preferencial do campo progressista. Dotado de conhecimento econômico, com boas ideias heterodoxas, uma vez no comando do país não hesitaria em confrontar a alta finança, como sempre deixou transparecer. Mas não é aí que reside o problema Ciro.

A questão principal que cerca o político cearense e suas práticas é de ordem psicológica. Vaidade e inconformismo. Ciro Gomes se acha o mais preparado dos políticos e nunca perdoará Lula por não pensar a mesma coisa, daí a abraçar a onda polarizadora que pinta o petista como um Bolsonaro de esquerda.

Ciro tornou-se um espalha-roda na política brasileira, aquele sujeito cuja presença dissipa grupos de conversa. Só mesmo a Folha de S. Paulo, que a cada dia menos disfarça seu bolsonarismo, para dar o destaque que deu a uma fala dele, feita a um programa para ele criado chamado “O Brasil Desvendado” e reproduzido em suas redes sociais.

O apagar das luzes políticas de Ciro Gomes poderia ser menos patético. Apesar de ter navegado com PDS, PMDB, PSDB, PSB, Pros e PDT, o que indicaria enorme vazio ideológico, ele foi, em cargos no Executivo, um realizador pragmático. Deixou o governo do Ceará com 74% de aprovação, finalizou a implantação do Plano Real (para o bem ou para o mal) como ministro da Fazenda de Itamar Franco e, como ministro da Integração Nacional no primeiro governo Lula, de 2003 a 2006, imprimiu bom ritmo à gigantesca obra de transposição do Rio São Francisco.

O passar do tempo, emoldurado por seguidos fracassos eleitorais e a recusa de Lula a apadrinhar suas candidaturas, parece ter levado Ciro Gomes ao desespero, o que fica evidente quando ele alinha seu discurso ao do bolsonarismo.

 

•        Será que mais um 07 de setembro será tomado de assalto pelo golpismo no Brasil? Por Ivan Rios

O diretor sindical e colaborador do Portal Brasil 247, Ivan Souza Rios, apresentou uma denúncia ao Ministério Público Federal (MPF) destacando a gravidade da convocação de manifestações para o dia 7 de setembro de 2024, na Avenida Paulista. A denúncia, fundamentada em informações amplamente divulgadas pela mídia, aponta para a organização de um ato com o intuito de pressionar o Senado Federal a agir contra o Ministro Alexandre de Moraes.

A manifestação, convocada por líderes bolsonaristas, inclui figuras de destaque como Silas Malafaia, Nikolas Ferreira e Eduardo Bolsonaro, além de outros políticos de direita. A data escolhida, de grande simbolismo nacional, tem o potencial de aumentar a tensão política e social no país, especialmente em um contexto de crescente animosidade entre apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro e o Judiciário.

Ivan Souza Rios, graduando em Direito pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB), argumenta que a convocação de atos dessa natureza pode resultar em desdobramentos graves e divisivos para a política brasileira. A denúncia destaca que os principais organizadores e incitadores do ato são Silas Malafaia, Nikolas Ferreira, Eduardo Bolsonaro, o senador Magno Malta, as deputadas Júlia Zanatta e Beatriz “Bia” Kicis Torrents de Sordi, e o próprio ex-presidente Jair Messias Bolsonaro.

A denúncia aponta que a convocação e realização de tais atos podem configurar a prática de diversos crimes, incluindo incitação ao crime (art. 286 do Código Penal), associação criminosa (art. 288 do Código Penal) e atentado contra o Estado Democrático de Direito (Lei nº 14.197/2021). A gravidade das acusações é reforçada pela presença de líderes políticos de grande influência, que podem incitar a população a atos de violência e desordem. Isso se consagra de forma inequívoca como ato contínuo aos atentados ocorridos em 8 de janeiro de 2023 na Praça dos Três Poderes, em Brasília.

Silas Malafaia, um dos principais organizadores, é conhecido por seus discursos inflamados e críticas ao Judiciário, sobretudo e especialmente ao Supremo Tribunal Federal (STF). A presença de figuras como Nikolas Ferreira e Eduardo Bolsonaro sugere um aumento nas críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF), com pedidos de prisão para o ministro. A denúncia ressalta que tais discursos podem incitar a violência e promover a desinformação, representando um claro perigo para a ordem pública e a estabilidade das instituições democráticas do país.

A denúncia também menciona que os inquéritos da Polícia Federal (PF) aponta a atuação de uma organização criminosa com eixos de atuação, incluindo ataques virtuais a opositores, ataques às instituições (STF, TSE), ao sistema eletrônico de votação e à higidez do processo eleitoral, tentativa de golpe de Estado e de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, além da promoção de desinformação com objetivo claramente antidemocrático.

Ivan Souza Rios argumenta ainda que a prisão preventiva de Silas Malafaia é justificada e necessária para a preservação do Estado Democrático de Direito. A denúncia destaca que recentemente Malafaia havia convocado e organizado atos para o dia 21 de abril de 2024, realizado na Avenida Atlântica, em Copacabana (RJ), o que reforça a necessidade de medidas preventivas para evitar danos irreparáveis ou de difícil reparação para a democracia e os poderes legitimamente constituídas.

A denúncia requer a instauração de um procedimento investigatório para apurar a responsabilidade dos organizadores e incitadores do ato previsto para o dia 7 de setembro de 2024. Além disso, busca medidas preventivas para garantir a ordem pública e a segurança durante a manifestação, bem como a responsabilização criminal dos envolvidos, especialmente aqueles que estão sob investigação, indiciados por práticas ilícitas e que possam prejudicar o andamento das investigações.

A gravidade da situação é evidente, considerando o potencial de desestabilização política e social desses atos. A denúncia apresentada por Ivan Souza Rios ao Ministério Público Federal é crucial para preservar a ordem democrática e punir os responsáveis por incitar violência e desordem.É importante ressaltar que a convocação de manifestações com o objetivo de pressionar o Senado Federal a agir contra um ministro do Supremo Tribunal Federal constitui um ato extremamente grave. Isso pode comprometer a estabilidade das instituições democráticas e a harmonia entre os Poderes. A denúncia serve como alerta para a necessidade de medidas urgentes e eficazes.O Ministério Público Federal desempenhará um papel crucial na investigação e responsabilização dos organizadores e incitadores do ato. A atuação preventiva é essencial para garantir o cumprimento da lei e a manutenção da ordem pública. A denúncia enfatiza a importância de ações concretas para preservar o Estado Democrático de Direito.A sociedade brasileira espera que as autoridades competentes ajam para evitar que atos de violência e desordem prejudiquem a paz e a estabilidade do país. A organização de um grupo com o objetivo de cometer crimes contra o Estado Democrático de Direito pode ser caracterizada como associação criminosa. A nação está atenta, aguardando uma resposta firme e imediata das autoridades, especialmente do Procurador-Geral da República, Paulo Branco Gonet, para evitar que a situação se agrave e que ocorra prevaricação inadmissível.

 

Fonte: Brasil 247

 

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