A segunda vítima seria o chamado “livre comércio”, com países tomando medidas protecionistas, através de ações regulatórias dos mercados. E o que é pior. Dados comprovam que passada a crise, o protecionismo tende a aumentar como forma de garantir o seu mercado, utilizando a eterna desculpa de proteger o consumidor interno.
Estas ações são assistidas com a atual crise que atinge os Estados Unidos e a Europa, onde os governos são chamados toda hora a intervir, na tentativa de conter a sangria.
Diante destes dois fatores, é muito difícil prever o que poderá mudar no âmbito mundial, quando a atual crise passar, bem como, quais experiências nossos dirigentes terão tirado e dela aprendido.
Apesar da tentativa dos governos de abafar, temos que ser realistas: o mundo, hoje, vive uma crise de largas proporções. Crise esta provocada por políticas econômicas mal estruturadas, sem dar prioridades ao capital produtivo, aquele que gera emprego, renda e produtos, priorizando a ganância do capitalismo financeiro, estimulado pelo pensamento único e pelo incentivo ao capital especulativo na economia, dando a entender a todos que a riqueza produzida na forma de “papéis” seria a “riqueza” da economia real.
É preciso que se entenda que as bases da crise que mundo vive atualmente são unicamente financeira, ocasionada por políticas de desregulamentação e da auto-regulação do mercado, conforme prega a cartilha neoliberal, construído principalmente nos últimos trinta anos, e que tem em nosso País como maiores representantes os seguidores do PSDB e DEM.
Utilizaram dos dogmas neoliberais para o desenvolvimento econômico, pregando a liberdade de funcionamento do mercado, a ausência do Estado no controle mais rígidos e a construção de uma longa estrada, que defendia o descolamento do setor financeiro em relação à economia. E o resultado aí está.
Com a crise que hoje assistimos, estes argumentos estão sendo colocados em cheque.
E não devemos descolar o Brasil deste quadro, pois desde a era FHC, o nosso País passou a defender esta lógica especulativa e nela está inserida.Não sabemos ainda que preço será pago, aguardemos a fatura, mas que o risco existe, isto ninguém pode negar. <
Infelizmente o ex-presidente Lula ao manter o modelo econômico herdado, perdeu a grande oportunidade e a chance de colocar em prática um novo modelo econômico, fazendo a transição do falido modelo de dependência externa, de submissão ao sistema financeiro, estabelecendo outro tipo de economia. A economia de valorização do trabalho, de incentivo ao capital produtivo, de fortalecimento do mercado interno, elevação dos mecanismos de poupança interna, de melhoria da qualidade de vida da população e de fomento da sustentabilidade.
Espero que a nova presidente se espelhe no exemplo desta mal sucedida política econômica, responsável pela geração da atual crise mundial, e aproveite da oportunidade para dar uma guinada significativa no modelo econômico ora vigente. Torço para que ela não deixe o bonde da oportunidade e da mudança passar.
Esta crise financeira hoje instalada traz no seu conteúdo diversos elementos que apontam claramente para a possibilidade de desestabilização da cadeia produtiva em nosso País e, por conseguinte, a ameaça de quebrar muitas empresas nacionais, ocasionadas principalmente por um real forte diante das principais moedas mundiais, já que nossas empresas ainda têm pouca competitividade no mercado externo.
A crise financeira teve início nos Estados Unidos, que utilizando de uma política de juros baixos e de crédito fácil, incentivou o acesso para construção e aquisição de imóveis. O restante da história já é conhecido por todos, e os resultados estão aí. Fruto de uma política econômica neoliberal desastrada, seguida pelos países Europeus, que trouxe como conseqüência a atual crise financeira mundial, que leva ao descrédito os teóricos e políticos que ainda defendem os fundamentos neoliberais como solução para os problemas econômicos.
O Brasil ainda não sentiu fortemente os seus efeitos, mas se esta for mais duradoura do que os mais otimistas projetam, com certeza seus efeitos nefastos também chegarão até nós, até porque continuamos seguindo a cartilha da financeirização da economia em detrimento ao capital produtivo.
Hoje a preocupação maior é quanto a bolsa caiu ou perdeu. Pouca preocupação se nota para a saúde das nossas empresas e em que condições estão operando e competindo no mercado interno e externo.
Temos ainda a pequena vantagem de termos um consumo interno aquecido. Mas até quando?
Começamos a enfrentar o período de greves em setores fundamentais da economia, até porque é no segundo semestre onde está concentrada a maioria das datas bases das principais categorias de trabalhadores. E nada mais justo que os nossos trabalhadores briguem para que os gananciosos empresários, principalmente aqueles do segmento financeiro que jamais na história moderna obtiveram tantos ganhos, socializem os lucros, como eles fazem e sempre tem o apoio do governo, quando socializam os prejuízos.
Sabemos que argumentos serão utilizados e pressões serão feitas por setores do governo, e a mídia será bem utilizada para induzir a população do risco da aceleração da inflação (como já vem fazendo) e o ambiente de incertezas em razão da crise internacional que servirão de base por parte das entidades patronais para abalar as negociações salariais de categorias. Mas chega desta conversa de que salário é causador de inflação.
E são estes fatores que nos dá a certeza, que os grandes perdedores pós crise será o trabalhador.
É claro que muitos países ficarão mais pobres, grandes potencias se enfraquecerão, outros aproveitarão do momento para se fortalecerem, enquanto aos países em desenvolvimento ficará uma grande interrogação quanto aos resultados que obterão, se sairão perdendo e terão os seus mercados afetados, ou se obterão ganhos dentro do contexto ligado ao mercado internacional.
E como a corda sempre só quebra para o lado mais fraco, outra grande vítima desta atual crise financeira mundial serão os países pobres, estes sim, é quem pagarão as contas. Já que em sua grande maioria dependem da importação de matéria-prima e alimentos.
Por serem Nações que já se encontram enfraquecidas pela incapacidade de produção, sendo obrigadas a importarem cada vez mais, se defrontando com um quadro de elevado aumento de preços no mercado. Portanto, serão os grandes pagadores dos efeitos da crise.
Mas uma lição deve ser tirada. Que os argumentos utilizados pelos defensores do neoliberalismo, da “Mão Invisível”, ou seja, que o mercado por si só seria capaz e saberia reagir e se mover por caminho que o regularia de forma harmônica e que seria capaz de promover o bem estar social, sem a intervenção do Estado, caiu por terra, pois no primeiro aperto do sapato, foram os primeiros a recorrerem ao guarda chuva estatal na defesa dos seus interesses.
Diferentemente do que ocorre quando está em um cenário favorável e de confiança, como diz o ditado quando o mar está para peixe. Neste momento o guarda chuva estatal é jogado fora, inicia-se um processo de crítica e de aversão a participação do Estado, é claro, já socializaram os prejuízos, e voltam aos velhos argumentos que só o “livre mercado” é suficiente para resolver os problemas.
Até a próxima crise chegar.
Estas ações são assistidas com a atual crise que atinge os Estados Unidos e a Europa, onde os governos são chamados toda hora a intervir, na tentativa de conter a sangria.
Diante destes dois fatores, é muito difícil prever o que poderá mudar no âmbito mundial, quando a atual crise passar, bem como, quais experiências nossos dirigentes terão tirado e dela aprendido.
Apesar da tentativa dos governos de abafar, temos que ser realistas: o mundo, hoje, vive uma crise de largas proporções. Crise esta provocada por políticas econômicas mal estruturadas, sem dar prioridades ao capital produtivo, aquele que gera emprego, renda e produtos, priorizando a ganância do capitalismo financeiro, estimulado pelo pensamento único e pelo incentivo ao capital especulativo na economia, dando a entender a todos que a riqueza produzida na forma de “papéis” seria a “riqueza” da economia real.
É preciso que se entenda que as bases da crise que mundo vive atualmente são unicamente financeira, ocasionada por políticas de desregulamentação e da auto-regulação do mercado, conforme prega a cartilha neoliberal, construído principalmente nos últimos trinta anos, e que tem em nosso País como maiores representantes os seguidores do PSDB e DEM.
Utilizaram dos dogmas neoliberais para o desenvolvimento econômico, pregando a liberdade de funcionamento do mercado, a ausência do Estado no controle mais rígidos e a construção de uma longa estrada, que defendia o descolamento do setor financeiro em relação à economia. E o resultado aí está.
Com a crise que hoje assistimos, estes argumentos estão sendo colocados em cheque.
E não devemos descolar o Brasil deste quadro, pois desde a era FHC, o nosso País passou a defender esta lógica especulativa e nela está inserida.Não sabemos ainda que preço será pago, aguardemos a fatura, mas que o risco existe, isto ninguém pode negar. <
Infelizmente o ex-presidente Lula ao manter o modelo econômico herdado, perdeu a grande oportunidade e a chance de colocar em prática um novo modelo econômico, fazendo a transição do falido modelo de dependência externa, de submissão ao sistema financeiro, estabelecendo outro tipo de economia. A economia de valorização do trabalho, de incentivo ao capital produtivo, de fortalecimento do mercado interno, elevação dos mecanismos de poupança interna, de melhoria da qualidade de vida da população e de fomento da sustentabilidade.
Espero que a nova presidente se espelhe no exemplo desta mal sucedida política econômica, responsável pela geração da atual crise mundial, e aproveite da oportunidade para dar uma guinada significativa no modelo econômico ora vigente. Torço para que ela não deixe o bonde da oportunidade e da mudança passar.
Esta crise financeira hoje instalada traz no seu conteúdo diversos elementos que apontam claramente para a possibilidade de desestabilização da cadeia produtiva em nosso País e, por conseguinte, a ameaça de quebrar muitas empresas nacionais, ocasionadas principalmente por um real forte diante das principais moedas mundiais, já que nossas empresas ainda têm pouca competitividade no mercado externo.
A crise financeira teve início nos Estados Unidos, que utilizando de uma política de juros baixos e de crédito fácil, incentivou o acesso para construção e aquisição de imóveis. O restante da história já é conhecido por todos, e os resultados estão aí. Fruto de uma política econômica neoliberal desastrada, seguida pelos países Europeus, que trouxe como conseqüência a atual crise financeira mundial, que leva ao descrédito os teóricos e políticos que ainda defendem os fundamentos neoliberais como solução para os problemas econômicos.
O Brasil ainda não sentiu fortemente os seus efeitos, mas se esta for mais duradoura do que os mais otimistas projetam, com certeza seus efeitos nefastos também chegarão até nós, até porque continuamos seguindo a cartilha da financeirização da economia em detrimento ao capital produtivo.
Hoje a preocupação maior é quanto a bolsa caiu ou perdeu. Pouca preocupação se nota para a saúde das nossas empresas e em que condições estão operando e competindo no mercado interno e externo.
Temos ainda a pequena vantagem de termos um consumo interno aquecido. Mas até quando?
Começamos a enfrentar o período de greves em setores fundamentais da economia, até porque é no segundo semestre onde está concentrada a maioria das datas bases das principais categorias de trabalhadores. E nada mais justo que os nossos trabalhadores briguem para que os gananciosos empresários, principalmente aqueles do segmento financeiro que jamais na história moderna obtiveram tantos ganhos, socializem os lucros, como eles fazem e sempre tem o apoio do governo, quando socializam os prejuízos.
Sabemos que argumentos serão utilizados e pressões serão feitas por setores do governo, e a mídia será bem utilizada para induzir a população do risco da aceleração da inflação (como já vem fazendo) e o ambiente de incertezas em razão da crise internacional que servirão de base por parte das entidades patronais para abalar as negociações salariais de categorias. Mas chega desta conversa de que salário é causador de inflação.
E são estes fatores que nos dá a certeza, que os grandes perdedores pós crise será o trabalhador.
É claro que muitos países ficarão mais pobres, grandes potencias se enfraquecerão, outros aproveitarão do momento para se fortalecerem, enquanto aos países em desenvolvimento ficará uma grande interrogação quanto aos resultados que obterão, se sairão perdendo e terão os seus mercados afetados, ou se obterão ganhos dentro do contexto ligado ao mercado internacional.
E como a corda sempre só quebra para o lado mais fraco, outra grande vítima desta atual crise financeira mundial serão os países pobres, estes sim, é quem pagarão as contas. Já que em sua grande maioria dependem da importação de matéria-prima e alimentos.
Por serem Nações que já se encontram enfraquecidas pela incapacidade de produção, sendo obrigadas a importarem cada vez mais, se defrontando com um quadro de elevado aumento de preços no mercado. Portanto, serão os grandes pagadores dos efeitos da crise.
Mas uma lição deve ser tirada. Que os argumentos utilizados pelos defensores do neoliberalismo, da “Mão Invisível”, ou seja, que o mercado por si só seria capaz e saberia reagir e se mover por caminho que o regularia de forma harmônica e que seria capaz de promover o bem estar social, sem a intervenção do Estado, caiu por terra, pois no primeiro aperto do sapato, foram os primeiros a recorrerem ao guarda chuva estatal na defesa dos seus interesses.
Diferentemente do que ocorre quando está em um cenário favorável e de confiança, como diz o ditado quando o mar está para peixe. Neste momento o guarda chuva estatal é jogado fora, inicia-se um processo de crítica e de aversão a participação do Estado, é claro, já socializaram os prejuízos, e voltam aos velhos argumentos que só o “livre mercado” é suficiente para resolver os problemas.
Até a próxima crise chegar.