domingo, 25 de dezembro de 2011

É CHEGADO O MOMENTO DE DA UM BASTA


Acredito ter chegado o momento da população brasileira da início a um processo de manifestações em apoio a faxina ética na administração pública e não só apoiar a presidente neste processo, mas passar a exigir que os cargos de confiança, seja de confiança do executivo, para tal foi eleito, e não loteados pelos partidos políticos, onde já chegamos ao extremo do partido x afirmar que o ministro y, mesmo sendo seu partido, mas que lá estava por ser da COTA da presidente, não por indicação partidária.
Ora, quem se elegeu para se responsabilizar pela administração e gerenciamento do País foi a presidente. Os deputados e senadores ao que se saiba se candidataram para legislar e fiscalizar o executivo. Logo aprovar e ou rejeitar matérias do executivo é uma das suas funções. A partir do momento que, por interesses fisiológicos, se vendem ao executivo em troca de cargos públicos, perdem a credibilidade e a moral de exercerem com eficiência o mandato para os quais foram eleitos.
O executivo deve ficar livre para escolher aqueles que irão assessorá-los e o legislativo desta forma ficará atento as suas ações e o judiciário de julgá-los à luz da constituição. Este deveria ser o roteiro a ser seguido.
Portanto está na hora da população ordeiramente retornar as ruas para que se dê um basta nesta corrupção que nos envergonha. Está na hora de expurgar todos os corruptos que movidos pela ambição de dinheiro agem de forma a prejudicar o erário público.
Vivemos em um País, que possui leis para punir, que tem um sistema judiciário que mesmo com suas deficiências ainda funciona. Temos uma polícia federal competente, preparada e atuante. Uma mídia, onde parte dela ainda tem no sistema investigativo como forma de fazer jornalismo, portanto, atenta às coisas erradas. Desta forma, não se admite tanta corrupção no Brasil e que prevaleça a impunidade.
Está na hora de todos irem para as ruas, para as portas dos parlamentos e do judiciário, exigir cadeia para este bando de ladrões de colarinho branco.
Está na hora da população mostrar a estes corruptos que eles não são mais espertos do que ninguém. Que eles não passam de ladrões e que muitas vezes criam dificuldades para obterem facilidades.<
Está na hora de nas ruas a população exporem estes homens que agem movidos pela ambição do dinheiro, estes requintados chantagistas, ao ridículo.
Está na hora de se dá um basta nesta situação, onde os nossos “homens públicos” se acham no direito de extorquir sem que haja punidade. De acharem que a comissão por uma obra pública é um direito; que o desvio do dinheiro público para suas contas bancárias seria mais uma forma de apropriar-se do que não lhe pertence.
E o pior, ainda tacha de idiotas aqueles que procuram agir honestamente sem o uso do tráfico de influência ou de tirarem proveitos, pela função que assumem.
Acredito estarmos no momento ideal de começarmos não só denunciar, mas exigir punição exemplar para aqueles agentes públicos e políticos que se valem da função por indicação ou para tal foi eleito ao extrair vantagens para si, familiares e amigos e "laranjas".
Basta dessas “ortoridades” viverem desfilando em carros com placas trocadas ou frias. Chega de esposas, amantes parentes e aderentes viverem viajando para cima e para baixo com as passagens custeadas com o nosso dinheiro. Já estamos cansados de assistir e ouvir denúncias de uso de cartão de crédito debitável na conta do Estado.Este mesmo Estado que nunca tem recursos para os serviços basicos para população. Eles gastam, esnobam e nos obrigam a pagar. Logo eles que tem um rendimento bem acima de qualquer cidadão mediano brasileiro.
Precisamos sair deste estado de letargia em que nos encontramos e deixar de considerar natural o superfaturamento de obras, a ausência de licitação para contratar empresas amigas, o atraso de obras para justificar o aumento dos seus custos.
Está na hora de todos sairmos às ruas e acabar com a lógica do corrupto, que é: “Se não aproveito, outro aparece e vai ganhar em meu lugar”. O corrupto e o corruptor são farinha do mesmo saco, ambos não têm escrúpulos.
A coisa chegou a tal ponto, que hoje não mais temem serem apanhados em flagrante. Já não se envergonham das suas ações que passam a servir de exemplos e modelos para os seus familiares. É o exemplo daqueles que se deram bem. Não se envergonham nem sequer de se olharem no espelho. Só o povo nas ruas, unidos, poderá amedrontá-los e fazer com que medidas sérias saneadoras sejam tomadas.
Sabemos que ainda temos os nossos Robin Hoods da moralidade, tais como a Corregedora do CNJ, que corajosamente colocou a mão no vespeiro da Justiça; alguns políticos que ainda zelam pelo nome e pela ética, como o senador Pedro Simon; a maioria dos servidores públicos de carreira, que mesmo ganhando salários de miséria, ainda sentem orgulhos dos serviços que prestam. Mas como diz o ditado “uma andorinha só não faz verão”. O povo tem que se unir a estes heróis e lado a lado não só apoia-los, mas se darem as mãos e unidos iniciarem uma campanha de moralização dos três poderes, e lutar para que possamos ver todos os corruptos e corruptores na cadeia, que é lugar onde eles deveriam estar.
Portanto, lembre-se, 2012 novamente teremos eleições, assista ao filme que passa por sua cabeça, daqueles que sem querer, nunca deixa de citar as quantias recebidas ou pagas, e que deixa claro nas suas entrelinhas que se utilizou da corrupção para obter alguma vantagem. Lembre-se daquele que tem como lema: “quem não chora, não mama”; "é dando que se recebe” ou "rouba mas faz".
Rebobine a sua fita e veja como em pouco tempo ele enriqueceu, construindo mansões, cheio de fazendas. Compare o antes e o depois. Observe se por acaso ele(a) não apareceu em alguma cena embolsando propina escusa ou se não foi acusado de envolvimento em algum ato desabonador.
Portanto, antes de ir às urnas assista a este filme para que amanhã não vir também a ser acusado de ter absolvido este tipo de bandido, que finge ser (h)onesto e julga-se ou se faz parecer o mais íntegro dos seres humanos. Não espere pela justiça, faça você memsmo o julgamento e o puna.
Assim, enquanto o judiciário não cumprir o seu papel e colocar os corruptos brasileiros na cadeia, que ao menos nós, eleitores, os impeçamos de continuarem agindo, não os elegendo ou reelegendo e que de alto e bom som digamos a eles que não o queremos vê-los exercendo nenhum tipo de função pública, pois são elementos de alta periculosidade.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

OS CONCEITOS DEVEM SER MUDADOS COM URGÊNCIA

Uma Nação cujo povo encontra-se culturalmente avançado, certamente que homens públicos envolvidos em atos indecorosos, falcatruas e, quando gestor público esteve envolvido em denúncias de má aplicação do dinheiro público ou com processos judiciais, transitado em julgado ou não, certamente não poderiam se ousar a ser candidato a qualquer cargo eletivo e teriam sua inscrição indeferida à bem da moralidade. E iria mais longe. Também não permitiria que estas mesmas pessoas ou aquelas indicadas para assumir cargos na administração pública caso estivessem envolvidas em qualquer ato que desabonasse a sua conduta, não poderia e nem deveria assumir o cargo pleiteado em nome da preservação e do respeito a moral pública.
Isto em um País sério. Mas no Brasil a gente sabe que a coisa ocorre diferente, ou seja, são exatamente estas pessoas que tem acesso ao Poder. Há sempre uma forma de escamotear a verdade e existe sempre uma desculpa, mesmo que esfarrapada, para justificar os seus atos.
Nos dias atuais, nada mais me surpreende. Vivemos em um País que roubar ou tramar falcatruas visando desviar o dinheiro público nas antessalas de ministérios deixou de ser roubo, virou malfeitos. Como esperar dias melhores?
Que podemos esperar dos partidos políticos, que em lugar de fazer política, para isto foram constituídos, se transformaram em formadores de quadrilhas para assaltar o erário público, pouco se importando se com estes desvios, milhares de pessoas têm morrido nas filas dos hospitais, por falta de recursos, os mesmos desviados para as suas contas bancárias ou de laranjas, escolhidos neste laranjal chamado Brasil?
Enfim, que futuro irá construir se por falta de uma educação pública de qualidade, deixaremos como legado para a nossa juventude o analfabetismo funcional e a falta de perspectiva de dias melhores?
Este é o Brasil que está sendo construído. Infelizmente.
Diante desta herança, somos obrigados a conviver lado a lado com a violência e assistir os nossos jovens se entregarem à droga ou arrebanhado pelo tráfico, como forma de ganhar dinheiro fácil.
O povo, em alguns momentos de lucidez, tem procurado fazer a sua parte, como exemplo, a mobilização nacional para aprovação do Projeto Ficha Limpa, que o nosso Supremo tem literalmente jogado no lixo, andando na contramão do anseio popular.
Aliás, o Judiciário andar na contramão do anseio popular não é surpresa alguma. Este papel eles sabem interpretar bem, ou seja, defender os “interesses” daqueles com quem convivem diariamente nas rodas sociais que frequentam. Diferente seriam eles descerem do alto dos seus sapatos e passassem a sentir e defender os interesses da maioria e dos mais pobres. Talvez tenham urticária só em pensar.
Como continuar acreditando em um País em que seus partidos jogam todas as suas fichas em candidatos ficha sujas, por se acharem donos de um significado numero de eleitores, comprado através do clientelismo ou com o dinheiro público roubado?
Que esperar do futuro, quando nas nossas Casas Legislativas os eleitos e reeleitos em sua maioria são exatamente os que menos frequentam o trabalho, enquanto aqueles que não faltam, o político nota dez, são sempre rejeitados pela maioria dos nossos eleitores? Isto só vem comprovar que somos um País em que se valorizam os políticos preguiçosos e que não honram os seus compromissos para os quais foram eleitos. Basta uma palmadinha nas costas e pagar uma pinga que o voto está garantido.
Engana-se quem pensa que os faltosos estão nas bases dando duro. Eles estão nos gabinetes de empresários maquinando como desviar recursos públicos, através de obras superfaturadas ou de compra de bens que jamais serão entregues, para depois com o dinheiro roubado sair distribuindo esmolas em anos eleitorais.
Diante de tudo isto, torna-se urgente uma reforma política. Uma reforma política séria, que conte com a participação da sociedade organizada, na sua elaboração.
Uma reforma que em seu bojo seja incluído a autonomia popular, dando poderes ao povo que elegeu, para que possa cassar aqueles cujo comportamento não se enquadre dentro da ética e da moralidade. Que seja concedido ao eleitor o direito de cassar aqueles que após eleitos esqueceram os compromissos assumidos em palanque. E que este poder não lhe fosse dado apenas para os eleitos para cargos executivos, mas também legislativo.
A cada dois anos, o povo iria às urnas para dizer sim ou não aos candidatos eleitos ou votados em seus municípios. Aí sim, estaria o povo fiscalizando o seu eleito.
Que fosse incluída a proibição de nomeação de cargos públicos por indicação de membros ou de partidos políticos. Afinal, o vereador, deputado e senador foram eleitos para legislar e fiscalizar o executivo. No momento em que ocorre esta promiscuidade, o político perde sua autonomia e passa a não ser mais respeitado pelo executivo.
Chega desta história de financiamento de campanha com dinheiro público. O povo já está cansado de pagar as contas e ainda ter que financiar campanhas eleitorais é demais. Já são alocadas verbas públicas destinadas a cada partido político. O que deveria ocorrer era a proibição de qualquer tipo de financiamento de campanha por terceiros. O candidato que se autofinanciasse ou saísse por aí catando votos, através do argumento e de sua coerência ideológica. Ninguém dá dinheiro a ninguém sem que por trás não haja o objetivo de obter um retorno e com juros. Aí está uma das células da corrupção.
As nossas Casas Legislativas principalmente o Congresso Nacional, com algumas exceções, é hoje formado em sua grande maioria por políticos aéticos, indecorosos, corruptos carreiristas, que sobrevivem pendurados nos cabides de emprego e pouco ou quase nada de bom produzem para a nossa sociedade. A grande maioria só está com os olhos voltados para as benesses que poderão obter, principalmente quando envolve dinheiro público. Poucos se preocupam em defender os verdadeiros anseios populares e sociais. São parlamentares, que depois de eleitos esquecem completamente as promessas feitas durante a campanha e passam a praticar atos que ferem o mínimo direito das pessoas e ao decoro parlamentar. Deixam de lado a defesa dos interesses sociais e só se preocupam em pagar os compromissos com seus financiadores de campanha.
São Casas Legislativas distanciada da sociedade, daquilo que o povo pensa e precisa.
Aí onde entraria o direito do eleitor de cassá-lo, diferente de hoje onde a lei permite e acoberta a prática de atos condenáveis e de uma conduta nada ética.
Assim, torna-se urgente a moralização política em nosso País. Mas não adiantará a reforma política se com ela não vier acompanhada de uma reforma tributária com redução dos impostos e em conjunto uma profunda reforma no judiciário, acabando com a ingerência do Executivo sobre este Poder, através da execrável indicação e nomeação para preenchimento de vagas nos tribunais superiores, tribunais de contas, etc..
Que o judiciário passe a ter um comportamento e sejam vistos como humanos e não como o modelo atual, em que se consideram como seres superiores. Ninguém, nenhum ser humano pode modificar uma decisão judicial. Mesmo a mais estapafúrdia decisão. Não são julgadores, são deuses. Que seja criada uma Comissão Revisora, onde ali estejam representados não só juristas mais outros segmentos sociais e profissionais, pois uma decisão errônea, mal intencionada ou para atender a interesses pessoais, move com muitos valores, não só jurídicos.
Tudo isto aliado a um combate sem tréguas da corrupção, com punições severas para que sirvam de exemplos, onde os servidores públicos, agentes políticos e demais envolvidos conheçam claramente as regras do jogo, tornando desta forma fácil distinguir entre as ações legais e as ilegais. Não pode é continuar como está, onde vivemos atualmente neste estado de corrupção política desenfreada, mais parecendo que vivemos em uma CLEPTOCRACIA, ou seja, que o povo está sendo "governado por ladrões".
Está correta a advogada Edna Lagnado, uma das organizadoras do movimento Faxina Brasil, quando afirma; "O corrupto nasce quando o indivíduo entra na política, mas se comporta como um despachante, como alguém que está lá para vender facilidades", e continua: "Além disso, muitos já entram em um ambiente contaminado, se o cidadão não entra no esquema, não participa de negociatas, ele é frito por seus pares". Na mesma linha segue o cientista político Humberto Dantas, quando diz: “o problema está na cultura política do brasileiro. Para muitos, o que é público não é de ninguém".
De acordo com pesquisa realizada em 2008, encomendada pela Associação dos Magistrados Brasileiros, conclui que 80% dos brasileiros acreditam ser uma obrigação dos políticos a prestação de favores, tais como, "arrumar um emprego" ou "pagar uma conta". Para Humberto Dantas, essa confusão entre "direito" e "gentileza" está no nascedouro do corrupto. "Quando o político aproveita para exercer seu poder com pequenos favores, isso termina em corrupção”. Isto sem contar o corporativismo que reina em nossas Casas Legislativas, principalmente no Congresso Nacional, onde os políticos se protegem, se ajudam em razão de cada um ter seu rabo de palha e seu telhado de vidro.
Tudo isto somado a morosidade da Justiça, lhes dar a sensação de impunidade e de poder, achando que a eles tudo pode tudo é permitido.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

TODOS DEVEM TER O MESMO TRATAMENTO


O povo brasileiro tem uma característica inata: a solidariedade. E ela sempre se faz presente principalmente nos momentos mais difíceis, quando as pessoas e familiares são acometidas de doenças graves ou alguma fatalidade.
Independente da cor, origem e ou condições financeiras, exercitando o espírito de solidariedade do nosso povo, todos deveriam ter um tratamento não apenas rápido e imediato, mas principalmente ser tratado como seres humanos.
Infelizmente, este tipo de tratamento a gente não vê ocorrer quem precisa recorrer ao SUS, onde normalmente e exatamente por falta de solidariedade, a população não obtém um atendimento imediato e sequenciado, com isto, todos os dias temos visto muita gente morrer. E exatamente a tal solidariedade tão decantada é o que mais falta neste serviço tão essecial que somado ao excesso de burocracia, ainda veremos muitos brasileiros morrerem em filas de espera.
Em razão deste péssimo serviço que o SUS presta à sociedade, até entendemos a indignação de alguns, quando pelas redes sociais teceram críticas ao ex-presidente Lula que recorreu a um tratamento cinco estrelas, em lugar de um hospital público, já que ele quando presidente fazia questão de dizer que este serviço funcionava tão bem que devia servir de modelo a outros países.
Ora, todos que utilizam os serviços públicos de saúde sabem que não é bem assim, que o seu funcionamento e seu atendimento chegam a ser humilhante. O SUS até que atende mesmo precariamente, mas quando o caso é grave, reze para DEUS, pois as perspectivas não são nada boas.
Vejamos então: o câncer de Lula foi diagnosticado numa sexta feira e já na segunda estava realizando a quimioterapia.
Será que se o diagnostico tivesse ocorrido em uma unidade do SUS seria assim? Ao que se sabe, um câncer quando diagnosticado, o tratamento quimioterápico, no mínimo levará três meses para ter início. Isto se tiver sorte, pois há aqueles que morrem e a quimioterapia nem sequer teve início.
Apesar de entender a indignação daqueles que criticaram a opção de Lula, mas entendo não se justificar, pois se a ele foi dada as condições financeiras, que ele por opção procure os caminhos que achar melhor para si e para sua recuperação. Pois a ninguém é dado o direito de desejar o mal a ninguém.
E a população brasileira tem reações incompreensivas.
Vou citar dois fatos que justificam o que afirmo acima. Lembro-me que certo dia, o Sen. Valter Pinheiro participava de algumas atividades políticas no Município de Feira de Santana, e em determinado momento passou mal, tendo sido levado com urgência para ser atendido no Hospital Regional. No outro dia choveram críticas ao comportamento do senador, entre as quais, que o mesmo tinha condições financeiras e não deveria ter procurado uma unidade pública e sim privada. Ninguém se preocupou em criticar a administração daquela unidade hospitalar que se mobilizou parou para atendê-lo imediatamente - coisa que não faz com os demais -, mas apenas porque ele foi ao hospital ocupando o lugar de um pobre.
O outro fato ocorreu ainda na administração do netão governador Paulo Souto, quando um médico denunciou através da imprensa que no Hospital Geral de Salvador ocorria roleta russa para rifar qual paciente iria morrer, por falta de condições estruturais daquele Hospital. À época, os deputados ligados ao governo fizeram discursos homéricos em defesa da qualidade da Unidade, chegando ao extremo de uma deputada, hoje na base do Governo Wagner afirmar em alto e bom som que se algo ocorresse a ela ou familiares, pediria que a levassem para o Hospital Geral diante da qualidade do seu atendimento.
Por uma fatalidade do destino, menos de trinta dias, ao se deslocar de Salvador para Feira de Santana ocorreu um acidente grave com a deputada. No momento em que estava sendo socorrida, a deputada solicitou que a levassem para o Hospital São Rafael (Hospital privado 05 estrelas)”. Ninguém criticou a deputada e nem uma linha a imprensa escreveu a respeito, quando trinta dias atrás tinham carregado nas tintas contra o médico denunciante.
Vejam como a sociedade tem comportamento muitas vezes incompreensível.
Mas voltando ao SUS. Se este serviço não funciona, a culpa não é unicamente de Lula, e sim de uma sucessão de erros e de má gestão, continuada e sequenciada por diversos governos, que fazem a da saúde pública, mais um serviço público que é utilizado como moeda de troca política.
O grande erro e a grande culpa de Lula foi, no arroubo dos seus discursos demagógicos, sair por aí alardeando que o SUS era tão bom que deveria servir de modelo. E que péssimo modelo.
Portanto, àqueles que no afã de tecer críticas pela opção do ex-presidente para o seu tratamento, alguns chegaram a desejar o pior ao ex-presidente, considero que os que assim procederam foram infelizes. Isto não é normal em nosso povo. Mais é um direito de cada um se posicionar. Se estiverem certos ou errados só o futuro irá julgá-los.
Mas uma coisa tem que ser reconhecida, as redes sociais se uniram, milhares de críticas choveram, como também devemos reconhecer que também ocorreram muitas defesas, talvez em minoria. Os defensores da decisão de Lula foram tímidos ou não se sentiram suficientemente estimulados para sairem em sua defesa, certos das precariedaes do Sistema SUS.
Espero que os mesmos que se uniram para criticar, também se unam através das redes sociais e saindo às ruas, para assim como Lula, todo brasileiro que tiver uma doença grave diagnosticada, tenha garantido o direito de até no máximo 48 horas, o tratamento iniciado, utilizando as drogas mais modernas e avançadas, sob pena do mal diagnosticado vir a se agravar a cada dia de atraso do seu inicio.
Que nos unamos sim, para que os milhões de pacientes que necessitam do SUS, não tenham que levar meses de espera por um diagnóstico patológico e levar ainda mais alguns meses nas na fila esperando cirurgias ou para ter o tratamento iniciado.
A população deve se unir sim, para exigir o fim da absurda burocracia que impera. Que o SUS remunere melhor, pois não é admissível que os médicos sejam obrigados a se sujeitarem a receber entre R$ 10 e R$ 17 reais mensais por cada paciente de quimioterapia. Isto é injustificável, pois são vidas humanas que estão em jogo. É uma vergonha um médico receber pouco mais de R$ 1.200 para trabalhar vinte horas semanais e ser obrigado a atender 18 pacientes ou mais em quatro horas diárias.
É sobre isto que devemos nos unir e lutar para a situação mudar. Não devemos aceitar e não podemos admitir que milhares de pessoas morram nas filas de atendimento ou esperando por um medicamento específico, isto sem contar àqueles que poderia ser salvo por uma cirurgia e que deixou de ocorrer, por falta de estrutura ou pelo excesso de burocracia.
Sabemos que dinheiro não falta, senão não víamos diariamente estourar escândalos de desvios de milhões de reais em quase todos os municípios brasileiros.
A culpa do péssimo funcionamento do SUS sempre foi de gestão e não da falta de recursos. E falo com a experiência de quem já administrou uma unidade hospitalar, à época conveniada com o antigo INSS.
A falta de eficiência do sistema é gritante e revoltante, quando todos sabem que os cargos de gestão são utilizados como moeda de troca na barganha política. E já estamos cansados de saber e ver que os políticos não primam pela qualidade nas indicações. A única preocupação que os nossos homens públicos tem é o de indicar aquele que melhor lhe servem. E capachos não lhes faltam.
Para que os problemas do SUS possam ser resolvidos rapidamente, bastaria que fosse criada uma lei federal que obrigasse a todos agentes públicos, sejam funcionários públicos ou agentes políticos, aí incluído os governadores, deputados, senadores, ministros e presidente e todos os familiares, quando fossem acometidos de qualquer mal, obrigatoriamente deveriam ser tratados em seus Estados de origem e pelo SUS. Caso opte pelo tratamento em instituições fora do SUS, se funcionário de carreira sofreria punições que poderia chegar à demissão. Quando ocorressem com os entes políticos e ou seus familiares, teriam seus mandatos imediatamente cassados.
Vou mais além, esta lei deveria se estender também a todos os serviços públicos, principalmente a educação.
Se isto viesse a ocorrer, ou seja, uma Lei fosse criada com este fim, pode apostar que em menos de um ano teríamos padrões de excelência de atendimento no serviço público brasileiro, tanto no SUS como na educação pública, principalmente.
Aí sim, o governo estaria fazendo cumprir a Constituição federal no que se refere ao SUS e principalmente naquele artigo que afirma que: “somos iguais e temos todos os mesmos direitos”.
Mas enquanto, nossos figurões políticos tiverem todos os privilégios e se acharem seres superiores aos demais, não sofrendo na carne os malefícios praticados por eles mesmos, quando indicam gestores aventureiros e incompetentes; quando desviam dinheiro público; quando superfaturam obras ou quando deixam de realizar as obras necessárias nas suas comunidades; quando remuneram mal médicos e professores; quando deixam faltar médicamentos básicos nos postos de saúde, não teremos a felicidade de ver os serviços públicos essenciais serem oferecidos com qualidade.
Observe, normalmente quando um govenador ou até mesmo seu secretário de saúde adoecem, correm logo para São Paulo em busca dos hospitais 05 estrelas que só existem lá. Este é o atestado de que o sistema de saúde do seu Estado não funciona. E não funciona justamente em razão de uma gestão equivocada ou pela incompetência e negligência daqueles que estão na responsabilidade da sua gestão.
Remuneram mal, não equipam os hospitais, a manutenção é falha ou inexistentes. É claro, eles estão conscientes que só passarão pela porta para efetuar visitas ou inaugurações. Nestas horas, os hospitais públicos estão tão maquiados, que até os 05 estrelas teriam inveja.
Neste curto espaço de tempo, você encontra médicos circulando nos corredores, aparecem os psicólogos e assistentes sociais, as enfermeiras dão aulas de civilidade, o almoxarifado está superequipado, os corredores estão vazios. Acabou a visita, tudo volta à normalidade: somem os médicos, psicólogos e assistentes sociais; as enfermeiras voltam ao normal, não matam o paciente porque sabem ser crime; os medicamentos desaparecem; os corredores como num passe de mágica se enchem de pacientes deitados em macas quando não estão estendidos no chão.
Esta é a realidade e é contra esta realidade que devemos nos unir e sermos solidários, ou seja, TODOS DEVEMOS TER O MESMO TRATAMENTO.

domingo, 4 de dezembro de 2011

O HOMEM CORRUPTO(R) TEM ALGUM VALOR?

O problema da corrupção no Brasil chegou a tal gravidade, que a preocupação hoje, não é saber quem é honesto, mas sim quem e quanto vão levar.
Afinal, o corrupto(r) vale alguma coisa?
Há quem diga que tudo depende de algumas variáveis, para se medir o valor do corrupto: a importância do cargo; a vontade e disponibilidade política, o (falta) de caráter e o tempo ou a obra que será executada. Estas quatro variáveis somada ao dinheiro a ser disponibilizado, está aí fórmula da equação para se achar o valor do corrupto.
Tem quem procure justificar o problema da corrupção no País, hoje com contornos insuportáveis e revoltantes, à questão educacional, ou seja, a falta de um nível de escolaridade da nossa população. Aí está o grande engano desta avaliação. Senão vejamos: quem está normalmente envolvido em atos corruptos no Brasil? Seriam pessoas de baixa escolaridade, analfabeto? A prática tem nos mostrado exatamente o inverso. Quanto maior o nível de escolaridade, maior e melhor são elaborados os planos que levam ao suborno e a corrupção. Tanto corruptor como os corrompidos todos tem anel de doutor no dedo, com raríssimas exceções. Ser pobre e analfabeto neste País ainda é sinônimo de honestidade.
A situação está tão escandalosa, que até parece que já existem faculdades para formar técnicos em corrupção.
Se a sociedade se aperceber verá que todos os envolvidos são exatamente aqueles que transitam na nata da sociedade, tiveram oportunidade de estudar nas melhores instituições de ensino; são homens bem sucedidos empresarialmente; alguns magistrados; e a grande maioria dos políticos. Esta é a realidade nua e crua. Todo mundo querendo roubar um pouco.
O bem que a educação traria para o povo, seria a oportunidade para que o País passasse a ter uma população com um maior nível de escolaridade e em consequência, os cidadãos estariam mais conscientes dos seus direitos e deveres; aí teríamos uma sociedade melhor qualificada a qual “saberia” exigir respeito à sua cidadania e fazer valer os seus direitos. Seria uma população mais respeitada. A educação mais qualificada traria no seu bojo, as condições de oferecer uma formação intelectual para melhor escolher os representantes políticos, assim, iria optar por produzir legisladores e políticos mais virtuosos. É exatamente isto que eles não querem, por isto não se investe na educação.
E você pagaria para ter um corrupto? Este elemento nocivo espalhado pelos quatro cantos do Brasil, incrustado principalmente no setor público e no meio político, fruto da utilização dos cargos como moeda de troca e onde as indicações atendem apenas a satisfazer os interesses do político a ser comprado, sem exigir nenhuma qualificação, a não ser que seja apenas mais um serviçal daquele que o indicou. Isto já se transformou em consenso no meio político.
Em razão desta forma de pensar e agir daqueles que “deveriam” ter a responsabilidade por cuidar e aplicar bem os recursos públicos, a corrupção passou a fazer morada no Brasil e, principalmente em Brasília. E ao que parece está se dando bem, São milhões e milhões de reais roubados descaradamente, sem que a população veja alguém ser punido, ou no mínimo que o dinheiro retorne aos cofres públicos.
Seriam recursos que se bem aplicados proporcionaria uma educação pública de qualidade, um serviço de saúde pública digna, e não este que está aí que humilha e deprecia qualquer cidadão.
O mal que a corrupção faz para o conjunto da sociedade é tão significativo, que estudos divulgados pela ONG Transparência Internacional estima que 01 ponto percentual em índices de corrupção, traz como repercussão financeira a elevação de 7,5 % pontos percentuais da carga tributária. Outros estudos avaliam que a perda anual do País fruto da corrupção chegue a 5% do PIB, em torno de 124 bilhões. Esta é a roubalheira. Veja o crime que estas pessoas praticam. E estão aí impunes. Claro, e frequentam as mesmas rodas sociais e os mesmos ambientes da maioria dos nossos magistrados, homens que no futuro irão julgá-los. Logo se entende o porquê de tanta impunidade.
É uma situação que chega a assustar. Para que se possa fazer um comparativo, o programa considerado a menina dos olhos da presidente Dilma, o Combate a Miséria, o orçamento do Ministério responsável pelo Programa é de pouco mais de 13 bilhões, valor quase idêntico destinado para o Ministério da Educação. Já para o Ministério da Saúde temos R$ 40,6 bilhões, enquanto para a corrupção são reservados 124 bilhões de reais. Já mereceria um Ministério.
Por estes números da para imaginar o mal que estas quadrilhas praticam contra o povo. E ainda vem o Governador da Bahia dizer que é impossível controlar os recursos públicos, quando se sabe que no mundo da tecnologia, existem programas que consegue descobrir um alfinete em um monte de palheiro. E o pior, é ainda ter que ouvir o sr. José Dirceu, de braços dados com outros dirigentes políticos e partidários, sair por aí dizendo que é hipocrisia se falar em combate a corrupção. Que há coisas mais importantes para ser tratado. Claro eles continuam soltos. Até em Cuba já estariam na cadeia, senão enfrentando o paredão, que era o mais justo.
Aí, fico imaginando, estes homens são sérios? Estamos em um País sério? Que futuro deixaremos para os nossos jovens, quando assistimos pessoas que se intitulam “lideranças” de Movimentos de Juventude, já começar a trilhar pelos mesmos caminhos abertos pelos nossos políticos de hoje, procurando se realizarem financeiramente através de recursos oriundos do erário público, aproveitando-se dos jovens e seus movimentos.
Que Brasil é este que a cada dia surgem denúncias envolvendo tramoias engendradas nos gabinetes luxuosos dos ministérios. Anteontem foi o Turismo. No mesmo dia os Esportes. Ontem foi o Ministério do Trabalho, hoje é o das Cidades. Qual será o de amanhã?
E em Brasília tudo parece normal. Até que um novo escândalo abale os seus sólidos alicerces.
Todos sabem que a corrupção e o neocapitalismo estão intrinsecamente ligados. São verdadeiros irmãos siameses. Quando se combate um problema, eles renascem com modelos mais modernos e sofisticados. E nisto tudo, só quem tem levado vantagem é o corruptor, pois deste ninguém está preocupado em investigar. Ao corrompido só lhes sobra às migalhas e a desmoralização perante a sociedade, quando pego com a mão na cumbuca.
Mas como vivemos em uma sociedade imediatista, amanhã estará tudo esquecido e todos posando de sério e honesto, quem sabe ganhando um novo cargo público. Até que novos atos voltem a praticar.
Interessante são alguns arautos da moralidade, fazendo discursos veementes e inflamados contra a corrupção, chegando a utilizar o tema até como bandeira política, e quando procura a sua ficha corrida, a maioria deles não aguentaria um minuto de investigação em relação a sua vida. São tão corruptos quanto os que eles denunciam: sonegam impostos, costumam subornar fiscais, comumente para não passar por situações constrangedoras dão a famosa “carteirada”, divulgam mentiras e falsos dados de suas vidas, entre outros modelos. Mas para estes arautos isto não é corrupção.
A nossa mídia é outra, normalmente ligada a conglomerados e a grupos empresariais, não só sob forma de patrocínio, mas como membros societários, doutores em coisas erradas, desde sonegação ao suborno, ou seja, roubam em silêncio mas acusam em voz alta.
Os números da corrupção são incalculáveis. E o pior é que nos preocupamos com que ocorre a nível federal e nos esquecemos da roubalheira nos Estados e nos Municípios. Se somarmos aos 124 bilhões aí a sociedade teria uma visão do tamanho do crime que esta gente vem praticando contra o povo brasileiro. A coisa chegou a tal nível de falta de vergonha, que as tramoias que antes era feita as escondidas, hoje é as claras, nos gabinetes ministeriais, nas ante-salas dos secretários estaduais e nas sedes das nossas prefeituras sem a menor desfaçatez, à vista de todos, por já se encontrar difundida nacionalmente, em todos Estados e partidos políticos, certos da impunidade, por se encontrarem sob o véu de proteção dp Judiciário. Ser honesto hoje é motivo de chacota neste meio.
São malandragens conhecidas por diversas nomenclaturas e vários dutos, tais como: Valeriodutos, corruptodutos, mensaleiros, Cuequeiros, propinodutos, banheirodutos, licitadutos, etc., etc., etc.
O que nos surpreende, se é que algo no Brasil e do Judiciário ainda causa surpresa, é que diante de tanta roubalheira, não se vê ninguém punido, diante das facilidade com que encontram brechas jurídicas para não ficarem presos. Enquanto o pobre, que rouba uma margarina pode passar anos e anos na cadeia. Para ele não existem as mesmas brechas. E olha que as provas da corrupção são robustas.
Continuam escudados pela impunidade, fruto de um judiciário arcaico, omisso e conivente. O pior é ter que ver, muito dos envolvidos, na maior cara de pau, circulando pelo Brasil afora, dando palestras e caras, pois ainda tem que vá assistir, demonstrando para a maioria que o crime compensa.
Aliás, estão aí imunes e impunes, e se fazendo passar por honestos já que se consideram e realmente estão protegidos pela "justiça" de nosso País.
Portanto, chega de estufar o peito e sair por aí arrotando que odeia política. Deixe de ser imbecil. Pois é por causa das escolhas do tipo como assistimos hoje, que nasce a prostituta, o menor abandonado e temos milhões de pessoas passando fome. É por culpa do seu voto, quando apoia e elege políticos com esses predicados, que deixamos de ver ser dada prioridade a educação pública, a uma saúde de qualidade, e a segurança pública para todos e não para uma minoria como temos hoje.
É por sua culpa que temos políticos vigaristas, pilantras, corrupto e que pensa em só se dar bem. É por culpa do seu voto que temos uma maioria de políticos insensatos, sem coração e que não estão nem aí para os problemas sociais.
Entenda, a corrupção traz em sua essência, prejuízos de toda ordem para a população. A corrupção é um câncer que destrói e aniquila os sonhos de uma sociedade, que já está sofrida por falta de políticas públicas voltadas para a maioria.
A corrupção destrói as pretensões daqueles que ainda têm ideais e faz do seu trabalho um exemplo de honestidade, e é obrigado a viver e ou conviver com funcionários do governo utilizando do erário público para fins privados ilegítimos ou benefício daqueles que tem na corrupção o meio de uso do dinheiro público para se locupletar.
Chega de omissão. Está passada da hora de se dar um basta na corrupção.

domingo, 27 de novembro de 2011

MOMENTO CERTO DE PASSAR O BRASIL A LIMPO


Quando surgiu, ainda na década de 80, o PT trazia como código de ética nos seus estatutos, zelar e administrar bem os recursos públicos.
Sinalizava os seus fundadores em discursos inflamados para a sociedade, que ao assumir o Poder seu objetivo seria atacar as mazelas existentes no país, tais como, a má distribuição de renda, o descaso com a educação pública e o combate implacável à corrupção.
Pelo menos nos discursos, acenava com uma nova esperança, diferente dos demais partidos, todos envolvidos com algum malfeito, conforme classifica a nossa presidente, quando alguém é flagrado ou acusado em atos de desvios de recursos públicos.
Ora, distribuir renda através de programas assistencialista não deve ser a única política pública a ser colocada em prática, que garanta o desenvolvimento do País. Privilegiar a educação e criar programas sociais de distribuição da renda deve ser tratado como prioridades absolutas, no entanto, outros problemas devem ser alvo de observação, de forma a ser estabelecidas políticas públicas que visem encontrar a solução.
Problemas como o crescimento econômico e que seus resultados sejam distribuídos entre todos; a inserção competitiva do país no mundo globalizado, de forma que evitemos unicamente socializar a pobreza ou que tenhamos uma mão de obra qualificada, porém sem maiores perspectivas de colocação no mercado, são situações que devem ter um tratamento de parte do governo, que visem buscar uma solução ou o equacionamento, de forma que os seus resultados sejam distribuídos para todos, e não para uma pequena minoria como nos dias atuais.
Hoje, após conhecermos o modelo PT de governar, podemos afirmar que daqueles discursos quando da sua fundação, pouco ou quase nada restou. Após quase 10 anos de Poder, o modelo estabelecido pouco fez de prático que alterasse os padrões de concentração de renda. Exceto a continuidade dos programas assistencialistas, alguns necessários, mas que devem ter caráter temporário, pois já está comprovado serem incapazes de modificar o quadro de concentração existente, diante de uma política econômica praticada que insiste em garantir privilégios para uma elite amplamente minoritária, onde poucos usufruem da renda nacional enquanto as maiorias se contentam com as migalhas e a viver em favelas, coexistindo pacificamente lado a lado entre a miséria e o tráfico.
Em relação a educação, nada foi feito para sua mudança, ou seja, continuamos com o ensino fundamental de péssima qualidade e as Universidades Públicas, estranguladas pela constante falta de verbas, ficando impedidas de investirem em pesquisas. E observe que o governo prega que o País está preparado para enfrentar as crises geradas pelos países mais ricos e alguns a ousar dizer preparado para liderar o mundo.
Liderar como, sem priorizar a educação e a pesquisa, como fizeram os outros?
Como inovação neste período de Poder, está a política de quotas raciais e sociais, que são frutos de conquistas da população organizada muito mais, do que políticas públicas planejadas.
Porém, somadas aos ideais jogados literalmente na lata de lixo, mais um problema foi acrescido com o PT no Poder, e que a cada dia fica mais evidente, que é a corrupção. Esta já virou rotina no âmbito de todos os Poderes, cujo sentimento de revolta já se faz presente na sociedade brasileira, levando parte da população a começar a sair às ruas, gritando palavras de ordem contra este mal, que já virou um problema nacional. E isto é preocupante, pois como temos visto ocorrer em outros países, o nível de insatisfação da população tem levado a derrubada de governos e de regimes.
As críticas que hoje são feitas e dirigidas ao PT, fazem sentido diante das reações que o partido tem assumido, pois daquele PT da década de 80, pouco se vê. O que se tem observado são atitudes de seus dirigentes em passar a mão pela cabeça, considerar que tudo é normal, quando não criticam àqueles que se indignam contra a corrupção.
O que a sociedade tem visto é um Partido que tem agido de forma ilegal em todos os sentidos, ao permitir e até sair em defesa da corrupção e tráfico de influências de grande parte dos seus membros, além de se aliar a figuras reconhecidamente corruptas, no cenário político e administrativo a nível nacional, entre outras mazelas, que só tem denigrido a sua imagem.
Para a população acabou o sonho. O PT deixou de ser o partido em que se depositavam as esperanças da população em relação às mudanças e a lisura com o patrimônio público, a partir do momento que abandonou a aura de ética absoluta e passou a se comportar igual ou até muito pior que os demais partidos. Este foi mais um o golpe desfechado contra o povo brasileiro.
Mas não pensem que a máquina de corrupção está estacionada apenas no PT. Não, está incrustado em todos os demais partidos políticos, em grande pate das ONG's, nos sindicatos, cujas lideranças se apossaram do cargo e lá e eternizam; nas associações de bairros, entre outras.
Em relação a corrupção comandada pelos partidos políticos que aí estão, diante dos níveis da sotisficação empregada quanto aos atos ilegais para aumentar o poder próprio, tráfico de influências, etc., praticado pelos demais, talvez o PT ainda fosse o que alcançaria índices mais baixos, apesar da mídia querer imputar todos os desvios do governo ao partido, quando se sabe que existem piores.
A maior culpa do PT é buscar acobertar e dar guarida a este tipo de malfeitos. Não deveria e não deve é continuar abrigando em seus quadros dirigentes que comprovadamente estão ou estiveram envolvidos em coisas que só tem feito denegrir a sua imagem.
Diante de tantas denúncias de corrupção, de cobrança de propinas, etc., agora se entende o porque dos partidos aliados brigaremm por assumir ministérios que tenham em seu orçamento muito dinheiro e ou que tenham muitas obras a serem executadas. Aí está a senha para o propinoduto. S´não ver quem não quer.
E o que tem mais revoltado, é a gente ter que ouvir e engolir figuras que fizeram do patrimônio público a sua fonte de riqueza, discursarem como paladinos da moralidade, onde todos sabem que em um País sério de a nuito estariam no presídio, que é o seu lugar. Não precisamos citar os nomes, pois são bastante conhecidos. Seria o sujo falando do mal lavado, como diz o ditado popular.
Tem um ditado que diz “não há mal que nuca acaba”, e é com a esperança neste ditado, que esperamos ver um dia a luz no fim do túnel, e que esta fase de roubalheira (não malfeitos) comece a se esgotar, nem que para isto seja necessário que o povo saia à rua, como tem ocorrido em outras Nações pra dá um basta, e que ao final desta limpeza ética, o Brasil passe a ser um país menos corrupto.
Espero que este não seja um sonho, mas que se torne em realidade para que sirva de exemplo para as futuras gerações.
Na realidade, a corrupção é o resultado obtido pela existência de um Estado excessivamente burocratizado, com servidores pessimamente remunerados, com excesso de ministérios (nos Estados e Municípios excesso de Secretarias) e de cargos de confiança preenchidos sem o mínimo critério técnico e moral, cujos cargos normalmente são utilizados como moeda de troca junto aos partidos políticos, como forma de aderir em nome da “governabilidade”; da existência de leis frouxas ou apenas no papel; de um judiciário conivente e que não faz cumprir as leis, e de uma sociedade anestesiada, que tudo aceita sem reclamar.
É claro que, na maioria dos países mais honestos do mundo isto foi alcançado fruto e reflexo do elevado nível educacional e cultural do seu povo, unido ao cumprimento rigoroso das suas leis onde o Estado se faz presente ou representar de forma dinâmica e de um judiciário atuante. Dentro deste quadro a honestidade passa ser uma obrigação reforçando os traços positivos do seu povo.
Assim, combater a corrupção é fundamental e seria uma grande conquista para o nosso povo, e que não seja tratada como mais uma discussão inútil.
O Brasil tem e deve ser passado a limpo. E este é o momento,quando a nossa presidente conta com amplo apoio popular e de segmentos organizados da sociedade. O povo está se cansando de discursos. A sociedade quer ação eficaz e eficiente para que se dê um basta independente de quem está no Poder ou de quem praticou.
A sociedade já não aceita que pessoas que se intitulam eminencias pardas saiam por aí criticando a luta contra a corrupção, tachando de hipocrisia, principalmente elas que estão envolvidas em atos corruptos até o pescoço. Não admite e nem aceita mais, que partidos políticos que se intitulam sérios, sejam utilizados ou usado como cobertores para estes marginais de colarinho branco. Se estivéssemos em um País sério, que tivesse uma justiça voltada para o cumprimento das leis, estas pessoas já estariam nos presídios, pelo mal que fez à população.
Portanto, este é o momento ideal de se passar um pano nesta sujeira que domina a administração pública nacional. A CORRUPÇÃO. E se a nossa presidente quiser para a história, assuma esta tarefa e as futuras gerações serão eternamente gratas.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

190 MILHÕES DE PROBLEMAS


Ninguém em sã consciência pode afirmar que na economia tudo que nela ocorre segue um roteiro inalterável, muito pelo contrário, é nesta área onde há mais turbulência, em razão de sofrer fortes influência de toda ordem.
Uma teoria que hoje é citada como ideal, amanhã estará ultrapassada diante dos avanços tecnológicos e das mudanças dos humores do mercado.
É preciso que se entenda que em economia tudo são incertezas e nem tudo que reluz é ouro. É importante que todos estejam cientes que faz parte do mundo econômico a turbulência e momentos de crises, já que se desconhecem épocas em que o cenário mundial ocorresse de forma perfeita, que não ocorresse algum pico de crise, que os portos fossem totalmente seguros.
O modelo de economia de hoje, a chamada “economia moderna” passou por diversas transformações e contribuições dada pelos mais diversos e variados pensadores econômicos. As suas ideias passaram por várias teorias e a sua concepção por diversos idealizadores.
No entanto, por mais moderna que a economia seja, ela jamais fugirá da tradição que está alicerçada, ou seja, na concepção da troca, por meio das quais se procurará obter o melhor que convier. Esta foi,é sempre será à base da economia e este é um conceito que não se extinguirá.
E o modelo de troca se faz necessário, pois é através desta base econômica, que o produtor, de posse do excesso da produção em relação as suas necessidades imediatas, permite a existência do comércio. É este movimento que faz surgir novos empreendimentos e que mantém a estrutura governamental.
Na produção de subsistência, praticamente não existe a figura do comércio, por ser um sistema onde se produz apenas o suficiente para se manter, daí gerando a chamada pobreza homogênea, onde todos apenas sobrevivem. Desta forma, é o excesso de produção, ou a produção em larga escala, que gera rendimentos e direta ou indiretamente os tributos.
Com base neste conceito, a população passa a ter possibilidade de se apropriar de parte do que é produzido, em proporção que irá variar conforme sua posição na escala social. Os empresários teriam as suas receitas; os governos passariam a arrecadar os tributos, para a manutenção da máquina pública e para oferecer e prestar serviços à sociedade, que deveriam de qualidade, em razão do grande volume arrecadado, tais como, educação, saúde, segurança pública, infraestrutura, entre outros; e os trabalhadores teriam sua renda, estabelecidos ou obtidos através da exploração da sua mão – de – obra.
Assim deveria está assentada a economia moderna, sobre os pilares dos setores primários e secundários, na suposição de que a produção agrícola somada à industrial seria capaz de gerar o emprego e renda e excedentes produtivos que servirão para estimular e movimentar o comércio. Estes sim deveriam ser os pilares. Não o modelo atual, de incentivo ao capital especulativo, da financeirização da economia, como temos assistido, cujo sistema financeiro, além de ser um setor gerador de desemprego, é o responsável e fomentador das crises e mais crises aos países que optaram por este modelo.
Deveríamos substituir este modelo especulativo, por aqueles que incentivem as classes produtivas e só através desses incentivos é que teremos capacidade de gerar empregos e rendas.
Que o governo cobre os tributos gerados, mas que a carga tributária imposta seja adequada e que não tenham o objetivo de deprimir ou desestimular a produção ou a capacidade de expansão da economia, como vemos nos dias atuais.
Enquanto as Nações não inverterem esta lógica econômica imposta pelos neoliberais, de valorizar mais o capital especulativo em detrimento ao produtivo, ciclicamente estaremos envolvidos em crises e a cada crise, os efeitos nefastos na economia e para a sociedade serão maiores.
Torna-se necessário que dirigentes econômicos entendam que acima dos interesses financeiros, vem o bem estar da população. Que acima da preocupação de quanto a bolsa caiu ou deixou de cair, estão os interesses da sociedade.
Somado à mudança do roteiro econômico, precisam os governantes de plantão tomar medidas rigorosas que não permitam os desvios éticos e morais de sua equipe, que estanquem a sangria e voracidade com que assaltam os cofres públicos, através de licitações fraudulentas e superfaturadas, de bens adquiridos e não entregues, entre outas maracutaias. Isto, lá no interior na pequenina cidade que nasci é chamado de ROUBO, não malfeitos como estão a intitular os novos donos do poder.
Aí reside a falta de recursos para a educação e saúde. E não me venham com a história que é necessária a criação de novos impostos, mesmos que específicos e voltados para determinados setores, pois desde a extinção da CPMF, que o Brasil a cada mês bate recorde de arrecadação. E para onde está indo este excedente? E para ode foi os recursos à época da famigerada CPMF? O que precisa,sim, é estancar as sangrias dos cofres públicos.
Precisamos urgentemente de um Reforma Tributária, não apenas que simplifique a sua arrecadação, mas que haja uma queda real da carga tributária hoje imposta. Discursa a equipe econômica que aumentos salariais são fatores inflacionários, mas esquecem de dizer que o maior responsável pela inflação neste País está diretamente relacionado com os tributos diretos e indiretos embutidos em cada bem adquirido.
Garanto que se reduzirmos a carga tributária em 15%, com certeza a nossa inflação ficará abaixo dos 3% anual. Paguem para ver.
Juntamente com a redução da carga tributária, tem o governo a obrigação de reduzir a taxa de juros praticados no País, que vem inviabilizando os setores produtivos de avançarem e levando a população a inadimplência, em razão da facilidade do crédito, sem que esta se dê conta da carga de juros que incidirá no produto adquirido. Este tem sido outro fator inflacionário, que o nossa equipe econômica e os analistas econômicos se esquecem de citar e se negam a apresentar para o público ouvinte, não sei se por incompetência, ignorância ou maldade.
Portanto, o grande equívoco da política econômica hoje praticada em grande parte do mundo, em especial no Brasil, está em pensar que o capital especulativo e o setor financeiro sejam fatores de capazes de gerar o desenvolvimento do País, muito pelo contrário, eles apenas servem para sangrar os cofres públicos em busca de dividendos, motivados pela alta de juros paga pelo governo.
Enganam-se aqueles que acreditam que o sistema financeiro está preocupado com os problemas sociais das Nações, muitos pelo contrário, este é um setor insensível às causas sociais e o que buscam é aumentar a disputa entre eles para ver quem obtém mais lucro a cada semestre.
Assim, ou se inverte esta lógica econômica perversa, em que apenas uma minoria aufere todas as vantagens geradas pelos setores que ainda conseguem produzir, levando a maioria para a base da pirâmide social, ou então não podemos nos ufanar ou até mesmo sonhar com um Brasil grande, onde as políticas públicas sejam voltadas para o bem estar da maioria.
Como disse a presidente Dilma, o Brasil não tem só 190 milhões de problemas, o Brasil tem sim, uma minoria, muito deles inclusive encastelados no Poder que criam 190 milhões de problemas. Esta é a realidade.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

INVERSÃO DE VALORES OU DE PRIORIDADES? FICA A DÚVIDA.


A escalada de coisas malfeitas em nosso País está chegando a um limite que hoje já não se sabe se o que está em jogo são valores ou prioridades.
A gente lê a toda hora preciosidades, que se fossem ditas pelo homem comum seria taxado de ridículo, porém, partindo de homens públicos, de senhores eleitos ou nomeados para administrar os bens públicos ou Estados, não dá para acreditar, nos levando a crer que estamos caminhando para o precipício, e o que é pior sem saída e sem volta. Mas há um ditado que diz que não há mal que nunca se acabe e bem que fique para sempre.
Aí você procura ler jornais, pesquisa material na internet e de repente se depara com uma entrevista do Governador da Bahia, que entre uma séries de preciosidades, vê ele afirmar em alto e bom sonho que é impossível se controlar os desvios dos recursos por parte das autoridades, porque o Brasil e a Bahia são muito grandes, o que impossibilitaria as condições de se tomar conhecimento dos “malfeitos” praticados, cabendo a sociedade o controle e denunciar. Isto significa dizer: “Roubem, pois da parte do Gestor não há controle, mas cuidado para que a sociedade não tome conhecimento”. Imaginem, em plena era da tecnologia, onde milhares de técnicas de controle estão disponíveis.
Comparando, vê se não há alguma relação com as afirmações do Governador do Rio de Janeiro, que diante das catástrofes ocorridas no seu Estado, quando milhares de família ficaram desalojadas, em razão das enchentes e deslizamentos de terras ocorridas, ocasionadas pela incompetência e por nada ter feito para precaver tais ocorrências, disse aos jornalistas que a culpa era dos pobres, que escolheram aqueles locais para irem morar. Como se aquelas famílias tivessem outras opções.
Achando pouco e não satisfeito, o governador baiano em entrevista à imprensa do seu Estado, diante do controle da sociedade (que ele defendeu na entrevista anterior) em razão da incompetência da empresa que administra os pedágios das rodovias federais na Bahia, transformadas em uma peneira de tantos buracos, solta mais esta carga d’água: “que a culpa foi do modelo de privatização escolhido, ou seja, a do menor preço”. Significa dizer que deveria ser o maior preço para que os administradores nadassem em dinheiro, como se os valores praticados fossem irrisórios para trafegar em rodovias sem a mínima segurança e condições de trafegabilidade. Ou está brincando com o povo, ou legislando em causa própria. Das duas uma.
E o direito constitucional de ir e vir que vá para a lixeira mais próxima, segundo o Exmo. Governador.
Claro ele não paga. Isto por enquanto. Ele esquece que em breve ele voltará a ser igual a todos, terá que andar e passar pelos mesmos locais. Aí talvez ele sinta o quanto foi falho e omisso como administrador. A não ser que continue andando de helicóptero como o faz atualmente.
Retornando aos malfeitos (desvio de dinheiro público deixou de ser roubo), voltemos aos escândalos que a cada dia surge em Brasília.
Esqueçamos por enquanto a Bahia, pois cada povo tem o governador que merece.
Após a posse da presidente Dilma, o caso Lupi é o sétimo e se mexer a coisa irá feder mais.
Diante da roubalheira que se espalhou e tem contaminado Brasília, sai o arauto da moralidade do PT, Sr. Zé Dirceu criticando a fiscalização e as denúncias da imprensa, achando talvez, que desviar dinheiro público deva ser visto como uma coisa das mais simples, de quinto plano, pois há coisas mais importantes para ser tratado.
Ora, que me desculpem os petistas de carteirinha e aos admiradores do sr. Zé Dirceu, mas não era assim que o partido se comportava quando estava fora do Poder, não acham? E o que é pior, é que tem platéia e ainda tem quem o aplauda.
Não entraremos em detalhes dos casos já ocorridos e das demissões dos envolvidos, porque mesmo vacilando a presidente tem afastado os culpados. Mas o caso do Ministério do Trabalho é sui generis. O Ministro mente para a presidente, mente para o congresso, mente para a sociedade e ainda existem defensores da sua manutenção.
Até onde iremos suportar tanto escândalo?
Aí nos lembramos do escândalo do Ministério dos Esportes. Toda tramoia começou quando ainda era gestor o atual Governador do Distrito Federal (triste sina a do povo brasiliense, nem bem se livrou dos roriz e .dos arrudas. aí ganha de presente um agnelo), que sem argumentos para justificar o dinheiro recebido quando estava na ANVISA (olha que não estamos falando do Ministério dos Esportes), sai com esta raridade: “a palavra do Governador é suficiente para ser confirmada a verdade”. Quando alguém já assistiu o criminoso dizer que cometeu o crime? Se a palavra por si só fosse suficiente para ser verdade, então os seus antecessores no governo de Brasília não tem nenhuma culpa no cartório, porque morrem afirmando de pés juntos que nada de ilegal cometeram, que tudo não passa de intriga da oposição.
Voltando ao assunto principal em relação aos valores e prioridades, aí ficamos estarrecidos quando abrimos os jornais e lemos estampada a manchete: PRESOS CUSTAM MAIS QUE ESTUDANTES. Diz a matéria: “Na Bahia o Estado gasta mensalmente com cada presidiário R$ 1,5 mil e com cada aluno, durante o mesmo período, R$ 220,21”. Mas segundo o governo, “a diferença de valores não tem nada a ver com prioridade de ações”. Será mesmo que não nem nada a ver com as prioridades? Só rindo.
Esta matéria foi publicada no Jornal Tribuna da Bahia, edição de 16/11/11, feita pelo repórter Carlos Vianna Júnior.
É claro que o ocorrido na Bahia, com certeza está se repetindo nas demais Unidades da Federação.
No conteúdo da matéria, o jornalista teve o cuidado de ouvir o advogado criminalista e conselheiro da OAB, Sérgio Reis, o qual afirma que a disparidade mostra uma falta de visão dos governantes, segue o jurista: “É claro que quanto mais alunos em escolas de qualidade, menos pessoas entrarão nas penitenciárias. Só não vê quem não quer”. Diz o advogado. Na continuação da sua lúcida análise, Sérgio Reis acrescenta: “o pior é que o gasto que se tem com os presos não pode ser considerado como investimentos, já que as penitenciárias estaduais não estão em condições de reinserir os presos na sociedade. Só pela superlotação é impossível fazer algum trabalho de ressocialização. Em alguns deles há revezamento para que uns sentem enquanto outros ficam de pé”.
Ao final da reportagem, Sérgio Reis faz um desafio: “Que o governo abra uma escola bem estruturada em tempo integral para dois ou três mil crianças e jovens no bairro Tancredo Neves (um dos mais violentos de Salvador), contrate bons professores e esperemos um período para ver se a violência no bairro não cai drasticamente”.
Ainda na matéria o repórter ouviu o Secretário Estadual de Educação, Osvaldo Barreto, que perguntado a respeito dos valores gastos, procurou justificar, afirmando que em relação ao preso, envolve alimentações diárias, o cuidado com a saúde, os encargos cotidianos com luz e agua, a vigilância prisional dentre outras. Ora, tirando a vigilância prisional, será que os nossos estudantes também não tem necessidade de uma merenda escolar de qualidade? Não devemos ter cuidados com a saúde? Não há necessidades de bons professores bem remunerados? Não há encargos com luz e água, entre outros, senhor secretário? E a resposta continua com outras baboseiras que se não tivesse lido, jamais iria imaginar que teria partido de um Secretário de Educação.
Esta denúncia vinculada na imprensa, só vem a demostrar a falta de visão e de prioridades dos nossos gestores públicos, ao deixar de investir pesado na educação, trazendo com isto, a cada dia que passa mais prejuízo para a sociedade, que vê a violência crescer assustadoramente, sem que aviste uma luz no final do túnel como saída.
Enquanto nossos governantes não entenderem que a educação é a única solução para o nosso País, dificilmente veremos a violência diminuir, muito pelo contrário, a tendência é aumentar, pois por falta de uma educação pública de qualidade, estamos formando cada vez mais homens revoltados, pela falta de oportunidade.
E para aumentar ainda mais a inversão de valores que reina impunemente em nosso Brasil, os nossos políticos ainda premiam os detentos com a Bolsa Presidiaria ou seja lá nome dado, no valor superior a R$ 900,00, usando como justificativa a preocupação para que família não venha passar necessidades.
Ora, ajudar e apoiar a família, é necessário e justo, principalmente neste momento. Mas o preso não deveria ter pensado antes de cometer o crime, que ele tinha uma família para sustentar? Será justo recair sobre os ombros da sociedade mais este ônus?
Enquanto isto, é justo um trabalhador tenha que dá duro 08 horas por dia e receba um salário mínimo que não chega a R$ 600,00 no final do mês para sustentar a sua família? Será justo que o idoso que levou a sua juventude trabalhando honestamente, depois de contribuir por mais de 35 anos, tenha o seu salário reduzido ou se submeter a ganhar um salário mínimo para se manter enquanto o preso com todo os custos assegurados conforme a reportagem, ainda tenha uma bolsa de mais de R$ 900,00, sem nada contribuir para a sociedade, exceto pelas condições prisionais a que está submetido, sem condição de ressocialização, por está colocado em um depósito de seres humanos em que foram transformados os nossos presídios e, diante deste quadro, está formando seres humanos ainda mais revoltados, que diante de falta de opções ao sair a tendência é cair na reincidência.
Para o trabalhador nada é oferecido como perspectiva em termos salariais.
Então está ou não havendo uma inversão de valores ou de prioridades?

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

ONG’s: um novo modelo de desmonte do Estado.


No mundo onde as políticas dos governos estão voltadas para a manutenção do império do capital financeiro, não nos surpreende cada vez mais o crescimento da insegurança e da violência social. O medo que hoje sociedade enfrenta tornou-se uma paranóia que está cimentada nas estruturas da nossa sociedade. Não é o medo simplesmente pelo medo, mas é um medo que está interiorizado nas pessoas. É o medo da exclusão, o medo de não se pertencer, o medo de não existir e não ser percebida. E este medo já faz parte da consciência coletiva, diante dos impasses e os limites impostos pela nova ordem social surgida a partir da globalização.
A descentralização trazida retirou dos Estados o poder de decidir e tem levado as Nações a se tornarem subalternas diante desta nova ordem, onde impera unicamente a irracionalidade do capital financeiro.
Todos sabem que o que determina o bem estar do povo e os fatores determinantes da ordem social de uma Nação são oriundos do progresso das forças produtivas, que altera as relações sociais de produção. Nestes fatores o Estado tem interferido, diferente do capital financeiro improdutivo, que atuam de forma intocável, ao seu bel prazer, impossibilitando a esse mesmo Estado a capacidade de interferir, gerando assim um desequilíbrio em relação aos interesses sociais.
SS contrapondo a este modelo, surgiram as ONG’s, que deveriam ser consideradas como o resultado mais expressivo de relacionamento entre o Poder Publico e aquelas entidades consideradas como sem fins lucrativos, cujo modelo existiu no passado, ressurgindo dentro de uma nova concepção, diante da necessidade de oferecer ao Estado novos estilos de parcerias, tornando a ação estatal mais ágil e mais eficaz, e que os serviços oferecidos aos cidadãos fossem com mais qualidade.
A questão polêmica é: a proliferação dessas Organizações, sem o mínimo controle de parte do ente público quando da delegação dos serviços, muitas delas criadas com objetivos escusos, ou seja, apenas com a finalidade de obter recursos públicos sem a correspondente contrapartida, ao mesmo tempo, que se assiste o desvio de finalidades e o beneficiamento a determinadas ONG’s por fazerem parte ou serem aliados de partidos que se encontra no poder, está sendo feita de forma correta?
Portanto, as ONG’s que foram pensadas para cooperarem com o Estado, se transformaram em Entidades que tem unicamente o objetivo obter e desviar recursos públicos em benefícios dos grupos que nela imperam. Existem exceções é claro.
Infelizmente é esta a nossa conclusão diante dos escândalos que surgem quase que diariamente. São milhões de reais de nós contribuintes entregues a ONG’s, sem o mínimo critério, que suscita discussão e dúvida quanto à ética e a moralidade do bem público, já que está em jogo recursos que se bem aplicados poderiam favorecer a milhares de famílias pobres deste País.
E os pior, mesmo flagrados, não se conhecem alguém que tenha devolvido o dinheiro aos cofres públicos.
Mas que esperar de uma justiça que liberta um ex-banqueiro que roubou bilhões de reais sem que tivesse devolvido um centavo sequer sem qualquer justificativa, enquanto nos nossos presídios encontramos milhares de condenados sem direito a esta mesma regalia, apenas porque roubou o suficiente para alimentar a sua família, forçadas pela fome e miséria a que estão submetidos?
Para estes, a justiça é dura, implacável, enquanto para aqueles que por status social, convivem no mesmo ambiente, frequentam as mesmas rodas, a justiça é condescendente. Com isto, estimula à prática dos crimes de desvios de recursos, porque sabem que contarão sempre com a benevolência de alguns magistrados.
Por aqui já se transformou em rotina a criação de comissões para apurar atos criminosos, mas que nunca chega a lugar nenhum, motivado muitas vezes porque quem delas participa, políticos envolvidos em falcatruas até o pescoço, e seus pareceres e conclusões mesmo diante de fatos obtidos que condenam os acusados, porém de forma mal intencionada conduzem as investigações de tal maneira, que os verdadeiros dados sejam omitidos na conclusão dos trabalhos, com o objetivo único de inocentar o facínora.
Tudo isto nos leva a crer que existem outros interesses por trás. E não são interesses que objetivem preservar o bem e a moralidade pública, muito pelo contrário. Os fatos estão aí para todos verem.
Mas voltando à Reforma do Estado, legalmente a criação de ONG’s teve como objetivo a transferência para elas de atividades antes exercidas pelo Estado, que para os seus ideólogos, seriam melhores executadas pelo setor privado, sem necessidade de concessão ou permissão. Criou-se assim, uma nova forma de parceria, valorizando o chamado terceiro setor, os quais passariam a executar serviços de interesse público que necessariamente não precisariam ser prestados por órgãos e entidades governamentais.
Lógico que esta decisão tem trazido muitas controvérsias a respeito, principalmente quando o Estado delega as ONG’s, que não deixa de ser uma nova entidade privada, a executar um serviço público, podendo abranger a destinação orçamentária, bens públicos para o cumprimento do contrato de gestão, com dispensa de licitação, cessão de servidores, com ônus para a origem e a própria dispensa de licitação nos contratos de prestação de serviços firmados entre o Estado e a ONG, conforme o disposto no artigo 22 parágrafo 1º da lei 9.637/98.
Esta forma de prestar serviços que deveriam ser inerentes ao Estado, não deixa de ser preocupante, pois assim agindo, da para se perceber claramente que foi o modelo encontrado para se proceder ao desmonte do Estado, principalmente se considerarmos que as primeiras ONG’s surgiram da extinção de órgãos públicos para assumirem este papel, ficando evidenciado que na verdade o que se pretendia e trazia escondido no seu bojo como objetivo era o desmonte do serviço público.
Nada temos contra as ONG’s, mas num país como o nosso, propenso a descalabros políticos, mais seria conveniente, que a legislação procurasse zelar pelo princípio de impedir a qualificação de entidades pouco confiáveis, observando no mínimo os princípios constitucionais quanto a legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, e que a ingerência e a manipulação políticas nesse processo de qualificação não fosse permitida, vinculando critérios técnicos transparentes e aberto a todos para conhecimento.
E o que se sabe, é que muitas dessas ONG’s têm ligações políticas partidárias e interesses políticos em jogo por traz de sua criação e de sua administração, mesmo escondidas sobre o manto de “entidade com fins filantrópicos e sem objetivos de lucros”, no fundo no fundo, tem outros objetivos bem diferentes daqueles para que foi criada.
Somos conscientes que existem pontos positivos em relação das ONG’s, quando são sérias, quando desenvolvem as suas atividades conforme convênio pactuado e que talvez, por ser uma experiência nova, talvez seja cedo para que se tenha uma conclusão dos seus benefícios, em razão dos desvios de conduta de algumas. Só com o tempo e a experiência adquirida pela prática é que poderemos, no futuro, aceitar ou rejeitar este novo modelo, talvez o aprimorando ou mesmo repensando-o até alcançarmos o ideal, desde que jamais retire do Estado nenhuma das suas atribuições, principalmente a mais relevante delas: a de ser o maior e principal gestor dos meios para proporcionar o bem estar da sociedade.
E diante das denúncias que hoje pipocam a todo minuto, sai o Governador da Bahia, Jaques Wagner com esta pérola: “o Executivo não tem capacidade para controlar possíveis atos de corrupção em governos. A gente vive em um momento no qual as pessoas acham que tudo é patrimônio, então, toda vez que tem dinheiro há a possibilidade de ter corrupção”, afirma. “O Brasil, assim como a Bahia, é muito grande. É difícil para que um gestor consiga saber se cada convênio de R$ 500 mil, de R$ 1 milhão, se cada estrada, se cada hospital vai ser bem feito ou não. É difícil para um secretário ou um ministro saber se, lá na ponta, uma quadra de esportes está sendo feita correta ou incorretamente”, acrescentou.
Portanto, com esta informação demonstra o governador quanto está despreparado para governar a Bahia, já que afirma a sua total incapacidade em fiscalizar a aplicação dos recursos públicos, dando a entender que: “a melhor saída para se evitar o desvio de recursos públicos é a população e a imprensa controlarem o destino das verbas. O que os governos precisam garantir é transparência dos dados dos convênios e incentivar o controle social, para que a sociedade possa conhecer tudo que está acontecendo e a própria sociedade fazer o controle e reclamar”, afirma. “Por exemplo, se, localmente, alguém sabe que tem um convênio de R$ 1 milhão para construir uma escola, se isso é tornado público, e a construção não acontece ou se a construção não justifica o preço vinculado, não tem ninguém melhor para reclamar do que o próprio interessado”.
Quanto às denúncias de corrupção nos ministérios, o governador criticou o que chama de “linchamento público” dos gestores. “As investigações da imprensa ajudam a desvendar problemas de corrupção, mas a gente vive num sistema democrático, então a todos é dado o direito à defesa”, avalia. “Se há uma denúncia, ela tem de ser investigada. Se a investigação ocorre e comprova, acho que tem de haver o afastamento, a prisão. O que sou contra é promover o linchamento sem a investigação”, Falou o governador baiano em entrevista ao Estadão. Está lá para qualquer um ler. Os trechos foram transcritos do Jornal. Então situem como anda a Bahia.
Segundo o colunista e blogueiro de Veja, Reinaldo Azevedo, “na era do chamado “Terceiro Setor”, Wagner está propondo uma espécie de terceirização do governo. A coisa fica, então, assim: eles se elegem, nomeiam aquela penca de assessores, refestelam-se com os cargos comissionados, aparelham o estado, enchem-no de cupinchas e apaniguados, mas cabe a nós, à sociedade, verificar se o dinheiro está ou não está sendo bem empregado. É o fim da picada!
Uma coisa é defender uma sociedade vigilante, organizada, que zele pelo bem público; outra, distinta, é declarar a falência dos métodos de controle dos governos. Wagner não está sendo nem realista nem sincero. Está apenas sendo cínico. Os baianos agora já sabem: seu governador está dizendo que não controla o própri0 governo. Pior: trata convênios de R$ 500 mil, R$ 1 milhão, como se fosse o troquinho do acarajé!”
Propõe o blogueiro, então que Wagner renuncie por incapacidade.
O que deixa transparecer o governador é que a Bahia está a deriva, ou então está sem comando. Ou será que o Presidente da Vale não sabe o que acontece lá na ponta. Da mesma forma o da Votorantim. Será que o presidente de uma grande rede varejista não tem sob o seu controle o que ocorre na sua rede? E logo ele se apresenta como uma alternativa para suceder a Presidente Dilma. Será?

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

AFINAL, QUAL É A PRIORIDADE?

De acordo com a Constituição Federal, no art. 5º, Inciso IV : “É livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato”. Desta forma a nossa Carta Magna garante que todos posam se expressar desde que não se escondam sob o manto do anonimato. Desde que mostre a cara.
Portanto, temos que elogiar a iniciativa da presidente Dilma Rousseff em procurar aprofundar a discussão e buscar liderar a cooperação entre o governo federal e os estados para acabar com a miséria no Brasil.
Acredito ser este um sonho de todos que por aqui residem e que tenha o mínimo de consciência.
Assim, devemos não só desejar à nossa presidente sucesso nessa sua luta, mas também convocar a sociedade para a ela se juntar, pois assim agindo estaremos dando a nossa contribuição para acabar de vez, com a pior opção em relação a política econômica e da política nacional, que é o total e o completo loteamento do Estado voltado apenas para os interesses privados e para as elites.
Ao se engajar nesta luta, é importante que compreenda que ocasionada pela falta de liberdade econômica, a miséria é o resultado e efeito da causa principal, em razão de uma política econômica estabelecida, voltada para o capital financeiro e especulativo, em detrimento do capital produtivo. Aliada a esta falta de liberdade some-se à péssima educação pública oferecida, principalmente no ensino fundamental, e teremos o resultado final. A miséria.
É preciso que se tenha em conta, que a partir de meados da década de 90, através de medidas econômicas de austeridade e perseverante, aliado a políticas de leis de responsabilidade fiscal, conseguimos reduzir significativamente o imposto inflacionário, cujo imposto sempre cai para o lado mais fraco, ou seja para a classe mais pobre, contribuindo assim, para que houvesse uma melhoria na qualidade de vida de cerca de 40 milhões de brasileiros.
Porém, é necessário que a realidade seja enfrentada e que deixemos de lado esta utopia, de que através de políticas sociais, o Governo colocou 40 milhões na tal “classe média”, pois este tipo de classificação nada mais é de que uma ilusão ou fantasia criada por alguns, para agradar a alguém.
Esta realidade é tão utópica, que ao mesmo tempo em que é cantado em verso e prova a melhor condição de vida alcançada pelos 40 milhões de brasileiros, por outro lado, enfrentamos a triste realidade de assistir este mesmo País submeter milhares de famílias a viver sem o mínimo de dignidade e de jogar parcelas significativas da população nas drogas e na criminalidade, principalmente os nossos jovens, transformando o Brasil em um dos países mais violentos do mundo, que segundo alguns estudiosos, tem nos levado a tomar parte da diáspora econômica brasileira, ou como denomina Luciano Pires: Refugiados éticos.
Portanto, a questão fundamental para se atacar o problema é definir por onde começar. Assim, iniciar o combate pelo efeito, pode ser uma solução de curto prazo, a qual deveria começar pela desconcentração da renda, através de uma melhor e mais justa distribuição . Aí estaríamos atacando o efeito, que devemos reconhecer como fundamental, já que nos encontramos em uma situação emergencial.
Ao mesmo tempo em que atacamos os efeitos, deve o governo através de políticas públicas sérias, atuar em paralelo indo em busca das causas, atacando a raiz fundamental dos problemas. È claro que atingindo os efeitos, poderá trazer a esperança de uma possível solução em longo prazo.
No entanto, mesmo diante dos diversos problemas enfrentados por nosso País, tais como, a existência de milhões de brasileiro que nada possui para se alimentar, condenados à fome e a miséria; dos milhões de jovens condenados a pobreza, por falta de uma educação de qualidade; dos milhões de brasileiros que a todo o momento estão sofrendo humilhações quando necessitam recorrer aos serviços públicos de saúde, inclusive milhares de pessoas que chegam a morrer por falta de atendimento, sem que ninguém seja punido pelo crime cometido; das nossas rodovias a toda hora matando gente por falta de manutenção, mesmo as pedagiadas; enquanto a toda hora assiste-se escândalos e mais escândalos de desvios de milhões de reais, sem que ninguém seja punido, em razão de uma justiça conivente com este quadro que aí está, nos perguntamos, enfim qual é a prioridade?
A todo o momento o Governo vem acenando com a criação de novos impostos para a manutenção dos serviços básicos, tais como a saúde. Porém, recursos e verbas faraônicas não têm faltado para investir em estádios e outras obras supérfluas para a Copa do Mundo e Olímpiadas. Enquanto isto, o serviço público que deveriam servir para tirar a população do atual estágio de miséria em que se encontra, nunca tem recursos, apesar de sermos o País com a maior carga tributária do mundo.
Enquanto o governo joga pelo ralo da corrupção bilhões e bilhões de reais; distribui graciosamente milhões e milhões de reais para realizar a Copa do Mundo, com obras onde muito delas poderia ter os seus investimentos adiados ou realizados em outros momentos, além da população saber que a destinação e aplicação do dinheiro, que grande parte será desviada, por outro lado diariamente, se assiste o desespero de cidadãos carentes de um serviço público decente e humano, sem que os nossos governantes demonstrem a mínima sensibilidade.
De um lado a euforia de obras voltadas para um evento, que quando País foi escolhido, todos os seus dirigentes fizeram questão de afirmar em alto e bom som, que não teria dinheiro público, só privado e, passada a euforia, só se ver dinheiro público investido, do outro lado a cruel realidade que se traduz pela falência do ensino público, da segurança e da saúde pública, quando observamos famílias lutando desesperadamente por atendimento médico para seus filhos; macas com doentes pelos corredores aguardando atendimento; pacientes estendidos pelos chãos dos corredores dos hospitais públicos; médicos podendo optar por permanência menor em seus plantões, desde que cumpram metas quantitativas de atendimento; diversos equipamentos sem funcionarem por falta de manutenção; doentes descendo pelas escadas por falta de elevadores ou quando os tem estão sempre quebrados; médicos faltando aos seus plantões e enfermeiros atendendo no lugar dos médicos; profissionais mal treinados e em razão disso, errando nos diagnósticos e ministrando medicamentos errados aos pacientes; falta de cuidados elementares com a saúde daqueles que mais necessitam.
É claro que, os responsáveis pela gestão dos serviços públicos nem estão aí. Seus filhos estudam nas melhores escolas do País, quando não no exterior; quando viajam sempre o fazem por via área para não se submeterem às péssimas rodovias; quando se deslocam da residência oficial para o Palácio dos despachos, muitos quase vizinhos, o fazem de helicópteros, para fugirem da violência e dos engarrafamentos, como o faz o Governador da Bahia, em um trajeto de pouco mais de 3 quilômetros. Quando necessitam de cuidados médicos, para eles ou seus familiares, recorrem aos hospitais cinco estrelas – Sírio-Libanês, Albert Einstein, entre outros, com suas suítes milionárias de portas abertas. Porque será que não recorrem aos hospitais públicos. Não são os seus gestores? Não confiam?
Ora, como servidores públicos deveriam dar exemplo e quando necessitassem deveriam ser os primeiros a se servir de hospitais da rede pública (SUS), demonstrando confiança naqueles serviços que estão sob sua responsabilidade, passando assim para a sociedade credibilidade.
Enfim, qual é mesmo a prioridade?
Quanto a corrupção, a nossa população já entregou os pontos, senão vejamos:
Em enquete realizada aqui no blog a respeito do quadro de corrupção que reina hoje no Brasil, em apenas 20 dias, chegamos ao seguinte resultado:
> QUANDO O BRASIL VOLTAR TER UM POVO MAIS POLITIZADO E QUE BRIGUE CONTRA A CORRUPÇÃO = 74%;
> NUNCA. A CORRUPÇÃO JÁ FAZ PARTE DA POLÍTICA BRASILEIRA = 23%;
> EM 2012. QUANDO O MUNDO ACABAR = 3%.
Aí está o resultado para análise de cada um.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

O DESMONTE DO ESTADO A QUEM INTERESSA(OU)?


Desde a era Collor que o Brasil vem passando por um processo de desmonte do Estado, através do processo de privatização inicialmente das estatais, agora das rodovias, já se fala dos aeroportos e portos e não se sabe o que mais estão aprontando. É um processo de desmonte jamais visto antes. Nunca se privatizou tanto em tão pouco tempo.
O que é de se espantar é a forma ou como o processo tem ocorrido. Sempre cercado de sigilos, dúvidas e desconfiança de parte da população, e para tentar minorar o grau de desconfiança pela falta de credibilidade, procuram se utilizar de farta e intensa propaganda que procura justificar a iniciativa.
Seus defensores, não sabemos a interesse de que ou de quem, insistem em considerar Estado brasileiro como um paquiderme, pesadão e inoperante. Logo eles, os principais responsáveis pelo inchaço do quadro funcional, através de indicações de milhares de apadinhados políticos, muitos sem qualquer conhecimento ou competência e outros sem qualquer necessidade.
Em seus discursos procuram argumentar a incapacidade do Estado brasileiro em investir, apesar da elevada carga tributária e os recordes de arrecadação que são batidos mês após mês, e que os serviços públicos se privatizados melhorariam de qualidade e ficariam mais baratos, além disto, que o dinheiro arrecadado deveria ser utilizado para abater a dívida pública, fazendo com que sobrassem mais recursos para gastos sociais.
Aí vem a pergunta que todo brasileiro deveria está fazendo: No patrimônio já privatizado isto realmente ocorreu? A telefonia fixa ficou mais barata? Os orelhões funcionam em algum lugar da sua cidade? A energia elétrica está mais barata? As estradas pedagiadas dão exemplos de qualidade e você transita a um custo cabível em seu bolso? Enquanto isto o Estado que deixou de cuidar destas atividades por acaso reduziu a carga tributária em igual percentual dos bens privatizados? Os serviços públicos essenciais e que caberia ao Estado cuidar melhoraram? Como está a educação pública em sua cidade? E o atendimento pelo SUS, as pessoas continuam morrendo nas filas de espera dos hospitais? E a oferta de medicamentos essenciais continua faltando? A Segurança pública é um exemplo?
Pois estes era e são os argumentos ainda utilidados, que o Estado tinha que investir em educação, Saúde, Segurança Publica e infra-estrutura, e se não ocorresse ou ocorrer as privatizações a tendência será faltar recursos para as atividades essenciais.
Volto a perguntar: E então a educação pública melhorou? Aonde? A saúde pública está as mil maravilhas? Aonde? A Segurança Pública existe? Aonde?
Recursos todos sabem que existem, mas para onde está indo? Ora, da mesma forma que sabemos da existência dos recursos, todos sabem para onde é destinado estes recursos: para as obras superfaturadas; para os bolsos de políticos e empresários desonestos, sem que a nossa Justiça tome qualquer medida.
Aliás, também seria sonhar muito que os mesmos punissem os mesmos. Recentemente um Ministro do Supremo foi a um casamento, onde o noivo que tem dezenas de causas no Supremo, com despesas pagas pelo advogado. Já viu então como será sua decisão não?
Mas voltando as privatizações, a quem realmente interessa?
Analisando material que tem chegado as nossas mãos e que circula na internet de críticos e de muitos denunciantes dos atos lesivos das privatizações, a gente passa a ter um quadro nu e cru de como os seus defensores pouco estava ou estão interessado em defender o patrimônio brasileiro.
Pelo que se observa, de início a prioridade era que os leilões ocorressem rapidamente, a toque de caixa, em pouco tempo, com prazos curtos, de forma a não vir despertar o interesse de muitos concorrentes e sim de poucos compradores em potencial de forma que fosse mais fácil oferecer-lhes inúmeras vantagens e facilidades.
Para atrair este grupo seleto de investidores “selecionados” deu-se início a um programa de saneamento das estatais a serem doadas, transformando-as de empresas deficitárias que eram, ocasionadas pelo inchaço de pessoal colocado através do apadrinhamento político, muitos inclusive sem necessidade, e de excesso de diretores com altos salários, tornando-as lucrativas.
Para que isto pudesse ocorrer o governo (o mesmo que passava para a população através da imprensa que o Estado havia esgotado a sua capacidade de investimento) investiu grandes somas nessas empresas, aumentou-lhes substancialmente as tarifas, que quando eram administradas pelo governo tinha as suas tarifas subsidiadas e muitas dessas beneficiavam os consumidores de baixa renda, além de assumir suas dívidas, ficando para o arrematador apenas o filet mignon, como diz o ditado.
Para dar sustentação à doação programada, o governo se encarregou de contratar Consultorias Internacionais escolhidas a dedo, para avaliar estas empresas. As Empresas de Consultoria de forma programada utilizaram de metodologias onde aplicaram o método de projeção da "presumível" lucratividade futura, sem levar em consideração tudo o que o Estado gastou para saneá-las. Como se sabe, este tipo de avaliação são medidas arbitrárias, e “induzidos” por estas avaliações o governo que já estava mal intencionado, estabeleceu preços mínimos inferiores ao que ele investiu somado às dívidas assumidas por ele.
Diante dos preços estabelecidos qualquer leigo ou dirigente responsável chegaria a conclusão que do ponto de vista do erário público, teria sido muito melhor manter as empresas administradas pelo poder público, em vez de vendê-las a preços de banana.
Aliado a toda esta tramóia, o governo ainda ofereceu aos compradores todos os tipos de facilidades, sempre à custa do suor do brasileiro, que é quem mantém o erário público. Um destes escândalos foi receber parte do pagamento em "moeda podre", ou seja, títulos públicos que levariam anos para vencer e que à época estava cotada muito abaixo de seu valor nominal no mercado, dada a falta de credibilidade do governo de então, junto aos investidores internacionais.
Diante desta facilidade o que fizeram os grupos interessados em arrematar as nossas estatais? Compraram os títulos públicos com grandes descontos e os usaram para pagar a conta ao governo. Só que o pagamento foi feito pelo valor nominal dos mesmos e não pelo valor de compra.
Não existe argumento para os defensores do sistema de privatização utilizada e que até hoje é adotado, que possam ser utilizados que justifique o crime praticado contra o povo brasileiro, pois ao receber os títulos pelo valor nominal só aí representou significativo subsídio acrescido do preço de banana que a estatal foi leiloada.
Na época ainda apareceu alguns heróis, aliás, ainda existem no País algumas viúvas que ousam defender o modelo de privatização utilizado, com o argumento de que o governo teria que pagar um dia estes títulos pelo valor nominal dos mesmos. Ora esta é o tipo de justifica para boi dormir, primeiro, porque não havia motivos para antecipar o seu resgate, e se fosse necessário resgatá-los antecipadamente o próprio governo poderia tê-los adquirido economizando 40, 50% ou mais do seu valor, como fizeram as empresas que o adquiriram, para efetuar o pagamento ao governo pelo valor nominal.
Achando pouco o crime de lesa pátria que cometeram, ainda utilizaram o BNDES para financiar grande parte dessas aquisições, a prazos e juros subsidiados, quando não obrigou o Banco a se associar minoritariamente e sem poder de voto para se desfazer das estatais.
Sugiro a quem queira se aprofundar, ou melhor, conhecer o escândalo que foi às privatizações, que procure nas livrarias o livro “BRASIL PRIVATIZADO” escrito por Biondi, pois é um livro muito rico em denúncias, a maioria documentada, constituindo um contraponto eficaz à propaganda oficial.
Ele segue a linha do jornalismo investigativo de denúncia, que coloca em xeque as versões dominantes, veiculadas interesseiramente pela grande mídia que foi a maior cúmplice do governo nesta propaganda difundida a favor da privatização a preço de banana.
Apenas para adiantar e aguçar a sua curiosidade, Biondi em sua obra atribui também ao governo as piores intenções, chegando a escrever na pag 6 "... o famoso processo de privatização no Brasil está cheio de aberrações. Não foi feito para 'beneficiar o consumidor', a população, e sim levando em conta os interesses - e a busca de grandes lucros - dos grupos que 'compraram' as estatais, sejam eles brasileiros ou multinacionais." Já na pag 7 ele continua: "Houve uma intensa campanha contra as estatais nos meios de comunicação, verdadeira 'lavagem cerebral' da população para facilitar as privatizações. Entre os principais argumentos, apareceu sempre a promessa de que elas trariam preços mais baixos para o consumidor 'graças à maior eficiência das empresas privadas'. A promessa era pura enganação. No caso dos serviços telefônicos e de energia elétrica, o projeto de governo foi fazer exatamente o contrário, por baixo do pano ou na surdina".<
Por isto eu pergunto: a quem interessou ou a quem interessa a privatização? Quem levou e tem levado vantagens até hoje?

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

IGUALDADE SOCIAL: Como alcançar em uma sociedade de desigualdades sociais?

A pobreza é um fator social que afeta a todos os países, sejam ricos, emergentes ou pobres. No entanto, a desigualdade social nos moldes que se vê em nosso País, é um problema que ocorre em países não desenvolvidos, fruto principalmente da grande concentração de renda, onde poucos têm tudo e a maioria nada ou quase nada.
Ao se falar em desigualdade social, temos que compreende-la pelas diversas facetas com que se apresenta.
Como nas demais Nações que enfrenta esse problema, no Brasil ela traz diversas vestimentas, seja na desigualdade de oportunidades, na má distribuição da renda, em relação à escolaridade, de gênero, racial e até político, e por estes caminhos ela continua trilhando.
O Brasil, orgulhosamente, apresenta a desigualdade social como seu grande cartão de visita para o mundo, já que é do conhecimento de todos, ser um dos países mais desiguais, apesar de dados econômicos o incluir entre os 8 mais ricos do mundo. Em contrapartida, segundo dados da ONU, o Brasil está entre as 10 nações mais desiguais socialmente do mundo. Andamos na contramão do desenvolvimento, e de forma gritante.
Não vamos aqui discutir estudos que buscam justificar a desigualdade social brasileira, pois se sabe que diversas variáveis contribuíram e tem contribuído para este flagelo em nosso País, permanecendo por séculos em patamares inaceitáveis, diante da força de sua economia.
Não venhamos aqui culpar apenas os nossos antepassados ou o modelo de colonização utilizada, pois o que se tem percebido, e estes estudiosos não atribuem, é que esta persistente desigualdade social ocorre no Brasil em decorrência do processo de modernização, principalmente a partir do séc. XIX, diante do modelo de desenvolvimento econômico implantado, que trouxe como consequência o crescimento da miséria; as disparidades sociais, como na educação, na distribuição de renda, nos serviços de saúde, entre tantos outros fatores que impõe a desigualdade como fator das injustiças ocasionadas.
A desigualdade social ocasionada pela gritante concentração de renda, tem deixado como herança para a população, o desemprego, a fome que atinge milhões de brasileiros e a consequente desnutrição, a baixa escolaridade, a insegurança com o aumento da violência.
Este tem sido os ganhos obtidos pela maioria da população e esses são os exemplos do grau a que chegaram as desigualdades sociais no Brasil, fruto principalmente da elevada concentração da renda. Este é o modelo que tem tem que ser mudado rapidamente, se queremos acabar com a fome e a pobreza do País.
E esta herança maldita, se não combatida a tempo e com vigor, tende a se acumular.
Qualquer leigo sabe, que aqueles que vêm de família pobre e da periferia, não tem a mínima oportunidade de obter um nível de instrução que o permita concorrer no mercado e com isso galgar a ascensão de classe social. Não é preciso ser expert no assunto para poder afirmar que aqueles que possuem baixo nível de escolaridade não têm a menor chance de chegar a um nível social mais digno, ou até mesmo de lhe ser dada a chance de exercer uma profissão que lhe traga prestígio ou no mínimo de ser bem remunerado.
Os governos têm grande culpa pelas desigualdades sociais que reina em nosso País, em função de uma política econômica equivocada e de um sistema político onde vigora a “lei do mais sabido”, acrescentando a estes erros e equívocos que tem ocasionado grande parte dos problemas sociais, porém, a maior responsabilidade cabe a este jogo do mercado e do capital, cujos interesses maiores está no acumulo de bens e da riqueza, em detrimento das necessidades da maioria.
Portanto, urge que medidas sejam tomadas, reinventando um novo modelo político e econômico, onde se invista nas pessoas, como modelo de valorização do capital humano, e que os investimentos sejam voltados pensando na coletividade e para a coletividade.
Não se pode admitir e conviver com este modelo que se implantou em nosso país, onde em pleno século XXI, menos de um terço da população dispõe de condições de educação e vida comparativeis aos países considerados ricos, enquanto uma minoria tem que se submeter a um nível extremamente modesto e se vangloria de ser classe média, e a grande maioria tenha um padrão comparável aos mais pobres países afro - asiáticos.
A nossa sociedade precisa se aperceber da necessidade urgente de combater de forma efetiva a desigualdade social incrustada no Brasil. Precisa urgentemente se engajar, de forma que todos possam se beneficiar das riquezas produzidas neste País.
É preciso e fundamental a democratização do desenvolvimento tecnológico e o acesso a informação para todos, que não fique restrito a uma minoria, pois diante de uma economia cada vez mais globalizada, o conhecimento torna-se peça fundamental e significativa para a estratificação social e a formação do processo de desigualdade.
É aí que a educação pública e de qualidade entra nesta engrenagem, como mola propulsora fundamental para a mudança na estratificação social. A educação, não esta que aí está, mas uma educação como fonte geradora e portadora da transmissão do conhecimento, mudando o atual foco, que está unicamente voltado para formação técnica e prática, para uma formação que seja capaz de desenvolver no indivíduo o prazer de aprender a aprender. Que formemos profissionais pesquisadores e não apenas mão de obra "qualificada" para servir unicamente ao mercado.
Só através de uma educação pública de qualidade será capaz de gerar conhecimento e este conhecimento adquirido será capaz de iniciar um processo de redução das desigualdades em nosso País.
Antes argumentavam que era necessário o bolo crescer para se dividir as fatias em parte iguais. O bolo cresceu e a cada dia que passa cresce mais, e o que se assiste é o nível das desigualdades aumentarem. E o que é pior, é se observar que a estrutura de Poder e relações deste Poder com a sociedade, não tem apresentado o diálogo necessário e suficiente que tragam esperanças de mudanças significativas nesta ordem estrutural econômica e social que aí está.
Ou a sociedade acorda e se une, ou dificilmente conseguiremos alterar o formato da pirâmide social, que tanto humilha e alimenta as desigualdades.
Já estácomprovado que somente através da EDUCAÇÃO, é que poderemos disseminar o conhecimento, peça fundamental para que todos possam compreender e assimilar a quantidade de informações recebidas diariamente e será através da EDUCAÇÃO que todos brasileiros terão a garantia do exercício pleno da cidadania e poderemos iniciar o processo de transformação da base da desigualdade social.
Não devemos continuar aceitando este modelo implantado no País, unicamente pautado nas relações de propriedade e ou de riqueza, aliado a um conjunto de fatores, que somados àquelas, se insere o político e o poder de dominação, como causa das suas origens.
Não podemos continuar admitindo como uma situação absolutamente normal essa relação onde uma classe produz e a uma minoria se apropria dos seus resultados, que demonstra o caráter contraditório desta sociedade neocapitalista onde o patrão é o senhor todo poderoso e rico e só ele pode dá ordens, enquanto a minoria não passa de proletários, em condições de trabalhos indignos e com baixíssimos salários. Sob pena de mais cedo ou mais tarde termos que conviver com convulsões sociais e rebeldias, tal qual vem ocorrendo em páises ao redor do mundo.
Não estamos aqui pregando a luta de classes como solução de todos os problemas, mas não devemos aceitar e permitir a predominância de uma classe sobre as outras, sob pena de vermos agravadas as desigualdades sociais em nosso País.
Não podemos assistir de forma passiva o aumento da miséria, a concentração da renda, os salários serem cada vez mais achatados, o desemprego e a fome continuar a atingir milhões de brasileiros, o aumento do quadro da violência, tudo isto ocasionados pelo modelo econômico que ora vigora, sob pena de também sermos co-responsáveis por este quadro desolador que hoje é imposto a nossa população.
A política econômica ora praticada não está voltada para a geração de emprego e aumento da renda da população, muito menos voltada para estimular a criação, mas o que se observa é uma política voltada para o desenvolvimento de setores de produção, principalmente para o segmento financeiro, que claramente investem alto na economia de mão-de-obra, trazendo como consequencia o desemprego.
Portanto, precisamos mudar o foco da política econômica, e oferecer uma EDUCAÇÃO PÚBLICA DE QUALIDADE, se quisermos ter um País que ofereça condições decentes para o seu povo.