quarta-feira, 31 de janeiro de 2024

Museus e igrejas históricas são opções de lazer para quem visita Salvador

Para muitas pessoas, Salvador é sinônimo de belas praias e  gastronomia única. Contudo, muitos visitantes que vêm à capital gostam de explorar a cultura, beleza e história da cidade. E para isso, muitos museus e igrejas históricas ficam abertos, tornando-se boas opções de lazer na cidade.

Entre as dezenas de museus da capital baiana, os mais visitados são os do centro histórico. Próximo de dois cartões postais no bairro do Comércio, fica o museu Cidade da Música da Bahia, onde abriga diversos estilos musicais que fazem parte da cultura baiana.

O Museu Nacional da Cultura Afro-brasileira (Muncab), que reabriu há pouco mais de dois meses, é um espaço onde os visitantes podem conhecer de perto como a cultura africana influencia diretamente na cultura brasileira, por meio de obras de diversos artistas. O museu fica localizado próximo ao Elevador Lacerda.

No Pelourinho, é possível encontrar outro equipamento cultural que tem a cara de Salvador: a Casa do Carnaval. O espaço traz a história do carnaval de Salvador por meio de vídeos, fantasias, miniaturas, muita cor e música. Além destes há também, a Casa do Benin, o Museu de Arte Moderna da Bahia, a Casa do Rio Vermelho, o Museu Náutico da Bahia e a Fundação Casa de Jorge Amado.

Quem vem para Salvador fazer um passeio não perde tempo em visitar as diversas igrejas seculares que compõem a arquitetura da cidade. Da cidade baixa à cidade alta, muitos turistas gostam de fazer o registro das igrejas católicas locais. Dentre as mais visitadas estão o Santuário de Santa Dulce dos Pobres, a Basílica do Senhor do Bonfim, a Igreja de Nossa Senhora da Conceição da Praia, Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos e a Igreja e Convento de São Francisco.

Diretamente de Manaus, Thayná Cavalcante (21) está a passeio pela capital pela 5ª vez. Ela conta os lugares que já visitou e qual é o seu favorito. “Aqui no Pelourinho, da outra vez que vim, curti muito o museu afro, a ‘igreja de ouro’ e o Mercado Modelo. Tem também a casa de Jorge Amado lá no Rio Vermelho. O lugar que mais gosto é da casa de Jorge, pois eu já conhecia vários livros dele e foi bem legal conhecer mais da história dele”, afirmou.

Registrando a entrada da Casa do Carnaval estavam as amigas Beatriz Vieira e Ana Flor Oliveira. As duas são do estado de São Paulo e contam que o que as cativou foi a simpatia e hospitalidade do povo soteropolitano.

“O que estamos percebendo aqui em Salvador é que a galera é muito simpática, fala muito e fica sempre nos perguntando se estamos bem. Achamos a galera muito divertida. Já fomos no Porto da Bahia e viemos aqui conhecer o Pelourinho, que nunca tínhamos vindo. É muito lindo e seguro também. Estamos vendo policiamento e até o momento estamos nos sentindo seguras”, ressaltou.

Além dos museus e das igrejas, outras opções de lazer na cidade são os parques. Dentre os disponíveis em Salvador estão: Parque dos Ventos, localizado no bairro da Boca do Rio, Parque São Bartolomeu, no Subúrbio Ferroviário de Salvador, Parque da Cidade, Parque dos Dinossauros e o Food Park, uma boa escolha para levar a família para um passeio gastronômico na orla da capital baiana.

 

       Prefeito entrega Casa das Histórias de Salvador e Arquivo Público

 

A Prefeitura de Salvador entregou nesta segunda-feira (29), a partir das 16h30, a Casa das Histórias de Salvador e Arquivo Público, no Comércio (ao lado da Cidade da Música). A inauguração será realizada pelo prefeito Bruno Reis e pelo secretário de Cultura e Turismo, Pedro Tourinho, em evento com a presença de autoridades e gestores municipais.

O projeto do local, que é o primeiro centro de interpretação do patrimônio da capital baiana, contou com museografia assinada pela curadora Ana Helena Curti, do consórcio Memorar, e foi financiado com recursos do Prodetur.

O equipamento apresenta uma narrativa sobre os quase cinco séculos de Salvador, utilizando conteúdos digitais e um acervo físico que incluem saberes e fazeres das pessoas comuns, normalmente não abordados pela história oficial da cidade, ressaltando a contribuição negra e indígena para a formação da primeira capital do país, de modo a convidar os visitantes a participarem ativamente da reflexão acerca dos sentidos da memória e do futuro da capital baiana.

 

       Colônia do Rio Vermelho traz dignidade para pescadores e mais conforto

 

Um dos espaços mais tradicionais para trato e comercialização de pescado em Salvador, a Colônia de Pescadores do Rio Vermelho, situada ao lado da Vila Caramuru, no Largo da Mariquita, foi inaugurada nesta terça-feira (30) após a conclusão das obras de reconstrução realizadas pela Prefeitura. A nova estrutura foi entregue pelo prefeito Bruno Reis ao lado de lideranças do município, e vai proporcionar mais segurança e dignidade para os cerca de 60 trabalhadores que atuam no local, além de conforto para os clientes.

“Este era um sonho antigo da colônia do Largo da Mariquita, que está se tornando realidade hoje, às vésperas dos festejos de Iemanjá, onde vamos agradecer à Rainha do Mar. Os pescadores agora têm uma nova sede, garantindo que as mercadorias sejam vendidas sem nenhum prejuízo. Temos locais para armazenamento, onde eles podem guardar os seus objetos de trabalho em segurança. E temos, ainda, quiosques específicos para venda do pescado, trazendo conforto também para milhares de pessoas que vêm aqui diariamente para comprar os mais diversos produtos”, disse Bruno Reis.

Com investimento de R$720 mil, a intervenção teve projeto elaborado pela Fundação Mário Leal Ferreira (FMLF), ouvindo demandas dos próprios pescadores. Entre as novidades, o imóvel ganhou equipamentos adequados para abrigar os motores das embarcações e outros itens de trabalho. Além disso, ganhou área de convivência, já que a colônia é também um importante espaço de lazer para a comunidade.

Presidente da FMLF, Tânia Scofield disse que o diálogo com os pescadores foi essencial para o projeto: “Conversamos muito sobre o que era melhor para eles. Tanto, que eles tinham uma cozinha aqui, que era muito precária, e nós construímos uma nova cozinha por demanda deles. Temos também um espaço de bate-papo, bem sombreado e ventilado. Porque a colônia não é só um imóvel para guardar material, nos finais de semana as famílias vêm para cá, trabalhando ou curtindo, para conviver”, disse.

Também foram implantados quatro boxes com espaços para freezers, bancadas para o tratamento do pescado e balcões para comercialização. Ainda foram implantados sanitários masculino e feminino, inclusive adaptados para pessoas com deficiência. A obra priorizou o atendimento às normas de acessibilidade, que passaram a ter rampa de acesso à praia para as embarcações, e toda a área externa ganhou piso intertravado e placas de concreto. As intervenções foram executadas pela Superintendência de Obras Públicas (Sucop).

Presidente da colônia, Almir Albergaria lembrou que os pescadores atuam há 40 anos no local, sempre mantendo o imóvel com recursos próprios. “Nunca tivemos ajuda de órgão nenhum, mas agora, graças a Deus, fomos atendidos pela Prefeitura. A colônia foi demolida e reconstruída do zero, com várias melhorias. Tínhamos duas peixarias aqui e negociamos para quatro, para oferecer mais trabalho para as pessoas”, afirmou.

“Essa colônia aqui não é só para vender peixe, ela é tipo uma instituição de recuperação de pessoas. A gente trabalha muito o lado social. A gente traz para cá pessoas que estão sem opção de vida, não têm profissão. Aqui, a gente ensina elas a pescar e a pessoa começa a tomar conta da vida dela, trabalhando como pescador”, completou Albergaria.

Antes, a tradicional Colônia de Pescadores do Rio Vermelho não atendia às exigências de salubridade, higiene e soluções de tratamento de esgoto e água, além de não contar com condições adequadas de armazenamento e comercialização do pescado. O lugar também sofria constantemente com os efeitos da maré, inclusive com inundação das instalações.

Paulo Sérgio de Jesus tem 51 anos e é pescador há 40. Ele comemorou a instalação dos boxes para venda de produtos. “Ficou uma coisa mais atraente, entendeu? Fica mais à vista do público que passa por aqui, representa melhor o nosso trabalho e a nossa cultura como pescador. Graças a Deus, a gente está sendo mais valorizado e reconhecido, né? Era o que a gente mais precisava nesse momento”, disse.

“Aqueles que pescam todos os dias no mar, muitas vezes ficam com uma dificuldade de escoar o pescado. E, agora, a gente está aqui com quatro boxes pra repassar diretamente para a mesa do cliente o produtos, o que é muito melhor”, completou Paulo Sérgio.

 

Fonte: Tribuna da Bahia

 

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