Lira defende aprovação de regras que garantam direitos individuais nas
redes sociais
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira
(PP-AL), defendeu a aprovação de regras que garantam os direitos e as
liberdades individuais da sociedade nas redes sociais e na internet. A
declaração foi feita em entrevista à TV Câmara, publicada nesta terça-feira
(2).
Esse movimento cibernético, de redes
sociais, esse movimento de uma vida paralela que não a analógica, mas uma vida
digital muito rápida, vai exigir de nós congressistas que algumas modificações
aconteçam, para que a Constituição também abrace, também acolha, proteja, e
salvaguarde os direitos individuais de uma vida que muda muito. A realidade
virtual é muito diferente da realidade real que a gente vive no nosso dia a dia.
- Arthur Lira
Lira é um dos articuladores do projeto de lei das
fake news, que estabelece obrigações e responsabilidades para as plataformas
digitais. O tema também é debatido no Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo a analista da CNN Renata
Agostini, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai se
empenhar para aprovar a proposta em 2024.
A estratégia é que o advogado-geral da União (AGU),
Jorge Messias, procure parlamentares da bancada evangélica e líderes religiosos
capazes de influenciar os deputados contrários ou indecisos em relação ao
texto.
Será a segunda investida do Palácio do Planalto a
favor do projeto. No início de 2023, a iniciativa contou com o apoio de Lira,
mas houve forte resistência de deputados da oposição e da base evangélica, além
de um forte lobby das plataformas.
O relator da proposta na Câmara, deputado Orlando
Silva (PCdoB-SP), também deve retomar as articulações para aprovar a medida no
ano que vem.
·
Competência do Legislativo
Na entrevista à TV Câmara, Lira ainda reafirmou o
papel do Congresso Nacional de legislar, em meio ao embate entre parlamentares
e o STF.
Ao longo do ano passado, deputados e senadores
reclamaram de uma “interferência” do Supremo em temas já em discussão no
Parlamento, como o marco temporal para a demarcação de terras indígenas, a
descriminalização do aborto e do porto de drogas, entre outras pautas. Os
debates, apesar de simultâneos, foram tratados de maneiras divergentes.
“O Congresso Nacional, às vezes, quando decide não
legislar, ele está legislando. Não abre espaço para que outros Poderes o
façam”, afirmou Lira.
“Se você tem um Congresso eleito para aquele
período temporal, de quatro anos na Câmara e oito anos no Senado, aqueles são
os representantes da população para aquele período. Aqueles receberam a
autorização, a procuração popular para representá-los nas suas decisões. É
assim que funciona a democracia”, completou.
Diante da tensão com o STF, o Senado chegou a
aprovar, em novembro, uma proposta de emenda à Constituição (PEC) que limitava
os poderes da Corte no que diz respeito a decisões individuais de ministros,
chamadas de “monocráticas”.
Em outra oportunidade, o presidente do Senado,
Rodrigo Pacheco (PSD-MG), propôs a criminalização de todo tipo de droga,
independente da quantidade. O texto surgiu em resposta a uma decisão do Supremo
que discute o tema e, até o momento, tem 5 dos 6 votos necessários para
descriminalizar o porte de drogas para uso pessoal.
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Quando o Congresso decide não legislar, não abre espaço para que outros
Poderes o façam, diz Lira
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira
(PP-AL), reafirmou o papel do Congresso Nacional de legislar, em meio ao embate
entre parlamentares e o Supremo Tribunal Federal (STF). A declaração foi feita
em entrevista à TV Câmara, publicada nesta terça-feira (2).
Ao longo do ano passado, deputados e senadores
reclamaram de uma “interferência” do Supremo em temas já em discussão no
Parlamento, como o marco temporal para a demarcação de terras indígenas, a
descriminalização do aborto e do porto de drogas, entre outras pautas. Os
debates, apesar de simultâneos, foram tratados de maneiras divergentes.
“O Congresso Nacional, às vezes, quando decide não
legislar, ele está legislando. Não abre espaço para que outros Poderes o
façam”, afirmou Lira.
Se você tem um Congresso eleito para
aquele período temporal, de quatro anos na Câmara e oito anos no Senado,
aqueles são os representantes da população para aquele período. Aqueles
receberam a autorização, a procuração popular para representá-los nas suas
decisões. É assim que funciona a democracia. - Arthur Lira
Diante da tensão com o STF, o Senado chegou a
aprovar, em novembro, uma proposta de emenda à Constituição (PEC) que limitava
os poderes da Corte no que diz respeito a decisões individuais de ministros,
chamadas de “monocráticas”.
Em outra oportunidade, o presidente do Senado,
Rodrigo Pacheco (PSD-MG), propôs a criminalização de todo tipo de droga,
independente da quantidade. O texto surgiu em resposta a uma decisão do Supremo
que discute o tema e, até o momento, tem 5 dos 6 votos necessários para
descriminalizar o porte de drogas para uso pessoal.
Ø PL quer relatoria
de proposta que limita uso de inteligência artificial em 2024
Apesar de fazer oposição ao projeto de lei contra
as fake news, o Partido Liberal (PL) quer assumir a relatoria de outra proposta
sobre o uso da inteligência artificial nas eleições municipais de 2024. O tema
é considerado uma das prioridades do Congresso neste ano.
O partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, que
reúne a maior bancada da Câmara, pediu ao presidente da Casa, Arthur Lira
(PP-AL), para escolher o relator do texto, que tratará do combate à manipulação
de imagens de políticos nestas eleições. Lira deve dar uma resposta em
fevereiro, após o fim do recesso parlamentar.
A avaliação de integrantes do PL é de que, diante
do interesse do comando da Câmara em aprovar alguma proposta sobre a
inteligência artificial, a matéria tem que levar a digital da direita.
O deputado Kim Kataguiri (União-SP) é autor de um
texto sobre esse assunto. A proposta dele criminaliza a chamada “deep fake”,
que seria a criação de vídeos a partir de IA que reproduzem a aparência, as
expressões e a voz de algum candidato. A punição é de 2 a 4 anos e multa de R$
15 mil a R$ 50 mil.
Na justificativa do texto, há inclusive críticas às
fake news. “As consequências das fake news na vida dos indivíduos são
imensuráveis e incontroláveis”.
Para o deputado Sóstenes Cavalcanti (PL-RJ), que
também integra a Mesa Diretora da Casa, o texto combate o problema sem avançar
sobre o uso generalizado da internet.
“A esquerda quer censurar as redes sociais, não
vamos cair nessa arapuca. Nós precisamos ter responsabilidade para controlar a
IA (Inteligência Artificial) e o projeto do Kim Kataguiri com um bom relator
pode resolver o problema, sem nenhuma censura nas redes, pra isso precisamos de
um relator anti censura”, afirmou à CNN.
Ø Candidato à
sucessão de Lira se vende como escudo anti-impeachment
Pré-candidato à sucessão de Arthur Lira (PP-AL)
na presidência da Câmara em
2025, o líder do PSD na Casa, Antonio Brito (BA), tem argumentos na ponta da língua
para defender sua eleição junto a governistas.
Em conversas com deputados do PT, partido de Lula, Brito ressalta
ser o único entre os demais pré-candidatos que votou contra o impeachment da
então presidente Dilma Rousseff, em 2016.
Ele lembra que Elmar
Nascimento (União-BA), por exemplo, votou favorável. Já Marcos
Pereira (Republicanos-SP) e Isnaldo
Bulhões (MDB-AL) não eram deputados, mas suas siglas apoiaram
majoritariamente o impeachment.
Com esse argumento, o líder do PSD de Gilberto Kassab se
vende como uma espécie de “escudo” contra pedidos de impeachment de Lula, mesmo se
lideranças do chamado “Centrão” tentarem derrubar o petista do cargo.
Primeiro presidente negro
Nas conversas com governistas, Brito também indica
que o apoio do governo a sua eleição pode ser um sinal para a militância ligada
às pautas identitárias, insatisfeitas com Lula após as recentes escolhas do
presidente ao STF.
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O líder do PSD ressalta que, se eleito em 2025, ele
seria o primeiro negro a comandar a Câmara dos Deputados. Lira se declara como
pardo, mas chegou a se auto-afirmar como branco em 2014.
Ø Primeira
campanha do governo Lula em 2024 será sobre segurança pública
Apontada como área de fragilidade da gestão
de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a segurança pública será tema da
primeira campanha publicitária do governo federal em 2024.
Com o mote “Brasil Unido contra o Crime”, as peças
vão destacar as ações da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal e das
Forças Armadas nas fronteiras, em portos e aeroportos contra o crime organizado
e as milícias.
Entre janeiro e novembro do ano passado, por
exemplo, a Polícia Federal apreendeu cerca de R$ 2 bilhões em bens e valores de
grupos criminosos envolvidos com o tráfico de drogas. O montante representa um
aumento de quase 300% em relação a 2022, um recorde na série histórica iniciada
em 2014.
A campanha da Secretaria de Comunicação Social da
Presidência será veiculada na televisão, no rádio e na internet para destacar a
atuação do governo federal no combate à violência contra as mulheres e à
pedofilia. Os crimes cometidos no ambiente virtual também estão no rol de temas
que serão levados às peças publicitárias.
A propaganda será veiculada no momento em que Lula
deve definir o sucessor de Flávio Dino no Ministério da Justiça e Segurança
Pública.
Com a indicação do atual ministro para a vaga de
Rosa Weber no Supremo Tribunal Federal (STF), parte dos aliados do presidente
passaram a fazer pressão para que ele dividisse a pasta, criando um ministério
específico para a segurança. A ideia, no entanto, não avançou e, pelo menos por
enquanto, Lula pretende manter a estrutura como está.
Um dos principais argumentos contrários à divisão
do ministério é que a criação da pasta da Segurança Pública poderia passar a
mensagem de que o governo federal teria uma solução fácil para as questões da
área.
Fonte: CNN Brasil/Metrópoles
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