Parto normal: o que é, fases e benefícios
O parto normal, também conhecido como parto vaginal,
é processo pelo qual a gestante dá à luz
por meio do canal vaginal. Por ter baixo risco de complicações, esse tipo de
parto é mais recomendado para gestações sem risco. O parto vaginal ocorre
naturalmente depois das 37 a 42 semanas da gestação.
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Como é o procedimento do parto normal?
O parto normal é dividido em três
estágios diferentes: trabalho de parto, nascimento e retirada da placenta.
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Trabalho de parto
O primeiro estágio começa com as contrações
uterinas e termina quando o cérvix se dilata em dez centímetros, para a
passagem do bebê. Dentro da categoria do trabalho de parto existem mais três
fases:
# Trabalho de parto precoce: quando as
contrações começam e o cérvix passa a dilatar e ficar fino;
# Trabalho ativo: as contrações ficam mais
fortes e duram cerca de um minuto cada, com um espaço de três minutos. Esse é
um dos momentos mais dolorosos do parto normal, e por isso algumas pessoas
solicitam anestesia;
# Parto de transição: acontece minutos antes
do cérvix alcançar os dez centímetros de dilatação. Nesse momento, as
contrações vêm mais fortes e duram mais que um minuto, podendo fazer a gestante
suar, vomitar ou tremer;
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Nascimento
Depois do trabalho de parto, se inicia o
nascimento, mais ou menos quando o cérvix chega a sua dilatação final. Nessa
fase do parto normal, a gestante sente contrações fortes e precisa
empurrar o bebê para fora do útero. É
normal que você sinta uma pressão semelhante a de ir ao banheiro.
Para pessoas que escolhem utilizar a anestesia, o
profissional responsável pelo parto normal pode indicar a melhor
forma de forçar o bebê para fora. O estágio do nascimento dura alguns minutos,
ou algumas horas, e é mais rápido para pessoas que já tiveram um parto vaginal
anteriormente.
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Retirada da placenta
Também chamada de pós-parto, a retirada da placenta
ocorre um pouco depois que o bebê é removido através da vagina. Após a criança
sair é normal que o médico peça para que a gestante continue empurrando, com
intuito de expelir a placenta — o processo dura cerca de 30 minutos.
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Quais são os tipos de parto normal?
O parto vaginal tem diferentes formas de ser
realizado, algumas exigem intervenções médicas e outras são consideradas mais
“naturais”:
# Parto natural: quando o procedimento é feito
sem nenhuma intervenção médica ou uso de medicamentos;
# Parto induzido: são utilizados medicamentos
para induzir o trabalho de parto e preparar o cérvix;
# Parto normal assistido: quando o parto
vaginal acontece com ajuda de um fórceps ou de um dispositivo de vácuo para
retirar o bebé;
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Como saber se uma pessoa está em trabalho de parto?
As principais formas de identificar se você entrou
em trabalho de parto é observando as contrações uterinas, que começam indolores
e vão ficando cada vez mais frequentes e dolorosas. Além disso, você pode
sentir pressão na virilha, aumento da secreção vaginal, ter saída de um rolhão
mucoso e a diminuição dos movimentos do feto.
Ao chegar no hospital os médicos irão avaliar o
trabalho de parto por meio da técnica de toque vaginal, que identifica a
dilatação do colo do útero. Também é realizada a cardiotocografia, exame que
avalia se a gestante tem contrações e se o feto está em boas condições.
Por fim, a avaliação do bem estar fetal é finalizada pela ecografia obstétrica.
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Quais são as vantagens do parto normal?
O parto vaginal é preferido por alguns
profissionais e gestantes devido aos seus benefícios:
- Curto
período de recuperação
- Reduz
futuras complicações em outras gestações
- Menores
chances de condições respiratórias no bebê
- Sistema
imunológico melhorado
- Início
mais rápido da lactação
- Menor
risco de infecção
- Redução
das complicações atreladas a anestesia
<<<< Quais são as complicações
relacionadas ao parto normal?
Apesar de ser um procedimento consideravelmente
seguro, existe a possibilidade de complicações resultantes do parto vaginal.
Isso porque todos os partos carregam algum tipo de risco.
# Parto interrompido: quando o trabalho de
parto desacelera e para, fazendo com que o cérvix não dilate. Para que as
contrações voltem o médico pode prescrever ocitocina a paciente;
# Ritmo cardíaco fetal irregular: quando os
batimentos cardíacos do feto desaceleram porque a corda umbilical ou a sua
cabeça estão comprimidas;
# Hemorragia: sangramento excessivo que é um
risco para a vida da gestante e do bebê;
# Lacerações perineais: pequenos rompimentos na
região da vagina e do reto que surgem em decorrência do nascimento;
# Trombose venosa profunda: coágulos
sanguíneos que surgem nas pernas e na pélvis um pouco depois do parto;
# Pré-eclâmpsia pós-parto: pressão sanguínea
mais alta do que o normal após o procedimento do parto;
Além das possíveis complicações, o parto
normal pode ser seguido de efeitos colaterais como a constipação, dor na
região vaginal, alterações de humor, sangramento, hemorróidas, cólica e dor de
cabeça. Algumas pessoas também experienciam depressão pós-parto, uma condição
que causa tristeza e desânimo pouco depois do nascimento do bebê.
O parto normal é um procedimento
doloroso, entretanto, existem medidas que ajudam a reduzir a dor. Por exemplo:
a anestesia epidural, que entorpece o corpo da cintura para baixo e alivia a
dor de gestantes.
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Quem não pode fazer o parto normal?
O parto vaginal é um dos procedimentos mais
seguros, porém, nem todas as pessoas podem fazê-lo. Isso porque algumas
complicações durante a gestação impedem a sua realização, fazendo com que a
gestante tenha que optar pela cesárea. Os motivos pelos quais alguém não pode
ter um parto normal são:
- O bebé
está em posição pélvica;
- Problema
com a placenta;
- Uma
infecção não tratada ou lesões genitais abertas do vírus da herpes;
- Problema
de saúde crônico.
Ø Cesárea: o
que é, cuidados e tipos
A cesárea é uma cirurgia feita no abdômen
e no útero da gestante para a retirada do bebê. A cesariana só é recomendada
quando o parto normal não é possível ou seguro. Isso porque ela está
relacionada a uma série de riscos à saúde da grávida e do feto. No entanto, é
possível solicitar que o parto de cesárea seja
perfomado em casos em que não é necessário.
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Quando a cesárea é necessária?
O parto por cesárea é recomendado em
casos como:
# O trabalho de parto não progride: quando a
dilatação do cérvix não acontece e as contrações vão diminuindo, em vez de
aumentar, o profissional de saúde pode recomendar a realização da cesariana em
prol da saúde do bebê e da gestante;
# Perigo para a criança: quando existe algo
ameaçando o bem-estar do bebê, a falta de oxigênio ou redução dos batimentos
cardíacos, a cesárea pode ser a melhor alternativa;
# Posição do bebê: quando o feto está em uma
posição inadequada para o parto normal, com os pés ou as costas viradas em
direção a saída do útero, e não for possível mudar isso, a cesárea é
realizada;
# Gravidez de múltiplos: na maioria dos casos
em que a mãe carrega dois ou mais bebês em uma única gestação, o parto por
cesariana é recomendado;
# Problemas com a placenta: acontece quando a
placenta ocupa a saída do útero, o cérvix;
# Cordão umbilical prolapsado: quando o cordão
umbilical sai pelo cérvix antes do feto;
# Condições pré-existentes: para quem sofre
com algum tipo de doença crônica ou condição pré-existente que possa dificultar
o parto normal;
# Bloqueio: uma fibroide bloqueia o canal
vaginal por onde é realizado o parto. Também pode ocorrer quando há fratura
pélvica ou a cabeça do bebé é maior do que o canal aguenta;
# Cirurgia ou cesariana anterior: pessoas que
já passaram por cesarianas e cirurgias na região do abdome/útero podem precisar
do procedimento;
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Como é feita a cirurgia de cesárea?
A cesárea é feita por meio de um corte no
abdômen e no útero da gestante, por onde a criança é retirada. É possível ter
um parto por cesárea planejado (eletivo) ou emergencial quando há
risco para a vida da criança e da mãe. Antes de mais nada, converse com o
médico responsável pela gravidez para entender qual a melhor alternativa para o
caso: uma cesariana, um parto normal ou natural?
Ao todo existem dois tipos diferentes
de cesáreas, o primeiro é feito com uma incisão horizontal no abdômen,
próximo ao estômago, também chamado de “linha do biquini”. Essa alternativa
cicatriza com maior facilidade e deixa uma marca menos visível, além de gerar
menos riscos para a próxima gestação.
O segundo tipo de cesárea é a incisão
clássica, em que um corte vertical é feito no útero. Nesse caso o corte do
abdômen pode ser vertical ou horizontal. Esse tipo de cesariana só é usada em
casos de emergência extrema, pois pode aumentar a chance de problemas em
gestações futuras.
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Como funciona a anestesia da cesárea?
A anestesia é um bom dispositivo para lidar com as
dores do parto. Ela pode ser aplicada tanto no parto normal como na cesária. No
caso da última, para que o procedimento seja realizado é essencial a aplicação
de algum tipo de anestesia na gestante. Para isso existem três opções:
# Anestesia espinhal: o tipo mais comum na
cesariana planejada. Uma agulha é inserida entre os ossos da espinha e a
anestesia é injetada. Isso faz com que não se sinta dor de ombro para baixo e a
paciente continue acordada durante todo o procedimento;
# Anestesia epidural: usada em todos os tipos
de parto para aliviar a dor das contrações. Na epidural um tubo é acoplado na
espinha da paciente, onde é injetada a anestesia, que deixa a parte da cintura
para baixo dormente;
# Anestesia geral: acontece em casos
emergenciais em que o bebê precisa ser retirado do útero rapidamente. Nesse
caso a gestante respira por meio de um tubo de oxigênio a anestesia e apaga
completamente. Ou seja, ela dorme durante o parto;
Importante frisar que cesáreas de
emergência precisam ser autorizadas pela gestante ou por um responsável legal
que a acompanha. Sempre converse com o médico sobre suas vontades a respeito do
parto e qual a melhor anestesia para o caso.
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Quais os riscos da cesárea?
Assim como qualquer outro tipo de cirurgia, a cesárea possui
riscos. Quando se trata do bebê os maiores riscos são a falta de oxigênio que
resulta em problemas respiratórios e lesões cirúrgicas acidentais.
No caso das mães, a cesariana pode causar:
- Infecções no
endométrio do útero e no trato urinário;
- Perda
de sangue;
- Reações
alérgicas a anestesia;
- Coágulos
sanguíneos;
- Lesão
cirúrgica;
- Gestações
de risco no futuro;
>>> O que acontece depois da cesárea?
Pacientes que fazem parto por cesariana passam mais
tempo no hospital do que aquelas que escolhem o parto normal. Isso porque a
pessoa precisa se recuperar da cirurgia, evitando certos alimentos nas
primeiras horas e não fazendo esforço físico. Além disso, é preciso garantir
que não haja nenhuma complicação.
Assim que o efeito da anestesia passa, o bebê é
levado para a mãe, onde deve ter o contato pele com pele e fazer a amamentação.
Conforme o tempo for passando, a paciente vai poder andar, comer e ir ao
banheiro sozinha. Quando isso acontecer ela poderá sair da observação e logo
receberá a alta.
Ao voltar para casa, é importante se manter em
repouso, deixando tudo aquilo que diz respeito ao cuidado do bebê por perto
para evitar esforços exagerados. Alguns médicos também podem prescrever
medicamentos para aliviar a dor da cirurgia, por isso evite dirigir nas duas
primeiras semanas após a cirurgia.
Por fim, é importante que a paciente espere pelo
menos seis semanas antes de voltar a ter relações sexuais. Afinal, ela pode
acabar contraindo algum tipo de infecção que cause problemas para a região
recém operada.
Fonte: eCycle
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