5 anos da Covid-19: relembre o
histórico desde 1º caso até fim da emergência
Há exatos cinco anos, no dia 31 de dezembro de 2019, a
Organização Mundial da Saúde (OMS) recebeu alerta sobre vários casos de
pneumonia na cidade de Wuhan, província de Hubei, na China. Era o início do que
se tornaria, no ano seguinte, a pandemia de Covid-19, causada por um
novo tipo de coronavírus até então desconhecido.
Desde então até o momento atual, foram mais de 695
milhões de casos confirmados pela doença no mundo, resultando em quase 7
milhões de mortes. Ao longo dos anos, surgiram diferentes variantes do vírus, causando
diferentes ondas de infecções e óbitos, além de apresentarem diversidade de
sintomas. Até hoje, ainda há muitas questões não
respondidas,
como as causas por trás da Covid longa ou de reinfecções recorrentes.
A seguir, relembre o histórico
da Covid-19 desde
o seu surgimento, em 2019, até o fim da emergência de saúde pública global,
decretada em 2023.
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Dezembro
de 2019 a fevereiro de 2020: Alerta sobre primeiros casos e identificação de
“novo coronavírus”
Em 31 de dezembro de 2019, a OMS recebeu um alerta
sobre vários casos de pneumonia “de origem desconhecida” em Wuhan, na China.
Tratava-se de uma nova cepa do coronavírus que ainda não tinha sido
identificada em humanos.
Os coronavírus já eram conhecidos: eles são um dos
principais responsáveis por resfriado comum, ficando atrás apenas do rinovírus.
Até então, eram seis coronavírus identificados: HCoV-229E, HCoV-OC43,
HCoV-NL63, HCoV-HKU1, Sars-Cov (que causa síndrome respiratória aguda grave),
MERS-COV (que causa síndrome respiratória do Oriente Médio).
No dia 7 de janeiro de 2020, as autoridades chinesas
confirmaram que os casos recentes de pneumonia eram causados por um novo tipo
de coronavírus, que, no dia 11 de fevereiro de 2020, recebeu o nome de
Sars-Cov-2. Popularmente, também ficou conhecido como “novo coronavírus”.
Posteriormente, a doença causada por ele foi oficialmente denominada Covid-19.
No dia 30 de janeiro de 2020, a OMS declarou que o
surto do novo coronavírus se constituía uma Emergência de Saúde Pública de
Importância Internacional (ESPII). Esse é o nível mais alto de alerta da
entidade e é considerado “um evento extraordinário que pode constituir um risco
de saúde pública para outros países devido à disseminação internacional de
doenças; e potencialmente requer uma resposta internacional coordenada e
imediata”, de acordo com o Regulamento Sanitário Internacional (RSI).
No Brasil, o primeiro caso da doença foi confirmado no
dia 26 de fevereiro daquele ano, em um homem de 61 anos com histórico de viagem
para Itália, um dos países mais afetados pelo surto, na época.
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Março
e abril de 2020: OMS caracteriza o surto de Covid-19 como pandemia
No dia 11 de março de 2020, a Covid-19 foi
caracterizada pela OMS como uma “pandemia”, ou seja, uma doença que causa
surtos simultâneos em vários países e regiões do mundo.
A partir de então, diversas nações começaram a
constituir “quarentenas” e medidas de isolamento social, recomendando que
suas populações evitassem o contato com outras pessoas a fim de tentar conter a
disseminação do vírus.
No dia 17 de março, o Ministério da Saúde foi
notificado da primeira morte por Covid-19 no Brasil. A vítima foi um homem de
62 anos que tinha histórico de diabetes e hipertensão. A partir disso, e
de outras mortes suspeitas, estados brasileiros começaram a definir medidas
temporárias para prevenir o contágio pelo coronavírus, como o isolamento
social.
Em abril, foram confirmados mais de um milhão de casos
por Covid-19 no mundo. Segundo balanço da Agence France-Presse (AFP), mais de
3,9 bilhões de pessoas — ou seja, metade da humanidade — foram obrigadas ou
instadas a se confinar para evitar a propagação do vírus.
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Junho
de 2020: Brasil se torna o país com mais vítimas fatais
No início de junho, o Brasil superou a marca de mil
mortos por dia devido à Covid-19, ultrapassando o número de 31 mil óbitos pela
doença. No dia 10 daquele mês, o país se tornou líder na média diária de
mortes, com 7.197 óbitos em sete dias, superando os Estados Unidos (5.762) e o
Reino Unido (1.552).
Segundo semestre de 2020: mundo ultrapassa marca de um
milhão de mortes e corrida por vacinas
No final de setembro de 2020, o mundo ultrapassou a
marca de 1 milhão de mortes provocadas pelo novo coronavírus, de acordo com a
Universidade Johns Hopkins. Os EUA e o Brasil seguiam na liderança,
representando, somados, 34% do total de óbitos pela Covid-19 globalmente.
A velocidade da pandemia também chamou atenção na
época: enquanto o mundo levou seis meses para registrar as primeiras 500 mil
mortes pela doença, foram necessários somente três meses para registrar as
outras 500 mil.
A corrida pelo desenvolvimento de vacinas para conter a
Covid-19 também tomou mais força no segundo semestre de 2020. No final daquele
ano, os primeiros imunizantes desenvolvidos — pela Pfizer/BioNTech e Moderna —
foram aprovados para uso emergencial em diversos países, após ensaios clínicos.
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Janeiro
de 2021: primeira pessoa vacinada no Brasil e surgimento de nova variante
No dia 17 de janeiro, a Diretoria Colegiada (Dicol) da
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso emergencial da
vacina CoronaVac, desenvolvida pela farmacêutica Sinovac em parceria com o
Instituto Butantan, e a da vacina Covishield, produzida pela farmacêutica Serum
Institute of India, em parceria com a AstraZeneca/Universidade de
Oxford/Fiocruz.
No mesmo dia, a primeira vacina
contra a Covid-19 foi aplicada no país. Quem recebeu a dose foi a enfermeira
Mônica Calazans. Além da AstraZeneca e da CoronaVac, a Anvisa autorizou o uso
de outras duas vacinas no Brasil: a Janssen e a Pfizer.
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Fevereiro
de 2021: iniciam-se as investigações sobre a origem do novo coronavírus
Em fevereiro de 2021, a delegação da OMS investigou, na
China, a origem do novo coronavírus. Na época, a principal teoria era de que um
animal teria transmitido o vírus aos humanos, provavelmente no mercado de
Huanan, em Wuhan. Em paralelo, pesquisadores e autoridades americanos defendem
a hipótese do vazamento de um laboratório em um instituto científico de Wuhan.
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Abril
e maio de 2021: variante Delta se torna a mais temida
Desde o início da pandemia de Covid-19, diferentes
variantes do vírus surgiram. A primeira a ser identificada foi a Alfa, no Reino
Unido. Depois, veio a Beta, originária da África do Sul, e, em seguida, a Gama,
detectada no Brasil.
Em 2021, a variante Delta, surgida na Índia, se tornou
a variante dominante no mundo, caracterizada por alta transmissibilidade e
maior severidade da doença.
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Novembro
de 2021: surge a variante Ômicron e uma nova corrida por vacinas atualizadas
Em novembro de 2021, uma variante ainda mais contagiosa
que a Delta surgiu: a Ômicron. Detectada pela primeira vez em Botswana e na
África do Sul, ela foi classificada pela OMS como variante de preocupação, já
que possuía 50 mutações, sendo mais de 30 na proteína “spike” — responsável por
fazer o vírus entrar nas células, causando a infecção.
Pouco tempo depois, a variante passou a ser considerada
mais contagiosa do que a Delta, apesar de seus sintomas serem mais leves. A
situação levou a uma nova corrida por vacinas atualizadas com eficácia contra a
nova variante, fazendo fabricantes iniciarem estudos para avaliar a eficácia de
seus imunizantes contra a Ômicron e suas subvariantes.
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Março
e abril de 2022: flexibilização no uso de máscaras
Após quase dois anos do uso obrigatório de máscaras ter
sido decretado, a medida começou a ser flexibilizada na maior parte do país a
partir de março de 2022. O uso passou a ser opcional em lugares abertos e, em
algumas regiões, em locais fechados.
Em abril do mesmo ano, o uso de máscaras deixou de ser
obrigatório em todos os estados brasileiros, com a queda de casos de Covid-19 e
o menor registro desde 2 de janeiro. No dia 17 daquele mês, o então ministro da
Saúde, Marcelo Queiroga, encerrou a Emergência em Saúde Pública de Importância
Nacional (ESPIN) por Covid-19 no Brasil.
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Novembro
e dezembro de 2022: venda do Paxlovid e reforço da vacina da Pfizer em crianças
são aprovados pela Anvisa
Em novembro de 2022, a Anvisa aprovou a venda do Paxlovid, um medicamento
para tratamento da Covid-19 para adultos, em farmácias e hospitais
particulares. A compra passou a ser feita com receita. Além disso, aprovou
o uso pediátrico do Remdesivir contra a
doença.
Em dezembro daquele mesmo ano, a Anvisa aprovou a
aplicação do reforço da vacina da Pfizer em crianças e adolescentes.
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Maio
de 2023: OMS declara fim da Emergência de Saúde Pública
Em maio de 2023, a OMS declarou o fim da Emergência de
Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII) referente à Covid-19. A
decisão foi tomada pelo diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.
Na época, a autoridade explicou que, apesar do fim da
emergência, a Covid-19 não deixou de ser uma ameaça à saúde, e que a propagação
mundial da doença continua caracterizada como uma pandemia.
Fonte: CNN Brasil
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