segunda-feira, 16 de dezembro de 2024

Rússia está se desenvolvendo e lidará com todas as tarefas, ante tentativas de impedi-la, diz Putin

A Rússia está se desenvolvendo, apesar das sanções e da pressão sem precedentes, e vai lidar com todas as tarefas que tem pela frente, enquanto as tentativas de impedir e chantageá-la não levarão a nada, disse o presidente russo Vladimir Putin, falando hoje (14) no congresso do partido governista Rússia Unida.

Segundo ele, os inimigos da Rússia tentaram em todas as épocas enfraquecer sua unidade e agora estão seguindo o mesmo caminho.

Porém, o país está "autoconfiante e sente que tem razão e força", sua economia está crescendo e mesmo as sanções sem precedentes não o impedirão de cumprir todas as tarefas imediatas e de longo prazo, afirmou Putin.

O presidente russo ressaltou que a própria Rússia está pronta para impedir as tentativas de a enfraquecer e vai se defender.

Ao mesmo tempo, Rússia reprimirá com firmeza as tentativas de minar a unidade do país e jogar com questões étnicas ou religiosas, enfatizou Putin.

"Impediremos com firmeza tais provocações, responderemos a quaisquer ameaças e desafios e estamos prontos para revidar, como se diz, em todo o front."

De acordo com o presidente, o front não se estende apenas ao longo da linha de contato de combate.

"De fato, o confronto global e decisivo afeta todos os aspectos de nossas vidas: cultura, educação, visão do mundo, economia e esfera tecnológica."

Putin também descreveu a Rússia como uma civilização única e distinta que sempre estará unida.

·        Ocidente terá que restabelecer relação com Rússia em meio a sanções fracassadas, diz especialista

O Ocidente terá de restabelecer as relações com a Rússia para alcançar a estabilidade que foi mantida durante a Guerra Fria, de acordo com a revista Responsible Statecraft com referência ao especialista alemão em política externa da universidade Halle-Wittenberg Johannes Varwick.

Em sua opinião, independentemente do resultado do conflito, o Ocidente terá de estabelecer relações com a Rússia para garantir a sua coexistência numa Guerra Fria 2.0.

O artigo observa que na Europa e nos EUA tanto a sociedade civil quanto a elite política estão cada vez mais inclinadas para uma solução pacífica do conflito ucraniano e negociações, enquanto a Ucrânia está muito longe de alcançar qualquer resultado, muito menos a vitória.

"Atualmente, a Ucrânia está mais longe de conseguir alcançar algo que possa remotamente se assemelhar a uma vitória militar do que alguma vez foi desde fevereiro de 2022. Ao contrário das expectativas dos EUA e da UE, as sanções não derrubaram a economia russa e não mudaram sua política como o Ocidente queria", diz o artigo.

Anteriormente, o The New York Times havia dito que o próximo ano será o ano de negociações sobre a Ucrânia, chamando isso de má notícia para Kiev, dadas as suas perdas territoriais. O jornal também observou que tal desenvolvimento não dependeria de quem se tornaria presidente dos EUA, mas a vitória de Donald Trump na eleição presidencial em novembro acelerará as negociações.

¨      Trump está falando sério de querer estabelecer um cessar-fogo na Ucrânia no 1º dia, diz mídia

A equipe do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, tem trabalhado intensamente para negociar uma trégua entre a Ucrânia e a Rússia que poderia abrir caminho para as negociações de paz, informou a NBC na sexta-feira (13), citando pessoas familiarizadas com o assunto.

Trump tem repetidamente criticado o modo como a administração Biden lidou com o conflito e afirmou que isso nem teria acontecido se ele estivesse no comando da Casa Branca.

"Trump está realmente falando sério sobre querer chegar a um cessar-fogo no primeiro dia", disse uma fonte à NBC News.

De acordo com a mídia, a equipe de segurança nacional de Trump já realizou conversações com a Casa Branca e a liderança de Kiev. O vice-presidente eleito, J.D. Vance, e o enviado especial para a Ucrânia, Keith Kellogg, se encontraram com o chefe de gabinete de Vladimir Zelensky, Andrei Yermak, na semana passada.

Os conselheiros e candidatos ao gabinete presidencial de Trump "têm uma gama de pontos de vista" sobre a Ucrânia e ainda não apresentaram "um plano de paz conceitual ou específico" para Kiev, informou a NBC, citando ex-funcionários dos EUA em contato com os ucranianos e duas fontes em Kiev.

Ações do Ocidente fizeram com que Ucrânia fique em desvantagem após um cessar-fogo, diz especialista

Os combates na Ucrânia já poderiam ter cessado há muito tempo, mas o Ocidente contribuiu para a continuação do conflito, o que poderia colocar o país em desvantagem depois de uma trégua, disse o ex-funcionário da Casa Branca e do Pentágono Douglas MacKinnon em seu artigo para o jornal The Hill.

MacKinnon mencionou os acordos já alcançados entre a Rússia e a Ucrânia em Istambul em 2022, pouco depois do início da operação militar especial, que, de acordo com várias publicações ocidentais, foram frustrados pelo então primeiro-ministro do Reino Unido Boris Johnson.

O especialista os chama de primeiro cessar-fogo alcançado que foi "misteriosamente sabotado".

O artigo responsabiliza os líderes ocidentais pela ignorância das enormes perdas que a Ucrânia sofreu após a recusa dessas negociações.

"O maior 'mistério' é por que algumas pessoas não querem interromper a matança [...] na Ucrânia."

Segundo o especialista, as únicas pessoas que têm sido a favor de uma solução diplomática desde o primeiro dia do conflito são o presidente eleito dos EUA Donald Trump, o vice-presidente eleito J.D. Vance e Robert F. Kennedy Jr., que também faz parte da atual equipe de Trump.

"Haverá um cessar-fogo. Sempre haverá um cessar-fogo. Só que agora, a Ucrânia estará em uma posição muito pior, porque perdeu muito mais território desde que o primeiro cessar-fogo foi cogitado", opina MacKinnon.

Na opinião dele, os líderes ocidentais não estão realmente interessados no destino dos ucranianos comuns, que usam para atingir seus objetivos.

"O pior de tudo é que centenas de milhares de homens, mulheres e crianças foram mortos ou mutilados desnecessariamente porque os 'líderes' do Ocidente queriam continuar a jogar um jogo de tabuleiro sentados na segurança de seus escritórios a milhares de milhas do campo de batalha."

O ex- e futuro anfitrião da Casa Branca, Trump, disse anteriormente que pretende chegar a um acordo sobre o conflito entre a Rússia e a Ucrânia em apenas 24 horas.

Ao comentar as palavras de Trump, o porta-voz da presidência russa Dmitry Peskov descreveu o conflito como um problema complexo demais para ser resolvido em um dia.

De acordo com informações da mídia, há agora pelo menos três planos, apresentados pelo futuro vice-presidente J.D. Vance, pelo ex-diretor de inteligência nacional Richard Grenell e por Keith Kellogg, que foi nomeado enviado especial para a Ucrânia.

Essas propostas têm características comuns, em particular, implicam que a Ucrânia não adira à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e faça concessões territoriais à Rússia.

Por sua vez, em 14 de junho de 2024, o presidente russo Vladimir Putin indicou as seguintes condições para a solução do conflito ucraniano:

# Retirada completa do Exército ucraniano das repúblicas populares de Donetsk e Lugansk (RPD e RPL) e das regiões de Zaporozhie e Kherson;

# Reconhecimento das realidades territoriais consagradas na Constituição russa;

# Status neutro, não alinhado e não nuclear da Ucrânia;

# Desmilitarização e desnazificação da Ucrânia;

# Garantia dos direitos, liberdades e interesses dos cidadãos ucranianos de língua russa;

# Cancelamento de todas as sanções impostas à Rússia.

¨      Promessas da UE e OTAN de tornar Ucrânia membro dos blocos parecem 'vazias', diz especialista chinês

As promessas da União Europeia (UE) e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) de admitir a Ucrânia como membro parecem relativamente "vazias", disse Cui Hongjian, professor da Academia de Governança Regional e Global da Universidade de Estudos Internacionais de Pequim.

Os ministros das Relações Exteriores da Alemanha, França, Reino Unido, Espanha, Itália e Polônia, bem como a chefe da diplomacia europeia, Kaja Kallas, disseram em 12 de dezembro, após uma reunião em Berlim, que continuam a apoiar as aspirações da Ucrânia em direção à OTAN e à UE.

O especialista acha que essa foi uma tentativa óbvia dos países da UE de demonstrar coletivamente sua posição, mas é de ressaltar que os seis países não representam toda a UE ou a OTAN.

"Ainda não se sabe se a declaração desses seis países pode ser estendida a outros países europeus. Seja na UE ou na OTAN, suas promessas de admitir a Ucrânia como membro parecem relativamente vazias", sublinhou Cui falando na Televisão Central da China (CCTV).

Além disso, a administração do presidente eleito dos EUA Donald Trump poderia muito bem corrigir sua política em relação à Ucrânia.

Enquanto isso, os países europeus não formaram uma posição unificada sobre a questão ucraniana e não expressaram uma opinião clara, por isso, indicou Cui, há uma grande incerteza sobre o desempenho da Europa em uma solução do conflito ucraniano.

Anteriormente, o presidente russo Vladimir Putin disse que a possível adesão da Ucrânia à OTAN é uma ameaça à segurança da Rússia.

Ele enfatizou que os riscos da adesão de Kiev à aliança foram um dos motivos para o início da operação militar especial na Ucrânia.

¨      Especialista sugere que equipamento 'eliminado' na Síria acabará em breve na Ucrânia

Os Estados Unidos estão planejando transferir à Ucrânia e fornecer a Kiev veículos blindados e outras armas supostamente destruídas na Síria, sugeriu o especialista militar russo Aleksei Leonkov em uma conversa com a Sputnik.

Assim, ele comentou o próximo pacote anunciado pelo secretário de Estado dos EUA Antony Blinken, que prevê ajuda militar no valor de US$ 500 milhões (mais de R$ 3 bilhões), e vários relatos de bombardeios, inclusive por Israel, dos equipamentos militares do ex-Exército sírio.

"O fato de não haver veículos blindados pesados nos pacotes [de ajuda], acho, é um fenômeno temporário. Sugiro que o bombardeio contra as Forças Armadas sírias, ou melhor, seus remanescentes, seja uma fachada sob a qual todos os equipamentos de fabricação soviética acabarão no território ucraniano", opinou Leonkov.

Segundo ele, o Ocidente não pode fornecer à Ucrânia a quantidade de equipamentos pesados de que Kiev precisaria para continuar lutando.

O especialista enfatizou que, nesse contexto, parecem particularmente estranhas as declarações recentes do Departamento de Estado dos EUA de que os ucranianos mobilizados de idades entre 18 e 25 anos, que Kiev deveria enviar para a linha de frente a pedido dos EUA, seriam equipados e supridos com equipamentos.

Leonkov estima que "montes de armas" permanecem na Síria e não é do interesse de nenhum dos lados da região destruí-las.

Um exemplo característico, pelo qual será possível entender se os equipamentos do Oriente Médio foram enviados à Ucrânia, será a participação em operações de combate dos tanques T-62, que a Rússia havia fornecido anteriormente a Damasco em grandes quantidades, disse o especialista.

Além disso, ele lembrou que anteriormente um agrupamento naval dos EUA foi visto no mar Mediterrâneo com vários navios de desembarque capazes de transportar tanques.

Alguns especialistas, disse ele, pensaram que os americanos desembarcariam um grupo terrestre, mas isso não aconteceu.

Leonkov disse que esses navios podiam ter chegado apenas para se preparar para a transferência de equipamentos da Síria para a Ucrânia.

¨      Forças ucranianas perderam a capacidade de manter a frente devido ao avanço da Rússia

Os combatentes ucranianos são privados da possibilidade de manter suas posições, enquanto as Forças Armadas da Rússia estão avançando constantemente, escreve o jornal Le Figaro com referência a uma fonte no Exército francês.

Segundo declarou o interlocutor, as tropas ucranianas estão enfrentando sérios problemas devido à falta de recursos e à falta de rotação das tropas ao ponto de não poderem sequer construir estruturas defensivas.

"Os russos não aceleram a ofensiva. Simplesmente os ucranianos não conseguem mais manter a frente. Neste momento, nenhum impulso decisivo é visível. Os russos avançam metodicamente, setor por setor", cita o artigo as declarações da fonte.

Observa-se ainda que a paisagem ucraniana, composta principalmente pela estepe, beneficia os militares russos, pois permite detectar e destruir rapidamente o equipamento inimigo.

"Tal tática é uma consequência da transparência do campo de batalha: qualquer concentração de forças para a ofensiva é imediatamente detectada e atingida pelo adversário. [...] Os ucranianos não têm quase nenhuma opção alternativa", conclui o autor.

<><> Soldados ucranianos jogaram granadas nos porões com civis durante retirada, diz morador da RPD

Um morador do vilarejo de Zhelannoe na República Popular de Donetsk (RPD), Aleksandr Miroshnik, disse à Sputnik que os militares ucranianos jogaram granadas nos porões dos prédios residenciais.

Em 21 de agosto de 2024, o Ministério da Defesa da Rússia comunicou a libertação da povoação de Zhelannoe na RPD por unidades do agrupamento de tropas Tsentr (Centro).

Segundo um morador local, durante os combates, um amigo lhe disse que militares do Exército ucraniano entraram no vilarejo a partir do povoado vizinho de Novoselovka, onde já tinham jogado granadas nos porões com civis.

Miroshnik disse que entre os militantes que fizeram isso havia mercenários estrangeiros e que teve sorte de sair de sua casa, pois foi destruída.

De acordo com ele, só um de seus vizinhos está vivo depois de ter se encontrado com os soldados ucranianos, que inicialmente confundiu com russos.

"Ele [o vizinho] disse 'olá' para eles, e responderam 'glória à Ucrânia'. Ele rapidamente se escondeu no porão. Eles começaram a jogar granadas nele."

O vizinho conseguiu se esconder atrás de portas velhas que tinha levado com antecedência ao porão. Se não fosse essa proteção, teria morrido, contou Miroshnik.

"Ele saiu depois de um tempo. Pensou que fossem eles de novo, mas já foram os russos que entraram", acrescentou.

Os últimos tempos são considerados por muitos especialistas como os piores para a Ucrânia de todo o período do conflito, já que há meses que as Forças Armadas ucranianas estão recuando constantemente, perdendo, às vezes, vários povoados em um dia.

 

Fonte: Sputnik Brasil

 

 

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