Rússia está se
desenvolvendo e lidará com todas as tarefas, ante tentativas de impedi-la, diz
Putin
A Rússia está se
desenvolvendo, apesar das sanções e da pressão sem precedentes, e vai lidar com
todas as tarefas que tem pela frente, enquanto as tentativas de impedir e
chantageá-la não levarão a nada, disse o presidente russo Vladimir Putin,
falando hoje (14) no congresso do partido governista Rússia Unida.
Segundo ele, os
inimigos da Rússia tentaram em todas as épocas enfraquecer sua unidade e agora
estão seguindo o mesmo caminho.
Porém, o país
está "autoconfiante e sente que tem razão e força", sua economia
está crescendo e mesmo as sanções
sem precedentes não
o impedirão de cumprir todas as tarefas imediatas e de longo prazo, afirmou
Putin.
O presidente russo
ressaltou que a própria Rússia está pronta para impedir as tentativas
de a enfraquecer e
vai se defender.
Ao mesmo tempo,
Rússia reprimirá com firmeza as tentativas de minar a unidade do país e jogar
com questões
étnicas ou
religiosas, enfatizou Putin.
"Impediremos
com firmeza tais provocações, responderemos a quaisquer ameaças e desafios e
estamos prontos para revidar, como se diz, em todo o front."
De acordo com o
presidente, o front não se estende apenas ao longo da linha de contato de
combate.
"De
fato, o confronto global e decisivo afeta todos os aspectos de nossas
vidas: cultura, educação, visão do mundo, economia e esfera tecnológica."
Putin também
descreveu a Rússia como uma civilização
única e
distinta que sempre estará unida.
·
Ocidente
terá que restabelecer relação com Rússia em meio a sanções fracassadas, diz
especialista
O Ocidente terá de
restabelecer as relações com a Rússia para alcançar a estabilidade que foi
mantida durante a Guerra Fria, de acordo com a revista Responsible Statecraft
com referência ao especialista alemão em política externa da universidade
Halle-Wittenberg Johannes Varwick.
Em sua opinião,
independentemente do resultado do conflito, o Ocidente terá de estabelecer
relações com a Rússia para
garantir a sua coexistência numa Guerra Fria 2.0.
O artigo observa
que na Europa e nos EUA tanto a sociedade civil quanto a elite política estão
cada vez mais inclinadas para uma solução
pacífica do conflito ucraniano e negociações, enquanto a
Ucrânia está muito longe de alcançar qualquer resultado, muito menos a vitória.
"Atualmente, a
Ucrânia está mais longe de conseguir alcançar algo que possa remotamente se
assemelhar a uma vitória militar do que alguma vez foi desde fevereiro de 2022.
Ao contrário das expectativas dos EUA e da UE, as sanções não derrubaram
a economia
russa e
não mudaram sua política como o Ocidente queria", diz o artigo.
Anteriormente, o
The New York Times havia dito que o próximo ano será o ano de negociações sobre
a Ucrânia, chamando isso de má notícia para Kiev, dadas as suas perdas
territoriais.
O jornal também observou que tal desenvolvimento não dependeria de quem se
tornaria presidente dos EUA, mas a vitória de Donald Trump na eleição
presidencial em novembro acelerará as negociações.
¨ Trump está falando
sério de querer estabelecer um cessar-fogo na Ucrânia no 1º dia, diz mídia
A equipe do
presidente eleito dos EUA, Donald Trump, tem trabalhado intensamente para
negociar uma trégua entre a Ucrânia e a Rússia que poderia abrir caminho para
as negociações de paz, informou a NBC na sexta-feira (13), citando pessoas
familiarizadas com o assunto.
Trump tem
repetidamente criticado o modo como a administração
Biden lidou
com o conflito e afirmou que isso nem teria acontecido se ele estivesse no
comando da Casa Branca.
"Trump está
realmente falando sério sobre querer chegar a um cessar-fogo no primeiro
dia", disse uma fonte à
NBC News.
De acordo com a
mídia, a equipe de segurança nacional de Trump já realizou conversações com a
Casa Branca e a liderança de Kiev. O vice-presidente eleito, J.D. Vance, e
o enviado
especial para a Ucrânia, Keith Kellogg, se encontraram com o chefe de gabinete
de Vladimir Zelensky, Andrei Yermak, na semana passada.
Os conselheiros e
candidatos ao gabinete
presidencial de Trump "têm
uma gama de pontos de vista" sobre a Ucrânia e ainda não apresentaram
"um plano de paz conceitual ou específico" para Kiev, informou a NBC,
citando ex-funcionários dos EUA em contato com os ucranianos e duas fontes em
Kiev.
Ações do Ocidente
fizeram com que Ucrânia fique em desvantagem após um cessar-fogo, diz
especialista
Os combates na
Ucrânia já poderiam ter cessado há muito tempo, mas o Ocidente contribuiu para
a continuação do conflito, o que poderia colocar o país em desvantagem depois
de uma trégua, disse o ex-funcionário da Casa Branca e do Pentágono Douglas
MacKinnon em seu artigo para o jornal The Hill.
MacKinnon mencionou
os acordos já alcançados entre a Rússia e a Ucrânia em Istambul em 2022, pouco
depois do início da operação militar especial, que, de acordo com várias
publicações ocidentais, foram frustrados pelo então primeiro-ministro do Reino
Unido Boris Johnson.
O especialista os
chama de primeiro cessar-fogo alcançado que foi "misteriosamente
sabotado".
O artigo
responsabiliza os líderes ocidentais pela ignorância
das enormes perdas que
a Ucrânia sofreu após a recusa dessas negociações.
"O maior
'mistério' é por que algumas pessoas não querem interromper a matança [...] na
Ucrânia."
Segundo o
especialista, as únicas pessoas que têm sido a favor de uma solução
diplomática desde
o primeiro dia do conflito são o presidente eleito dos EUA Donald Trump, o
vice-presidente eleito J.D. Vance e Robert F. Kennedy Jr., que também faz parte
da atual equipe de Trump.
"Haverá um cessar-fogo.
Sempre haverá um cessar-fogo. Só que agora, a Ucrânia estará em uma
posição muito pior, porque perdeu muito mais território desde que o primeiro
cessar-fogo foi cogitado", opina MacKinnon.
Na opinião
dele, os
líderes ocidentais não
estão realmente interessados no destino dos ucranianos comuns, que usam para
atingir seus objetivos.
"O pior de
tudo é que centenas de milhares de homens, mulheres e crianças foram mortos ou
mutilados desnecessariamente porque os 'líderes' do Ocidente queriam
continuar a jogar um jogo de tabuleiro sentados na segurança de seus
escritórios a milhares de milhas do campo de batalha."
O ex- e futuro
anfitrião da Casa Branca, Trump, disse anteriormente que pretende chegar a um
acordo sobre o conflito entre a Rússia e a Ucrânia em
apenas 24 horas.
Ao comentar as
palavras de Trump, o porta-voz da presidência russa Dmitry Peskov descreveu o
conflito como um problema complexo demais para ser resolvido em um dia.
De acordo com
informações da mídia, há agora pelo menos três planos, apresentados pelo futuro
vice-presidente J.D. Vance, pelo ex-diretor de inteligência nacional Richard
Grenell e por Keith Kellogg, que foi nomeado enviado especial para a Ucrânia.
Essas propostas têm
características comuns, em particular, implicam que a Ucrânia não adira à
Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e faça concessões
territoriais à
Rússia.
Por sua vez, em 14
de junho de 2024, o presidente russo Vladimir Putin indicou as
seguintes condições para a solução do conflito ucraniano:
# Retirada completa
do Exército ucraniano das repúblicas populares de Donetsk e Lugansk (RPD e RPL)
e das regiões de Zaporozhie e Kherson;
# Reconhecimento
das realidades territoriais consagradas na Constituição russa;
# Status neutro,
não alinhado e não nuclear da Ucrânia;
# Desmilitarização
e desnazificação da Ucrânia;
# Garantia dos
direitos, liberdades e interesses dos cidadãos ucranianos de língua russa;
# Cancelamento de
todas as sanções impostas à Rússia.
¨ Promessas da UE e
OTAN de tornar Ucrânia membro dos blocos parecem 'vazias', diz especialista
chinês
As promessas da
União Europeia (UE) e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) de
admitir a Ucrânia como membro parecem relativamente "vazias", disse
Cui Hongjian, professor da Academia de Governança Regional e Global da
Universidade de Estudos Internacionais de Pequim.
Os ministros das
Relações Exteriores da Alemanha, França, Reino Unido, Espanha, Itália e
Polônia, bem como a chefe da diplomacia
europeia,
Kaja Kallas, disseram em 12 de dezembro, após uma reunião em Berlim, que
continuam a apoiar as aspirações da Ucrânia em direção à OTAN e à UE.
O especialista acha
que essa foi uma tentativa óbvia dos países da UE de demonstrar coletivamente
sua posição, mas é de ressaltar que os seis países não representam toda a
UE ou a OTAN.
"Ainda não se
sabe se a declaração desses seis países pode ser estendida a outros países
europeus. Seja na UE ou na OTAN, suas promessas de admitir a Ucrânia como
membro parecem relativamente vazias", sublinhou Cui falando na
Televisão Central da China (CCTV).
Além disso, a
administração do presidente eleito dos EUA Donald Trump poderia muito bem
corrigir sua política em relação à Ucrânia.
Enquanto isso, os
países europeus não formaram uma posição unificada sobre a questão
ucraniana e não expressaram uma opinião clara, por isso, indicou Cui, há uma
grande incerteza sobre o desempenho da Europa em uma solução
do conflito ucraniano.
Anteriormente, o
presidente russo Vladimir Putin disse que a possível adesão da Ucrânia à OTAN é
uma ameaça à segurança da Rússia.
Ele enfatizou que
os riscos da adesão de Kiev à aliança foram um dos motivos para o início
da operação
militar especial na
Ucrânia.
¨ Especialista sugere
que equipamento 'eliminado' na Síria acabará em breve na Ucrânia
Os Estados Unidos estão
planejando transferir à Ucrânia e fornecer a Kiev veículos blindados e outras
armas supostamente destruídas na Síria, sugeriu o especialista militar russo
Aleksei Leonkov em uma conversa com a Sputnik.
Assim, ele comentou
o próximo pacote anunciado pelo secretário de Estado dos EUA Antony Blinken,
que prevê ajuda militar no valor de US$ 500 milhões (mais de R$ 3 bilhões), e
vários relatos de bombardeios, inclusive por Israel, dos equipamentos
militares do ex-Exército sírio.
"O fato de não
haver veículos blindados pesados nos pacotes [de ajuda], acho, é um fenômeno
temporário. Sugiro que o bombardeio contra as Forças Armadas sírias, ou melhor,
seus remanescentes, seja uma fachada sob a qual todos os equipamentos
de fabricação soviética acabarão no território ucraniano", opinou Leonkov.
Segundo ele, o
Ocidente não pode fornecer à Ucrânia a quantidade de equipamentos
pesados de
que Kiev precisaria para continuar lutando.
O especialista
enfatizou que, nesse contexto, parecem particularmente estranhas as declarações
recentes do Departamento de Estado dos EUA de que os ucranianos
mobilizados de
idades entre 18 e 25 anos, que Kiev deveria enviar para a linha de frente a
pedido dos EUA, seriam equipados e supridos com equipamentos.
Leonkov estima
que "montes
de armas" permanecem
na Síria e não é do interesse de nenhum dos lados da região destruí-las.
Um exemplo
característico, pelo qual será possível entender se os equipamentos do Oriente
Médio foram enviados à Ucrânia, será a participação em operações de combate
dos tanques T-62, que a Rússia havia fornecido anteriormente a Damasco em
grandes quantidades, disse o especialista.
Além disso, ele
lembrou que anteriormente um agrupamento naval dos EUA foi visto no mar
Mediterrâneo com vários navios de desembarque capazes de transportar
tanques.
Alguns
especialistas, disse ele, pensaram que os americanos desembarcariam um grupo
terrestre, mas isso não aconteceu.
Leonkov disse que
esses navios podiam ter chegado apenas para se preparar para a transferência
de equipamentos da
Síria para a Ucrânia.
¨ Forças ucranianas
perderam a capacidade de manter a frente devido ao avanço da Rússia
Os combatentes
ucranianos são privados da possibilidade de manter suas posições, enquanto as
Forças Armadas da Rússia estão avançando constantemente, escreve o jornal Le
Figaro com referência a uma fonte no Exército francês.
Segundo declarou o
interlocutor, as tropas
ucranianas estão
enfrentando sérios problemas devido à falta de recursos e à falta de rotação
das tropas ao ponto de não poderem sequer construir estruturas defensivas.
"Os russos não
aceleram a ofensiva. Simplesmente os ucranianos não conseguem mais manter
a frente. Neste
momento, nenhum impulso decisivo é visível. Os russos avançam metodicamente,
setor por setor", cita o artigo as
declarações da fonte.
Observa-se ainda
que a paisagem ucraniana, composta principalmente pela estepe, beneficia os
militares russos, pois permite detectar e destruir rapidamente o equipamento
inimigo.
"Tal tática é
uma consequência da transparência do campo
de batalha:
qualquer concentração de forças para a ofensiva é imediatamente detectada e
atingida pelo adversário. [...] Os ucranianos não têm quase nenhuma opção
alternativa", conclui o autor.
<><>
Soldados ucranianos jogaram granadas nos porões com civis durante retirada, diz
morador da RPD
Um morador do
vilarejo de Zhelannoe na República Popular de Donetsk (RPD), Aleksandr
Miroshnik, disse à Sputnik que os militares ucranianos jogaram granadas nos
porões dos prédios residenciais.
Em 21 de agosto de
2024, o Ministério da Defesa da Rússia comunicou a libertação da povoação de
Zhelannoe na RPD por unidades do agrupamento
de tropas Tsentr (Centro).
Segundo um morador
local, durante os combates, um amigo lhe disse que militares do Exército
ucraniano entraram no vilarejo a partir do povoado vizinho de Novoselovka, onde
já tinham jogado granadas nos porões
com civis.
Miroshnik disse que
entre os militantes que fizeram isso havia mercenários estrangeiros e
que teve sorte de sair de sua casa, pois foi destruída.
De acordo com ele,
só um de seus vizinhos está vivo depois de ter se encontrado com os soldados
ucranianos,
que inicialmente confundiu com russos.
"Ele [o
vizinho] disse 'olá' para eles, e responderam 'glória à Ucrânia'. Ele
rapidamente se escondeu no porão. Eles começaram a jogar granadas nele."
O vizinho conseguiu
se esconder atrás de portas velhas que tinha levado com antecedência
ao porão. Se não fosse essa proteção, teria morrido, contou Miroshnik.
"Ele saiu
depois de um tempo. Pensou que fossem eles de novo, mas já foram os russos que
entraram", acrescentou.
Os últimos tempos
são considerados por muitos especialistas como os
piores para
a Ucrânia de todo o período do conflito, já que há meses que as Forças Armadas
ucranianas estão recuando constantemente, perdendo, às vezes, vários povoados
em um dia.
Fonte: Sputnik
Brasil
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