terça-feira, 24 de dezembro de 2024

Ocidente está 'totalmente delirante' sobre a Ucrânia e pagará caro por esse erro, diz Orban

Ocidente, ao não perceber a nova realidade do conflito na Ucrânia, está totalmente delirante e pagará um alto preço por seu erro, disse o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán.

Segundo Orbán, o presidente preparado para lutar pelo futuro espiritual e civilizacional do Ocidente ao lado dos patriotas está se preparando para chegar ao poder nos Estados Unidos, e isso mudará completamente o mundo ocidental, acredita o primeiro-ministro.

"Eu já vivo mentalmente nessa nova realidade, e o governo húngaro já está lá. E em Bruxelas, eles ainda estão na velha realidade, que era antes das grandes mudanças. E eles dizem que tudo pode ser feito como eles têm feito até agora. Totalmente delirante. Eles vão pagar caro por isso", disse Orban à emissora M1.

Orban disse anteriormente que a Europa e os Estados Unidos gastaram um total de 310 bilhões de euros na Ucrânia, o que foi uma quantia "de pesadelo". Se esse dinheiro tivesse sido investido na economia europeia, os europeus estariam vivendo muito melhor hoje e teria sido possível "fazer milagres".

Ele também declarou recentemente que a economia mundial, em consequência das políticas suicidas do Ocidente, às quais as sanções também estão relacionadas, corre o risco de se dividir nos blocos ocidental e oriental, com a Hungria não querendo pertencer a nenhum deles, mas mantendo laços econômicos estreitos com ambos.

¨      Chanceler húngaro: trégua de Natal ajudaria a resolver crise na Ucrânia

A trégua de Natal proposta pela Hungria entre a Rússia e a Ucrânia poderia ser uma grande ajuda para iniciar uma solução pacífica para a crise, informou o ministro das Relações Exteriores da Hungria, Peter Szijjarto, à agência de notícias RIA Novosti.

Na semana passada, o atual líder ucraniano Vladimir Zelensky criticou outra vez o primeiro-ministro húngaro Viktor Orbán por conta de uma ligação telefônica com o presidente russo Vladimir Putin, durante a qual os dois discutiram a possibilidade de estabelecer uma paz "duradoura e sustentável" na Europa.

Szijjarto afirmou que o lado húngaro solicitou a Kiev um telefonema entre Orbán e Zelensky, mas recebeu uma "recusa descortês".

"Nós estávamos certos, e continuamos certos, de que essa guerra não tem solução no campo de batalha, mas apenas na mesa de negociações", declarou o chanceler à RIA Novosti.

Ele disse que, para alcançar uma solução pacífica duradoura, é preciso de certas condições, como um cessar-fogo que também salvaria centenas ou milhares de vidas de pessoas e mostrar um bom exemplo.

"Acho que o Natal próximo pode significar ou proporcionar uma ótima plataforma para isso, mesmo que seja apenas por alguns dias", opinou.

Ele observou que a tarefa da Hungria era fazer uma proposta adequada, enquanto o resto depende de Zelensky:

"Deixe que o povo ucraniano julgue sua decisão."

¨      Em conversa com Putin, Fico diz querer padronizar os laços bilaterais entre Eslováquia e Rússia

O primeiro-ministro eslovaco Robert Fico disse que havia discutido com o presidente russo Vladimir Putin a situação na Ucrânia e as possibilidades de resolução do conflito, bem como as relações entre a Rússia e a Eslováquia.

"Em uma longa conversa, Vladimir Putin e eu trocamos opiniões sobre a situação militar na Ucrânia e as possibilidades de um fim pacífico rápido para a guerra e sobre as relações entre a Eslováquia e a Rússia, que pretendo padronizar", disse Fico em sua conta no Facebook (proibida na Rússia por atividades consideradas extremistas).

De acordo com o premiê eslovaco, isso também será ajudado por eventos relacionados ao 80º aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial e à vitória sobre o fascismo, "onde o papel decisivo foi desempenhado por russos, belarussos, ucranianos e outros povos da antiga URSS".

O primeiro-ministro também observou que o presidente Putin havia confirmado a prontidão da Rússia em continuar fornecendo gás para o Ocidente.

"O presidente russo Vladimir Putin confirmou a prontidão da Rússia em continuar fornecendo gás para o Ocidente e a Eslováquia, o que, dada a abordagem do presidente ucraniano, é praticamente impossível depois de 1º de janeiro de 2025", disse Fico nas redes sociais.

Putin recebeu Fico, que está em visita de trabalho a Moscou, no Kremlin no domingo (22), afirmou o porta-voz do Kremlin Dmitry Peskov anteriormente. Fico chegou a dizer que sua visita a Moscou foi uma reação às palavras de Vladimir Zelensky de que ele era contra qualquer trânsito de gás pela Ucrânia.

Ainda segundo o porta-voz, Putin e Fico discutiram relações bilaterais, questões energéticas, a situação na Ucrânia e o curso da operação militar especial durante uma extensa conversa no Kremlin.

¨      Trump diz estar ansioso por conversas com Putin para acabar com o conflito ucraniano

O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, disse no domingo (22) que espera uma reunião com o presidente russo Vladimir Putin para abordar a resolução do conflito ucraniano.

"O presidente Putin disse que quer se encontrar comigo o mais breve possível. Então temos que esperar por isso, mas temos que acabar com essa guerra", disse Trump ao discursar na conferência Turning Point USA no estado do Arizona.

Trump chamou o conflito na Ucrânia de "horrível" e reiterou que, se ele tivesse sido o presidente dos Estados Unidos em vez do atual chefe de Estado, Joe Biden, esse conflito não teria acontecido.

Donald Trump prometeu que seria capaz de chegar a uma solução negociada para o conflito ucraniano. Ele disse várias vezes que seria capaz de resolver o conflito na Ucrânia em um dia. A Rússia acredita que esse é um problema complexo demais para uma solução tão simples.

¨      Londres pode falhar promessa de ceder divisão blindada à OTAN por falta de tropas e tanques

O Exército britânico está enfrentando “humilhação” pelos planos de abandonar a promessa do Reino Unido à OTAN de fornecer uma divisão blindada de tanques e tropas.

Recentemente, fontes do Exército expressaram ao jornal o receio que o abandono do compromisso de fornecer uma divisão blindada levaria a novas reduções de seu tamanho. O Exército britânico tem apenas 70 mil soldados em tempo integral e esse número pode ser reduzido em mais 1.000 efetivos no próximo ano.

A quantidade de tanques do Reino Unido também despencou. Os chefes da entidade militar investiram 420 milhões de libras esterlinas (R$ 3.2 bilhões) para construir 148 tanques Challenger 3, descritos por fontes como "um retorno deplorável em um investimento tão alto".

Mas foram apenas comprados 60 conjuntos de apoio à defesa para proteger os tanques, indicando quantos seriam enviados para a linha de frente.

Atualmente, uma divisão blindada requer pelo menos 130 tanques e até 15 mil soldados.

"Ninguém na OTAN fala mais sobre o fornecimento pelo Reino Unido de uma divisão blindada, porque tem tão poucas tropas e tanques. Seria humilhante para o Exército", comentou uma fonte ao jornal.

<><> Exército do Reino Unido enfrenta crise de demissão de soldados, apesar do aumento salarial

Os soldados do Reino Unido estão deixando as Forças Armadas "em uma taxa alarmante", apesar do aumento salarial recorde no verão (Hemisfério Norte), informou a mídia britânica.

De acordo com uma matéria do jornal The Telegraph publicada no sábado (21), havia apenas dois militares por mil pessoas no Reino Unido pela primeira vez na história. Nos últimos 12 meses, mais de 15.000 soldados teriam deixado as Forças Armadas, apesar dos esforços do governo para lidar com a crise aumentando os salários em 6%, o que é o maior aumento nos últimos 22 anos.

No final de outubro, o ministro da Defesa do Reino Unido, John Healey, admitiu que as Forças Armadas do país estão bem equipadas para conduzir operações militares, mas ainda não estão preparadas para o combate. Em julho, o ministro declarou que as Forças Armadas do reino enfrentam uma série de desafios significativos.

O Comitê de Defesa do Parlamento do Reino Unido já havia instado o governo a fazer uma escolha entre aumentar o investimento nas Forças Armadas ou reconhecer que priorizar adequadamente as operações de combate levará a uma redução no número geral de missões.

¨      Chefe da OTAN acredita que 'críticas de Zelensky a Scholz são injustas'

O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), Mark Rutte, disse que considerava as críticas às vezes duras ao chanceler alemão Olaf Scholz pelo líder ucraniano Vladimir Zelensky injustificadas, informou a agência de notícias DPA.

Na medida em que a Ucrânia se aproxima de um ponto sem retorno em sua guerra por procuração da OTAN contra a Rússia, com a tomada de posse de Donald Trump no dia 20 de janeiro à Casa Branca, uma das frustrações em Kiev tem sido a hesitação em Berlim de fornecer mísseis de cruzeiro Taurus de longo alcance.

A Alemanha, que já foi uma aliada importante para a Ucrânia, tem se mostrado um ponto de resistência às aspirações de Zelensky que deseja obter todo tipo de armamento para atacar a Rússia em profundidade, escalando o conflito. No entanto, o chanceler Olaf Scholz parece compreender as implicações desse gesto.

"Eu sempre disse a [Vladimir] Zelensky que ele deveria parar de criticar Olaf Scholz, porque acho isso injusto", disse Rutte em uma entrevista citada pela DPA nesta segunda-feira (23).

Mesmo tendo adotado uma postura diferente à de Scholz no que tange os mísseis de cruzeiro Taurus, uma vez que o líder da Aliança Atlântica acredita que seu fornecimento sem limites à Ucrânia representaria um ganho estratégico no conflito, Rutte discorda que a liderança alemã tivesse de ser criticada já que tais decisões são unilaterais e aumentar o tom poderia resultar em uma resposta ainda mais crítica.

"Em geral, sabemos que tais capacidades são muito importantes para a Ucrânia", disse Rutte segundo a Reuters, acrescentando não ter qualquer ingerência sobre as entregas aliadas.

Zelensky subiu o tom das críticas a Olaf Scholz após um telefonema do líder alemão com o líder russo Vladimir Putin em novembro, dizendo que o gesto teria "aberto uma caixa de Pandora" que minou os esforços para isolar o líder russo e encerrar a guerra na Ucrânia com uma "paz justa". Esquece a liderança ucraniana que quando o conflito acabar, normalmente em uma mesa de negociações, Berlim pode querer restabelecer laços econômicos com a Rússia e ampliar o fornecimento de energia.

¨      Coronel alemão avalia chances de EUA e OTAN derrubarem os mísseis russos do sistema Oreshnik

Embora os EUA e a OTAN tenham uma nova geração de sistemas de defesa aérea Patriot, é improvável que eles consigam interceptar com sucesso a “nuvem de alvos” do complexo russo Oreshnik, disse à Sputnik Jurgen Rose, tenente-coronel aposentado das unidades antiaéreas da Bundeswehr.

Durante a coletiva de imprensa anual, o presidente russo Vladimir Putin desafiou o Ocidente para um duelo de mísseis, caso duvide das capacidades da nova arma russa. Ele propôs que os países ocidentais escolham um alvo a ser atingido pelo novo míssil Oreshnik em Kiev, concentrem lá todas as suas forças antiaéreas e antimíssil e tentem interceptar o míssil russo.

"Mesmo que apenas um míssil seja lançado, a seguir, aparentemente são libertadas cinco ou seis ogivas guiadas individuais, que voam para o seu alvo. Além disso, pode haver alvos falsos acompanhando, de modo que será necessário identificar e atingir não um, mas uma nuvem inteira de alvos", comentou Rose.

Os EUA e a OTAN têm sistemas de defesa antimísseis da geração PAC-3, que são otimizados para defesa contra mísseis balísticos. No entanto, de acordo com Rose, o problema será que, em caso de outro ataque, podem ser lançados não um ou vários mísseis com aviso prévio, como foi no caso de Dnepropetrovsk, mas vários sem aviso prévio.

"Quando mísseis como o Oreshnik estão voando a uma velocidade dez vezes mais rápida que o som, será extremamente difícil interceptá-los, porque o tempo para os derrubar com sucesso é muito curto. A probabilidade de interceptar algo semelhante é extremamente pequena, embora não impossível", explicou o especialista.

Neste caso, a OTAN enfrentaria sérias dificuldades, já que os sistemas de defesa aérea são atualmente incapazes de interceptar tais alvos. Nem ajudaria o fato de os EUA desenvolverem armas cinéticas e o programa antimíssil hit-to-kill (atingir para matar), cujos projéteis são supostos abater alvos individuais que se aproximam.

"Na tela do radar, você verá não apenas um míssil, mas 10, 20, 30, 40, 50 objetos se aproximando ao mesmo tempo. A OTAN não tem capacidade de proteção contra isso e será capaz de derrubar três ou quatro alvos se a bateria do Patriot PAC-3 estiver pronta para uso em determinado lugar", disse Rose.

¨      Mercenários brasileiros formam grupo para lutar ao lado do Exército ucraniano

Mercenários do Brasil formaram um grupo chamado Expeditionaries (Expedicionários) para lutar ao lado de Kiev, entre os quais estão ex-militares e policiais, de acordo com uma análise nas redes sociais feita pela Sputnik.

Os mercenários revelam detalhes de seu treinamento aos seus seguidores nas redes sociais.

Um dos mercenários, apelidado de macaco_one, disse em sua página do Instagram (plataforma proibida na Rússia por extremismo) que usou um fuzil de assalto Kalashnikov por um longo tempo antes de o substituir por uma metralhadora portátil FN Minimi Mk.2 de fabricação belga.

Na página de seu cúmplice com o apelido de meowspec, há publicações anteriores à participação nas hostilidades ao lado das forças ucranianas, atestando o serviço na Aviação do Exército brasileiro.

Outro mercenário, João Victor, serviu anteriormente no Batalhão de Operações Policiais Especiais de Minas Gerais.

O combatente com o apelido de srgrossetete, respondeu aos assinantes que, em sua opinião, o Exército Brasileiro não estava pronto para a guerra. Ele publicou fotos de treinamento na França com a Legião Estrangeira Francesa.

Também servia na legião um tal eg.doggo, que fazia parte do Expeditionaries.

Na Competição Internacional de Reconhecimento Militar na Estônia, um mercenário tirou uma foto e publicou-a com um alvo que supostamente mostrava um paraquedista russo.

A descrição diz que a Tropa Aerotransportada russa (VDV, na sigla em rússo) é uma unidade de elite de paraquedistas.

O Expeditionaries está lutando pela Ucrânia junto com o 2º Destacamento da unidade especial KORD da Diretoria Principal de Inteligência do Ministério da Defesa da Ucrânia.

Eles têm repetidamente reivindicado a responsabilidade por ataques terroristas e assassinatos na Rússia.

Os próprios membros do Expeditionaries publicam fotos com a bandeira e as divisas do Batalhão Omega da Diretoria Principal de Inteligência ucraniana.

<<<< O grupo consiste em mercenários estrangeiros de países como:

# Brasil;

# Itália;

# Estados Unidos;

# Reino Unido;

# Portugal;

# Espanha;

# Colômbia;

# África do Sul.

O Expeditionaries tem sua própria conta no Instagram, onde, entre outras coisas, publica imagens de sessões de treinamento no território dos EUA.

O Ministério da Defesa da Rússia declarou repetidamente que Kiev usa mercenários estrangeiros como "bucha de canhão", e os militares russos continuarão a eliminá-los em toda a Ucrânia.

Aqueles que foram lutar por dinheiro admitiram em muitas entrevistas que os militares ucranianos não coordenam bem suas ações e que a chance de sobreviver aos combates é pequena, pois a intensidade do conflito não é comparável à do Afeganistão e do Oriente Médio, aos quais estão acostumados.

 

Fonte: Sputnik Brasil

 

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