segunda-feira, 23 de dezembro de 2024

China denomina os EUA de maior ameaça à segurança global após um relatório alarmista do Pentágono

O Ministério da Defesa da China denunciou neste sábado (21) o recente relatório do Pentágono sobre o rápido desenvolvimento militar da China, dizendo que os próprios Estados Unidos tinham uma estratégia militar cada vez mais confrontacional que estava transformando o país na maior ameaça à segurança global.

"A evidência mostra que a estratégia militar dos Estados Unidos está se tornando cada vez mais confrontacional, ofensiva e aventureira. Os EUA, viciados em guerra, se tornaram o maior destruidor da ordem internacional e a maior ameaça à segurança global", disse o porta-voz do Ministério da Defesa da China, Zhang Xiaogang, no WeChat.

Zhang acusou os EUA de se aproveitar de sua superioridade militar para "preservar sua hegemonia unipolar, realizar mudanças de poder forçadas e provocar 'revoluções coloridas'".

O porta-voz chinês apontou a Síria, o Iraque e o Afeganistão como exemplos de como as intervenções militares dos EUA levaram a desastres humanitários e centenas de milhares de mortes.

O Departamento de Defesa dos EUA divulgou em 18 de dezembro o relatório exigido pelo Congresso, que alegava que a China apresentava "uma ameaça significativa e persistente de espionagem e ataques cibernéticos".

O documento alega que o estoque de ogivas nucleares operacionais da China ultrapassou 600 unidades em meados de 2024 e está projetado para chegar a 1.000 até 2030. Acredita-se que a China esteja expandindo rapidamente suas forças nucleares em meio a uma intensificação da competição estratégica com os EUA.

Ao mesmo tempo, o Pentágono disse que continua empenhado em manter linhas de comunicação abertas com a China para garantir que a concorrência não se transforme em conflito.

¨      Ameaça de 3ª Guerra Mundial está crescendo, mas não é preciso assustar as pessoas, diz Putin

O Ocidente está agravando a situação em relação à Rússia, aumentando assim as ameaças de uma Terceira Guerra Mundial, porém a Rússia vai sempre responder a qualquer desafio, disse o presidente Vladimir Putin.

Conversando com o jornalista Pavel Zarubin sobre as perspectivas de desenvolvimento das relações entre o Ocidente e a Rússia, o presidente russo lembrou a história destas relações.

Ele disse que no mundo tudo está mudando e que antigos inimigos se tornaram aliados. A Rússia está disposta a encontrar compromissos, mas sem prejudicar seus próprios interesses.

"Nós, se estabelecermos relações com alguém, faremos isso apenas com base nos interesses do Estado russo", sublinhou Putin.

Quando perguntado se a Terceira Guerra Mundial já estaria em curso, Putin aconselhou a não assustar as pessoas, mas observou que há muitos perigos e que eles estão aumentando.

"Veja, não é preciso assustar ninguém. Há muitos perigos, eles estão aumentando. E vemos o que o nosso adversário de hoje está fazendo – ele está escalando a situação", disse.

Quando os oponentes da Rússia perceberem que ela está pronta para responder a qualquer desafio, entenderão que é hora de buscar um compromisso, em vez de imporem sua própria linha, concluiu o presidente russo.

¨      Será que Israel comanda realmente a política dos EUA no Oriente Médio?

Os EUA podem estar ansiosos para deixar a Síria depois que esta foi neutralizada como "um pilar importante no Eixo da Resistência" e se tornou vulnerável à apropriação de terras israelense, disse a observadora e analista do Oriente Médio, Sonia Mansour, à Sputnik.

Esta semana, uma delegação do Departamento de Estado dos EUA visitou a Síria para conversar com o chefe do novo governo de transição do país, um homem por cuja cabeça o governo dos EUA havia colocado uma recompensa de US$ 10 milhões (cerca de R$ 60,8 milhões), agora removida.

"A Síria agora está sob a influência de dois aliados dos EUA, Israel e Turquia. Tanto Israel quanto a Turquia vão garantir que a política externa da Síria esteja em conformidade com os interesses dos Estados Unidos, que são os interesses de Israel", explica Mansour.

O futuro da Síria, tanto como país quanto como sociedade, juntamente com sua integridade territorial, não é uma preocupação para Washington "desde que os objetivos de Israel sejam alcançados", afirma a analista.

Por sua vez, os objetivos da União Europeia (UE) na Síria se alinham com os dos EUA, observa Mansour, embora com uma pequena ressalva: Bruxelas também "espera conter o fluxo de refugiados proveniente da região".

"Se a guerra de Gaza provou algo, é que os interesses dos Estados Unidos e de Israel na região são agora indistinguíveis, e quaisquer interesses que Israel possa ter, ele decide os meios, enquanto os EUA aprovam e se comprometem a cumprir os objetivos de Israel", ponderou a observadora.

Enquanto anteriormente os interesses dos Estados Unidos na Ásia Ocidental estavam principalmente relacionados à energia, agora os EUA querem apenas garantir o status dominante de Israel na região.

"A energia não dita mais as políticas dos EUA na região, apenas Israel o faz", disse Mansour.

"O novo governo sírio não desafiará Israel. Será um governo fraco, sem um exército real. Ele se tornará um Estado policial que baseará sua legitimidade no estabelecimento de uma sociedade islâmica que seja favorável ao mercado e a Israel", prevê.

¨      Trump quer despesas com defesa de 5% do PIB na OTAN enquanto nem todos os países cumprem 2%

O presidente eleito dos EUA Donald Trump, que em breve retornará à Casa Branca, teria dito aos membros da OTAN para se prepararem para um aumento acentuado dos gastos com defesa, estabelecendo uma nova meta de 5% do PIB, avança o Financial Times.

Isto representa mais que o dobro do patamar dos gastos definido pela Aliança de 2%, que apenas 23 dos 32 membros da OTAN cumprem atualmente.

O artigo sugere que a equipe de Trump esteve em discussões com altos funcionários europeus, delineando suas expectativas para a OTAN e ajuda militar à Ucrânia.

Durante sua campanha presidencial, Trump prometeu cortar a ajuda à Ucrânia, forçar Kiev a iniciar imediatamente negociações de paz e deixar os aliados da OTAN sem proteção se não gastarem o suficiente em defesa, assustando vários países europeus.

Aumento do patamar para 5% colocaria um fardo financeiro substancial para os Estados-membros, particularmente aqueles que já estão lidando com desafios econômicos.

Enquanto a demanda de Trump dos gastos com a defesa destaca seu foco na partilha de fardo dentro da OTAN, o impacto na coesão da Aliança permanece incerto.

<><> Por que chanceler alemão 'latiu' para presidente polonês em frente do chefe da OTAN?

O presidente polonês Andrzej Duda irritou o chanceler alemão Olaf Scholz na presença de líderes da União Europeia (UE) e do secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), Mark Rutte, ao ponto de Scholz latir para ele, informa o jornal Financial Times.

A publicação informa que o incidente ocorreu na quarta-feira (18) em Bruxelas, em uma reunião de líderes da UE organizada pelo chefe da OTAN, durante a qual eles discutiram maneiras de apoiar a Ucrânia depois que o presidente eleito dos EUA Donald Trump chegar ao poder.

Conforme relatado, o presidente da Polônia Duda pediu à UE que "confisque e gaste" os ativos soberanos russos no valor de € 260 bilhões (R$ 1,65 bilhão) congelados em estruturas financeiras europeias.

Essa ideia, nota o jornal, está sendo promovida pelos Estados Unidos e Reino Unido, mas a Alemanha, França e Itália, que usam o euro, estão se opondo a ela.

Scholz ficou "exasperado" e "irritado" que a ideia que ele repetidamente rejeitou, tenha sido novamente anunciada, conta o artigo.

"'Você não entende como isso afetaria a estabilidade de nossos mercados financeiros', latiu Scholz do outro lado da mesa para Duda, surpreendendo os outros líderes presentes. [...] 'Vocês nem sequer usam o euro!'", descreve.

Após o início da operação especial russa na Ucrânia, a UE e os países do G7 congelaram quase a metade das reservas de moeda estrangeira da Rússia, cerca de € 300 bilhões (R$ 1,9 trilhão).

O Ministério das Relações Exteriores da Rússia chamou repetidamente o congelamento de ativos russos na Europa de roubo, observando que a UE está visando não apenas fundos privados, mas também ativos públicos russos.

¨      Lições nunca aprendidas: como os EUA impulsionam a militarização de Taiwan

Pequim, que considera Taiwan a parte da China, tem repetidamente criticado as vendas de armas dos Estados Unidos para Taipé, o que, segundo a China, prejudica as relações sino-americanas e coloca em risco a paz e a estabilidade no estreito de Taiwan.

Taiwan recebeu um primeiro lote de 38 tanques Abrams fabricados nos Estados Unidos, com mais 70 veículos blindados desse tipo a serem entregues à ilha antes do final de 2026.

Vamos nos aprofundar em quais outros equipamentos militares Washington vendeu para Taipé sob a gestão do presidente Joe Biden entre 2021 e 2024, e quais armas norte-americanas Taiwan planeja ainda comprar. As informações são baseadas em fontes abertas e apurações da mídia.

# Armas e equipamentos já comprados — as transações aprovadas valem cerca de US$ 7 bilhões (aproximadamente R$ 42,6 bilhões):

# 3 sistemas nacionais avançados de mísseis superfície-ar NASAMS;

# 29 sistemas de foguetes de artilharia de alta mobilidade M142 Himars;

# número não divulgado de sistemas de mísseis táticos do exército MGM-140 ATACMS;

# 100 mísseis AGM-88B HARM e 23 mísseis de treinamento HARM;

# mísseis antinavio AGM-84L-1 Harpoon Block II;

# mísseis ar-ar AIM-9X Block II Sidewinder;

# sistemas de radar AN/TPS-77 e AN/TPS-78;

# 720 munições Switchblade;

# um sistema de minas dispersíveis lançado por veículo M136 Volcano;

# peças de reposição para caças e radares F-16.

<<<< A serem adquiridos — o pacote vale mais de US$ 15 bilhões (cerca de R$ 91,2 bilhões):

# 60 caças F-35 de quinta geração;

# 4 aeronaves de alerta aéreo antecipado tático E-2D Hawkeye;

# 10 navios de guerra aposentados não especificados;

# 400 mísseis interceptores para os sistemas de mísseis Patriot;

# um destróier Aegis.

O Ministério das Relações Exteriores da China disse repetidas vezes que as vendas de armas de Washington para Taiwan violam seriamente o princípio de Uma Só China e as disposições dos três comunicados conjuntos China-EUA. O anúncio de sábado (21) de Biden, sobre a alocação de US$ 571 milhões (cerca de R$ 3,4 bilhões) em ajuda militar a Taiwan representa um novo risco para a segurança da região, afirmou o Ministério em comunicado após o anúncio.

"Mais uma vez, os Estados Unidos fornecem ajuda militar e vendem armas a Taiwan chinesa, o que viola gravemente o princípio de Uma Só China e as cláusulas dos três comunicados conjuntos sino-americanos", refere o comunicado.

chancelaria chinesa também destaca que a ajuda militar dos EUA a Taiwan "viola gravemente a soberania e os interesses de segurança da China".

Além disso, o comunicado afirma que a questão de Taiwan afeta os interesses intrínsecos da China, o que representa a principal linha vermelha nas relações China-Washington que não pode ser ultrapassada.

"Ao ajudar Taiwan a alcançar a independência com a ajuda de armas, os EUA só se prejudicam a si próprios porque as tentativas de conter a China com a ajuda de Taiwan estão condenadas ao fracasso", sublinhou a entidade diplomática chinesa.

Ele também indicou que a China apela aos EUA para que parem de armar Taiwan e acabem com ações perigosas que minam a paz e a estabilidade no estreito de Taiwan.

"A China tomará resolutamente todas as medidas necessárias para defender a sua soberania, segurança e integridade territorial", destaca o comunicado.

As relações oficiais entre o governo central da República Popular da China e a sua província insular de Taiwan foram rompidas em 1949, depois das forças do partido nacionalista Kuomintang, liderado por Chiang Kai-shek (1887-1975), terem sofrido uma derrota na guerra civil contra o Partido Comunista (1927-1936 e 1945-1949) e se mudado para aquele arquipélago.

As relações entre Taipé e Pequim foram restabelecidas apenas a nível comercial e informal no final da década de 1980. Na década de 1990, as partes também começaram a se contactar através de várias ONG.

A tensão entre a China e Taiwan se agravou após a visita da então presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, à ilha em agosto de 2022, realizada apesar dos protestos de Pequim, que viu nessa viagem o apoio de Washington aos independentistas taiwaneses.

¨      Quais países e em quanto financiaram a Ucrânia nos últimos 3 anos? 

O financiamento ocidental da Ucrânia de fevereiro de 2022 até o início de dezembro deste ano foi de US$ 238,5 bilhões (R$ 1,45 trilhão), cerca de 90% das despesas orçamentárias do país, calculou a Sputnik com base em informações das autoridades ucranianas e dados abertos.

Assim, as despesas orçamentárias ucranianas em 2022-2023 totalizaram US$ 193,3 bilhões (R$ 1,17 trilhão), e em 2024 estava planejado o valor de US$ 81,3 bilhões (R$ 494 bilhões).

Assim, em três anos, as despesas totalizaram US$ 274,6 bilhões (R$ 1,67 trilhão).

Ao mesmo tempo, o valor da ajuda dos países ocidentais para a Ucrânia atingiu US$ 238,5 bilhões (R$ 1,45 trilhão), o que equivale a aproximadamente 87% dos gastos do orçamento ucraniano.

Da qual:

# Ajuda para fins sociais – US$ 106 bilhões (R$ 645 bilhões);

# Ajuda militar – US$ 132,5 bilhões (R$ 806 bilhões).

# Enquanto isso, a ajuda ocidental é 43% menor do que o prometido: US$ 238,5 bilhões (R$ 1,45 trilhão) contra US$ 416 bilhões (R$ 2,53 bilhões).

A principal diferença está na ajuda financeira, que foi prometida em quase US$ 240 bilhões (R$ 1,46 trilhão), mas menos da metade desse valor foi transferido.

Quanto aos suprimentos militares, a Ucrânia recebeu 75% dos US$ 176 bilhões (R$ 1,07 bilhão) prometidos.

O maior doador da Ucrânia ao longo dos três anos foram os Estados Unidos, com US$ 95,2 bilhões (R$ 579,4 bilhões), sendo que dois terços da ajuda concedida foram para as Forças Armadas e um terço para o orçamento.

A União Europeia (UE) e seus Estados-membros transferiram US$ 94,2 bilhões (R$ 573,3 bilhões) em ajuda financeira e militar para a Ucrânia.

Entre os Estados da UE, as atividades militares da Ucrânia foram financiadas principalmente pelos seguintes países:

# Alemanha – US$ 11,9 bilhões (R$ 72,4 bilhões);

# Dinamarca – US$ 7,5 bilhões (R$ 45,6 bilhões);

Países Baixos – US$ 6,3 bilhões (R$ 38,3 bilhões);

# Suécia – US$ 4,8 bilhões (R$ 29,2 bilhões).

# O Reino Unido completa os três primeiros, depois dos EUA e UE, tendo alocado US$ 13,4 bilhões (R$ 81,5 bilhões).

# O Fundo Monetário Internacional (FMI) concedeu à Ucrânia US$ 11,4 bilhões (R$ 69,3 bilhões) em empréstimos.

Além da UE e EUA, a Ucrânia ainda recebeu financiamento:

# do Canadá – US$ 7,8 bilhões (R$ 47,4 bilhões);

# do Japão – US$ 6,7 bilhões (R$ 40,7 bilhões):

# do Banco Mundial – US$ 5,3 bilhões (R$ 32,2 bilhões).

 

Fonte: Sputnik Brasil

 

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