China denomina os
EUA de maior ameaça à segurança global após um relatório alarmista do Pentágono
O Ministério da
Defesa da China denunciou neste sábado (21) o recente relatório do Pentágono
sobre o rápido desenvolvimento militar da China, dizendo que os próprios
Estados Unidos tinham uma estratégia militar cada vez mais confrontacional que
estava transformando o país na maior ameaça à segurança global.
"A evidência
mostra que a estratégia
militar dos Estados Unidos está se tornando cada vez mais confrontacional,
ofensiva e aventureira. Os EUA, viciados em guerra, se tornaram o maior
destruidor da ordem internacional e a maior ameaça à segurança global",
disse o porta-voz do Ministério da Defesa da China, Zhang Xiaogang, no WeChat.
Zhang acusou os EUA
de se aproveitar de sua superioridade militar para "preservar sua hegemonia
unipolar,
realizar mudanças de poder forçadas e provocar 'revoluções coloridas'".
O porta-voz chinês
apontou a Síria, o Iraque e o Afeganistão como exemplos de como as
intervenções militares dos EUA levaram a desastres humanitários e centenas de
milhares de mortes.
O Departamento de
Defesa dos EUA divulgou em 18 de dezembro o relatório exigido pelo Congresso,
que alegava que a China apresentava "uma ameaça significativa e
persistente de espionagem e ataques cibernéticos".
O documento alega
que o estoque de ogivas nucleares operacionais da China ultrapassou 600
unidades em meados de 2024 e está projetado para chegar a 1.000 até
2030. Acredita-se que a China esteja expandindo rapidamente suas forças
nucleares em
meio a uma intensificação da competição estratégica com os EUA.
Ao mesmo tempo, o
Pentágono disse que continua empenhado em manter linhas de comunicação abertas
com a China para garantir que a concorrência não se transforme em conflito.
¨ Ameaça de 3ª Guerra Mundial está crescendo, mas não é
preciso assustar as pessoas, diz Putin
O Ocidente está
agravando a situação em relação à Rússia, aumentando assim as ameaças de uma
Terceira Guerra Mundial, porém a Rússia vai sempre responder a qualquer
desafio, disse o presidente Vladimir Putin.
Conversando com o
jornalista Pavel Zarubin sobre as perspectivas de desenvolvimento das relações
entre o Ocidente e a Rússia, o presidente russo lembrou a história destas
relações.
Ele disse que no
mundo tudo está mudando e que antigos inimigos se tornaram aliados. A
Rússia está disposta a encontrar compromissos, mas sem prejudicar seus próprios
interesses.
"Nós, se
estabelecermos relações com alguém, faremos isso apenas com base nos interesses
do Estado russo", sublinhou Putin.
Quando perguntado
se a Terceira Guerra Mundial já estaria em curso, Putin aconselhou a não
assustar as pessoas, mas observou que há muitos perigos e que eles estão
aumentando.
"Veja, não
é preciso assustar ninguém. Há muitos perigos, eles estão aumentando. E vemos o
que o nosso
adversário de
hoje está fazendo – ele está escalando a situação", disse.
Quando os oponentes
da Rússia perceberem
que ela está pronta para responder a qualquer desafio, entenderão que é hora de
buscar um compromisso, em vez de imporem sua própria linha, concluiu o
presidente russo.
¨ Será que Israel comanda realmente a política dos EUA no
Oriente Médio?
Os EUA podem estar
ansiosos para deixar a Síria depois que esta foi neutralizada como "um
pilar importante no Eixo da Resistência" e se tornou vulnerável à
apropriação de terras israelense, disse a observadora e analista do Oriente
Médio, Sonia Mansour, à Sputnik.
Esta semana, uma
delegação do Departamento de Estado dos EUA visitou
a Síria para
conversar com o chefe do novo governo de transição do país, um homem
por cuja cabeça o governo dos EUA havia colocado uma recompensa de US$ 10
milhões (cerca de R$ 60,8 milhões), agora removida.
"A Síria agora
está sob a influência de dois aliados dos EUA, Israel e Turquia. Tanto
Israel quanto a Turquia vão garantir que a política externa da Síria esteja em
conformidade com os interesses dos Estados Unidos, que são os interesses de
Israel", explica Mansour.
O futuro da Síria,
tanto como país quanto como sociedade, juntamente com sua integridade
territorial, não é uma preocupação
para Washington "desde
que os objetivos de Israel sejam alcançados", afirma a analista.
Por sua vez,
os objetivos
da União Europeia (UE)
na Síria se alinham com os dos EUA, observa Mansour, embora com uma pequena
ressalva: Bruxelas também "espera conter o fluxo de refugiados
proveniente da região".
"Se a guerra
de Gaza provou
algo, é que os interesses dos Estados Unidos e de Israel na região são
agora indistinguíveis, e quaisquer interesses que Israel possa ter, ele decide
os meios, enquanto os EUA aprovam e se comprometem a cumprir os objetivos de
Israel", ponderou a observadora.
Enquanto
anteriormente os interesses dos Estados Unidos na Ásia Ocidental estavam
principalmente relacionados
à energia,
agora os EUA querem apenas garantir o status dominante de Israel na
região.
"A
energia não dita mais as políticas dos EUA na região, apenas Israel o
faz", disse Mansour.
"O novo
governo sírio não desafiará Israel. Será um governo fraco, sem um exército
real. Ele se tornará um Estado policial que baseará sua legitimidade
no estabelecimento de uma sociedade islâmica que seja favorável ao mercado
e a Israel", prevê.
¨ Trump quer despesas com defesa de 5% do PIB na OTAN
enquanto nem todos os países cumprem 2%
O presidente eleito
dos EUA Donald Trump, que em breve retornará à Casa Branca, teria dito aos
membros da OTAN para se prepararem para um aumento acentuado dos gastos com
defesa, estabelecendo uma nova meta de 5% do PIB, avança o Financial Times.
Isto representa
mais que o dobro do patamar dos gastos definido pela Aliança de 2%, que
apenas 23 dos 32 membros da OTAN cumprem atualmente.
O artigo sugere que a equipe
de Trump esteve em discussões com altos funcionários europeus, delineando suas
expectativas para a OTAN e ajuda militar à Ucrânia.
Durante sua
campanha presidencial, Trump
prometeu cortar a ajuda à Ucrânia, forçar Kiev a iniciar imediatamente
negociações de paz e deixar os aliados da OTAN sem proteção se não gastarem o
suficiente em defesa, assustando vários países europeus.
Aumento do patamar
para 5% colocaria um fardo financeiro substancial para os Estados-membros,
particularmente aqueles que já estão lidando com desafios
econômicos.
Enquanto a demanda
de Trump dos gastos com a defesa destaca seu foco na partilha de fardo dentro
da OTAN, o impacto na coesão
da Aliança permanece
incerto.
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Por que chanceler alemão 'latiu' para presidente polonês em frente do chefe da
OTAN?
O presidente
polonês Andrzej Duda irritou o chanceler alemão Olaf Scholz na presença de
líderes da União Europeia (UE) e do secretário-geral da Organização do Tratado
do Atlântico Norte (OTAN), Mark Rutte, ao ponto de Scholz latir para ele,
informa o jornal Financial Times.
A publicação informa que o
incidente ocorreu na quarta-feira (18) em Bruxelas, em uma reunião de líderes
da UE organizada pelo chefe da OTAN, durante a qual eles discutiram maneiras
de apoiar a Ucrânia depois
que o presidente eleito dos EUA Donald Trump chegar ao poder.
Conforme relatado,
o presidente da Polônia Duda pediu à UE que "confisque e
gaste" os ativos
soberanos russos no
valor de € 260 bilhões (R$ 1,65 bilhão) congelados em estruturas financeiras
europeias.
Essa ideia, nota o
jornal, está sendo promovida pelos Estados Unidos e Reino Unido, mas a
Alemanha, França e Itália, que usam o euro, estão se opondo a ela.
Scholz ficou
"exasperado" e "irritado" que a ideia que ele repetidamente
rejeitou, tenha sido novamente anunciada, conta o artigo.
"'Você não
entende como isso afetaria a estabilidade de nossos mercados
financeiros', latiu Scholz do outro lado da mesa para Duda, surpreendendo
os outros líderes presentes. [...] 'Vocês nem sequer usam o euro!'",
descreve.
Após o início da
operação especial russa na Ucrânia, a UE e os países do G7 congelaram quase a
metade das reservas de moeda estrangeira da Rússia, cerca de € 300 bilhões
(R$ 1,9 trilhão).
O Ministério das
Relações Exteriores da Rússia chamou repetidamente o congelamento
de ativos russos
na Europa de roubo, observando que a UE está visando não apenas fundos privados,
mas também ativos públicos russos.
¨ Lições nunca aprendidas: como os EUA impulsionam a
militarização de Taiwan
Pequim, que
considera Taiwan a parte da China, tem repetidamente criticado as vendas de
armas dos Estados Unidos para Taipé, o que, segundo a China, prejudica as
relações sino-americanas e coloca em risco a paz e a estabilidade no estreito
de Taiwan.
Taiwan recebeu
um primeiro lote de 38 tanques Abrams fabricados nos Estados Unidos, com
mais 70 veículos blindados desse tipo a serem
entregues à ilha antes
do final de 2026.
Vamos nos
aprofundar em quais outros equipamentos militares Washington vendeu para Taipé
sob a gestão do presidente Joe Biden entre 2021 e 2024, e quais armas
norte-americanas Taiwan planeja ainda comprar. As informações são baseadas
em fontes
abertas e
apurações da mídia.
# Armas e equipamentos
já comprados —
as transações aprovadas valem cerca de US$ 7 bilhões (aproximadamente
R$ 42,6 bilhões):
# 3 sistemas
nacionais avançados de mísseis superfície-ar NASAMS;
# 29 sistemas
de foguetes de artilharia de alta mobilidade M142 Himars;
# número não
divulgado de sistemas de mísseis táticos do exército MGM-140 ATACMS;
# 100 mísseis
AGM-88B HARM e 23 mísseis de treinamento HARM;
# mísseis antinavio
AGM-84L-1 Harpoon Block II;
# mísseis ar-ar
AIM-9X Block II Sidewinder;
# sistemas de
radar AN/TPS-77 e AN/TPS-78;
# 720 munições
Switchblade;
# um sistema
de minas dispersíveis lançado por veículo M136 Volcano;
# peças de
reposição para caças e radares F-16.
<<<< A serem
adquiridos —
o pacote vale mais de US$ 15 bilhões (cerca de R$ 91,2 bilhões):
# 60 caças
F-35 de quinta geração;
# 4 aeronaves
de alerta aéreo antecipado tático E-2D Hawkeye;
# 10 navios de
guerra aposentados não especificados;
# 400 mísseis
interceptores para os sistemas de mísseis Patriot;
# um destróier
Aegis.
O Ministério das
Relações Exteriores da China disse repetidas vezes que as vendas de armas de
Washington para Taiwan violam
seriamente o
princípio de Uma Só China e as disposições dos três comunicados conjuntos
China-EUA. O anúncio de sábado (21) de Biden, sobre a alocação de US$ 571
milhões (cerca de R$ 3,4 bilhões) em ajuda militar a Taiwan representa um
novo risco para a segurança da região, afirmou o Ministério em comunicado após
o anúncio.
"Mais uma vez,
os Estados Unidos fornecem ajuda militar e vendem armas a Taiwan chinesa, o
que viola gravemente o princípio de Uma Só China e as cláusulas dos três
comunicados conjuntos sino-americanos", refere o comunicado.
A chancelaria
chinesa também
destaca que a ajuda militar dos EUA a Taiwan "viola gravemente a soberania
e os interesses de segurança da China".
Além disso, o
comunicado afirma que a questão
de Taiwan afeta
os interesses intrínsecos da China, o que representa a principal linha
vermelha nas relações China-Washington que não pode ser ultrapassada.
"Ao ajudar
Taiwan a alcançar a independência com a ajuda de armas, os EUA só se prejudicam
a si próprios porque as tentativas de conter a China com a ajuda de Taiwan
estão condenadas ao fracasso", sublinhou a entidade diplomática chinesa.
Ele também indicou
que a China apela aos EUA para que parem
de armar Taiwan e
acabem com ações perigosas que minam a paz e a estabilidade no estreito de
Taiwan.
"A
China tomará resolutamente todas as medidas necessárias para defender
a sua soberania, segurança e integridade territorial", destaca o
comunicado.
As relações
oficiais entre o governo central da República Popular da China e a sua
província insular de Taiwan foram
rompidas em
1949, depois das forças do partido nacionalista Kuomintang, liderado por Chiang
Kai-shek (1887-1975), terem sofrido uma derrota na guerra civil contra o
Partido Comunista (1927-1936 e 1945-1949) e se mudado para aquele
arquipélago.
As relações entre
Taipé e Pequim foram restabelecidas apenas a nível comercial e informal no
final da década de 1980. Na década de 1990, as partes também começaram a se
contactar através de várias ONG.
A tensão entre
a China
e Taiwan se
agravou após a visita da então presidente da Câmara dos Representantes dos
Estados Unidos, Nancy Pelosi, à ilha em agosto de 2022, realizada apesar
dos protestos de Pequim, que viu nessa viagem o apoio de Washington aos
independentistas taiwaneses.
¨ Quais países e em quanto financiaram a Ucrânia nos
últimos 3 anos?
O financiamento
ocidental da Ucrânia de fevereiro de 2022 até o início de dezembro deste ano
foi de US$ 238,5 bilhões (R$ 1,45 trilhão), cerca de 90% das despesas
orçamentárias do país, calculou a Sputnik com base em informações das
autoridades ucranianas e dados abertos.
Assim, as despesas
orçamentárias ucranianas em 2022-2023 totalizaram US$ 193,3 bilhões (R$ 1,17
trilhão), e em 2024 estava planejado o valor de US$ 81,3 bilhões (R$ 494
bilhões).
Assim, em três
anos, as despesas totalizaram US$ 274,6 bilhões (R$ 1,67 trilhão).
Ao mesmo tempo, o
valor da ajuda dos países ocidentais para a Ucrânia atingiu US$ 238,5 bilhões
(R$ 1,45 trilhão), o que equivale a aproximadamente 87% dos gastos do
orçamento ucraniano.
Da qual:
# Ajuda para fins
sociais – US$ 106 bilhões (R$ 645 bilhões);
# Ajuda militar –
US$ 132,5 bilhões (R$ 806 bilhões).
# Enquanto isso, a
ajuda ocidental é 43% menor do que o prometido: US$ 238,5 bilhões (R$ 1,45
trilhão) contra US$ 416 bilhões (R$ 2,53 bilhões).
A principal
diferença está na ajuda financeira, que foi prometida em quase US$ 240 bilhões
(R$ 1,46 trilhão), mas menos da metade desse valor foi transferido.
Quanto aos suprimentos
militares,
a Ucrânia recebeu 75% dos US$ 176 bilhões (R$ 1,07 bilhão) prometidos.
O maior
doador da Ucrânia ao longo dos três anos foram os Estados Unidos, com
US$ 95,2 bilhões (R$ 579,4 bilhões), sendo que dois terços da ajuda
concedida foram
para as Forças Armadas e um terço para o orçamento.
A União
Europeia (UE) e seus Estados-membros transferiram US$ 94,2 bilhões (R$
573,3 bilhões) em ajuda financeira e militar para a Ucrânia.
Entre os Estados da
UE, as atividades militares da Ucrânia foram financiadas principalmente
pelos seguintes
países:
# Alemanha – US$
11,9 bilhões (R$ 72,4 bilhões);
# Dinamarca – US$
7,5 bilhões (R$ 45,6 bilhões);
Países Baixos – US$
6,3 bilhões (R$ 38,3 bilhões);
# Suécia – US$ 4,8
bilhões (R$ 29,2 bilhões).
# O Reino
Unido completa os três primeiros, depois dos EUA e UE, tendo alocado US$
13,4 bilhões (R$ 81,5 bilhões).
# O Fundo
Monetário Internacional (FMI) concedeu à Ucrânia US$ 11,4 bilhões (R$ 69,3
bilhões) em empréstimos.
Além da UE e EUA, a
Ucrânia ainda recebeu financiamento:
# do Canadá – US$
7,8 bilhões (R$ 47,4 bilhões);
# do Japão – US$
6,7 bilhões (R$ 40,7 bilhões):
# do Banco Mundial
– US$ 5,3 bilhões (R$ 32,2 bilhões).
Fonte: Sputnik
Brasil
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