sexta-feira, 2 de agosto de 2024

FASCISMO BOLSONARISTA: Carlos Bolsonaro destila transfobia por boxeadora argelina e toma invertida histórica

Incitador contumaz de violência contra a população LGBTQIAPN+, Carlos Bolsonaro (PL-RJ) bem que tentou tirar proveito político ao pegar carona na fake News sobre a boxeadora argelina Imane Khelif destilando transfobia na rede X.

No entanto, o filho "02" de Jair Bolsonaro tomou uma invertida histórica assim que fez a publicação na tarde desta quinta-feira (1º) incitando ódio transfóbico na horda extremista.

O vereador classificou como "ditos 'trans'" o que interpretou como "caso de homens competindo em categorias femininas".

O desfile de termos chulos ainda fala em "palhaçada", "absurdos como a ideologia de gênero" - algo que simplesmente inexiste a não ser na cabeça doentia dos ultraconservadores -, "horda de ensandecidos" e "aberrações".

"Uma mulher que se preparou a vida todo para o ápice de todo atleta é confrontada a enfrentar um homem justamente num esporte que a força é absurdamente fundamental, onde estão as feministas que não dão um pio contra isso? No meu convívio social já repeti seguidas vezes, não há mais espaço racional para pessoas que concordam com aberrações tipo esta, somente o isolamento e a ignorância podem retomar o rumo correto a ser seguido", escreveu.

•        Fake News

No entanto, Carlos somente repetiu a fake News que circula nas redes fascistas. A argelina Imane Khelif é uma mulher. Ela nasceu e foi criada como mulher.

Ela foi reprovada em testes de gênero. Segundo o The Guardian, Khelif foi "desclassificada poucas horas antes de seu confronto pela medalha de ouro contra Yang Liu no Campeonato Mundial de 2023 em Nova Delhi, na Índia, depois que seus níveis elevados de testosterona não atenderam aos critérios de elegibilidade".

A fake News aumenta porque a adversária, a italiana Angela Carini afirmou que p abandono da luta não tem nada a ver com a situação envolvendo Khelif.

"Entrei no ringue e tentei lutar. Eu queria vencer. Recebi dois golpes no nariz e não conseguia respirar mais, estava doendo muito", afirmou.

"Eu não perdi hoje, apenas fiz meu trabalho como lutadora. Entrei no ringue, lutei e não consegui. Saio de cabeça erguida e com o coração partido. Sempre fui muito instintiva. Quando sinto que algo não está certo, não é desistir, é ter a maturidade de parar", emendou a italiana.

Já Carlos Bolsonaro teve que engolir uma invertida histórica na rede logo após publicar o post transfóbico.

"Demorou muito. Já foi explicado que ela é mulher mesmo. Porém foi reprovada em teste de gênero", comentou um dos seguidores na publicação.

•        Bolsonaro usa imagem de Rayssa Leal em publicação fisiológica sobre "comunismo"

Para causar pânico na horda de seguidores com discursos e publicações fisiológicas, Jair Bolsonaro (PL) não tem limites. Principalmente quando o tema é o "fantasma" do comunismo, alimentado há décadas pela mídia liberal e propagado pela ultradireita neofascista.

Nesta quinta-feira (1º), o perfil oficial do ex-presidente, administrado pelo filho Carlos Bolsonaro (PL-RJ), usou a imagem da skatista Rayssa Leal, medalha de bronze nas Olimpíadas de Paris, para "pregar" contra o comunismo nas redes.

"O problema dos progressistas com o Cristianismo é o sistema de valores que este último ensina, um grande obstáculo ao avanço do comunismo", bradou em um texto confuso, ao estilo de Carlos Bolsonaro.

Na imagem que ilustra a publicação, a skatista de 16 anos aparece de braços abertos em foto com a legenda: "Rayssa Leal pode ser punida após mandar mensagem religiosa em libras, o que é considerado proibido".

Acontece que a punição de Rayssa não tem absolutamente nada a ver com "perseguição" religiosa. Muito menos com comunismo - a França é presidida por Emmanuel Macron, de centro-direita, que inclusive se recusa a passar o governo para a Nova Frente Popular, aliança de esquerda que venceu as eleições.

Rayssa pode ser punida pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) apenas por - usando um termo bolsonarista - não jogar dentro das "quatro linhas da Constituição" dos Jogos Olímpicos.

O artigo 50 da Carta Olímpica, que define as principais regras gerais da competição, afirma que “nenhum tipo de manifestação ou propaganda política, religiosa ou racial é permitida em quaisquer locais, instalações ou outras áreas olímpicas”.

A regra é clara: como há muitos países, com diversas religiões, o comitê proíbe esse tipo de manifestação até menos para não soar como ofensa ou ser usada em ataques - como é feito na política, por exemplo.

Rayssa recebeu apenas uma repreensão do COI pelo gesto e segue com a medalha de bronze, sem nem mesmo tocar no assunto.

No entanto, Bolsonaro quer usar a skatista de 16 anos em seu discurso fisiológico ilusório para ceivar o ódio e a discórdia - que nada tem a ver com religião - entre seus aliados extremistas.

 

•        Orcrim Bolsonarista: "Pré-candidato do Bolsonaro" invade sede de sindicato e agride professoras

Autoproclamado "pré-candidato do Bolsonaro" nas redes, o influenciador digital Kleber Ribeiro Galvão de Souza, de 24 anos, e seu comparsa, Bruno Henrique Barbosa Gomes, de 25 anos, invadiram a subsede do Sindicato dos Professores, a Apeoesp, em Guarulhos na última terça-feira (30) e agrediram ao menos três professoras que trabalham na instituição.

Uma das funcionárias agredidas, Magali teve que ser socorrida e levada ao hospital. Segundo vereador Edmilson Souza (PSOL), que é professor, ela teve um princípio de infarto.

"Pressão 25 por 12. É a irresponsabilidade dessas pessoas que são movidas pelo ódio aqui na cidade de Guarulhos. Tudo isso porque nosso sindicato está numa luta grande contra os absurdos do governo Tarcísio [Gomes de Freitas]", afirmou o vereador em vídeo no X.

Nas redes, Souza afirma que invadiu a sede por causa de um folheto distribuído pelo sindicato que "compara o bolsonarismo com o fascismo" e o racismo.

Dando chiliques e sobre gritos de que não é racista, o bolsonarista invadiu o sindicato, sendo filmado pelo comparsa, para tentar fazer um vídeo de lacração para publicar nas redes.

"É isso que vocês estão ensinando?", gritava o rapaz com o folheto na mão.

Diante da resistência das professoras, que tentaram barrar a invasão, Souza passou a agredir verbalmente e chega a pegar uma delas pela camisa.

Nas redes, o bolsonarista se vitimizou e disse que foi ele quem foi agredido pelas mulheres.

O boletim de ocorrência, que a Fórum teve acesso, diz ainda que, segundo as professoras, os dois bolsonaristas chegaram a quebrar o portão da subsede.

A Apeoesp avalia medidas judiciais contra os bolsonaristas invasores.

 

•        POLÊMICA NA IGREJA: Pastor que disse “deus fod** vocês” pede perdão por abusos emocionais

A Igreja One, liderada pelo pastor Alessandro Villas Boas, vem enfrentando uma crise após uma série de denúncias de abusos emocionais cometidos contra seus pastores. Em resposta, Villas Boas e membros do presbitério da igreja fizeram um pedido público de perdão através de um vídeo recentemente divulgado em suas redes sociais

As denúncias ganharam força nos últimos dias, com vítimas compartilhando seus relatos, gerando uma onda de apoio e críticas. Em sua declaração, Villas Boas reconheceu as falhas da igreja, afirmando: "Desde janeiro de 2024, recebemos relatos de pessoas que foram machucadas ou sofreram abuso emocional e espiritual na nossa igreja. Isso nos machucou muito e pedimos perdão."

O pastor destacou que a Igreja One está passando por um processo de "alinhamento e conserto" para lidar com os erros cometidos. Ele ressaltou que a disciplina aplicada aos líderes não tem caráter punitivo, mas visa à redenção e correção. "Nossa postura foi aplicar as escrituras da melhor maneira possível, trazendo clareza doutrinária e propondo mudanças e disciplinas necessárias", explicou.

Além disso, Villas Boas mencionou que alguns líderes foram afastados de suas funções e que a igreja está buscando auxílio externo da rede Tikkun Brasil para conduzir o processo de restauração. A Rede Tikkun se apresenta em seu site como tendo “uma visão dupla: para Israel e para as nações. Somos uma família global, lutando pela visão de Atos 1:8 e 3:19-21 de reavivamento e restauração desde Jerusalém, Judéia, Samaria até os confins da terra e de volta a Israel. Procuramos fazer parceria com crentes de todo o mundo para esse fim. (...) Sua Oliveira é composta de Israel e das nações, e quando nos reunirmos em Yeshua, a bênção seguirá.?”

O pedido de desculpas público foi recebido com opiniões divididas. Enquanto alguns elogiaram a atitude de reconhecimento dos erros, outros criticaram a aparente falta de emoção e sinceridade nas palavras de Villas Boas, argumentando que as ações da igreja deveriam ter sido mais proativas para evitar os abusos.

Como parte do processo, a igreja decidiu manter o salário dos líderes afastados durante o período de disciplina, uma medida que, segundo Villas Boas, visa atender às necessidades dos envolvidos e facilitar a restauração.

<><> Polêmica e Controvérsias na Igreja One: Ex-membros Revelam Abusos e Controle

A frase polêmica proferida por Alessandro, "Desculpa a palavra, mas vocês vão andar comigo, Deus fod** vocês", causou choque entre os fiéis e reverberou na comunidade evangélica. Embora tenha surpreendido muitos, ex-membros da igreja One afirmam que essa linguagem e comportamento são comuns dentro da congregação.

Em um depoimento extenso, um casal que optou por permanecer anônimo revelou o que seria a verdadeira realidade nos bastidores da igreja. "Esse é o verdadeiro Alessandro", afirmou um dos ex-membros. Eles relataram que a igreja exerce um controle rigoroso sobre os membros, incentivando-os a se afastarem de suas famílias biológicas e a se dedicarem exclusivamente à comunidade. A pressão para estar sempre próximo da liderança é intensa. “Se você não se mudar para perto da igreja, você é removido dos ministérios até cumprir a 'vontade de Deus'”, relatou um dos entrevistados.

<><> Cultura de Honra

A chamada "cultura da honra" na igreja One tem sido motivo de controvérsia. Membros são incentivados a oferecer "sementes" – doações financeiras e presentes caros – aos líderes, com a promessa de receber bênçãos em troca. “As pessoas são ensinadas a oferecer o que têm de melhor para quem desejam se aproximar ou obter algo em troca”, denunciou um ex-líder da igreja.

Uma ex-membro grávida, que passava por dificuldades financeiras, solicitou ajuda à igreja, mas recebeu apenas R$ 10. Enquanto isso, grupos de WhatsApp eram criados para arrecadar dinheiro para comprar presentes caros para os líderes, como roupas de grife e iPhones. “Minha amiga pediu ajuda com alimentos e foi negada, mas sempre havia vaquinhas para comprar itens luxuosos para os líderes”, afirmou outro depoente.

As consequências dos abusos emocionais relatados são profundas. Muitos ex-membros falam sobre traumas, crises de ansiedade e dificuldades em confiar em líderes religiosos após deixarem a igreja One. “Eu entrei em crises de pânico, hoje não consigo falar com um pastor sem passar mal”, desabafou uma ex-membro.

No “pedido de perdão” postado no instagram da Igreja One, há vários relatos de pessoas que se sentiram abusadas emocional e espiritualmente durante o tempo em que frequentaram a congregação dirigida por Alessandro Villas Boas.

•        Danillo Netto: quem é o padre bolsonarista que dirigiu bêbado e tentou subornar PMs

O padre goiano e bolsonarista Danillo Joaquim Costa Netto, conhecido por seu apoio a Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de 2022 e posições negacionistas durante a pandemia de Covid-19, foi detido no último domingo (28) na rodovia GO-010, em Bonfinópolis, região metropolitana de Goiânia. Ele foi preso por conduzir sob efeito de álcool e por tentativa de suborno a policiais.

Ainda nesta quinta-feira (31), foi descoberto que Danilo Neto portava arma de uso restrito com munição e estava com uma cerveja dentro do carro. Ele foi parado após dirigir em zigue-zague pela rodovia e quase atropelar dois ciclistas. Em vídeo divulgado nas redes, gravado durante a abordagem, o padre confessou ter bebido cervejas. Ele ainda tentou usar a "influência" para oferecer subornos aos policiais para o acompanharem até a casa onde mora. Relembre:

<><> Quem é o padre

Danillo Joaquim Costa Netto ocupa o cargo de administrador paroquial na Paróquia São Sebastião, localizada em Bonfinópolis. Natural de Petrolina de Goiás, o padre completa 37 anos no dia 5 de agosto. Segundo o site da Diocese de Anápolis, ele teria cursado filosofia no Seminário Mater Ecclesiae em Itapecerica da Serra (SP) e teologia no Instituto Sapientiae em Anápolis (GO).

Ele também teria atuado como vigário paroquial na Paróquia Imaculado Coração de Maria em Alexânia (GO) e desempenhado a função de administrador paroquial nas paróquias Santo Antônio em Olhos D’Água (GO) e Imaculado Coração de Maria em Nerópolis (GO).

<><> Histórico de chiliques

Em novembro de 2022, padre Danilo Joaquim Costa Neto ficou conhecido após abandonar uma celebração religiosa em Nerópolis e se envolver em uma briga com fiéis que apoiavam o atual presidente Lula (PT).  Durante uma abordagem policial, ele afirmou ser um "padre famoso que aparece no jornal", mas foi a sua atuação controversa naquele episódio que realmente chamou a atenção da mídia. Ele teria tirado a batina após discussão com fiéis por questões políticas e dito que “quem tivesse votado no Lula poderia ir embora”.

Neto gerou controvérsia ao publicar uma postagem nas redes sociais sobre a polêmica em questão. Na imagem compartilhada, um print de uma conversa mostrava o padre falando coisas como, o “mal do comunismo” e que há “padres que só discursam para agradar. O líder religioso já subiu ao altar e ordenou que todos os eleitores de Lula deixassem a igreja. Segundo relatos à época de residentes de Nerópolis, Danilo sempre foi um “bolsonarista declarado”.

 

Fonte: Fórum

 

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