Bilionários
estão doando milhões para Trump após sua condenação
Desde
que Donald Trump foi condenado criminalmente, na semana passada, bilionários republicanos estão demonstrando seu apoio
financeiro.
Trump,
o candidato republicano que tentará voltar à Casa Branca nas eleições de
novembro, foi considerado culpado de falsificar registros comerciais para
ocultar o pagamento à ex-atriz pornô
Stormy Daniels.
Embora
tenha ficado atrás, na angariação de fundos, do presidente e candidato à
reeleição Joe Biden e dos esforços dos democratas, a condenação deu novo fôlego
à candidatura de Trump.
Sua
campanha anunciou que arrecadou quase US$ 53 milhões (cerca de R$ 278 milhões)
em apenas 24 horas após o veredicto em Nova York.
A
bilionária israelense-americana Miriam Adelson, empresária no setor de
cassinos, deverá anunciar um aporte multimilionário à campanha de Trump esta
semana.
De
acordo com relatos na imprensa americana, Adelson fará uma doação para um
comitê de ação política (PAC, na sigla em inglês) chamado Preserve America.
Não
há limite para o montante a ser gasto por esses comitês no apoio a candidatos a
cargos eletivos.
Embora
não se saiba quanto ela deve doar, o site Politico e outros meios de
comunicação dos EUA relataram que a contribuição deverá ultrapassar a doação de
US$ 90 milhões para a Preserve America feita por Adelson e seu falecido marido,
Sheldon, antes das eleições de 2020.
Outros
provavelmente seguirão o exemplo. Nas horas após o veredicto, vários
bilionários publicaram mensagens de apoio a Trump.
Entre
eles, o investidor do Vale do Silício David Sacks, que postou na rede social X
que "agora há apenas uma questão nesta eleição: se o povo americano irá
defender que os EUA se tornem uma República das Bananas".
Sacks
e seu colega investidor Chamath Palihapitiya planejam para 6 de junho um evento
de arrecadação de fundos para Trump em São Francisco. Os participantes estão
sendo solicitados a contribuir com até US$ 300.000 (R$ 1,5 milhão).
Outro
potencial doador, o gestor de fundos hedge (os chamados fundos
de cobertura) Bill Ackman, deve fazer um anúncio no X nos próximos dias sobre o
apoio a Trump.
Embora
há três anos Ackman tenha dito que Trump “deveria pedir desculpas a todos os
americanos” após a invasão
ao Capitólio dos EUA, o investidor desde então suavizou seu tom
e ofereceu palavras de apoio ao ex-presidente na internet.
O
diretor do Blackstone Group, Steve Schwarzman, um dos bilionários mais
proeminentes de Wall Street, já anunciou que apoiará Trump nas eleições.
Tal
como Ackman, Schwarzman tinha anteriormente se distanciado do ex-presidente.
Entretanto,
no final de maio, Schwarzman disse que tinha as mesmas preocupações da
"maioria dos americanos" de que as "políticas econômicas, de
imigração e externas estão levando o país na direção errada”.
Ele
também disse que o “aumento dramático do antissemitismo" o levou a
"focar nas consequências das próximas eleições com maior urgência”.
Outros
bilionários que já deram o seu apoio a Trump incluem os fundadores de
fundos hedge John Paulson e Robert Mercer, bem como o pioneiro
do fracking (fraturamento hidráulico para extração de petróleo
e gás de rochas de xisto) Harold Hamm e o magnata dos cassinos Steve Wynn.
O
investidor bilionário Nelson Peltz, que disse após a invasão ao Capitólio ter
se arrependido de ter votado em Trump em 2020, mudou de ideia e recebeu o
ex-presidente em sua mansão à beira-mar na Flórida em março.
Elon
Musk, por outro lado, disse anteriormente que não faria doações a nenhum dos
candidatos desta eleição, embora planeje organizar um evento transmitido ao
vivo com Trump.
Shaun
Maguire, sócio da importante empresa de capital de risco Sequoia, anunciou uma
doação de US$ 300 mil a Trump poucos minutos após o veredicto da semana
passada, argumentando que o julgamento foi injusto.
Num
longo post no X, Maguire apresentou motivos para apoiar Trump, incluindo a
forma como a gestão Biden lidou com a retirada dos EUA do Afeganistão e a
"fragilidade" no Oriente Médio.
Os
vários processos judiciais contra Trump, acrescentou Maguire, também serviram como uma “experiência
radicalizante”.
“Há
uma chance real de que o presidente Trump seja condenado por acusações
criminais e sentenciado à prisão”, escreveu ele.
“Sem
rodeios, é em parte por isso que o apoio. Acredito que o nosso sistema judicial
está sendo usado como arma contra ele.”
Já
o bilionário e proeminente doador republicano Peter Thiel teria recusado
pedidos de doação para a campanha de Trump e teria dito não estar planejando
qualquer doação neste ano eleitoral.
No
final de abril, a campanha de Biden tinha um saldo de US$ 192 milhões, contra
US$ 93,1 milhões da campanha de Trump.
No
mesmo mês, porém, a campanha de Trump angariou US$ 76 milhões, ultrapassando os
rivais democratas pela primeira vez neste ciclo eleitoral.
A
campanha de Biden arrecadou US$ 51 milhões em abril, uma queda acentuada em
relação aos mais de US$ 90 milhões arrecadados no mês anterior.
Mas,
para o professor Justin Buchler, especialista em financiamento de campanha da
Universidade Case Western Reserve, em Ohio, "o dinheiro não será
determinante na eleição".
“O
principal papel do dinheiro numa campanha é aumentar o reconhecimento do nome.
Todo mundo já sabe quem são Donald Trump e Joe Biden.”
Uma
análise dos dados da CBS, parceira da BBC nos EUA, concluiu que a angariação de
fundos de Trump tende a receber impulsos nos momentos-chave das suas diversas
batalhas jurídicas.
Antes
da condenação da semana passada, seus melhores dias para arrecadação de fundos
tinham sido 4 de abril do ano passado — o dia em que foi acusado em Nova York —
e 25 de agosto, quando uma foto dele tirada por autoridades policiais, a mugshot,
foi divulgada.
¨
As preocupações de Joe
Biden aumentam à medida que o julgamento de Hunter Biden começa, diz mídia
Nas
últimas semanas, o presidente Joe Biden ficou consumido pela preocupação com o
julgamento de Hunter Biden.
É o
que afirma uma publicação veiculada no portal de notícias Politico. Segundo
informações presentes no material, o presidente liga para os familiares com
mais regularidade, a fim de verificar "o humor do filho".
De
acordo com o veículo, o tema do processo criminal dominou as reuniões
familiares em Delaware no fim de semana.
"E
quando o julgamento foi aberto na segunda-feira, Biden emitiu uma declaração
pessoal oferecendo seu apoio ao filho, observando que ele era pai além de
presidente", declara o Politico.
·
Sobre o processo
O
tribunal, no estado norte-americano de Delaware, selecionará jurados para
julgar o caso de violações relacionadas ao uso de armas contra Hunter Biden.
Quando
o júri for selecionado, o tribunal julgará as acusações contra o filho de Joe
Biden. A expectativa é de que a promotoria convoque para depor diante dos
jurados a ex-esposa de Hunter, Kathleen Buhle, e também a ex-mulher do falecido
filho de Biden — Joseph Robinette "Beau" Biden III —, Hallie Biden,
com quem Hunter teve um relacionamento após a morte do irmão. Pouco antes do
julgamento, a mídia informou que o líder norte-americano fez uma visita
inesperada à mulher.
O
tribunal deve ouvir depoimentos sobre o uso constante de drogas consumidas por
Hunter Biden no período em que adquiriu uma arma. Hallie teria jogado fora o
equipamento, adquirido de forma ilegal, em um contêiner de lixo.
O
filho do presidente é acusado de ter mentido sobre a dependência de substâncias
ao comprar um revólver Colt em 2018. Hunter pode receber pena de até 25 anos de
prisão, além de multa de US$ 750 mil (R$ 3,9 milhões), embora os tribunais
geralmente evitem sentenças de prisão para réus primários em tais casos.
Paralelamente,
Hunter Biden enfrenta um processo por sonegação de impostos no estado da
Califórnia. Em ambos os casos, ele alega ser inocente. É a primeira vez que o
filho de um presidente em exercício no país enfrenta acusações criminais.
·
Biden emite ordem para
impedir que migrantes que entram ilegalmente na fronteira sul obtenham asilo
O
presidente americano, Joe Biden, emitiu uma nova ordem executiva proibindo
migrantes que cruzam ilegalmente a fronteira sul dos EUA de solicitar asilo nos
Estados Unidos.
É o
que informou a Casa Branca nesta terça-feira (4).
"O
presidente Biden acredita que devemos proteger a nossa fronteira. É por isso
que hoje ele anunciou ações executivas para impedir que os migrantes que cruzam
ilegalmente a nossa fronteira sul recebam asilo", disse a Casa Branca via
comunicado de imprensa.
"Essas
ações entrarão em vigor quando os altos níveis de encontros na fronteira sul
excederem a nossa capacidade de produzir consequências oportunas, como é o caso
hoje", complementa a nota.
As
ações executivas de Biden tornarão mais fácil para os oficiais de imigração dos
EUA removerem migrantes que não têm base legal para permanecer nos Estados
Unidos, afirmou o comunicado.
¨
Lei de agentes
estrangeiros entra em vigor na Geórgia após ser assinada pelo chefe do
Parlamento
Shalva
Papuashvili assinou o projeto de lei de Transparência da Influência
Estrangeira, após o parlamento ter superado o veto da presidente da Geórgia na
semana passada.
O
presidente do Parlamento da Geórgia assinou a lei sobre agentes estrangeiros,
com a lei entrando agora em vigor.
"Assinei
a Lei de Transparência da Influência Estrangeira", disse Shalva
Papuashvili em um briefing.
O
Parlamento da Geórgia superou o veto à lei de agentes estrangeiros da
presidente Salome Zourabichvili na terça-feira (28), após sete horas de
discussão, e a aprovou em sua redação original. Oitenta e quatro deputados
votaram a favor e quatro contra.
Zourabichvili
referiu que o Ministério da Justiça da Geórgia criará um portal para
organizações que promovem interesses de um poder estrangeiro dentro de 60 dias.
Depois disso, as organizações não governamentais e os meios de comunicação
financiados por estrangeiros serão obrigados a se registrar e preencher uma
declaração para 2023.
Em
meados de maio, o parlamento adotou, na terceira e última leitura, o projeto de
lei de Transparência da Influência Estrangeira, apresentado pelo partido
governista Sonho Georgiano. Ele prevê o registro de pessoas jurídicas sem fins
lucrativos e veículos de imprensa que tenham mais de 20% de sua renda vindo do
exterior.
Além
disso, todas as organizações que "perseguem os interesses de poderes
estrangeiros" devem ser apontadas no registro estatal e preencher uma
declaração para esse efeito, caso contrário, será aplicada uma multa de 25.000
laris georgianos (R$ 47.158).
Fonte:
BBC News Mundo/Sputnik Brasil
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