quarta-feira, 1 de maio de 2024

11 principais sequelas e complicações da dengue

Algumas das complicações que podem ser causadas pela dengue são desidratação grave, problemas no fígado, no coração, neurológicos e/ou respiratórios, além da dengue hemorrágica, que é uma reação grave ao vírus da dengue que leva à ocorrência de sangramentos.

Em caso de suspeita de complicações da dengue é importante procurar a emergência para uma avaliação e iniciar o tratamento mais adequado, que pode envolver o uso de soro diretamente na veia e, em alguns casos, cirurgia.

Algumas das sequelas e complicações da dengue são:

        1. Dengue hemorrágica

A dengue hemorrágica é um tipo de dengue que pode surgir especialmente quando se é infectado mais de 1 vez pelo vírus.

Além de alterações na coagulação sanguínea, que podem levar a sangramentos, também podem surgir outros sintomas como pressão baixa, dor intensa no abdome, vômitos frequentes e sonolência.

Este tipo de dengue se não for tratada com rapidez pode levar à morte e o seu tratamento geralmente é feito no hospital para que possam ser controladas as hemorragias e a hidratação do corpo.

        2. Desidratação grave

A desidratação é uma das consequências mais comuns da dengue e pode ser percebida através de alguns sintomas como cansaço extremo, sede, fraqueza, dor de cabeça, boca e lábios secos, lábios rachados e pele seca, olhos fundos e aumento da frequência cardíaca.

A desidratação pode ser prevenida com o uso do soro caseiro e ingestão de outros líquidos, como sucos naturais, chás e água. No entanto, caso surjam sintomas, como sonolência, pressão baixa e dificuldade de ingerir líquidos, pode ser necessário ir ao hospital, podendo ser indicado o tratamento com soro fisiológico diretamente na veia.

        3. Problemas no fígado

A dengue, quando não tratada corretamente, pode causar hepatite e/ou insuficiência hepática aguda, que são doenças que afetam o fígado, levando a alterações no funcionamento do órgão.

Nos casos mais graves, estas doenças podem levar a danos irreversíveis fígado, podendo ser necessário um transplante.

Em caso de problemas no fígado devido à dengue, podem surgir sintomas como vômitos frequentes, náusea, dor intensa no abdome, especialmente abaixo das costelas do lado direito, inchaço da barriga ou pele e olhos amarelados.

        4. Problemas neurológicos

A dengue pode afetar o cérebro causando complicações, como encefalopatia, encefalite meningite asséptica ou sangramento intracraniano.

Quando o vírus da dengue acomete o sistema nervoso central surgem sintomas como sonolência, tontura, irritabilidade, confusão mental, convulsões, amnésia, psicose, falta de coordenação motora, perda de força em partes do corpo como braços ou pernas, delírio ou paralisias.

        5. Síndrome de Guillain-Barré

O vírus da dengue também pode causar a inflamação na medula espinhal e nervos do corpo, resultando em síndrome Guillain-Barré, por exemplo, uma inflamação nos nervos que pode causar fraqueza e paralisia muscular.

        6. Problemas cardíacos

A dengue pode causar miocardite que é inflamação do músculo cardíaco ou pericardite, uma inflamação na membrana que envolve o coração, com sintomas como no peito, falta de ar, dificuldade para respirar, inchaço nos pés ou tornozelos ou tonturas.

A miocardite deve ser tratada no hospital, porque pode colocar a vida da pessoa em risco, podendo ser indicado o monitoramento dos batimentos cardíacos e uso de medicamentos. Nos casos mais graves pode ser necessário o transplante de coração.

        7. Problemas respiratórios

A dengue pode causar um acúmulo de líquido no pulmão, conhecido como derrame pleural, com sintomas como falta de ar, dificuldade para respirar, dor no peito, que piora ao inspirar fundo ou tossir, ou tosse seca persistente.

O tratamento do derrame pleural deve ser feito no hospital, podendo ser indicada uma toracocentese, que é uma cirurgia para retirar o líquido no pulmão.

        8. Síndrome hemolítico urêmica

A dengue também pode causar a síndrome hemolítico urêmica, caracterizada por anemia hemolítica, diminuição da quantidade de plaquetas e insuficiência renal aguda, e sintomas como febre, calafrios, sangue na urina, manchas vermelhas e roxas na pele ou inchaço nas mãos ou pés.

A síndrome hemolítico urêmica deve ser tratada rapidamente no hospital pois pode colocar a vida em risco, sendo que o tratamento normalmente envolve transfusões sanguíneas, remédios para regular a pressão arterial ou diálise, por exemplo.

        9. Doença renal aguda

A doença renal aguda, ou insuficiência renal aguda, também é uma complicação da dengue grave e normalmente está associada aos danos direto do vírus da dengue nos rins, pressão baixa, síndrome hemolítico urêmica ou rabdomiólise.

Os sintomas mais comuns da doença renal aguda são cansaço excessivo, sensação de falta de ar, inchaço, pouca urina, náuseas, vômitos ou confusão mental.

O tratamento da doença renal aguda é feito no hospital podendo ser feito com hidratação pela veia, uso de remédios ou hemodiálise, de forma a evitar complicações que podem colocar a vida em risco.

        10. Pancreatite aguda

Apesar de ser raro, a dengue também pode causar pancreatite aguda, que é a inflamação do pâncreas, com sintomas como inchaço, dor abdominal, suor, enjoos e vômitos, perda do apetite e diarreia, por exemplo.

O tratamento da pancreatite aguda deve ser iniciado no hospital com remédios diretamente na veia, para aliviar os sintomas, ou até cirurgia para remover a parte afetada do pâncreas..

        11. Rabdomiólise

A dengue também pode causar rabdomiólise, que é destruição das fibras musculares que liberam seu interior na corrente sanguínea, levando a sintomas como falta de força, fadiga muscular, diminuição da urina, ou urina escura.

O tratamento da rabdomiólise deve ser feito com internamento hospitalar com a aplicação de soro diretamente na veia para evitar complicações graves da doença, como desidratação ou insuficiência renal, provocadas pelo excesso de resíduos musculares no sangue.

 

        O que comer para recuperar mais rápido da dengue

 

A alimentação para ajudar na recuperação da dengue deve ser rica em alimentos fontes de proteína e ferro, pois esses nutrientes ajudam a prevenir a anemia e a fortalecer o sistema imunológico.

Além dos alimentos que ajudam no combate à dengue, deve-se evitar alguns alimentos que podem aumentar o risco de hemorragias, como a pimenta, gengibre e frutos vermelhos, por exemplo.

Manter uma alimentação saudável e variada ajuda a combater a dengue e, por isso, é importante comer várias vezes ao dia, em pequenas porções, fazer repouso e beber entre 2 a 3 litros de água por dia, para manter o organismo hidratado.

Veja com a nutricionista Tatiana Zanin outras dicas sobre o que fazer para recuperar da dengue:

        O que é bom para dengue

Os alimentos recomendados para ajudar a combater os sintomas da dengue e prevenir complicações são:

        Carnes vermelhas com pouca gordura, como músculo, patinho e alcatra bovina;

        Carnes brancas, como frango, peru, peixe;

        Ovos;

        Laticínios, como leite, iogurte natural, manteiga e queijos;

        Leguminosas, como feijão, grão-de-bico, lentilha, soja e ervilha;

        Frutas, como melancia, banana, pera, caqui e manga;

        Vegetais, como beterraba, couve, agrião, cenoura, alface, espinafre, bertalha e rúcula.

Esses alimentos são ricos em proteína, vitamina C e ferro, que são nutrientes importantes para evitar anemia e promover a formação de plaquetas, já que estas células se encontram diminuídas em pessoas com dengue, sendo importantes para prevenir a ocorrência de hemorragias.

Além disso, alguns chás, como camomila, hortelã-pimenta e matricária também são indicados para ajudar a aliviar sintomas da dengue, como náusea, dor de cabeça e dor no corpo.

Alguns estudos  indicam que a suplementação de vitamina D também pode ajudar o sistema imunológico a combater a dengue, devido ao seu efeito imunomodulador; assim como a suplementação de vitamina E, devido ao seu poder antioxidante, que protege e fortalece as células do sistema imunológico.

        Alimentos que devem ser evitados

Os alimentos que devem ser evitados em caso de dengue são:

        Algumas frutas, como amoras, mirtilos, ameixas, coco, pêssegos, melão, romã, limão, tangerina, abacaxi, goiaba, damasco, cereja, uvas, groselha, tamarindo, laranja, maçã, kiwi e morango;

        Alguns legumes, como aspargo, aipo, cebola, berinjela, brócolis, rabanete, alho, tomate e pepino;

        Todas as frutas secas, como passas, ameixas secas, tâmaras e arando seco;

        Alguns tubérculos, como batata e batata-doce;

        Algumas oleaginosas, como amêndoas, nozes, pistache, castanha-do-pará e amendoim;

        Alguns condimentos e ervas, como mostarda, cominho, cravo, salsa, coentro, páprica, canela, gengibre, noz-moscada, pimenta em pó ou pimenta vermelha, orégano, açafrão, tomilho, alecrim, anis, erva-doce, vinagre e curry;

        Algumas bebidas, como vinho, cerveja, licor, rum e café;

        Alguns chás, como salgueiro-branco, gengibre, chorão, sinceiro, vime, vimeiro, salsa, alecrim, orégano, tomilho e mostarda;

        Outros alimentos: azeite, fava, óleo de coco, mel, picles e azeitonas.

Os alimentos que devem ser evitados na dengue são principalmente aqueles que possuem alto teor de salicilatos, que é uma substância que age de uma forma semelhante à aspirina no organismo, onde o seu consumo excessivo pode fluidificar o sangue e atrapalhar a coagulação sanguínea, favorecendo o aparecimento de hemorragias.

 

Fonte: Tua Saúde

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