Palavra de Sá

O bolsonarismo é o sintoma, o fato de ter chegado ao poder demonstra que a sociedade brasileira já estava doente?

Excelente pergunta.

O bolsonarismo é o espremer da laranja. Os bandidos, os brutos, os sujos de coração, estes já expressavam seu ódio através dos Centros Acadêmicos das universidades, das agremiações estudantis, dos sindicatos e encontraram nesse tempo recente o PT como guia de suas misérias.

Os bandidos, abjetos, esses que pegam em pistolas e dão tiro em filhos na frente de mães, estes já estavam a favor do petismo.

Lula por exemplo surgiu como um líder sindical cuja boca apenas proferia palavrões e maldições sobre tudo e todos. Falava tão bem que intelectuais de esquerda começaram alçar as suas patifarias ao nível de "herói da revolução popular". Lula nunca foi herói de nada em sua vida. Ele era um sujeito que comia viúva no sindicato em São Bernardo, segundo descrito pelos próprios amigos. Um sujeito sem moral e que era por tudo mal e odioso.

Lula somente venceu eleição depois de 5 tentativas e na vez em que criaram uma versão falsa dele o tal "Lulinha paz e amor". Depois disso ele se tornou um encantador de asnos. As pessoas tem nele um gênio do discurso - mas o imbecil demorou 35 anos para entender que ele não podia aparecer como um odioso. Sendo psicopata narcisista, mesmo assim, demorou MUITO a entender que ele deveria simplesmente vestir a pele do cordeiro.

Agora, tinha uma camada bruta e estúpida da população que nunca queria se envolver com política. Eram silenciosos. Talvez tão brutos quanto o Lula mas que, diferentemente do Lula, tinham família e viviam a cuidar das famílias próprias e da própria vida. Estas pessoas estavam lá inertes.

Até que a roubalheira do PT e a força da opressão da máquina estatal petista veio a espremê-los. E Bolsonaro, um bufão ao estilo "tio da piada do pavê" apareceu, do nada no momento certo, e imantou todas essas pessoas.

O bolsonarista é, sem tirar nem por, o que é um petista, mas com a diferença que o herói é diferente.

É sintoma de uma sociedade em que a elite não é intelectual. Que os intelectuais não valorizam mais a verdade. Uma verdade fundamentada em valores eternos. Tudo que não presta encontra solo fértil no Brasil e aquela repaginada no epicurismo proposta por existencialistas, por fatalistas ali nos idos dos 1800 ~ 1900 - com a tal "proclamada morte de Deus", no sentido de que a religião não iria mais guiar a sociedade, encontrou terreno fértil aqui.

A elite é um sujeito que aprendeu a ganhar dinheiro. Ou vende curso dizendo à pobres caídos moralmente como ganhar dinheiro. No Brasil a elite são fazendeiros sem estudo. Coachs e milionários fabricados no Instagram. Isso é que serve de guia para os pobres coitados admirados com as Ferraris e helicópteros.

Junte-se a isso ao golpe dado na monarquia brasileira, substituindo pessoas que eram criadas para governar por fazendeiros patéticos de café e cana de açúcar, fruto distante de um movimento revolucionário encabeçado na França por moleques assassinos camponeses malditos que nunca haviam lido um livro na vida, assassinos sanguinários que fizeram escorrer rios de sangue de uma elite intelectual por causa da simples incompreensão e egoísmo típica dos jovens…. aí está todo o cenário para o mal.

O bolsonarismo e o lulismo são inventados um para a existência do outro. Eu quero muito que isto acabe. É um pesadelo que qualquer mente intelectual não consegue suportar. É o exato pesadelo eterno. E vivemos em época de democracia subvertida. Meu Deus. Eu quero morrer.

 

       Como o bolsonarismo tomou conta do Brasil?

 

A ascensão do bolsonarismo no Brasil é um fenômeno complexo que pode ser explicado por uma combinação de fatores, incluindo:

•        O descontentamento popular com a classe política tradicional: O Brasil viveu uma série de escândalos de corrupção nos últimos anos, que levaram à queda da presidente Dilma Rousseff e ao impeachment de seu sucessor, Michel Temer. Esse descontentamento popular criou um ambiente propício para a ascensão de um candidato outsider, que prometia acabar com a corrupção e renovar a política brasileira.

•        A polarização política: O Brasil está cada vez mais polarizado politicamente, com os dois extremos do espectro político ganhando força. O bolsonarismo se encaixa nessa tendência, representando uma alternativa radical à esquerda progressista que dominou a política brasileira nas últimas décadas.

•        O uso das redes sociais: As redes sociais desempenharam um papel importante na ascensão do bolsonarismo. Bolsonaro é um usuário ativo das redes sociais, onde usa sua retórica inflamatória para mobilizar seus apoiadores. As redes sociais também são um espaço propício para a disseminação de notícias falsas e desinformação, que ajudaram a fortalecer o bolsonarismo.

A vitória de Jair Bolsonaro nas eleições presidenciais de 2018 foi um marco importante para o bolsonarismo. Bolsonaro se tornou o primeiro presidente de extrema-direita do Brasil, e sua eleição representou uma vitória para os grupos conservadores e reacionários que há muito tempo lutam para influenciar a política brasileira.

Desde a eleição de Bolsonaro, o bolsonarismo se consolidou como uma força política importante no Brasil. O governo Bolsonaro implementou uma série de políticas conservadoras, incluindo a redução da proteção ambiental, a flexibilização das leis trabalhistas e o aumento da repressão às minorias. Essas políticas têm sido amplamente criticadas por grupos progressistas, que acusam o governo Bolsonaro de atacar os direitos humanos e a democracia.

O futuro do bolsonarismo no Brasil é incerto. Bolsonaro enfrenta uma série de desafios, incluindo a investigação de seu envolvimento em um esquema de corrupção, a pandemia de COVID-19 e a crise econômica. No entanto, o bolsonarismo ainda é uma força política importante no Brasil, e sua influência deve ser sentida nos próximos anos.

A seguir, são apresentados alguns dos principais pontos da ideologia bolsonarista:

•        Nacionalismo: O bolsonarismo defende um nacionalismo exacerbado, que se manifesta no culto à figura do presidente, na defesa da soberania nacional e na oposição ao globalismo.

•        Conservadorismo: O bolsonarismo é um movimento conservador, que defende valores tradicionais como a família, a religião e a moral.

•        Reacionarismo: O bolsonarismo tem um viés reacionário, que se manifesta na defesa de políticas autoritárias e na oposição às mudanças sociais.

O bolsonarismo é um fenômeno complexo e multifacetado, que ainda está em desenvolvimento. Sua influência no Brasil é significativa e terá um impacto de longo prazo na política brasileira.

 

       Por que a direita brasileira e bolsonaristas são anti-ciência?

 

Não é exclusividade da direita e não só da direita brasileira. Quanto mais ao extremo do espectro, mais um lado se alia contra a ciência porque ela bate de frente com várias das crenças propagadas, algumas de forma desonesta com fins políticos, outras por ignorância e ingenuidade.

No caso da direita atual, em tempos de disseminação de ideias pela internet de forma rápida e quase anônima, o propósito é arrebatar seguidores os fazendo acreditar que fazem parte de um "grupo seleto" de pessoas que sabem de um "grande segredo" ou "verdade escondida pela esquerda". Mas a "verdade escondida" costuma não ter nada de escondida e ser ciência de 5ª série.

>> Exemplos:

# Proibir aborto:

- a ciência diz o sistema nervoso não se forma antes do 3º mês de gestação - estudos sugerem que o feto sequer sente dor antes de seis meses. Mas a direita prefere se apegar à Bíblia e continuar berrando que "fetos são pessoas" para impedir que outras vidas (as mães) decidam o que é melhor para sua própria família e corpo, alguns até querendo forçar mulheres que foram estupradas a gerar filhos que nunca quiseram ou fetos anencefálicos que raramente chegam a um ano de existência, num processo que pode causar danos psicológicos talvez irremediáveis aos pais e principalmente à gestante.

Quando leem isso, alguns rapidamente berram "NÃO USOU CAMISINHA, PÍLULA, DIU PORQUE NÃO QUIS", reforçando a posição anticiência já que não existe método anticoncepcional infalível. Bom, parte deles sabe disso…

# Antivacina:

- qualquer idiota com dois neurônios deveria saber o quanto as vacinas são necessárias e úteis, e o quanto elas tornaram o mundo melhor nos últimos 200 anos. Mas a direita cooptou e degenerou a discussão com fim político desde antes da pandemia de Covid, quando abobrinhas sem qualquer fundamento como "vacinas causam autismo" e "Bill Gates colocou nanochips nas vacinas" circulavam entre grupos de extrema-direita.

O objetivo aí é claro: manobra de massa contra qualquer coisa que a esquerda seja a favor - no caso, vacinação da população.

# Terra plana:

- o que parece meme inocente renasceu da Idade Média e foi disseminado por grupos religiosos, pseudoconservadores (poderíamos discutir o que conservadores clássicos pensam disso tudo, mas não é o foco) e de direita como teoria da conspiração; de novo, ferramenta de manobra de massa "vocês sabem dessa verdade que os governos malvados escondem".

Não por coincidência, grupos que divulgam a teoria como Flat Earth Society e QAnon são formados majoritariamente por pessoas de direita e extrema-direita, que se veem como conservadores, religiosos e anti-esquerda – ainda que boa parte sequer saiba o que significa esquerda ou direita. Donald Trump usou influenciadores de extrema-direita, alguns ligados ao compartilhamento da tolice de Terra Plana, para desmentir o aquecimento global, por exemplo. São várias crenças anticiência interligadas.

# Urnas eletrônicas fraudadas:

- amplamente usada por Bolsonaro, a crença de que urnas eletrônicas são uma fraude para favorecer a esquerda não deixa de ser anticiência, já que contraria sem qualquer fundamento o funcionamento do equipamento.

Vou parar mas daria um estudo ou até um livro. Aquecimento global não existe, agrotóxicos não fazem tão mal assim, homens hetero viram gays por consumir soja (essa é uma mistura tragicômica: homofobia, anticiência e defesa do consumo "hetero raiz" de comer carne), violência é genética e não social, 5G é tecnologia espiã, armas deixam a sociedade mais segura, etc – é um leque quase infinito de bobajada que a direita compartilha com finalidade política.

Como disse no começo, não é exclusivo da direita compartilhar e disseminar crenças anticiência. A maioria é ligada a religiões, crendices que às vezes acabam substituindo tratamento convencionais de saúde, por exemplo. Alguns subgrupos exigem que vacinas não usem animais, o que é muito nobre mas segundo cientistas, ainda inevitável em alguns casos. Mas no geral, não com o mesmo uso político que a direita tem feito.

 

       Bolsonaro já era um político conhecido, mas era um político marginalizado, com pouca expressão nacional?

 

Povo só lembrava dele na época da veja, quando colocou uma bomba no quartel. Rolou uns esquemas com quase 4 times de futebol, em quantidade de pessoas, que ele colocou como assessor de rachadinha e outros envolvendo fraude em cédulas eleitorais (na época do voto em urna).

Ele tinha votos garantidos de milico, miliciano e uma certa quantidade de eleitores falsos (gente que morreu, não cancelarem o título eleitoral e tiveram os documentos apreendidos pelos PMs milicianos).

Ele sempre se garantia como vereador, mas tinha um ego meio inflado e não aceitava que filho, esposa ou subalterno tivesse um cargo maior que o dele. Esse ego inflado foi o motor que o motivou a sair da obscuridade confortável em que se encontrava.

Lembrando que o impotente sexual fez de tudo pra sabotar a primeira esposa, que tentou concorrer junto com quando eram casados.

A medida que viu os filhos crescendo se sentiu obrigado a buscar cargos na política que fossem maiores do que seus abortos falhos e aproveitando cada oportunidade que teve antagonizando o PT e Dilma, arrancou de Aécio a faixa da presidência, que até hoje não se perdoa por ser tão otário a ponto de organizar um golpe e perder pra um retardado mentecapto que escreve nome das coisas na mão para entrevista no roda viva.

 

       A vitória de Bolsonaro em 2018 foi um marco importante para o bolsonarismo. Foi o primeiro presidente de extrema-direita do Brasil. Sua eleição representou uma vitória para os grupos conservadores?

 

Se os grupos conservadores tivessem algum juízo, tentariam se afastar o máximo possível de Bolsonaro e dos bolsonaristas. Quero dizer, se os conservadores que estamos falando são pessoas sensatas, que percebem que existem coisas que estão erradas, mas preferem mudanças lentas e graduais, ou então medidas corretivas, mas sem ruptura ou revolução ou qualquer mudança abrupta.

Bolsonaro transformou "conservador" em palavrão. Passou a significar uma pessoa intransigente, incapaz de dialogar ou negociar, que tem ódio à esquerda ou mesmo a qualquer posição que não seja a sua própria. Na pauta de costumes, eles transformaram o conservadorismo em homofobia, misoginia, racismo, etc. Na economia, o conservadorismo virou neoliberalismo selvagem, não só pregando que as empresas podem tudo, mas que estão sempre certas, e aprovando medidas que definitivamente deixam o trabalhador em extrema desvantagem no mercado de trabalho, sem falar que está minando os sindicatos e desfazendo conquistas do trabalhador. Chegaram ao ponto de defender o regime de semi-escravidão a que os trabalhadores eram submetidos em certas empresas. Na política, eles passaram a advogar a ditadura, e não preciso dizer mais que isso. Queriam criminalizar a oposição!

Hoje, qualquer pessoa que tem um mínimo de bom-senso e humanidade quer distância do rótulo "conservador". Sobraram os radicais, os malucos, aqueles que pregam o ódio e que idolatram Bolsonaro. O que os conservadores ganharam ao se tornar bolsonaristas? Não sei o que ganharam, mas com certeza não podem mais ser chamados de conservadores. São uma caricatura do que é o conservadorismo. Um argumento "ad absurdum" contra o conservadorismo. Os conservadores perderam credibilidade.

 

Fonte: Quora