Quase metade dos americanos apoia abertura de impeachment contra Biden
Diante das acusações de tráfico internacional de
influência, fraude fiscal e corrupção contra o presidente Joe Biden e sua
família, pesquisa divulgada pelo jornal Daily Mail revelou que quase metade dos
americanos apoiam a abertura do processo de impeachment contra o democrata.
Neste mês, a Câmara dos Representantes dos Estados
Unidos chegou a aprovar a abertura das investigações contra Biden, em um placar
de 221 contra 212. Com isso, as apurações que já estavam em curso foram
formalizadas pelo parlamento, dominado pelo partido Republicano.
De acordo com a pesquisa, 47% dos entrevistados
concordam com a iniciativa dos republicanos de iniciar as investigações contra
o presidente no processo de impeachment. Já 35% são contrários à medida no
Congresso Nacional.
O presidente norte-americano, que vai tentar a
reeleição e deve repetir o enfrentamento contra o republicano Donald Trump,
sofre desgastes na popularidade: além de apoiar Israel no conflito com o Hamas
na Faixa de Gaza, que já provocou a morte de quase 21 mil palestinos, o
financiamento sem fim ao governo de Vladimir Zelensky na Ucrânia é cada vez
mais criticado internamente.
O levantamento revelou ainda que 58% dos
norte-americanos acreditam que o atual presidente dos EUA está envolvido nas
iniciativas comerciais de seu filho, Hunter Biden, suspeitas de serem
fraudulentas. A pesquisa foi conduzida pela empresa J.L. Partners para o Daily
Mail, com a participação de mil americanos.
·
Acusações contra a família Biden
A Câmara dos Representantes, liderada pelos
republicanos, votou nesta semana a favor de uma investigação formal contra o
presidente dos EUA, Joe Biden, e sua família.
Na prática, o caso é discutido em três comissões da
Casa há vários meses, com a coleta de evidências de corrupção e abuso de poder.
Após a conclusão das apurações, o parlamento deve iniciar o processo de
impeachment contra Biden.
Na última quarta-feira (27), os congressistas James
Comer e Jim Jordan expressaram suas preocupações em uma carta enviada à Casa
Branca. Os republicanos mencionaram declaração oficial, na qual foi revelado
que o presidente americano estava ciente de antemão de que seu filho desafiaria
conscientemente duas intimações do Congresso.
Diante dessa informação, os congressistas
expressaram a necessidade de examinar se o presidente se envolveu em uma
conspiração para obstruir um processo.
O pedido da carta inclui a solicitação à Casa
Branca para fornecer, até 10 de janeiro, todos os documentos e comunicações
enviados ou recebidos por funcionários do gabinete executivo do presidente
relacionados ao depoimento.
·
Mídia dos EUA: fracasso em Kiev e eleições presidenciais, Biden enfrenta
sérios 'riscos políticos'
O fracasso da contra-ofensiva de Kiev em meados de
2023 obriga o Ocidente a mudar a sua abordagem ao conflito na Ucrânia, indica o
meio de comunicação Politico.
No entanto, o presidente dos EUA, Joe Biden, enfrenta
sérios "riscos políticos" nas eleições presidenciais de 2024 se
anunciar uma mudança em sua política externa, destaca o artigo.
Em um momento em que a assistência a Kiev
"está em grave perigo", a administração Biden, juntamente com as
autoridades europeias, está ajustando sua abordagem no conflito ucraniano para
fortalecer as posições da Ucrânia diante de possíveis negociações de paz,
afirmam os veículos de comunicação norte-americanos.
"Essas negociações provavelmente envolverão a
entrega de parte da Ucrânia à Rússia", afirma o artigo.
Entretanto, a publicação prossegue dizendo que,
apesar dessas discussões, Washington insiste que não houve mudança na política
de sua administração, reafirmando seu apoio aos objetivos ucranianos no
conflito. Ao mesmo tempo, eventos bastante diferentes estão ocorrendo.
Segundo fontes, autoridades norte-americanas e
europeias já estão debatendo uma nova estratégia defensiva para a Ucrânia
diante da "contraofensiva fracassada" do presidente ucraniano
Vladimir Zelensky e a relocação de suas tropas para o leste do país.
No entanto, o jornal destaca que, em vista das
eleições presidenciais de 2024, o presidente dos EUA, Joe Biden, não pode
admitir publicamente o fracasso de sua estratégia externa e anunciar mudanças
no rumo político internacional.
"Essas discussões [sobre negociações de paz]
estão começando, mas [a administração] não pode recuar publicamente devido ao
risco político", cita o artigo outra fonte familiarizada com o assunto.
Ø EUA
deixarão a OTAN e ignorarão aliados se Trump for presidente, acredita 'falcão'
americano
Um ex-conselheiro de Segurança Nacional dos EUA,
que esteve presente na administração de Donald Trump, crê que ele perseguirá
uma política "isolacionista".
John Bolton, ex-conselheiro de Segurança Nacional
do ex-presidente norte-americano Donald Trump (2018-2019), previu que ele
desconsiderará os laços cada vez mais profundos dos EUA com o Japão e outros
aliados se retornar à Casa Branca.
Várias pesquisas mostraram que os Estados Unidos
devem ver na eleição presidencial de novembro de 2024 uma revanche entre o
presidente Joe Biden e Trump, com o último estando muito à frente de seus
concorrentes republicanos. Algumas indicam que a popularidade de Biden está
atrás da de Trump.
"Ele não pensa verdadeiramente em termos de
política", disse Bolton em uma entrevista publicada na quinta-feira (28)
pela agência japonesa Kyodo.
O conhecido falcão da política americana vê Trump
como priorizando o que o beneficia "política e economicamente".
"Creio que a tendência geral de sua abordagem
e das relações exteriores é isolacionista, então estou muito preocupado que ele
se retire da OTAN. Tenho receio de que ele reduza as alianças americanas no
Pacífico", disse Bolton em declarações de 20 de dezembro.
"Acho que isso seria muito prejudicial para os
Estados Unidos, sem falar em nossos aliados."
Bolton sublinhou que não quer que Trump seja o
candidato, e que apoia todos os outros candidatos que desafiam o ex-presidente,
embora reconheça que eles enfrentam uma "montanha".
Ø Maduro
ordena ação defensiva das Forças Armadas ante chegada de navio de guerra
britânico
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, ordenou
que o alto comando das Forças Armadas Nacionais Bolivarianas (FANB) iniciasse
uma "ação defensiva" na costa atlântica do país, em resposta à
chegada à Guiana de um navio de guerra do Reino Unido.
"Ordenei a ativação de uma ação conjunta de
natureza defensiva contando com todas as Forças Armadas Nacionais Bolivarianas
no Caribe Oriental da Venezuela, em resposta à provocação e ameaça do Reino
Unido contra a paz, a segurança e a soberania do nosso país", anunciou o
presidente durante sua mensagem de saudação de final de ano à FANB, transmitida
pela rádio e pela televisão nacionais.
O Ministério da Defesa britânico havia anunciado no
domingo (24) que enviaria um navio de guerra para a Guiana ainda neste mês,
devido à possível disputa pelo território de Essequibo.
Entretanto, Guiana e Venezuela concordaram
recentemente em evitar o uso da força e não aumentar as tensões.
Ø Defesa da
China faz duras críticas aos EUA após diálogo entre militares: 'Fomentadores de
confronto'
O Ministério da Defesa da China fez duras críticas
aos Estados Unidos nesta quinta-feira (28), uma semana após seus principais
oficiais militares terem retomado negociações de alto nível depois de um ano de
silêncio.
Na última conferência de imprensa do ano, o
porta-voz da Defesa, Wu Qian, criticou a contínua intromissão norte-americana
na região da Ásia-Pacífico dizendo que os EUA mantinham uma mentalidade de
"Guerra Fria".
"Os Estados Unidos continuam a fortalecer as
suas implantações na Ásia-Pacífico, isto está repleto da mentalidade de Guerra
Fria. Seu objetivo é obter ganhos egoístas e manter sua hegemonia. Sua natureza
é fomentar o confronto", disse o porta-voz, citado pela agência Reuters.
Esperava-se que os diálogos da semana passada –
quando o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas dos EUA conversou na
quinta-feira (21) por videoconferência com seu homólogo da China – pudessem
trazer uma restauração mais ampla dos laços militares.
O porta-voz disse que a videochamada teve
"resultados positivos e construtivos", mas reforçou que Pequim espera
de Washington "ações concretas com base na igualdade e no respeito para
promover o desenvolvimento sólido e constante da relação militar entre
militares China-EUA".
·
Taiwan
Sobre Taiwan, que deverá realizar eleições
presidenciais importantes em 13 de janeiro, Wu acusou o governo taiwanês de
deliberadamente "exagerar" uma ameaça militar da China para obter
ganhos eleitorais.
"As autoridades do Partido Democrático
Progressista [PDP] estão deliberadamente a exaltar a chamada 'ameaça militar do
continente' e a exagerar as tensões. [...] Isso é inteiramente para buscar
ganhos eleitorais", disse Wu, acusando Taiwan de usar um "manual
eleitoral familiar para atiçar o confronto e manipular as eleições".
O porta-voz também alertou os norte-americanos
contra a interferência nos assuntos de Taiwan, incluindo a venda de armas à
ilha.
"Opomo-nos firmemente a qualquer país que
tenha qualquer forma de contato oficial e militar com Taiwan. Os EUA estão
manipulando a questão de Taiwan de várias formas, o que é uma aposta muito
perigosa. Pedimos aos EUA que parem de armar Taiwan sob qualquer desculpa ou
por qualquer meio", afirmou.
·
Filipinas
Wu também culpou os Estados Unidos pelo aumento da
tensão no mar do Sul da China, após recentes e progressivas trocas de farpas
entre a China e as Filipinas em torno das ilhas Spratly.
"Os EUA, devido aos seus cálculos egoístas,
têm sido coniventes e encorajam as Filipinas, tentando coagir e ameaçar a
China", disse Wu.
Na segunda-feira (25), o jornal chinês People's
Daily disse que as Filipinas têm contado com o apoio dos EUA para provocar
continuamente a China, e esse comportamento "extremamente perigoso"
prejudica seriamente a paz e a estabilidade regionais, afirmou a mídia conforme
noticiado.
Ø Finlândia
será 1ª a sofrer se tensões Rússia-OTAN escalarem, diz diplomata russo
Além de ter entrado para Organização do Tratado do
Atlântico Norte, Helsinque tem tomado uma série de ações contra Rússia, como
fechamento de fronteiras e acordos de defesa que permitem tropas
norte-americanas em seu território.
A Finlândia não se beneficiará da adesão à OTAN,
disse à Sputnik o representante permanente da Rússia nas organizações
internacionais em Viena, Mikhail Ulianov.
"Simplesmente não compreendo como a Finlândia
se beneficia [da adesão à OTAN]. Eles viveram calma e pacificamente, e
inesperadamente encontraram-se entre a Rússia e a OTAN. Mas eles são nossos
vizinhos, e deus me livre se houver algum agravamento, então a própria
Finlândia sofrerá primeiro. Eu realmente não gostaria que isso acontecesse, é
claro", disse Ulianov em entrevista.
O representante também destacou que um acordo de
cooperação em defesa assinado por Helsinque e Washington na semana passada é um
"sério desafio" para Moscou, visto que o acordo proporciona aos
soldados norte-americanos acesso a 15 áreas e instalações militares
finlandesas.
Além da Finlândia, a Suécia e a Dinamarca assinaram
um pacto semelhante no início de dezembro, e a Noruega, em 2021, assinou um
acordo com Washington sobre como regular a atividade militar norte-americana em
seu território.
Na semana passada, o ministro da Defesa russo,
Sergei Shoigu, comentou os recentes pactos assinados, e disse que em resposta
Moscou aumentará seu contingente militar para 1,5 milhão. Assim como Shoigu, o
presidente Vladimir Putin comentou a decisão de Helsinque dizendo que o país
vizinho nunca teve problemas com a Rússia, mas que agora "passaria a
ter".
Fonte: Sputnik Brasil
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