sexta-feira, 29 de dezembro de 2023

Quase metade dos americanos apoia abertura de impeachment contra Biden

Diante das acusações de tráfico internacional de influência, fraude fiscal e corrupção contra o presidente Joe Biden e sua família, pesquisa divulgada pelo jornal Daily Mail revelou que quase metade dos americanos apoiam a abertura do processo de impeachment contra o democrata.

Neste mês, a Câmara dos Representantes dos Estados Unidos chegou a aprovar a abertura das investigações contra Biden, em um placar de 221 contra 212. Com isso, as apurações que já estavam em curso foram formalizadas pelo parlamento, dominado pelo partido Republicano.

De acordo com a pesquisa, 47% dos entrevistados concordam com a iniciativa dos republicanos de iniciar as investigações contra o presidente no processo de impeachment. Já 35% são contrários à medida no Congresso Nacional.

O presidente norte-americano, que vai tentar a reeleição e deve repetir o enfrentamento contra o republicano Donald Trump, sofre desgastes na popularidade: além de apoiar Israel no conflito com o Hamas na Faixa de Gaza, que já provocou a morte de quase 21 mil palestinos, o financiamento sem fim ao governo de Vladimir Zelensky na Ucrânia é cada vez mais criticado internamente.

O levantamento revelou ainda que 58% dos norte-americanos acreditam que o atual presidente dos EUA está envolvido nas iniciativas comerciais de seu filho, Hunter Biden, suspeitas de serem fraudulentas. A pesquisa foi conduzida pela empresa J.L. Partners para o Daily Mail, com a participação de mil americanos.

·        Acusações contra a família Biden

A Câmara dos Representantes, liderada pelos republicanos, votou nesta semana a favor de uma investigação formal contra o presidente dos EUA, Joe Biden, e sua família.

Na prática, o caso é discutido em três comissões da Casa há vários meses, com a coleta de evidências de corrupção e abuso de poder. Após a conclusão das apurações, o parlamento deve iniciar o processo de impeachment contra Biden.

Na última quarta-feira (27), os congressistas James Comer e Jim Jordan expressaram suas preocupações em uma carta enviada à Casa Branca. Os republicanos mencionaram declaração oficial, na qual foi revelado que o presidente americano estava ciente de antemão de que seu filho desafiaria conscientemente duas intimações do Congresso.

Diante dessa informação, os congressistas expressaram a necessidade de examinar se o presidente se envolveu em uma conspiração para obstruir um processo.

O pedido da carta inclui a solicitação à Casa Branca para fornecer, até 10 de janeiro, todos os documentos e comunicações enviados ou recebidos por funcionários do gabinete executivo do presidente relacionados ao depoimento.

·        Mídia dos EUA: fracasso em Kiev e eleições presidenciais, Biden enfrenta sérios 'riscos políticos'

O fracasso da contra-ofensiva de Kiev em meados de 2023 obriga o Ocidente a mudar a sua abordagem ao conflito na Ucrânia, indica o meio de comunicação Politico.

No entanto, o presidente dos EUA, Joe Biden, enfrenta sérios "riscos políticos" nas eleições presidenciais de 2024 se anunciar uma mudança em sua política externa, destaca o artigo.

Em um momento em que a assistência a Kiev "está em grave perigo", a administração Biden, juntamente com as autoridades europeias, está ajustando sua abordagem no conflito ucraniano para fortalecer as posições da Ucrânia diante de possíveis negociações de paz, afirmam os veículos de comunicação norte-americanos.

"Essas negociações provavelmente envolverão a entrega de parte da Ucrânia à Rússia", afirma o artigo.

Entretanto, a publicação prossegue dizendo que, apesar dessas discussões, Washington insiste que não houve mudança na política de sua administração, reafirmando seu apoio aos objetivos ucranianos no conflito. Ao mesmo tempo, eventos bastante diferentes estão ocorrendo.

Segundo fontes, autoridades norte-americanas e europeias já estão debatendo uma nova estratégia defensiva para a Ucrânia diante da "contraofensiva fracassada" do presidente ucraniano Vladimir Zelensky e a relocação de suas tropas para o leste do país.

No entanto, o jornal destaca que, em vista das eleições presidenciais de 2024, o presidente dos EUA, Joe Biden, não pode admitir publicamente o fracasso de sua estratégia externa e anunciar mudanças no rumo político internacional.

"Essas discussões [sobre negociações de paz] estão começando, mas [a administração] não pode recuar publicamente devido ao risco político", cita o artigo outra fonte familiarizada com o assunto.

 

Ø  EUA deixarão a OTAN e ignorarão aliados se Trump for presidente, acredita 'falcão' americano

 

Um ex-conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, que esteve presente na administração de Donald Trump, crê que ele perseguirá uma política "isolacionista".

John Bolton, ex-conselheiro de Segurança Nacional do ex-presidente norte-americano Donald Trump (2018-2019), previu que ele desconsiderará os laços cada vez mais profundos dos EUA com o Japão e outros aliados se retornar à Casa Branca.

Várias pesquisas mostraram que os Estados Unidos devem ver na eleição presidencial de novembro de 2024 uma revanche entre o presidente Joe Biden e Trump, com o último estando muito à frente de seus concorrentes republicanos. Algumas indicam que a popularidade de Biden está atrás da de Trump.

"Ele não pensa verdadeiramente em termos de política", disse Bolton em uma entrevista publicada na quinta-feira (28) pela agência japonesa Kyodo.

O conhecido falcão da política americana vê Trump como priorizando o que o beneficia "política e economicamente".

"Creio que a tendência geral de sua abordagem e das relações exteriores é isolacionista, então estou muito preocupado que ele se retire da OTAN. Tenho receio de que ele reduza as alianças americanas no Pacífico", disse Bolton em declarações de 20 de dezembro.

"Acho que isso seria muito prejudicial para os Estados Unidos, sem falar em nossos aliados."

Bolton sublinhou que não quer que Trump seja o candidato, e que apoia todos os outros candidatos que desafiam o ex-presidente, embora reconheça que eles enfrentam uma "montanha".

 

Ø  Maduro ordena ação defensiva das Forças Armadas ante chegada de navio de guerra britânico

 

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, ordenou que o alto comando das Forças Armadas Nacionais Bolivarianas (FANB) iniciasse uma "ação defensiva" na costa atlântica do país, em resposta à chegada à Guiana de um navio de guerra do Reino Unido.

"Ordenei a ativação de uma ação conjunta de natureza defensiva contando com todas as Forças Armadas Nacionais Bolivarianas no Caribe Oriental da Venezuela, em resposta à provocação e ameaça do Reino Unido contra a paz, a segurança e a soberania do nosso país", anunciou o presidente durante sua mensagem de saudação de final de ano à FANB, transmitida pela rádio e pela televisão nacionais.

O Ministério da Defesa britânico havia anunciado no domingo (24) que enviaria um navio de guerra para a Guiana ainda neste mês, devido à possível disputa pelo território de Essequibo.

Entretanto, Guiana e Venezuela concordaram recentemente em evitar o uso da força e não aumentar as tensões.

 

Ø  Defesa da China faz duras críticas aos EUA após diálogo entre militares: 'Fomentadores de confronto'

 

O Ministério da Defesa da China fez duras críticas aos Estados Unidos nesta quinta-feira (28), uma semana após seus principais oficiais militares terem retomado negociações de alto nível depois de um ano de silêncio.

Na última conferência de imprensa do ano, o porta-voz da Defesa, Wu Qian, criticou a contínua intromissão norte-americana na região da Ásia-Pacífico dizendo que os EUA mantinham uma mentalidade de "Guerra Fria".

"Os Estados Unidos continuam a fortalecer as suas implantações na Ásia-Pacífico, isto está repleto da mentalidade de Guerra Fria. Seu objetivo é obter ganhos egoístas e manter sua hegemonia. Sua natureza é fomentar o confronto", disse o porta-voz, citado pela agência Reuters.

Esperava-se que os diálogos da semana passada – quando o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas dos EUA conversou na quinta-feira (21) por videoconferência com seu homólogo da China – pudessem trazer uma restauração mais ampla dos laços militares.

O porta-voz disse que a videochamada teve "resultados positivos e construtivos", mas reforçou que Pequim espera de Washington "ações concretas com base na igualdade e no respeito para promover o desenvolvimento sólido e constante da relação militar entre militares China-EUA".

·        Taiwan

Sobre Taiwan, que deverá realizar eleições presidenciais importantes em 13 de janeiro, Wu acusou o governo taiwanês de deliberadamente "exagerar" uma ameaça militar da China para obter ganhos eleitorais.

"As autoridades do Partido Democrático Progressista [PDP] estão deliberadamente a exaltar a chamada 'ameaça militar do continente' e a exagerar as tensões. [...] Isso é inteiramente para buscar ganhos eleitorais", disse Wu, acusando Taiwan de usar um "manual eleitoral familiar para atiçar o confronto e manipular as eleições".

O porta-voz também alertou os norte-americanos contra a interferência nos assuntos de Taiwan, incluindo a venda de armas à ilha.

"Opomo-nos firmemente a qualquer país que tenha qualquer forma de contato oficial e militar com Taiwan. Os EUA estão manipulando a questão de Taiwan de várias formas, o que é uma aposta muito perigosa. Pedimos aos EUA que parem de armar Taiwan sob qualquer desculpa ou por qualquer meio", afirmou.

·        Filipinas

Wu também culpou os Estados Unidos pelo aumento da tensão no mar do Sul da China, após recentes e progressivas trocas de farpas entre a China e as Filipinas em torno das ilhas Spratly.

"Os EUA, devido aos seus cálculos egoístas, têm sido coniventes e encorajam as Filipinas, tentando coagir e ameaçar a China", disse Wu.

Na segunda-feira (25), o jornal chinês People's Daily disse que as Filipinas têm contado com o apoio dos EUA para provocar continuamente a China, e esse comportamento "extremamente perigoso" prejudica seriamente a paz e a estabilidade regionais, afirmou a mídia conforme noticiado.

 

Ø  Finlândia será 1ª a sofrer se tensões Rússia-OTAN escalarem, diz diplomata russo

 

Além de ter entrado para Organização do Tratado do Atlântico Norte, Helsinque tem tomado uma série de ações contra Rússia, como fechamento de fronteiras e acordos de defesa que permitem tropas norte-americanas em seu território.

A Finlândia não se beneficiará da adesão à OTAN, disse à Sputnik o representante permanente da Rússia nas organizações internacionais em Viena, Mikhail Ulianov.

"Simplesmente não compreendo como a Finlândia se beneficia [da adesão à OTAN]. Eles viveram calma e pacificamente, e inesperadamente encontraram-se entre a Rússia e a OTAN. Mas eles são nossos vizinhos, e deus me livre se houver algum agravamento, então a própria Finlândia sofrerá primeiro. Eu realmente não gostaria que isso acontecesse, é claro", disse Ulianov em entrevista.

O representante também destacou que um acordo de cooperação em defesa assinado por Helsinque e Washington na semana passada é um "sério desafio" para Moscou, visto que o acordo proporciona aos soldados norte-americanos acesso a 15 áreas e instalações militares finlandesas.

Além da Finlândia, a Suécia e a Dinamarca assinaram um pacto semelhante no início de dezembro, e a Noruega, em 2021, assinou um acordo com Washington sobre como regular a atividade militar norte-americana em seu território.

Na semana passada, o ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, comentou os recentes pactos assinados, e disse que em resposta Moscou aumentará seu contingente militar para 1,5 milhão. Assim como Shoigu, o presidente Vladimir Putin comentou a decisão de Helsinque dizendo que o país vizinho nunca teve problemas com a Rússia, mas que agora "passaria a ter".

 

Fonte: Sputnik Brasil

 

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