Oeste baiano pode receber fábrica de biocombustíveis
O governador Jerônimo Rodrigues (PT) iniciou as discussões para a
possível construção de uma fábrica de etanol de milho no oeste da Bahia. O tema
foi tratado com os executivos da ALZ Grãos, empresa de originação de grãos,
comércio de insumos agrícolas e operação portuária, que sinalizaram para
chances reais de investir na instalação da fábrica no estado.
O projeto apresentado ao gestor estadual, na última sexta-feira, 8, em
Brasília, prevê a construção de uma planta de processamento de grãos, visando
produzir etanol à base de milho e outros cereais.
A escolha da região é baseada nas condições produtivas já existentes,
com infraestrutura para fornecer os grãos necessários à produção do
biocombustível à base de milho.
O projeto prevê a construção de uma planta de processamento de grãos,
visando produzir etanol à base de milho e outros cereais, como sorgo. A
indústria terá capacidade de esmagamento de um milhão de toneladas de milho por
ano. Os estudos sobre os investimentos já estão avançados.
A reunião contou com a presença do presidente da Companhia de
Desenvolvimento e Ação Regional da Bahia (CAR), Jeandro Ribeiro; o CEO da ALZ
Grãos, Maurício Hardman; Blairo Maggi, acionista da AMAGGI, uma das empresas
que compõem a ALZ Grãos, juntamente com a Louis Dreyfus Company e Zen-Noh.
Um dos motivos para que os executivos se interessassem pela região leva
em conta as condições produtivas do local. Caso seja efetivada, a nova
indústria de grãos terá capacidade de esmagamento de um milhão de toneladas de
milho por ano. Os estudos sobre os investimentos estão avançados.
Governo baiano assina
contrato bilionário de exploração de areia industrial
A Bahia vem ganhando destaque no cenário da mineração, tanto
nacionalmente quanto internacionalmente. Mais um triunfo será celebrado na
próxima segunda-feira (11), às 17h, na Companhia Baiana de Pesquisa Mineral -
CBPM, com a presença do governador Jerônimo Rodrigues, ocorrerá a assinatura do
contrato com a Homerun Brasil Mineração Ltda, subsidiária da canadense Homerun
Resources Inc, que vai realizar um trabalho de exploração de areia industrial
em quatro áreas de titularidade da CBPM, situadas em Santa Maria Eterna, no
município de Belmonte, na Bahia. Além do governador, também estarão presentes
durante o ato: o presidente da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral - CBPM,
Henrique Carballal, o CEO da Homerun, Brian Leeners, o presidente do
Departamento de Energia dos Estados Unidos, Zhiwen Ma, entre outras autoridades
e personalidades do setor.
E os benefícios que a Homerun vai proporcionar para a Bahia devem
abranger outros municípios. Em Ilhéus-BA, a empresa estrangeira vai estabelecer
uma planta de beneficiamento que transformará a sílica in natura em sílica de
alta pureza. E no Porto de Aratu, a empresa vai concentrar esforços na
fabricação de células solares, um produto que tem o potencial de duplicar a
capacidade de energia das placas fotovoltaicas. O investimento inicial é de
aproximadamente 300 milhões de reais, podendo chegar a mais de um bilhão de
reais, a implementação de unidades fabris resultará na geração de 1.681
empregos na Bahia.
“Com essa decisão, estamos reconhecendo a importância vital desse
empreendimento para o desenvolvimento da economia baiana. Seguimos alinhados às
práticas de tecnologia verde, sendo que o projeto concentra-se na produção
ambientalmente responsável de sílica, que é evidenciado ao observar o uso de
água reciclável e a eliminação de resíduos químicos e biológicos. Teremos uma
unidade industrial de produção de vidro solar para painel fotovoltaico, vidros
especiais automotivos, vidros para embalagens, entre outros. E os benefícios
não param por aí, pois vamos implantar um fundo para o desenvolvimento da
educação nos municípios onde ocorrerem as operações de mina e de unidades
industriais. A fonte dos recursos do
fundo será equivalente a 10% dos royalties da CBPM mais 10% adicionais sobre o
valor dos royalties aportados pela Homerun. A sílica passará por um processo de
transformação em unidades fabris, localizadas em Ilhéus e Aratu”, afirmou o
presidente da CBPM, Henrique Carballal.
Além do
investimento inicial que ocorrerá nos próximos quatro anos pela Homerun, também
foi firmado com a CBPM um planejamento de exploração e fornecimento contínuo de
sílica, no distrito de Belmonte, ao longo das próximas duas décadas. “Essa
projeção para os próximos 20 anos é essencial para assegurar a oferta contínua
desse recurso vital, considerando a rápida exaustão dos depósitos globais de
sílica de alta pureza, que é o segundo recurso natural mais demandado
globalmente, desempenhando um papel crucial na esfera da energia limpa e armazenamento,
oferecendo benefícios substanciais com baixa emissão de carbono”, concluiu
Carballal.
Prefeitura de Maraú reabre
licitação milionária com indícios de fraude
Ignorando recomendação do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), o prefeito
de Maraú, Manassés Santos Souza (PP) republicou um edital de licitação para
concessão de destinação final de resíduos sólidos. E com valor superior ao
publicado anteriormente.
No dia 19 de julho de 2023, o primeiro certame foi lançado e logo se
tornou alvo de várias ações, além de ter sido denunciado em O Carrasco. O
edital tinha direcionamento explícito para a empresa Lixo Verde, que mesmo
antes de participar do certame já possuía materiais publicitários dando como
certa a sua instalação no município.
As suspeitas levaram o TCM a suspender o processo. No certame original,
o contrato de 360 meses, ou 30 anos, previa pagamento de R$ 485 milhões, o
equivalente a R$ 1,347 milhão mensais. Mais do que todo gasto de saúde do
município em 2022.
Agora, com a nova publicação, o edital prevê um contrato no valor de R$
503.100.000,00, com desembolso mensal de R$1.397.500,00, somente para a
recepção de resíduos, sem incluir a coleta, destinação de podas, entulhos e
resíduos de varrição. É mais do que Ilhéus e Itabuna gastam, juntos, com o
mesmo serviço.
• Experiência
Como se não bastasse, o edital não exige certidão de acervo técnico
profissional e a empresa “escolhida’ apresentou um atestado de capacidade
técnica de uma “Planta piloto”, que não comprova a efetiva execução e eficácia
dos serviços.
Na prática, a Lixo Verde não tem sequer um projeto desenvolvido em
nenhum município, para comprovar sua expertise. Na prática, a Prefeitura de
Maraú pode desembolsar uma fortuna por um serviço sem qualquer comprovação de
qualidade.
Será que o TCM não vai fazer nada para impedir esse absurdo? Ou vai
permitir que o prefeito use a cidade como laboratório, gastando milhões de
dinheiro público do contribuinte?
São Sebastião do Passé:
Obra de R$ 1 milhão de reais desrespeita direitos trabalhistas
Direitos trabalhistas não cumpridos, funcionários que atuam sem proteção
de equipamentos de segurança. Essa é a situação que acontece em uma obra orçada
em mais de R$ 1 milhão de reais, no município de São Sebastião do Passé, Região
Metropolitana de Salvador.
A denúncia foi apresentada pelo vereador Soldado Nailson (Republicanos),
que constatou trabalhadores atuando já há dois meses no local sem carteira
assinada, alimentação, equipamentos de segurança, fardamento e água.
Ainda de acordo com o parlamentar, os trabalhadores recebem diária no
valor de R$ 60 reais, sendo que o pagamento é feito por intermédio do PIX,
todas às sextas-feiras.
"Caso aconteça um acidente com algum trabalhador, vai sair com a
mão abanando. A Prefeitura firma contrato milionário e não dá dignidade para
esses homens que colocam a mão na massa. Já protocolamos denúncia no Ministério
Público do Trabalho", disse.
Obra pública em Casa Nova
invade área privada; veja a denúncia
Moradores de Casa Nova denunciam uma obra pública municipal, financiada
pela Secretaria Estadual de Desenvolvimento Urbano, que, para construir uma
estrada, estaria invadindo área privada, sem decreto de desapropriação, muito
menos a indenização prévia, justa e em dinheiro, o que pode caracterizar
improbidade administrativa e crime de responsabilidade.
Segundo relatos em vídeo, fotos e documentos, a própria prefeitura já
declarou que a área é urbana, voltou atrás e disse que era rural e, agora, faz
obra tipicamente urbana, com verba específica para e carimbada para fins de
infraestrutura urbana, o que pode configurar desvio de finalidade e rejeição de
contas públicas, segundo especialistas ouvidos pela reportagem.
As reclamações dos munícipes também apontam que há danos em área de
dunas, a falta de placas sinalizando a obra, as licenças ambientais junto ao
Inema e os responsáveis técnicos, além de protestarem "quanto a inércia do
Ministério Público, que considera a área rural, quanto atividades privadas, mas
tolera investimentos e intervenções típicamente públicas, sem licenciamento e
estudo de impacto ambiental, quanto a obra é pública. São dois pesos e duas
medidas", protesta antigo morador e empresário do ramo turístico local.
Procurados, representantes do Ministério Público, do Inema, da Sedur, da
Construtora Ímpar e o prefeito de Casa Nova, Wilker Torres, não responderam aos
e-mails e contatos da reportagem.
Fonte: A Tarde/Tribuna da Bahia
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