domingo, 31 de dezembro de 2023

Fígado: estrutura, funções e cuidados

O fígado é um órgão em formato de cone, avermelhado e que pesa mais ou menos um quilo. Ele fica localizado na parte superior da cavidade abdominal, um pouco abaixo do diafragma, em cima do estômago, do lado direito dos rins e dos intestinos. Ao todo, o órgão armazena aproximadamente 13% de todo o sangue encontrado no corpo, além de ter diversas funções essenciais.

Existem duas fontes distintas que fornecem sangue para o fígado: a artéria hepática que oferece sangue oxigenado; e a veia porta hepática, por onde passa o sangue rico em nutrientes.

>>> Como o fígado é dividido?

O fígado é formado por dois lóbulos principais. Ambos são constituídos por oito segmentos que consistem em mil lóbulos (pequenos lóbulos). Os lóbulos estão ligados a pequenos ductos (tubos) que se ligam a ductos maiores para formar o ducto hepático comum. Esse é responsável por transportar a bile produzida pelas células hepáticas até a vesícula biliar e duodeno (a primeira parte do intestino delgado).

As outras partes são:

  • Ligamento Falciforme: um ligamento fibroso que separa os dois lóbulos do fígado e os conecta com a parede abdominal;
  • Cápsula de Glisson: uma camada de tecido conectivo que fica ao redor do fígado e está relacionada às artérias e os ductos biliares;
  • Peritônio: uma membrana que cobre o fígado e forma seu exterior;

>>> Quais as funções do fígado?

O fígado é o órgão responsável pela regulação dos níveis de toxinas no sangue. Ele também exerce a função de excretar a bile, que ajuda a eliminar substâncias tóxicas. Todo o sangue que deixa o estômago e os intestinos passa pelo fígado. Ele tem como objetivo o processamento do fluido, para garantir que ele seja rico em nutrientes e não tóxico.

Outras funções do fígado são:

  • Processar alimentos digeridos do intestino;
  • Controlar os níveis de gordura, glicose e aminoácidos no sangue;
  • Combater infecções;
  • Retirar partículas e bactérias do sangue;
  • Neutralizar e destruir drogas e toxinas;
  • Criar bile;
  • Armazenar ferro, vitaminas e outras substâncias essenciais;
  • Transformar carboidratos em energia;
  • Criar, quebrar e regular uma série de hormônios;
  • Produzir enzimas responsáveis pelas reações químicas no corpo;

>>> A regeneração do fígado

Você sabia que o fígado é um órgão que se regenera? Isso mesmo, quando uma parte do tecido hepático é cortado, ele pode crescer de volta. Segundo estudos, esse fator acontece graças ao trabalho das bactérias do intestino.

O processo acontece da seguinte forma: algumas bactérias do sistema digestivo quebram os carboidratos, transformando-os em ácidos graxos de cadeia curta. Os ácidos graxos são essenciais para a reprodução de células hepáticas, que se dividem e fazem a regeneração do órgão.

Os pesquisadores que descobriram essa ligação também apontam que o uso de antibióticos em excesso pode afetar o processo de regeneração. Tal pois os medicamentos alteram a composição de certas bactérias, fazendo com que a produção de ácidos graxos seja consideravelmente reduzida. 

>>> Quais as principais doenças hepáticas?

Quando não se tem cuidado da maneira correta da saúde, o fígado pode sofrer com certas condições. Algumas delas são:

  • Cirrose: cicatrizes que resultam de doenças hepáticas e de outras causas de lesão hepática, como o alcoolismo;
  • Síndrome de Gilbert: doença genética que afeta o metabolismo e atinge uma pequena porcentagem da população, pode causar uma leve icterícia (pele e olhos amarelados);
  • Síndrome hepatorrenal: condição médica fatal que consiste na deterioração rápida da função renal em indivíduos com cirrose ou insuficiência hepática fulminante;
  • Hepatite: inflamação do fígado, é causada por vários vírus e também por algumas toxinas hepáticas e doenças autoimunes;
  • Doença hepática gordurosa (esteatose hepática): uma doença em que se acumula gordura triglicérides nas células do fígado;
  • Cistos hepáticos no fígado: cistos cheios de líquido que raramente causam sintomas e são encontrados em exames de imagem;
  • Câncer de fígado: começa nas células do fígado e é o tipo mais comum de câncer no órgão;
  • Hemocromatose: ou “sobrecarga de ferro”, é uma doença hereditária, em que o corpo absorve e armazena ferro em excesso.

>>> Dicas para cuidar do fígado

A melhor forma de evitar doenças hepáticas é mantendo cuidado com a saúde do fígado. Isso pode ser alcançado por meio de uma rotina saudável. A seguir confira algumas recomendações para evitar as condições citadas acima:

  • Evite o consumo de álcool;
  • Não faça uso de drogas ilícitas;
  • Se exercite regularmente;
  • Tenha uma dieta balanceada rica em frutas, vegetais e grãos integrais;
  • Esteja sempre com a carteira de vacina em dia;
  • Praticar sexo seguro (a hepatite C pode ser contrida por relações sexuais desprotegidas).

 

Ø  Saiba quais os alimentos ruins para o intestino

 

Alimentos ruins para o intestino podem gerar problemas à saúde, de longo ou curto prazo. O intestino é um órgão em formato de tubo, que faz parte do sistema digestivo humano. Ele é rico em bactérias que facilitam o processo de digestão. No entanto, quando não são controladas — com uma boa alimentação — podem resultar em mal-estar.

·        Quais os piores alimentos para o intestino?

Antes de citar os piores alimentos para o intestino, é importante entender que o que beneficia a saúde de alguém, nesse quesito, pode não beneficiar a de outro. Isso porque algumas pessoas têm intolerância ou alergia a certas comidas, que em tese fazem bem ao intestino.

Por isso, antes de sair adotando novos alimentos na sua dieta, certifique-se de que eles não representam nenhum risco à sua saúde. Converse com um médico antes de fazer qualquer mudança drástica na dieta.

·        Proteína animal

A proteína animal tem os seus benefícios, porém, quando consumida em excesso ela pode impactar seriamente a saúde. Estudos de 2017 revelam que pessoas com uma dieta rica em carne vermelha têm maior risco de desenvolverem doença intestinal inflamatória. Uma outra pesquisa, de 2019, também revelou que esse consumo está relacionado a maiores riscos de ataque cardíaco e derrame.

·        Alimentos ricos em antibióticos

Para reduzir os riscos de infecções graves, produtores de carne geralmente usam antibióticos para tratar os animais. O uso desses medicamentos de maneira irresponsável pode resultar na criação de superbactérias.

As superbactérias são microorganismos que ficam mais fortes que os antibióticos, devido ao uso contínuo do remédio, fazendo com que eles percam a sua eficácia. O consumo excessivo de carnes resultantes deste tipo de produção contribui para o surgimento desses organismos. Além disso, o consumo de antibióticos, quando em grandes quantidades, também pode matar as bactérias boas presentes no intestino. 

·        Alimentos fritos

Por serem fritos em óleos ricos em gorduras trans e saturadas, esses alimentos não são digeridos da forma adequada pelo corpo. Por isso, podem causar diarreia, gases e dores no estômago. Outro fator alarmante é que esse tipo de comida causa o crescimento de bactérias ruins que afetam a saúde intestinal. 

·        Comida altamente processada

Alimentos processados contêm aditivos não-saudáveis, como açúcar, conservantes pobres em fibras e sódio. Em um estudo, de 2019,  foi apontado que existe uma relação entre dietas ricas em alimentos processados e a inflamação na microbiota intestinal. 

Sendo assim, uma forma de evitar alimentos ruins para o intestino é cortando o consumo de alimentos ultraprocessados. Você pode investir em refeições mais naturais, ricas em frutas, vegetais, leguminosas e grãos integrais.

·        Álcool e outras bebidas 

A ingestão constante de bebidas alcoólicas pode alterar a microbiota do intestino e promover o crescimento de bactérias ruins, o que gera desequilíbrio no funcionamento do órgão. Esse fator se manifesta principalmente através do aumento da permeabilidade do intestino, que pode resultar em diversos problemas para a saúde, como alergias alimentares.

Além do álcool, o café, o refrigerante e o chocolate aumentam o consumo de cafeína, o que impacta a saúde do intestino. A ingestão excessiva dessas bebidas está comumente relacionada ao surgimento de quadros de diarreia.

·        Derivados do leite 

Derivados do leite que não são fermentados podem desequilibrar a saúde da microbiota intestinal. Por exemplo, o leite não fermentado altera a flora bacteriana, ajudando no crescimento de bactérias ruins, que criam colônias e impactam a existência das bactérias boas. 

Pessoas com intolerância ou alergia à lactose são propensas a desenvolverem problemas intestinais graças ao consumo desses alimentos. Por isso, se você sofre com uma dessas condições, opte por alternativas vegetais do leite.

 

Fonte: eCycle

 

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