Especialista militar: nenhum dinheiro dos EUA ajudará Ucrânia a derrotar
Rússia
EUA acabarão fornecendo assistência financeira à
Ucrânia, mas o dinheiro americano não ajudará Kiev a derrotar a Rússia,
declarou Daniel Davis, especialista militar e tenente-coronel aposentado
americano, em entrevista ao canal de TV britânico GB News.
"Ao fim e ao cabo, alguns fundos provavelmente
serão transferidos. Minha previsão é que em certa etapa o governo americano
chegará a algum acordo. […]. Mas transformar isso em uma vitória sobre a Rússia
[…] não será possível", considera o especialista.
De acordo com Davis, o acordo final entre o
Congresso e a Casa Branca envolverá uma quantia muito menor da que era buscada
pelo presidente dos EUA, Joe Biden.
O especialista sugeriu que os EUA não ignoraram os
baixos resultados que trouxeram os pacotes anteriores de ajuda à Ucrânia.
Washington percebeu que a vitória da Ucrânia é impossível, observou Davis.
Recentemente o líder democrata do Senado dos EUA,
Chuck Schumer, admitiu que os senadores não chegaram a um acordo para ajudar a
Ucrânia, já que a questão se mostrou ser difícil e o trabalho continuará em
janeiro.
·
Envio de sistemas russos Pantsir à zona da operação militar criará
problemas para Ucrânia
O surgimento de sistemas de mísseis e artilharia
antiaérea Pantsir na última modificação — o Pantsir-SM — na zona de operação
militar especial criará sérios problemas para as Forças Armadas da Ucrânia.
O portal polonês Interia avaliou como o complexo
modernizado pode impactar a situação no front.
"Este [surgimento de sistemas Pantsir-SM na
zona da operação militar especial] pode significar sérios problemas para a
Ucrânia, que ultimamente baseia suas ações em ataques de drones", avança a
mídia.
Vale a pena notar que o referido sistema de mísseis
modernizado é capaz de detectar pequenos alvos a uma distância de até 75
quilômetros, e o uso de novos mísseis guiados aumenta o alcance da
interceptação em até 40 quilômetros.
No início de dezembro, uma fonte informou à Sputnik
que as Forças Armadas da Rússia começaram a utilizar os complexos modernizados
Pantsir-SM na operação especial. Os novos sistemas demonstram maior eficácia de
combate em comparação com a versão-base do complexo.
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Gabinete ucraniano apresenta projeto de lei para impulsionar o esforço
de mobilização, diz mídia
Com o estrangulamento da ajuda ocidental e o
fracasso da contraofensiva de Kiev, a Ucrânia também tem sofrido com a escassez
de mão de obra há quase dois anos após o início da operação militar especial
russa.
De acordo com a Bloomberg, o gabinete ucraniano
apresentou ao parlamento um projeto de lei que estabelece um novo plano de
mobilização para o Exército, visando resolver divergências entre a liderança
política e militar sobre o recrutamento, em um contexto em que a famigerada
contraofensiva ucraniana foi considerada um fracasso por diversos analistas
militares.
Segundo a apuração, o projeto de lei prevê a
redução da idade de recrutamento durante o conflito para homens sem experiência
militar de 27 para 25 anos, e limita os motivos para atrasar o alistamento,
além de propor a introdução de "treinamento militar básico" para
cidadãos de menos de 25 anos.
Reabastecer as fileiras esgotadas do Exército está
no topo da agenda da Ucrânia diante de seus inúmeros desafios no esforço para
manter a guerra por procuração da Organização do Tratado do Atlântico Norte
(OTAN) contra a Rússia. Com a iminente escassez de munições, a ajuda financeira
reduzida dos parceiros de Kiev e o segundo inverno (Hemisfério Norte) na frente
de batalha, a escassez de mão de obra representa um obstáculo ainda maior.
O presidente ucraniano Vladimir Zelensky está
considerando, mas não assinou outro plano de recrutamento que está em sua mesa
desde junho e também propôs uma redução da idade de recrutamento para 25 anos.
Embora os líderes militares da Ucrânia tenham
pedido a mobilização de até 500 mil pessoas, o presidente disse no dia 19 de
dezembro que aguardava um pacote abrangente que incluísse um plano para
rotações e saídas de tropas. O general Valery Zaluzhny, chefe militar da
Ucrânia, criticou no início deste mês o ritmo do recrutamento como lento demais
diante do poderio russo.
Segundo a mídia ucraniana citada pela Bloomberg, os
legisladores ucranianos planejam debater o projeto de lei no dia 10 de janeiro.
O gabinete também apresentou legislação que endureceria a punição para quem se
esquivasse do recrutamento.
Ø Conflito na
Ucrânia afeta a Alemanha e sobe dívida pública para 2,5 trilhões de euros, diz
mídia
As sanções contra fontes de energia russas,
impostas após o início da operação militar da Rússia na Ucrânia, causaram crise
energética na Europa e "custaram caro à Alemanha", cuja dívida
pública atingiu um recorde, escreve o jornal turco Yeni Safak.
Segundo publicou o jornal, "a crescente
necessidade de financiamento devido à crise energética com hostilidades como
pano de fundo" provocou rápido crescimento da dívida pública alemã.
A incerteza sobre o fornecimento de energia no meio
da operação especial russa em curso na Ucrânia, a suspensão do fornecimento de
gás russo pelo gasoduto Nord Stream 1 e as sanções da União Europeia contra
fontes de produção energética desequilibraram os mercados alemães.
O jornal lembra que, de acordo com o Escritório
Federal de Estatísticas alemão (Destatis), entre janeiro e setembro de 2023, a
dívida pública total do país com instituições não governamentais, incluindo
todos os orçamentos básicos e complementares nos níveis federal, estadual,
fundos de seguridade social e municípios, aumentou em 85,8 bilhões de euros,
atingindo recorde de 2,454 trilhões de euros.
Em comparação com o final de 2022, o total da
dívida aumentou 3,6%, enquanto a dívida dos municípios e associações municipais
cresceu 7,6%, atingindo 151,5 bilhões de euros, destaca o Yeni Safak.
A economia germânica, que até recentemente era
considerada a locomotiva da Europa, está perdendo posições, enfrentando o
processo de "desindustrialização" que não pode ser freado.
Isso é uma consequência de o país ter aderido às
sanções antirrussas e ter renegado aos hidrocarbonetos que durante décadas
recebeu a preços baixos.
Eles reiteraram repetidas vezes que as medidas
punitivas contra a Rússia prejudicam mais aqueles que as impõem e que a UE
acabou na posição de uma colônia estadunidense.
Ø Shoigu:
interrompendo a ofensiva da Ucrânia, forças da Rússia cumpriram principal
objetivo do ano
O Exército da Rússia está tomando posições cada vez
mais vantajosas e expandindo os territórios sob seu controle em todas as
direções na zona da operação militar especial, disse o ministro da Defesa
Sergei Shoigu durante uma conferência.
"Nós avançamos consistentemente no rumo para
alcançar os objetivos declarados da operação especial", disse Shoigu.
As tropas russas conseguiram frustrar a
contraofensiva ucraniana graças às linhas defensivas construídas com eficácia,
à confiabilidade do equipamento e às ações decisivas dos combatentes, observou
o chefe do órgão militar.
"Vários fatores decisivos contribuíram para
isso: a criação de um sistema eficaz de linhas defensivas, a alta capacidade de
combate de todas as unidades e subunidades, a confiabilidade e eficácia do
equipamento militar russo", declarou o ministro.
"E acima de tudo – as ações hábeis e resolutas
dos defensores da pátria, que abnegadamente garantem a segurança do país e de
seus cidadãos", acrescentou.
O complexo industrial de defesa da Rússia aumentou
em muitas vezes o volume de produção para atender às necessidades do Ministério
da Defesa e está trabalhando 24 horas por dia, disse o ministro da Defesa,
Sergei Shoigu.
De acordo com Shoigu, os funcionários do complexo
industrial de defesa russo desafiaram o "gabado potencial técnico-militar
ocidental".
Ele também destacou o apoio sem precedentes que o
povo russo expressou aos combatentes que participam da operação especial.
Shoigu ressaltou que foram os esforços comuns na retaguarda e na frente que
ajudaram as tropas russas a tomar a iniciativa na linha de contato do combate.
·
Ucrânia enfrenta escassez de munição e pessoal enquanto Rússia aumenta
produção de armas
Em 2023, o Exército russo testemunhou um aumento no
fornecimento de armas, enquanto os estoques militares ucranianos estão quase
esgotados.
A produção de armas para as Forças Armadas russas
aumentou significativamente, de acordo com o vice-primeiro-ministro e chefe do
Ministério da Indústria e Comércio da Rússia, Denis Manturov.
"No que diz respeito à indústria de defesa
[russa], para diversos itens, observamos um aumento de 10 a 12 vezes na
produção e nos volumes de fornecimento. Infelizmente, não posso divulgar
detalhes específicos sobre fornecimento e financiamento, mas fiquem tranquilos,
os números são substanciais", afirmou à Sputnik.
Além disso, o volume de pedidos estatais de defesa
para 2023 dobrou em relação ao ano anterior, revelou o oficial russo durante a
entrevista.
Em contraste, o Exército ucraniano enfrenta
escassez crescente de armas e munições. Conforme publicou o The Washington
Post, recentemente, algumas unidades ucranianas estão sendo forçadas a cancelar
assaltos planejados devido à falta de projéteis de artilharia na linha de
frente.
Um militar da 128ª Brigada de Assalto de Montanha
disse ao jornal que seus artilheiros "recebem um limite de projéteis para
cada alvo".
A brigada está atualmente lutando na região sudeste
de Zaporozhie.
Embora as tropas ucranianas sejam consideradas
"motivadas", os soldados admitem que "não se pode vencer uma
guerra apenas com motivação".
Por sua vez, um artilheiro da 148ª Brigada de
Artilharia, que opera um obuseiro de 155 mm, disse que sua unidade agora está
disparando apenas de 10 a 20 projéteis por dia contra alvos russos, enquanto
anteriormente disparavam uma média de 50 projéteis por dia, e às vezes até 90.
Os soldados ucranianos lamentaram especialmente o
fato de não terem vantagem numérica sobre os russos, nem armas suficientes para
lutar. Ao longo de seis meses da chamada contraofensiva, as Forças Armadas da
Ucrânia perderam mais de 125 mil soldados e 16 mil unidades de várias armas,
afirmou o ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, no início de dezembro.
Enquanto isso, o contingente militar russo de 617
mil soldados está reforçando suas posições ao longo da linha de frente de quase
2 mil quilômetros.
O The Washington Post admitiu que as forças russas
continuam avançando nas frentes sul e leste, e também estão
"atacando" posições ucranianas com drones e ataques de mísseis.
O presidente dos EUA, Joe Biden, não conseguiu
persuadir os congressistas americanos a aprovar o pacote de ajuda de US$ 60
bilhões (cerca de R$ 293,490 bilhões) para a Ucrânia antes do recesso de
inverno. Além disso, a Hungria bloqueou a concessão de US$ 54,5 bilhões (R$
266,580 bilhões) em ajuda da UE a Kiev.
Apesar do anúncio do presidente ucraniano Vladimir
Zelensky de planos para aumentar a produção de armas e estabelecer um polo da
indústria de defesa no Estado do Leste Europeu, fontes da Sputnik rejeitaram
essas ambições.
Segundo elas, a Ucrânia não tem a capacidade de
sustentar a produção, e os fabricantes de armas ocidentais estão relutantes em
investir no país.
O jornal concluiu que a incapacidade de Biden em
garantir o financiamento tão necessário para a Ucrânia antes do final do ano
demonstra que a Casa Branca não pode garantir apoio infinito.
Fonte: Sputnik Brasil
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