terça-feira, 7 de novembro de 2023

Ouvir erros gramaticais pode provocar estresse, diz pesquisa

Não é chatice: ouvir erros gramaticais pode provocar estresse, diz pesquisa

Estudo britânico explora, pela primeira vez, sensibilidade da resposta cardiovascular a erros gramaticais

O incômodo ao ouvir erros gramaticais pode não ser algo apenas momentâneo. Com uma abordagem inédita, um estudo britânico, publicado no Journal of Neurolinguistic, em outubro passado, revela que ouvir erros de gramática resulta em sinais físicos de estresse. Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores da Universidade de Birmingham, no Reino Unido, analisaram a Variabilidade da Frequência Cardíaca (VFC) de pessoas que foram expostas a ouvir erros em áudios.

A VFC é uma medida cardiovascular que registra o tempo entre batimentos sucessivos. Segundo um comunicado de Dagmar Divjak, professora integrante do estudo, “a duração dos intervalos entre os batimentos cardíacos sucessivos de uma pessoa tende a ser variável quando ela está relaxada, mas torna-se mais regular quando ela está estressada”, menciona.

Sendo assim, o estudo “Respostas fisiológicas e comportamentos cognitivos: Variabilidade da frequência cardíaca como indicador do conhecimento linguístico” revelou uma redução na VFC – considerada estatisticamente significativa pelos pesquisadores – em resposta aos erros gramaticais. “Esta redução reflete a extensão das violações gramaticais, sugerindo que quanto mais erros uma pessoa ouve, mais regulares se tornam os seus batimentos cardíacos – um sinal de stress”, afirma Divjak, no mesmo comunicado.

A frequência cardíaca dos participantes da pesquisa foi rastreada por meio de um sensor conectado ao dedo médio da respectiva mão não dominante de cada um. Os 41 britânicos ouviram 40 amostras de áudio em inglês, sendo que metade continha erros de gramática.

Além de Divjak, a pesquisa foi elaborada pelos professores Petar Milin e Hui Sun. Eles exploraram a relação entre fisiologia e cognição e, conforme aponta o estudo, o objetivo foi aumentar a relação entre a cognição da linguagem e o sistema nervoso autônomo (SNA) – o qual controla a frequência cardíaca. De acordo com os autores, tal relação tem recebido pouca atenção.

Apesar disso, os pesquisadores destacam no documento que conseguiram fornecer “a primeira evidência que sugere que a VFC pode ser usada como um indicador do conhecimento linguístico implícito”. Inclusive, estudos como esse, na avaliação dos professores, têm potencial de colaboração para explorar a saúde cerebral dos indivíduos.

“Avaliar com precisão as capacidades linguísticas de um indivíduo, independentemente da idade e das capacidades físicas ou cognitivas, é importante para muitas questões relativas a áreas fundamentais da vida relacionadas com a cognição, incluindo a saúde do cérebro”, disseram os especialistas.

 

       5 sinais de que você se autossabota (e como acabar com isso)

 

Autossabotagem é um termo utilizado quando a pessoa adota comportamentos, ou se omite em determinadas situações, gerando barreiras que vão impedi-la de atingir um objetivo. Em geral, é algo inconsciente: a pessoa quer concluir suas metas, mas há tantos pensamentos negativos associados a esse desejo que ela acaba agindo no sentido oposto a isso.

A atitude ou omissão pode envolver relacionamentos, trabalho, estudo ou finanças pessoais, entre outros aspectos da vida. É comum que a autossabotagem tenha origem em alguma dificuldade passada ou com algum trauma, como preconceito e problemas familiares, criando uma espécie de mecanismo de defesa contra a própria felicidade.

•        Sinais da autossabotagem

Uma pessoa pode se sabotar das mais diversas maneiras. Enquanto alguns sinais são quase "óbvios", outros podem ser um pouco mais difíceis de serem reconhecidos. Veja alguns exemplos:

# 1. Responsabilizar os outros

Muitas vezes coisas ruins acontecem sem que ninguém seja culpado. Se você tende a encontrar falhas em outro lugar sempre que enfrenta dificuldades, vale prestar mais atenção ao papel que você desempenhou no que aconteceu.

Por exemplo, a pessoa observa certos comportamentos da parceria que afetam o casal, acha que isso não mudará e termina. Entretanto, se ela não tiver tempo para explorar como pode ter contribuído para os problemas na relação, acaba sabotando sua chance de aprender com a experiência.

# 2. Sair fora quando o obstáculo aparece

Existem razões válidas para mudar de caminho, mas um padrão tão difundido nesse sentido pode indicar algo a mais. Dúvidas sobre sua própria capacidade de ter sucesso ou de manter um emprego estável podem levar uma pessoa a fazer coisas que atrapalham seu desempenho ou a impedem de prosperar.

# 3. Procrastinar sempre

Você já se viu "imobilizado" quando confrontado com uma tarefa importante? A motivação pode desaparecer por completo e você acaba evitando essa tarefa. A procrastinação pode acontecer sem razão aparente, mas pode ser resultado das dúvidas que a pessoa tem sobre suas próprias habilidades.

# 4. Colocar-se para baixo

As pessoas, muitas vezes, estabelecem padrões muito mais elevados para si do que para os outros. Quando você não consegue cumprir essas "metas", pode acabar sendo muito severo consigo, dizendo frases como: "Eu não faço nada certo".

# 5. Omitir as próprias necessidades

Algumas pessoas podem apresentar dificuldades em falarem por si mesmas, tornando mais complicado que as suas necessidades sejam atendidas. Isso pode acontecer em situações familiares, entre amigos e, com frequência, no trabalho.

•        Como acabar com a autossabotagem?

Para quebrar esse ciclo, é importante reconhecer que se tem uma dificuldade, ou seja, que mesmo querendo algo, a pessoa não consegue fazer porque provavelmente já criou barreiras para isso.

O segundo passo é procurar apoio para vencer esse comportamento. Nesse momento, pessoas de confiança, como amigos, família e colegas de trabalho podem ajudar. Às vezes também é necessário um suporte especializado, como a terapia.

Trabalhar a autoestima também é essencial. Isso não significa que quem tem uma autoestima elevada não possa se autossabotar. Contudo, uma autoestima mais baixa tende a criar um risco maior de autossabotagem.

Por fim, é interessante também prestar atenção nas redes sociais, pois nelas há uma frequente comparação entre as pessoas, o que pode piorar o comportamento de quem se sabota.

 

Fontes: Correio Braziliense/Healthline e VerywellMind

 

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