Ouvir erros gramaticais pode provocar estresse, diz pesquisa
Não é chatice: ouvir erros gramaticais pode
provocar estresse, diz pesquisa
Estudo britânico explora, pela primeira vez,
sensibilidade da resposta cardiovascular a erros gramaticais
O incômodo ao ouvir erros gramaticais pode não ser
algo apenas momentâneo. Com uma abordagem inédita, um estudo britânico,
publicado no Journal of Neurolinguistic, em outubro passado, revela que ouvir
erros de gramática resulta em sinais físicos de estresse. Para chegar a essa
conclusão, os pesquisadores da Universidade de Birmingham, no Reino Unido,
analisaram a Variabilidade da Frequência Cardíaca (VFC) de pessoas que foram
expostas a ouvir erros em áudios.
A VFC é uma medida cardiovascular que registra o
tempo entre batimentos sucessivos. Segundo um comunicado de Dagmar Divjak,
professora integrante do estudo, “a duração dos intervalos entre os batimentos
cardíacos sucessivos de uma pessoa tende a ser variável quando ela está
relaxada, mas torna-se mais regular quando ela está estressada”, menciona.
Sendo assim, o estudo “Respostas fisiológicas e
comportamentos cognitivos: Variabilidade da frequência cardíaca como indicador
do conhecimento linguístico” revelou uma redução na VFC – considerada
estatisticamente significativa pelos pesquisadores – em resposta aos erros
gramaticais. “Esta redução reflete a extensão das violações gramaticais, sugerindo
que quanto mais erros uma pessoa ouve, mais regulares se tornam os seus
batimentos cardíacos – um sinal de stress”, afirma Divjak, no mesmo comunicado.
A frequência cardíaca dos participantes da pesquisa
foi rastreada por meio de um sensor conectado ao dedo médio da respectiva mão
não dominante de cada um. Os 41 britânicos ouviram 40 amostras de áudio em
inglês, sendo que metade continha erros de gramática.
Além de Divjak, a pesquisa foi elaborada pelos
professores Petar Milin e Hui Sun. Eles exploraram a relação entre fisiologia e
cognição e, conforme aponta o estudo, o objetivo foi aumentar a relação entre a
cognição da linguagem e o sistema nervoso autônomo (SNA) – o qual controla a
frequência cardíaca. De acordo com os autores, tal relação tem recebido pouca
atenção.
Apesar disso, os pesquisadores destacam no
documento que conseguiram fornecer “a primeira evidência que sugere que a VFC
pode ser usada como um indicador do conhecimento linguístico implícito”.
Inclusive, estudos como esse, na avaliação dos professores, têm potencial de
colaboração para explorar a saúde cerebral dos indivíduos.
“Avaliar com precisão as capacidades linguísticas
de um indivíduo, independentemente da idade e das capacidades físicas ou
cognitivas, é importante para muitas questões relativas a áreas fundamentais da
vida relacionadas com a cognição, incluindo a saúde do cérebro”, disseram os
especialistas.
5
sinais de que você se autossabota (e como acabar com isso)
Autossabotagem é um termo utilizado quando a pessoa
adota comportamentos, ou se omite em determinadas situações, gerando barreiras
que vão impedi-la de atingir um objetivo. Em geral, é algo inconsciente: a
pessoa quer concluir suas metas, mas há tantos pensamentos negativos associados
a esse desejo que ela acaba agindo no sentido oposto a isso.
A atitude ou omissão pode envolver relacionamentos,
trabalho, estudo ou finanças pessoais, entre outros aspectos da vida. É comum
que a autossabotagem tenha origem em alguma dificuldade passada ou com algum
trauma, como preconceito e problemas familiares, criando uma espécie de
mecanismo de defesa contra a própria felicidade.
• Sinais
da autossabotagem
Uma pessoa pode se sabotar das mais diversas
maneiras. Enquanto alguns sinais são quase "óbvios", outros podem ser
um pouco mais difíceis de serem reconhecidos. Veja alguns exemplos:
# 1. Responsabilizar os outros
Muitas vezes coisas ruins acontecem sem que ninguém
seja culpado. Se você tende a encontrar falhas em outro lugar sempre que
enfrenta dificuldades, vale prestar mais atenção ao papel que você desempenhou
no que aconteceu.
Por exemplo, a pessoa observa certos comportamentos
da parceria que afetam o casal, acha que isso não mudará e termina. Entretanto,
se ela não tiver tempo para explorar como pode ter contribuído para os
problemas na relação, acaba sabotando sua chance de aprender com a experiência.
# 2. Sair fora quando o obstáculo aparece
Existem razões válidas para mudar de caminho, mas
um padrão tão difundido nesse sentido pode indicar algo a mais. Dúvidas sobre
sua própria capacidade de ter sucesso ou de manter um emprego estável podem
levar uma pessoa a fazer coisas que atrapalham seu desempenho ou a impedem de
prosperar.
# 3. Procrastinar sempre
Você já se viu "imobilizado" quando
confrontado com uma tarefa importante? A motivação pode desaparecer por
completo e você acaba evitando essa tarefa. A procrastinação pode acontecer sem
razão aparente, mas pode ser resultado das dúvidas que a pessoa tem sobre suas
próprias habilidades.
# 4. Colocar-se para baixo
As pessoas, muitas vezes, estabelecem padrões muito
mais elevados para si do que para os outros. Quando você não consegue cumprir
essas "metas", pode acabar sendo muito severo consigo, dizendo frases
como: "Eu não faço nada certo".
# 5. Omitir as próprias necessidades
Algumas pessoas podem apresentar dificuldades em
falarem por si mesmas, tornando mais complicado que as suas necessidades sejam
atendidas. Isso pode acontecer em situações familiares, entre amigos e, com
frequência, no trabalho.
• Como
acabar com a autossabotagem?
Para quebrar esse ciclo, é importante reconhecer
que se tem uma dificuldade, ou seja, que mesmo querendo algo, a pessoa não
consegue fazer porque provavelmente já criou barreiras para isso.
O segundo passo é procurar apoio para vencer esse
comportamento. Nesse momento, pessoas de confiança, como amigos, família e
colegas de trabalho podem ajudar. Às vezes também é necessário um suporte
especializado, como a terapia.
Trabalhar a autoestima também é essencial. Isso não
significa que quem tem uma autoestima elevada não possa se autossabotar.
Contudo, uma autoestima mais baixa tende a criar um risco maior de
autossabotagem.
Por fim, é interessante também prestar atenção nas
redes sociais, pois nelas há uma frequente comparação entre as pessoas, o que
pode piorar o comportamento de quem se sabota.
Fontes: Correio Braziliense/Healthline e
VerywellMind
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