quarta-feira, 1 de novembro de 2023

'EUA só têm de rezar': Rússia e China criarão uma nova ordem mundial, afirma mídia

A Rússia já venceu o Ocidente no conflito ucraniano. É uma questão de tempo quando esse cenário se repetirá no Oriente Médio. A Rússia e a China criarão uma nova ordem mundial na qual elas mesmas escolherão quem fará o quê na arena internacional, segundo um artigo da agência de notícias iraquiana Saut al-Iraq.

"Os Estados Unidos só têm que rezar, porque a Rússia e a China planejam desenhar um novo mapa mundial no qual elas mesmas distribuirão os papéis entre os participantes no cenário internacional", escreve a mídia.

O conflito na Ucrânia demonstrou a incapacidade dos EUA de manter sua posição como a força mais poderosa do mundo. Além disso, a posição de Washington está enfraquecendo a cada dia, à medida que a guerra na Faixa de Gaza continua, ressalta a publicação.

Por sua vez, Israel, apesar do apoio americano, ficou à beira do desastre e os cidadãos israelenses perderam a confiança em seus líderes, escreveu o autor do artigo, Mohamed Saber.

"Se ocorrer um conflito regional em grande escala, os Estados Unidos não poderão fazer nada. Eles quiseram mostrar que tinham tudo sob controle, mas não conseguiram", afirmou Mohamed Saber.

Anteriormente, a Rússia enviou uma nota diplomática aos países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) sobre o fornecimento de armas à Ucrânia. Qualquer carga com armas para a Ucrânia é considerada um alvo legítimo para a Rússia, afirmou o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov.

Os países da OTAN estão "brincando com fogo" ao fornecer armas para a Ucrânia, segundo o Ministério das Relações Exteriores da Rússia. O fato de o Ocidente estar inundando a Ucrânia com armas não contribui para o sucesso de possíveis negociações e tem, pelo contrário, um efeito contraproducente, de acordo com o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.

·         Vencendo sanções econômicas, PIB da Rússia tem crescimento de 2,8% entre janeiro e setembro

Em anúncio feito pelo primeiro-ministro russo, Mikhail Mishustin, a Rússia ainda teve crescimento industrial significativo em múltiplos setores, ultrapassando quase todos os índices de comparação ao ano passado.

O produto interno bruto (PIB) da Rússia cresceu 2,8% entre janeiro e setembro deste ano e em setembro ultrapassou a marca de 5%, revelou o primeiro-ministro do país, Mikhail Mishustin, em reunião especial do governo acerca de questões econômicas.

"Com base nos resultados de nove meses, o aumento do PIB foi de 2,8%. Essa é uma estimativa preliminar do Ministério para Desenvolvimento Econômico. Se considerarmos setembro separadamente, o número foi quase o dobro — mais de 5% em termos anuais", confirmou.

Segundo a autoridade russa, uma contribuição significativa para a dinâmica global do PIB é dada pela produção interna, bem como pela criação de uma economia do lado da oferta.

"O governo está fazendo isso em nome do chefe de Estado, o presidente russo, Vladimir Putin. De janeiro a setembro, a produção de bens industriais aumentou mais de 3%. A nossa força motriz, aqui, é a indústria transformadora. Nos nove meses do ano, o crescimento ultrapassou os 7%", acrescentou o primeiro-ministro.

Mishustin disse ainda que, pelo quinto mês consecutivo, a taxa de crescimento do setor de engenharia mecânica ultrapassa os 20%.

"Juntamente com os setores químico e metalúrgico, esses três complexos respondem por quase 90% da expansão da produção industrial. Podemos observar também números na casa dos dois dígitos em setores como informática, produtos eletrônicos e ópticos, equipamentos elétricos, móveis e diversos outros."

Acompanhando o crescimento da oferta de produtos russos, segundo o oficial, as receitas orçamentárias também aumentaram. "Desde o início do ano até meados de outubro, as receitas não petrolíferas e do gás aumentaram quase 30% em comparação com o mesmo período de 2022", finalizou.

<><> Inflação na zona do euro cai para o mínimo de 2 anos à medida que a economia contrai, diz mídia

O produto interno bruto (PIB) do terceiro trimestre caiu 0,1% em relação ao trimestre anterior, com o peso do aumento das taxas e os preços ao consumidor aumentando 2,9% em relação a outubro do ano anterior.

De acordo com a Bloomberg, a inflação na zona do euro diminuiu para o seu nível mais baixo em mais de dois anos, à medida que a economia do bloco encolheu na sequência de um aumento sem precedentes nas taxas de juro.

Os preços ao consumidor subiram 2,9% em outubro — abaixo dos 4,3% do mês anterior e melhor do que a estimativa mediana de 3,1% segundo pesquisa da Bloomberg. Em paralelo, o Eurostat disse que o PIB do terceiro trimestre caiu 0,1% contrariando as estimativas de estagnação.

Nesta terça-feira (31), os dados mostram que, apesar dos consecutivos aumentos nas taxas de juros do Banco Central Europeu estejam colaborando para baixar as taxas de inflação de volta para o objetivo de 2%, também estão afetando as famílias e as empresas, ao aumentarem acentuadamente os custos dos empréstimos.

O maior ponto fraco da Europa é também a sua maior economia, a Alemanha, que revelou na segunda-feira (30) que a produção encolheu 0,1% no terceiro trimestre. O PIB mal aumentou durante um ano e uma recessão é agora uma possibilidade real.

A leitura do PIB contrasta fortemente com a dos EUA, que na semana passada reportou um crescimento abundante entre julho e setembro, ao mesmo tempo que conseguiu reduzir a inflação.

Até agora, a zona do euro tinha evitado quaisquer recessões trimestrais. A presidente do BCE, Christine Lagarde, que supervisionou uma pausa nas taxas na semana passada, vê uma produção moderada por enquanto, mas diz ser prematuro pensar em cortes na taxa de juros para animar a atividade econômica no bloco.

Embora os elevados custos de financiamento devam devolver os ganhos de preços ao objetivo em 2025, uma medida das principais pressões que exclui alimentos e energia está recuando menos rapidamente.

 

Ø  Banco central da China lidera compra recorde de ouro nos primeiros 9 meses do ano, diz mídia

 

À medida que o Ocidente, liderado pelos EUA, se utiliza de sanções unilaterais como arma geopolítica, os bancos centrais dos mercados emergentes procuram reduzir a dependência do dólar americano para suas reservas.

De acordo com o Financial Times (FT), a China liderou recordes de compras de ouro pelos bancos centrais a nível mundial nos primeiros nove meses do ano, à medida que os países procuram se proteger da inflação e reduzir a sua dependência do dólar americano.

Segundo dados do grupo industrial Conselho Mundial do Ouro, os bancos centrais compraram 800 toneladas nos primeiros nove meses do ano, um aumento anual de 14%, que ajudou os preços do ouro a desafiar o aumento dos rendimentos das obrigações, negociando a onça troy a US$ 2.000 (R$ 10.096,40), mesmo que a procura por ouro tenha sido 6% mais fraca em termos anuais, situando-se em 1.147 toneladas.

A subida dos preços ao consumidor e a depreciação das moedas em muitos mercados desencadearam uma corrida ao ouro como reserva de valor. Mas esse movimento por parte dos bancos centrais tem sido principalmente impulsionado pelo desejo dos países de enfraquecer a sua dependência do dólar americano como moeda de reserva, depois de Washington ter usado o dólar como arma através de sanções unilaterais contra a Rússia.

A China tem se destacado como a maior compradora de ouro neste ano, como parte de uma sequência de compras de 11 meses. O Banco Popular da China informou ter adquirido 181 toneladas apenas em 2023, elevando as reservas de ouro para 4% das suas reservas totais. Países como a Polônia (57 toneladas) e Turquia (39 toneladas) ficaram logo abaixo da China como maiores compradoras no terceiro trimestre.

Ainda de acordo com a apuração, a contínua e rápida taxa de compras dos bancos centrais pegou de surpresa os analistas de mercado, que esperavam uma flexibilização das compras em relação ao máximo histórico do ano passado.

No entanto, o conflito que eclodiu no Oriente Médio entre o Hamas e Israel aumentou as preocupações nos mercados e consequentemente o valor do ativo em quase 10% em 16 dias, o que segundo o estrategista-chefe de mercado do Conselho Mundial do Ouro, John Reade, deve fazer com que as compras anuais do ouro se aproximem ou excedam os números de 2022.

Os bancos centrais reportam aquisições de ouro ao Fundo Monetário Internacional (FMI), mas os fluxos globais do metal precioso sugerem que o nível real de compras por parte das instituições financeiras oficiais – especialmente a China e a Rússia – tem sido muito superior ao relatado oficialmente.

A compra de ouro pelo banco central chinês, juntamente com o momento delicado enfrentado pela China — com um mercado de ações local em baixa e um setor imobiliário conturbado — também encorajou os consumidores do país a correrem para a compra de ouro.

Esses fatores ajudaram a manter os preços do ouro não muito longe do seu máximo histórico de US$ 2.072 (R$ 10.459,87) por onça troy, apesar dos investidores acreditarem cada vez mais que a Reserva Federal dos EUA (Fed) deva manter as taxas de juro "mais altas durante mais tempo", o que levou a saídas de US$ 8 bilhões (cerca de R$ 40,4 bilhões) para fundos negociados em bolsa lastreados em ouro no terceiro trimestre.

 

Ø  A 3ª Guerra Mundial já começou, afirma um dos maiores analistas de política externa da Rússia

 

A Terceira Guerra Mundial já está em pleno curso, afirmou Fyodor Lukyanov. Para o especialista, que é diretor de pesquisa do Clube Valdai de Discussões Internacionais, a retomada de antigas rivalidades e a falta de meios internacionais para a resolução de conflitos marcam a atual derrocada da ordem mundial, e mais embates ainda estão por vir.

Para Lukyanov, que é também presidente do think thank Conselho de Política Externa e de Defesa (SVOP, na sigla em russo) e editor-chefe da revista Russia in Global Affairs, a nova escalada no Oriente Médio, o impasse entre Ucrânia e Rússia e as hostilidades em Nagorno-Karabakh são exemplos de confrontos que compõe a nova guerra mundial.

Essa série de conflitos, em sua visão, diferem significativamente das duas guerras mundiais do século XX uma vez que as armas nucleares ainda servem como forças de dissuasão.

"Esperamos instintivamente que a guerra comece tal como a Grande Guerra ou a Segunda Guerra Mundial. Mas essas guerras provavelmente não acontecerão mais — afinal, existem armas nucleares, que ainda dissuadem muitos atores."

Lukyanov também afirma que a escalada no Oriente Médio não será a última a acontecer nessa nova perspectiva, prevendo que a falência das organizações internacionais não conseguiram impedir o surgimento e o reacendimento de antigos conflitos regionais.

"A ordem internacional está em colapso", disse. "Era uma ordem desagradável, baseada no medo da destruição mútua, mas administrável."

"As guerras no Oriente Médio já eclodiram antes, mas a URSS e os EUA intervieram e extinguiram-nas até o próximo conflito. Agora não vejo nenhum um mecanismo capaz de criar um acordo temporário", disse Lukyanov.

 

       Autor norte-americano conta como 'sobreviver à maior crise da história mundial'

 

Robert Kiyosaki, autor do livro "Pai Rico, Pai Pobre", advertiu o mundo financeiro sobre a aproximação da "maior crise da história mundial" e compartilhou alguns conselhos para sobreviver a ela.

O empresário e autor Robert Kiyosaki mantém seu discurso na contramão dos especialistas financeiros que sempre têm promovido a ideia de que os investidores inteligentes investem 60% do seu dinheiro em títulos e 40% em ações. Para ele, essas pessoas estão navegando em um "barco de tontos" e "serão os maiores perdedores".

"Antes de afundar com o navio, considere uma mudança para 75% em ouro, prata e bitcoins e 25% em ações imobiliárias ou petrolíferas", escreveu Kiyosaki em sua conta no X (antigo Twitter).

Ele ainda acrescentou que "essa combinação pode permitir que você sobreviva à maior crise na história mundial".

Um relatório do Banco Mundial publicado recentemente observa que a escalada do conflito atual no Oriente Médio "poderia empurrar os mercados globais de commodities para águas desconhecidas" e reduzir o abastecimento global de petróleo entre seis e oito milhões de barris por dia, causando o aumento do preço do produto entre 56% e 75%, o que seria o equivalente a um preço entre US$ 140 (R$ 708) e US$ 157 (R$ 795).

 

Ø  Professor alerta que sabotagens ucranianas na Rússia podem causar retaliação direta contra Ocidente

 

Países ocidentais temem que a Ucrânia vá longe demais em suas operações secretas, e a Rússia pode desferir um golpe de retaliação, disse o professor da Universidade College London (UCL), Mark Galeotti em um artigo no Spectator.

"Alguns americanos temem que Moscou considere a assistência ocidental à inteligência ucraniana o uso de armas ocidentais contra o território russo e isso conduza a retaliação direta [contra o Ocidente]", explicou Galeotti.

O analista também observou que as sabotagens ucranianas não só não prejudicam a moral dos russos, mas os motivam a defender o seu país.

Além disso, de acordo com Galeotti, o controle insuficiente sobre os planos dos serviços secretos ucranianos poderia ter consequências negativas para os Estados Unidos.

Na semana passada, o The Washington Post com referência a fontes informou que o assassinato da jornalista e ativista política russa Daria Dugina em agosto de 2022 foi organizado pelo Serviço de Segurança da Ucrânia. Relatou-se também que a CIA gastou dezenas de milhões de dólares desde 2015 para transformar os serviços secretos ucranianos em seu aliado contra a Rússia.

 

Fonte: Sputnik Brasil

 

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