terça-feira, 31 de outubro de 2023

Festival da Lagosta movimenta povoados de Santa Cruz Cabrália

Um dos pontos mais fortes do turismo de Santa Cruz Cabrália, a gastronomia chama a atenção dos turistas que visitam a região. Convidado secretaria de Turismo, o Portal A TARDE visitou os povoados de Santo André, Santo Antonio e Guaiú em meio a semana do 6º Festival da Lagosta da Costa do Descobrimento, uma criação da jornalista Léa Penteado.

Os restaurantes de Santa Cruz Cabrália e seus respectivos chefs se inspiraram na criação de pratos originais com lagosta.o Bistrô Luz de Minas traz o “Ragu de Lagosta”. O Restaurante Flor de Caju apresenta a “Lagosta grelhada e nhoque de pupunha”. No Restaurante Gaivota estará a “Lagosta gratinada com Brie”. O Maroca Praia terá “Ravioli de vatapá ao creme de moqueca”. No Pier João de Tiba a “Lagosta flambada na cachaça”. O Restaurante Maria Nilza apresenta o “Ceviche de lagosta” e o Resort Vila Angatu “Lagosta com arroz negro”. Detalhes de todos os pratos estarão disponíveis na página do festival.

Alinhando a gastronomia ao turismo, com estímulo da cultura do “receber bem e acolher com satisfação os visitantes”, o festival premiará com troféus a Melhor Lagosta e o Melhor Atendimento e quem escolhe é o consumidor através de votação no site (cada CPF vota apenas uma vez em cada restaurante) em uma página com a relação dos participantes, fotos, descrição de pratos, endereço, fone e whatsapp, além do histórico do Festival. Necessário mínimo 10 votos, as 10% melhores e piores notas sao descartadas, e a nota final, é a média das notas válidas. Serão vencedores os que obtiverem a maior média de avaliações.

A 6ª. edição do Festival da Lagosta da Costa do Descobrimento acontece na semana do feriado de 2 de novembro, uma ótima oportunidade para conhecer a região, tem o apoio da Katz Engenharia, Abrasel da Costa do Descobrimento e Secretaria de Turismo de Santa Cruz Cabrália.

 

       Bahia tem potencial para se tornar maior produtor nacional de pescado

 

Com mais de 900 quilômetros de praias, a maior extensão litorânea do País, a Bahia tem potencial para ser o maior produtor nacional de pescado, mas ainda compra de outros estados boa parte do peixe que consome. Dados de produção, no entanto, são desconhecidos, e o número de profissionais em atuação é apenas presumido, entre 100 mil e 140 mil trabalhadores.

Com o objetivo de discutir os principais desafios do setor, bem como políticas de fomento, nos dias 10 e 11 novembro serão realizados em Salvador o 19º Encontro de Pescadores e Aquicultores na Bahia e o 1º Fórum Nacional da Pesca e Aquicultura. Os eventos vão acontecer no Cerimonial Rainha Leonor (Pupileira), na avenida Joana Angélica, em Nazaré, Centro da capital baiana.

A estimativa é reunir cerca de 1,5 mil participantes de todo o estado, entre trabalhadores da pesca, lideranças, empresários, gestores e representantes do poder público, diz o presidente da Federação Baiana dos Trabalhadores de Pesca e da Aquicultura (Febape), Antônio Carlos Teixeira, o "Carlinhos da Pesca", 54. 

Com 20 anos de experiências no ramo, dois à frente da entidade, Carlinhos destaca que, devido à dimensão da costa e riqueza das águas (salgada e doce), a Bahia, afirma, deveria ser a maior produtora de pescados do Brasil, tanto da pesca de captura quanto da aquicultura, que é o cultivo racional de organismos aquáticos, em ambiente confinado e controlado.

Na aquicultura, os animais são alimentados por ração, explica o dirigente, com grande diversidade na produção de peixes, crustáceos e moluscos. O destaque, no entanto, segundo ele, é a produção de tilápia, que responde por uma parcela significativa do pescado na Bahia.

“Apesar de possuir a maior faixa litorânea do Brasil, cerca de 14% de toda costa Brasileira, e também a maior extensão ribeirinha no Rio São Francisco – mais de mil quilômetros –, além de grandes açudes e barragens, e de ser a maior consumidora de pescado no Brasil, a Bahia importa mais de 80% do pescado que consome”, fala o presidente da Febape. 

Ainda segundo Carlinhos, o setor carece de novas políticas públicas de ordenamento e incentivo da atividade, acesso a linhas de créditos compatíveis com a atividade e programas de capacitação para os pescadores.

“São alguns pontos que julgamos necessários para desenvolver a atividade e possibilitar uma melhoria da qualidade de vida da categoria”, explica.

Ele fala ainda da diminuição das espécies, dos baixos níveis de água doce de rios, açudes e barragens, e de poluição ambiental, como temas que precisam ser debatidos. Além do quesito frota pesqueira.

“O investimento, a abertura de crédito para renovação e manutenção de embarcações é uma das principais demandas dos trabalhadores. É preciso desburocratizar essa área. Infelizmente, o comércio ainda enxerga  embarcação e outros itens como equipamentos para ricos", conta.

De acordo com o presidente da Febape, existem entre 130 mil e 140 mil profissionais da pesca cadastrados no estado, mas o número é impreciso devido a outras questões (como o caso de trabalhadores que deixam de formalizar a atuação profissional, por conta do recebimento de auxílios governamentais, entre outros).

Procurada pela reportagem, a Bahia Pesca, empresa vinculada à Secretaria de Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura da Bahia (Seagri), informou que trabalha para a elaboração de uma espécie de censo do setor. O Ministério da Pesca e Aquicultura, por meio da assessoria de imprensa, divulgou que no estado há 101.226 trabalhadores envolvidos com a pesca, e 1.224 embarcações em operação. 

“Precisamos de mais políticas voltadas para os trabalhadores da pesca, que possui um grande quantitativo de mulheres, na mariscagem, no tratamento e processamento do pescado. Muitos sofrem com doenças ocupacionais, principalmente na visão, articulações. É preciso acesso a equipamento de proteção individual (EPI), camisa, filtro de proteção solar, bota, boné".   

De outros estados

As inscrições para os eventos devem ser feitas nas colônias, associações e sindicatos de pescadores de aquicultores espalhados por toda Bahia. Eles vão contar  com a participação de delegações de outros estados.

O 19º Encontro de Pescadores e Aquicultores na Bahia e o 1º Fórum Nacional da Pesca e Aquicultura são uma realização da Febape, em parceria com a Confederação Brasileira dos Trabalhadores da Pesca e Aquicultura (CBPA), Instituto de Desenvolvimento Social e Tecnológico da Pesca e da Aquicultura (Idespa), Bahia Pesca e Prefeitura de Itaparica.

 

Fonte: A Tarde

 

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