segunda-feira, 2 de outubro de 2023

Eleitor está cansado e busca ‘terra firme’ na disputa pelas capitais em 2024

Há um ano da próxima contenda eleitoral, vira e mexe os articulistas especulam sobre qual será o tema que conduzirá o processo. No mundo pós-covid uma tendência parece estar dominando o sentimento do eleitor brasileiro, principalmente, quando analisamos os grupos de foco nas principais cidades, e diz respeito muito a um novo olhar que a pandemia legou às pessoas. Parece não haver mais grandes espaços para arroubos ou promessas mirabolantes, tampouco, há vontades fortes de renovação ou drásticas mudanças. O cansaço dominou a pauta e o eleitor quer um pouco de equilíbrio, de pés no chão, de temperança.

Após a crise econômica de 2015, na qual o Brasil acumulou uma retração econômica de 3,5% do PIB e viu escândalos de corrupção tomarem o centro do debate no país, a insatisfação generalizada levou o brasileiro a criar uma ojeriza à classe política. O impeachment da presidente Dilma Rousseff foi auge desse ambiente que o Brasil viveu e que impactou sobremaneira na forma de voto das eleições locais de 2016. Nessa onda de rejeitar o establishment, o povo brasileiro buscou alternativas em diversos campos para que houvesse uma mudança completa de rumos.

João Doria, um empresário bem-sucedido, que havia comandado um programa televisivo de razoável audiência, foi a escolha dos paulistanos para administrar a maior cidade do Brasil. Com uma vitória acachapante, venceu o então prefeito Fernando Haddad ainda em primeiro turno, com uma diferença de quase 40% dos votos. As ex-prefeitas Marta Suplicy e Luiza Erundina, que participaram do mesmo pleito, juntas não atingiram 15% dos votos. No Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, que apesar de estar na política, ocupando cargos legislativos, tinha muito mais identificação pelo fato de ser um líder religioso, venceu a eleição contra Marcelo Freixo, à época no PSOL, deixando o candidato da máquina, Pedro Paulo, fora do segundo turno. Belo Horizonte elegeu Alexandre Kalil, empresário e conhecido por ser presidente do Clube Atlético Mineiro.

Essa onda de mudança e quebra de paradigmas ainda levou Jair Bolsonaro a ganhar muita força e vencer as eleições presidenciais de 2018. A eclosão da covid-19, no entanto, mudou a percepção do brasileiro e as eleições de 2020 ganharam um rumo absolutamente diferente. Quando grandes desastres acontecem há uma certa busca por experiência para lidar com essas situações. O eleitor exerce um voto mais conservador, de menos risco e atenta para a capacidade gerencial do líder. Em um índice criado pela Pew Research, consultoria norte-americana, após acidentes naturais ou graves crises, não de origem econômica, a idade média dos prefeitos e deputados eleitos aumenta em 25%. É um presságio pela busca por gestores mais vividos e com “casca” para aguentar gerenciar o ambiente de colapso.

Nesse ínterim, o Rio de Janeiro trouxe de volta Eduardo Paes, que já havia comandado a cidade por duas vezes e que havia saído afetado por toda uma tribulação que envolveu seus companheiros de partido e aliados, como os ex-governadores Sérgio Cabral e Pezão. Em Belém, Edmilson Rodrigues, que havia sido eleito prefeito em 1996, retomou o cargo, vencendo um delegado da polícia federal que não tinha vivência na vida pública. Caso parecido com João Pessoa, que entregou as chaves da cidade a Cícero Lucena, político tradicional que estava afastado de cargos políticos há dez anos e que venceu um famoso comunicador do município, Nilvan Ferreira.

Esse efeito por busca de uma experiência para enfrentar o mundo pandêmico impactou também nas eleições nacionais, em que o brasileiro elegeu Lula, que havia tido sua primeira oportunidade vinte anos antes, em 2002. Agora, passado o auge do vírus que assustou o mundo, o Brasil experimentará a sua primeira eleição sem que o assunto seja tema central. É um momento de reequilíbrio e de certa retomada da normalidade. Há um novo espírito coletivo, que traz consigo ainda, mesmo que no subconsciente, as feridas e marcas de um dos períodos mais letais da humanidade.

É interessante perceber que, após o isolamento social e consolidação de alguns costumes como home office e o serviço de entregas em domicílio, hábitos que até então eram percebidos como comuns pelos brasileiros voltaram a ser objeto de desejo das pessoas. Em pesquisa realizada pelo Orbit Data Science, na reta final da pandemia, os brasileiros queriam passar mais tempo fora de casa, poder extravasar com amigos, encontrar pessoas, viajar e retomar questões do cotidiano. Práticas simples, que expressam apenas um desejo pelo comum, por estabilidade.

Observando os números que têm saído dos mais diversos institutos de pesquisa, um fenômeno tem chamado atenção para análise e coaduna com esse sentimento de vida dos brasileiros. São raras as capitais em que há um grande ou forte desejo de ruptura com as administrações vigentes. Em sua imensa maioria, os índices de aprovação dos prefeitos estão na faixa do regular, mostrando pouco entusiasmo com o que se tem, mas também uma certa preservação em relação a drásticas transformações. Corre-se o risco de ser um dos pleitos com maior taxa de continuidade da história.

Em pesquisa exclusiva feita pelo RealTime Big Data para o Blog de Dados em Dados, 83% dos brasileiros dizem não acreditar mais em promessas de políticos. 76% dizem querer saber o que o candidato já fez para decidir seu voto. Um outro dado interessante é que 80% dizem ficar satisfeitos se o político fizer o básico e cuidar do que a cidade já tem. É, portanto, um momento de pés no chão. Rememorando Aristóteles, é um contexto de autarcia, quando estado controla os recursos necessários de subsistência sem se deixar interferir por ondas externas.

Para quem quiser ser prefeito, em 2024, a tarefa básica parece ser fazer o simples. A máxima do “menos é mais” está presente. O brasileiro está cansado e isso impacta não só a política. Em levantamento feito pelo grupo Havas, 71% das pessoas estão cansadas das promessas vazias das propagandas de marcas. Ou seja, não há espaço para engabelações, o brasileiro quer terra firme e não a venda de terrenos nos céus. 2024 é a eleição da entrega básica, do bom serviço e do concreto. A temperança substituiu a esperança e, no pós-covid, o agora ganhou mais peso sobre o amanhã.

 

       O que é jogo de cena e o que importa na posse de Barroso. Por Guilherme Mazieiro

 

A posse de Luís Roberto Barroso como presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira, 28, foi mais um daqueles eventos longos, com muito cerimonial, um ajuntamento de autoridades, algumas celebridades, jornalistas e personalidades históricas. Há sempre muito simbolismo em cerimônias de cargos de poder, para dar dimensão visual àquilo e alguma boa aparência. Mas há que se separar o que é roteiro do que é recado.

Estiveram ali, o representante da Presidência da República, Lula (PT); do Congresso e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Eles não falaram, só acompanharam, é parte do protocolo.

Barroso falou que os poderes são harmônicos, não hegemônicos. Soa como retórica, já que as autoridades presentes sabem que a teoria é essa. Mas não é retórica. A declaração foi dada olhando diretamente para Pacheco e Lira, é um recado.

 “Um equilíbrio delicado e fundamental”, disse. O contexto da fala também importa. Ele lembrou que em diversos lugares do mundo, a democracia constitucional viveu momentos de sobressalto, com ataques às instituições e perda de credibilidade.

 “Por aqui, as instituições venceram, tendo ao seu lado a presença indispensável da sociedade civil, da Imprensa e do Congresso Nacional”. Houve um afago aos militares: “Justiça seja feita, na hora decisiva, as Forças Armadas não sucumbiram ao golpismo”, disse Barroso, ignorando que nas Forças houve estímulo e discussão sobre o golpe.

Foi Barroso quem, me parece, inocentemente, convidou os militares para palpitar sobre as urnas. O convite se deu quando ele presidia o Tribunal Superior Eleitoral e o chefe de outro poder, Jair Bolsonaro (PL), mandava nos militares e atacava as eleições.

Os militares questionaram a Justiça Eleitoral a partir de consultas feitas - secretamente - ao hacker de Araraquara, Walter Delgatti. Foi esse o resultado da inocência ou boa-fé exacerbada que o ministro depositou sobre os fardados. A tese sobre fraude, veja só, foi o catalisador dos golpistas que se abrigam nos quartéis e tentaram tomar Brasília de assalto.

Desde a República no Brasil, instituída em 1889, a vida oscila entre democracia e ditadura. Recentemente, em 2015, foi Barroso quem ditou o rito do impeachment de Dilma Rousseff (mais uma tensão institucional) dizendo que o STF não tinha lado. Ontem, ele fez elogios, chamando-a de presidenta e dizendo que ela o “indicou para o cargo da forma mais republicana que um presidente pode agir: não pediu, não insinuou, não cobrou”.

Barroso defende direitos das minorias no STF: 'São causas da dignidade humana':

Voltando a Bolsonaro, foi com o capitão que criou-se o tal “orçamento secreto”, uma super evolução do poder que o Congresso passou a ter sobre uso de emendas. Na prática, significou tirar o poder do Executivo sobre bilhões de orçamento para botar na mão do Legislativo. É estranho que quem legisle, execute, desconfigurando o presidencialismo, mas foi o que aconteceu.

No fim do governo Bolsonaro, o STF derrubou o orçamento secreto (em mais uma tensão). A redistribuição dos cerca de R$ 20 bilhões ficou sendo metade para o Congresso, metade para o governo, que utiliza o montante para negociar (ou comprar) apoio dos congressistas. Mas o Congresso segue tão forte quanto antes, veja que mesmo com seguidas trocas de ministros, não há garantia de base para o governo.

Desde 2013, por mais difícil que seja identificar as mudanças de força enquanto elas acontecem, podemos perceber que há alterações na regra do jogo. E isso se intensificou com Bolsonaro e sua campanha permanente de ataque às instituições, às autoridades e à imprensa. E, claro, seu desgoverno.

O capitão extremista abriu mão dos deveres e responsabilidades do Executivo, delegou ao Centrão, enquanto contava quantos os votos bolsonaristas que teria para interferir no STF. Conseguiu emplacar dois e criar uma Procuradoria-Geral da República inativa. Não fosse o STF, o Brasil não teria, sequer, plano de vacinação na pandemia de covid, esse era o tamanho abandono que chegou a 700 mil mortes e uma tentativa de golpe.

Entre 2019 e 2022, o Congresso tomou uma força que não tinha, o Executivo perdeu a que tinha. O Supremo se meteu em questões do Executivo e do Legislativo, seja pelo momento atípico da crise, seja pela ambição de poder, mas ajudou a manter a democracia.

O pós-Bolsonaro parece ter um Congresso que briga menos entre si e mais com os demais poderes. Neste mês, o Senado anunciou medidas para rebater decisões recentes do STF, é uma afronta, ainda que Pacheco negue “revanchismo”. O Supremo recuperou parte da unidade que se perdeu com a Lava Jato, e está mais coeso. A Presidência tenta retomar a institucionalidade e o país, enquanto se equilibra no jogo de forças e chantagens.

A crise estimulada por Bolsonaro trazia a ideia de que, para resolvê-la, o Brasil contaria com um poder moderador fardado. Quem atribui ou reivindica isso às Forças Armadas tem nome e sobrenome: golpista e traidor da pátria. E tem lugar certo para estar: a cadeia.

O jogo de poder mudou e segue mudando. Na foto do Supremo ontem, os presidentes sorriam institucionalmente, uma harmonia que só existe no protocolo.

 

       Imagens no QG revelam conivência dos militares com golpistas

 

Logo após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva no segundo turno de 2022, bolsonaristas extremistas se dirigiram para frente de unidades militares de todo o país pregando a intervenção das Forças Armadas e com a promessa de impedir a posse do petista em 1º de janeiro. O ponto central desse encontro foi o Quartel-General do Exército, em Brasília, para onde se deslocaram milhares de seguidores de Jair Bolsonaro, em carros e caravanas de ônibus e dezenas de caminhões.

Em frente ao QG, os defensores do golpe armaram barracas e distribuíram alimentação e água, na Praça dos Cristais. Durante a permanência desses grupos, o Exército nada fez para retirá-los. Ao contrário, acompanhou a mobilização dos inconformados com o resultados das urnas. Como revela imagens desta reportagem, logo no início de novembro, o Exército permitiu que dezenas desses caminhões, com faixas defendendo o golpe e com inscrições como "socorro, Forças Armadas", ficassem estacionados numa área exclusivamente militar. Uma das fotos, de 12 de novembro, exibe ainda uma caminhonete com o símbolo do Exército protegendo a cancela, fechada, em frente à área onde estavam os veículos.

Além da guarida aos caminhões, outras imagens demonstram a tolerância dos militares com os extremistas. Militares da Polícia do Exército circulavam entre os manifestantes sem tomar qualquer atitude e apenas observavam.

No local onde ficaram os caminhões há um placa grande informando se tratar ali de uma "área militar", diferente da Praça dos Cristais. Ou seja, obtiveram autorização para estarem naquele espaço. Se invadiram, não foram importunados. A "estadia" dos caminhoneiros bolsonaristas no local durou dois meses.

Nos últimos dias, depoimentos nas investigações e nas Comissões Parlamentares de Inquéritos (CPIs) — até de oficiais e de bolsonaristas — confirmam que os militares nada fizeram para desmontar o acampamento do QG, que redundou em atos como a tentativa de invasão na Polícia Federal e o plano de explodir uma bomba no Aeroporto Internacional de Brasília, ambos em dezembro. A derradeira e mais ousada ação se deu com a invasão do Supremo Tribunal Federal (STF), do Congresso Nacional e do Planalto no atos do 8 de janeiro.

•        O acampamento

Procurado pelo Correio, na última sexta-feira, o Comando do Exército não comentou a presença dos caminhões na área militar. Questionado também sobre a razão de os militares não terem desmontado o acampamento em frente ao QG, o Exército, hoje sob o governo Lula, deu a mesma resposta dos oficiais da gestão de Bolsonaro. O Centro de Comunicação do Exército respondeu que "não havia nenhuma determinação judicial classificando o acampamento na frente do QG do Exército como ilegal, tampouco houve ordem judicial de que o mesmo fosse desmobilizado", informou Exército.

E sobre os militares fardados circulando entre os golpistas, a resposta foi: "por ser uma área de servidão adjacente dos quartéis, os militares realizavam rondas constantes no interior das Praças dos Cristais com o objetivo de assegurar que a ocupação da área não impactasse negativamente na segurança das pessoas e instalações militares, bem como para assegurar a manutenção do trânsito local e os acessos às instalações militares situadas no SMU (Setor Militar Urbano)".

A explicação do Exército é semelhante à do general Gustavo Henrique Dutra, que era o Comandante Militar do Planalto na gestão de Bolsonaro. À Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) de 8 de Janeiro, há duas semanas, o oficial afirmou que o acampamento não era considerado ilegal, que nenhum órgão competente o declarou fora da lei e que "não tínhamos competência para declará-lo ilegal". E também que "não poderíamos atuar sem uma ordem sob pena de abuso de autoridade. Seria uma operação muito complexa".

Dutra disse que o Exército chegou a retirar algumas das faixas que pediam intervenção federal pelos militares. Perguntado pela relatora da comissão, Eliziane Gama (PSD-MA), se tinham imagem dessas cenas, ele respondeu que não.

O Centro de Comunicação Social do Exército (Cecomsex) e o general informaram que acionaram a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal e pediram apoio ao policiamento de trânsito para garantir a segurança no SMU.

Para a senadora, não há dúvida da conivência dos militares com o acampamento. Eliziane afirmou que vários depoimentos, também na Polícia Federal, deixam claro que houve reuniões e planejamento para retirar os acampados, mas que, na hora da execução, o general Dutra mandava suspender a ação. "É muito grave. Isso tudo (o acampamento) se dava na área de servidão, no perímetro do Exército. Por um decreto, os militares têm poder de polícia naquele local. Ele não autorizou porque decidiu não fazer isso", disse a relatora da CPI.

•        Bastava um "soldado raso" mandar

A bolsonarista Ana Priscila Azevedo, que atuou nas ações contra Lula e está presa desde 10 de janeiro, afirmou à CPI da Câmara Legislativa do DF, na última quinta-feira, que os militares nunca os abordaram em frente ao QG para deixar o local e que bastava um "soldado raso" mandar, que todos saíriam da frente dos quartéis.

"Jamais pensei que, ao atender ao chamado de militares, poderia ser marcada e presa. Era a instituição onde a população de patriotas depositava os maiores índices de aprovação. Afinal, os acampamentos ficaram tanto tempo e por todo o país, sem ninguém falar nada em sentido contrário, por isso ousamos pensar que éramos bem-vindos. Bastaria um soldado raso nos avisar que deveríamos sair, que teríamos ido embora", disse.

O acampamento em frente ao QG foi frequentado até por oficiais, que foram lá defender os atos golpistas. Na última sexta, o general Ridauto Lúcio Fernandes foi alvo da 18ª fase da Operação Lesa Pátria e foi levado pela Polícia Federal para depor. O militar foi diretor de Logística do Ministério da Saúde durante a controversa gestão de Eduardo Pazuello à frente da pasta.

O general foi alvo de busca e apreensão e seu celular foi levado pelos agentes. Ridauto aparece em vídeos nas ações dos bolsonaristas no 8 de janeiro, na Esplanada dos Três Poderes.

 

       Jean Wyllys: “Última coisa que quero na vida é integrar este governo”

 

O ex-deputado federal Jean Wyllys (foto) disse nas redes sociais não ter qualquer interesse em integrar o governo Lula. O ex-parlamentar afirmou já ter recebido um convite do presidente da República, que não teria prosperado pois Jean não é do “tipo que se vende, nem se cala diante de descalabros”.

“A última coisa que eu quero nesta vida é integrar este governo. Com todo respeito e amor que tenho a Lula que me convidou para integrá-lo, eu repito: A última coisa que eu quero nesta vida é fazer parte deste governo.”

A fala de Jean Wyllys foi dada em resposta a um usuário do X (antigo Twitter) que afirmou que “querem derrubar” Paulo Pimenta, ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, para que Wyllis entre em seu lugar.

Ao usuário, Jean disse que Pimenta e seus aliados “podem fazer bom uso” do governo e dos cargos.

 “Enfie-os onde quiserem. E me deixem em paz de uma vez por todas!”, declarou.

 

Fonte: Agencia Estado/Terra/Correio Braziliense/iG

 

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