5 argumentos contra e a favor à existência de Deus
A existência de um Deus é um dos temas mais
debatidos em todo o mundo, e envolve debates religiosos, filosóficos e
científicos. A maior parte do planeta Terra acredita em alguma divindade, mas não há prova científica. Na
verdade, não há como testar, já que uma divindade é um ser em uma dimensão
inalcançável a nós.
Assim, entre cientistas e filósofos, diversos argumentos surgem tentando
solucionar a grande dúvida de uma vez por todas: a existência de Deus.
Embora muitos argumentos tentem racionalizar a
ideia, o místico é bastante incompatível com o método científico. Crer em algum
Deus é extremamente pessoal.
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1. Argumentos cosmológico
Este argumento para a existência de Deus parte da
seguinte linha de pensamento: para algo existir, precisa
haver uma causa que explique essa existência. Se o universo, em algum momento
começou a existir, deve ter alguma causa.
O universo em si não pode ser sua própria causa,
então essa causa precisa estar além do espaço-tempo, sem começo nem causa, ser
atemporal, não espacial, imutável e imaterial.
Obviamente, essa argumentação não está isenta de
críticas. O matemático e filósofo Bertrand Russell diz que se o criador do
universo não precisa de um criador, podemos dizer que o próprio universo não
precisa de um criador.
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2. O argumento dos males
Você já deve ter ouvido alguém dizer: “se existe um
Deus tão bondoso, por que há tanta pobreza no mundo. Daí, os argumentos seguem
duas linhas: ou Deus não é onipotente (ou nem existe), ou não acaba com os
males porque não quer.
“Deus está disposto a prevenir o mal, mas não é
capaz? Então ele não é onipotente. Ele é capaz, mas não está disposto? Então
ele é malévolo. Ele é capaz e disposto? Então de onde vem o mal?”, disse o
filósofo grego Epicuro cerca de 300 a.C.
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3. O argumento teleológico
O argumento teleológico ou ‘argumento do design’,
diz que se o mundo é tão complexo, é a prova de que há um criador.
O argumento segue uma linha de pensamento que diz:
os objetos que o homem criou foram criador com uma intenção, com um design e
com algum propósito. Se o universo se assemelha aos objetos feitos pelo homem,
então, deve haver uma criação com intenção, design e propósito.
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4. Bule de chá de Russell
Novamente, Bertrand Russell marca seu lugar na
lista com o debate acerca da existência de Deus.
Russel pediu que o leitor imagine um bule gigante
flutuando na órbita do Sol. É impossível detectá-lo. Cabe a quem, dessa forma, provar que o bule
gigante vagando pelo espaço é real?
Russel diz que a afirmação deve ser provada por
quem a fez, e não por quem se opõe à ideia.
O argumento lembra um pouco sobre a história do
dragão na garagem de Carl Sagan. No entanto, algumas críticas a Russel dizem
que ninguém razoável acreditaria em um bule gigante no espaço, mas muitas
pessoas razoáveis creem em Deus.
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5. Argumento ontológico
A ontologia pertence à metafísica (uma das áreas
mais fundamentais da filosofia. A ontologia estuda o ser, o existir e a
realidade, e o argumento ontológico a favor da existência de Deus não foge
disso.
Basicamente, o argumento ontológico parte do
pressuposto de que se existe um Deus, ele é perfeito – um fato para os crentes.
Se ele é perfeito, então, ele possui todas as perfeições possíveis de todas as
maneiras possíveis. Nesse âmbito, a existência é uma perfeição. Logo, por ser
Deus perfeito, e ser a existência uma perfeição, ele existe.
Essa linha de raciocínio foi feita por René
Descartes, um dos pais da filosofia moderna e grande
matemático que inspirou o nome, por exemplo, do plano cartesiano,
importantíssimo na geometria.
Ø Os Textos Sagrados das principais religiões do mundo
Os alicerces místicos de todas as religiões ao redor do globo se revelam
surpreendentemente acessíveis através de um tesouro composto por um feixe de
Textos Sagrados e registros ancestrais, zelosamente protegidos ao longo de
milênios. Esses pilares são encontrados nas principais religiões do mundo, tais
como cristianismo, islamismo, hinduísmo, budismo, judaísmo e taoísmo, e foram
preservados com dedicação por monges de eras há muito esquecidas.
Esses veneráveis sábios trabalharam incansavelmente
para assegurar que as versões que nos chegaram hoje refletissem com precisão as
histórias e crenças das culturas e civilizações que agora existem somente nos
seus descendentes modernos. Essa nobre missão tinha como objetivo manter vivo o
legado desses textos sagrados, preservando-os como testemunhas autênticas de um
passado distante e como faróis de sabedoria para as próximas gerações.
>>>> Textos Sagrados das principais
religiões mundiais
Para enfrentar esses épicos religiosos, é
imprescindível adotar um certo grau de análise crítica, uma vez que algumas
narrativas podem ter sido alegóricas ou mesmo representações encenadas que,
possivelmente de maneira equivocada, são interpretadas literalmente nos dias de
hoje.
Dado o vasto acúmulo de conhecimento histórico e
religioso de milênios necessários para desvendar cada um desses textos, é
aconselhável adotar uma abordagem apropriada começando por questionar quem, o
quê, quando, onde e por quê? Essa precaução se mostra vital ao considerar que
diferentes religiões podem reverenciar um único livro religioso.
Compreender a natureza complexa dessas escrituras
sagradas requer uma investigação cuidadosa e atenta, reconhecendo que sua
interpretação e significado podem variar de acordo com o contexto cultural,
histórico e espiritual no qual foram originalmente concebidos.
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A Bíblia Sagrada –
Cristianismo
A Bíblia é composta pelo Antigo Testamento e pelo
Novo Testamento. O Antigo Testamento, também sagrado para judeus, possui entre
39 e 49 livros, escritos principalmente em hebraico e aramaico.
O Novo Testamento tem 27 livros, escritos em grego,
e trata da vida de Jesus Cristo e da formação da igreja cristã. Existem
diferenças entre as denominações cristãs em relação aos livros incluídos na
Bíblia, e algumas traduções ao longo do tempo modificaram os textos originais.
A Bíblia aborda temas como história, ensinamentos éticos e morais, profecias e
a relação entre Deus e o povo de Israel.
Os católicos possuem livros apócrifos ou
deuterocanônicos, incluídos no Antigo Testamento católico, mas não aceitos pela
maioria dos protestantes. Algumas denominações protestantes podem estudar esses
textos para contexto histórico ou cultural, mas não os consideram canônicos ou
divinamente inspirados. Os cristãos ortodoxos também têm textos adicionais não
reconhecidos por católicos ou protestantes.
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O Alcorão, Hadith E O Tafsir
– Islam
No Islã, os textos sagrados são o Alcorão, que é
considerado a palavra literal de Deus revelada ao Profeta Muhammad, o Hadith,
uma coleção de relatos sobre os ensinamentos e ações do Profeta, e o Tafsir,
que é a interpretação do Alcorão. O Alcorão aborda uma ampla gama de assuntos e
é dividido em 114 capítulos chamados Suras.
O Hadith fornece contexto e detalhes adicionais
sobre os ensinamentos do Alcorão. Existem diferenças nas compilações do Hadith
e nas interpretações entre sunitas e xiitas. O Alcorão foi revelado ao longo de
23 anos em árabe clássico e é considerado imutável, sendo traduzido para outros
idiomas. O Hadith foi escrito por estudiosos que coletaram relatos diretos ou
indiretos sobre o Profeta Muhammad.
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Hinduísmo
O hinduísmo possui uma vasta coleção de textos
sagrados, incluindo os Vedas, Upanishads, Puranas e mais. Os Vedas, compostos
entre 1500 e 500 a.C., são os textos mais antigos e importantes, divididos em
quatro partes. Os Upanishads, compilados entre 800 e 500 a.C., discutem a
essência da realidade e do eu. Os Puranas, escritos entre 500 e 1000 d.C.,
narram a história, lendas e mitos do universo. O Bhagavad Gita, parte do épico
Mahabharata, é uma escritura hindu essencial que aborda diversos temas.
Os autores desses textos sagrados são amplamente
desconhecidos, e eles foram escritos em sânscrito. As seitas hindus reconhecem
a autoridade dos textos sagrados, embora com diferentes ênfases e
interpretações. As principais seitas são Vaisnavismo, Shaivismo, Shaktismo e
Smartismo, todas baseadas nos Vedas e outros textos sagrados.
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Textos Sagrados do Budismo
O budismo possui textos sagrados como o Tripitaka e
os Mahayana Sutras. O Tripitaka é o principal texto para os budistas Theravada,
enquanto os Mahayana Sutras são importantes para os budistas Mahayana.
Esses textos abordam ensinamentos do Buda, ética,
meditação e a natureza da realidade. Eles foram escritos entre os séculos I
a.C. e V d.C., em diferentes idiomas como o Pali e o sânscrito. Os textos foram
transmitidos oralmente e escritos pela comunidade monástica.
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O Tanakh E O Talmude –
Judaísmo
Os textos sagrados do judaísmo incluem
principalmente a Bíblia hebraica (Tanakh) e o Talmude. O Tanakh é dividido em
Torá, Nevi’im e Ketuvim. O Talmude é uma compilação de discussões e leis
rabínicas, com duas versões principais: o Talmude da Babilônia e o Talmude de
Jerusalém. Diferentes seitas judaicas geralmente aceitam os mesmos textos
sagrados, embora possam interpretá-los de maneira diferente.
A Torá é fundamental para todas as seitas, enquanto
o Talmude é mais central para o judaísmo ortodoxo e conservador. Os textos
sagrados abrangem uma ampla variedade de tópicos, como leis religiosas, ética,
narrativas históricas e visões proféticas. Eles foram compostos ao longo de
muitos séculos e escritos em hebraico bíblico e aramaico. Os autores são
diversos, incluindo profetas, escribas e poetas. O Talmude foi compilado por
rabinos e estudiosos ao longo de vários séculos.
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Textos Sagrados do Taoísmo
O taoísmo é uma antiga filosofia e tradição
religiosa chinesa que busca a harmonia com o Tao, o fluxo natural do universo.
Seus textos sagrados e coleções escritas são diversos, refletindo a diversidade
do pensamento taoísta. O Tao Te Ching, atribuído a Lao Tzu, é o texto primário,
discutindo o Tao, a arte de governar e a vida harmoniosa. O Zhuangzi, atribuído
a Zhuang Zhou, explora a filosofia e a importância da vida espontânea.
O Daozang, também conhecido como Cânone Taoísta, é
uma coleção de mais de 1.400 textos compilados entre os séculos V e XV,
abrangendo escrituras, comentários e trabalhos sobre alquimia, cosmologia e
meditação. Esses textos são considerados fundamentais para o taoísmo e foram
escritos em chinês clássico, com traduções para várias línguas ao longo do
tempo.
Fonte: Só Cientifica
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