segunda-feira, 31 de julho de 2023

Rússia lança rublo digital e nova opção para moeda nacional toma forma

O rublo digital será emitido pelo Banco da Rússia, e as pessoas poderão escolher se querem usar o rublo digital, dinheiro ou formas não monetárias da moeda nacional.

No último dia 19, o Conselho da Federação, a câmara alta do parlamento da Rússia, adotou um projeto de lei sobre a introdução do rublo digital na Rússia – a terceira forma da moeda nacional. A lei, assinada pelo presidente russo Vladimir Putin, entrará em vigor em 1º de agosto.

De acordo com a liderança do Banco Central, as transações de teste começarão no próximo mês, mas o uso em larga escala do rublo digital está programado para 2025.

O rublo digital se tornará a terceira forma de moeda nacional, juntamente com o dinheiro (papel-moeda) e não monetário (cartões bancários). Do ponto de vista técnico, a moeda russa digital é um código de computador que fica armazenado no Banco Central e a autoridade monetária emitirá esse código.

Desta forma, o público percebeu rapidamente sua semelhança com as criptomoedas. No entanto, como enfatizam os economistas, há uma diferença crucial: o rublo digital é emitido e apoiado pelo Estado, enquanto as criptomoedas são criadas no processo de mineração e são sustentadas apenas pela psicologia da multidão.

Portanto, a moeda digital russa é considerada benéfica para a sociedade e para o Estado por vários motivos: em primeiro lugar, o rublo russo ajudará a combater a corrupção e a evasão fiscal, tornando as transações ainda mais transparentes.

Outro ponto absolutamente crucial aqui é que o Estado pode destinar a finalidade exata de uma alocação monetária para evitar possíveis casos de lavagem de dinheiro, peculato ou desvio de dinheiro público.

O mesmo provavelmente também será válido para as finanças da família. Graças a esta inovação, os pais podem monitorar como seus filhos vão gastar dinheiro digital.

No total, até 300.000 rublos (R$ 15.400) por mês serão viáveis ​​para digitalizar, mas não haverá limites dentro da própria plataforma de rublos digitais, e no futuro, a moeda digital também será usada ​​para pagamentos internacionais.

·         Rússia revela resultados da avaliação de equipamentos ocidentais capturados na Ucrânia

Várias unidades de equipamento militar da Ucrânia fornecidas pela OTAN foram capturadas pelas forças russas em meio à contraofensiva fracassada de Kiev, que está em andamento desde o início de junho.

O equipamento ocidental enviado à Ucrânia tem bastantes imperfeições, disse à Sputnik uma fonte familiarizada com o assunto. A fonte citou especialistas em defesa russos, que analisaram peças dos equipamentos militares capturados durante a operação militar especial da Rússia na Ucrânia.

A análise pelos especialistas russos dos veículos blindados dos países da OTAN demonstrou que os equipamentos ocidentais têm uma blindagem aceitável, mas possuem mobilidade medíocre e complexidade excessiva da construção, nem sempre racional, disse o interlocutor da agência.

Em junho, o Ministério da Defesa russo informou sobre a captura de tanques Leopard e Bradley na direção de Zaporozhie. Nesta semana, militares russos capturaram um tanque francês AMX-10RC.

De acordo com a fonte, o equipamento ocidental apreendido na zona de combates está sendo estudado por um amplo grupo de especialistas de várias empresas do complexo industrial-militar russo.

"Em particular, as avaliações mostraram que os modelos ocidentais têm um nível aceitável de proteção de blindagem, embora com um grande número de pontos fracos devido à distribuição inadequada da proteção, que não corresponde aos requisitos de combate moderno. Por outro lado, o equipamento da OTAN tem uma mobilidade e manobrabilidade extremamente medíocres, especialmente em solos complexos, inclusive devido à baixa capacidade de passagem", disse o interlocutor.

Ele notou também que outro ponto fraco do equipamento ocidental é a complexidade excessiva de sua construção. Não se trata de dificuldade de operar o equipamento pelas tripulações, mas sim da dificuldade de efetuar sua manutenção e reparos.

"A capacidade dos equipamentos ocidentais de serem reparados é extremamente baixa, especialmente em condições de campo, e a manutenção é muito intensiva em recursos. E isso se deve principalmente às características de construção de seus equipamentos, em alguns casos, francamente, irracionais", relatou o interlocutor. Destaca-se que o estudo do equipamento ocidental continua.

 

Ø  Irã abre processo legal contra a Coreia do Sul após não pagar petróleo exportado por sanções dos EUA

 

Teerã reclama o pagamento de US$ 7 bilhões pela Coreia do Sul, mas o pagamento é bloqueado pelos bancos devedores e as autoridades do país asiático por pressão dos EUA.

O Irã abriu um processo legal formal contra a Coreia do Sul por se recusar a pagar as dívidas de petróleo apesar de todos os esforços diplomáticos, comunicou no sábado (29) a agência iraniana Tasnim.

A Coreia do Sul era o terceiro maior cliente de petróleo bruto iraniano e o principal comprador de condensado iraniano antes de 2018, quando a administração Donald Trump (2017-2021) nos EUA deixou o acordo nuclear de 2015 e reimpôs sanções ao Irã.

Desde então, Seul se recusou a repatriar os fundos que deve ao Irã pelas importações de energia devido ao medo de sanções dos EUA contra sua economia.

Estimativas não oficiais sugerem que o Irã tem mais de US$ 7 bilhões (R$ 33,12 bilhões) de fundos em dois bancos sul-coreanos que não podem ser acessados porque os bancos e as autoridades sul-coreanas se recusam a processar as transferências.

A Tasnim referiu como em uma carta datada de 22 de julho Ebrahim Raisi, presidente do Irã, encaminhou um projeto de lei governamental sobre a disputa financeira com a Coreia do Sul ao presidente do parlamento iraniano Mohammad Qalibaf.

De acordo com o projeto de lei, ratificado pelo gabinete de ministros em 5 de julho, a disputa entre o Banco Central da República Islâmica do Irã e o governo da Coreia do Sul será submetida à arbitragem.

 

Ø  Analista dos EUA: mesmo com armas ocidentais, Ucrânia não consegue romper 1ª linha de defesa russa

 

As promessas da Ucrânia de alcançar o mar de Azov e forçar a Rússia a se render graças às armas ocidentais foram quebradas na primeira linha da defesa russa, disse o ex-oficial de inteligência do Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos, Scott Ritter, em entrevista ao canal Judging Freedom no YouTube.

O especialista lembrou as palavras do comandante das Forças Armadas da Ucrânia, Valery Zaluzhny, que em dezembro passado pediu aos EUA "300 tanques, 550 veículos de transporte, 500 peças de artilharia e munição".

Zaluzhny disse na ocasião que a única coisa que faltava às forças ucranianas eram armas ocidentais e que, se as obtivesse, a Ucrânia "avançaria 84 quilômetros, chegaria a Melitopol e cortaria o corredor terrestre para a Crimeia".

Ritter observou que, exigindo armas, o comandante ucraniano prometeu forçar a Rússia a pedir a paz.

"Então, nós lhes demos armas, nós os treinamos e agora eles estão sendo mortos, eles não conseguem chegar à primeira linha de defesa, muito menos chegar a Melitopol", disse o ex-oficial de inteligência.

Segundo Ritter, o fracasso da contraofensiva e a incapacidade de alcançar qualquer sucesso na frente de batalha deve levar Kiev a reconsiderar seus planos.

"Por isso, a contraofensiva acabou. Os EUA dizem à Ucrânia: acabou, então agora vocês têm que mudar de posição", concluiu o especialista.

A ofensiva ucraniana nas direções a sul de Donetsk, Zaporozhie e Artyomovsk (Bakhmut, na denominação ucraniana) começou em 4 de junho.

·         EUA temem introdução de código malicioso chinês 'bomba-relógio' em suas bases militares

As autoridades de inteligência dos Estados Unidos não excluem a possibilidade de um malware ter infiltrado a sua infraestrutura militar, escreve o jornal norte-americano The New York Times.

Os serviços de inteligência dos EUA estão procurando códigos de computador maliciosos que a China poderia ter infiltrado na infraestrutura das bases dos EUA para prejudicar as operações militares dos EUA no caso de um conflito, especialmente em Taiwan, informou no sábado (29) o jornal norte-americano The New York Times (NYT), citando fontes.

A Microsoft anunciou neste ano ter descoberto atividades maliciosas secretas da Volt Typhoon, uma empresa supostamente ligada a Pequim, com o objetivo de acessar credenciais e atingir organizações de infraestrutura crítica. A empresa está ativa desde meados de 2021, tendo como alvo organizações de comunicação, fabricação, transporte e outras em Guam e outros territórios dos EUA, afirmou o gigante de TI americano.

Em maio, a Agência de Segurança Cibernética e Infraestrutura (CISA, na sigla em inglês), pertencente à Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês) dos EUA, anunciou que acreditava que a Volt Typhoon estava envolvida em ataques cibernéticos a infraestruturas críticas.

"A descoberta do malware levantou temores de que hackers chineses, provavelmente trabalhando para o Exército de Libertação Popular da China, possam ter inserido um código, projetado para interromper as operações militares dos EUA no caso de um conflito, inclusive se Pequim tomar medidas contra Taiwan nos próximos anos", de acordo com o NYT.

Fontes contaram que a Casa Branca está à procura de códigos de computador maliciosos que acredita que a China tenha escondido nas redes que controlam os sistemas de energia, comunicações e de abastecimento de água" das bases militares dos EUA em todo o mundo.

Uma fonte apontou o malware como uma "bomba-relógio" que poderia permitir que a China cortasse a energia, a água e as comunicações nas bases militares dos EUA.

Além disso, o malware poderia afetar também os cidadãos norte-americanos, já que muitas residências e empresas civis geralmente estão conectadas à mesma infraestrutura.

 

Ø  Musk mina estratégia de Kiev impedindo acesso à rede Starlink perto da Crimeia, diz mídia

 

Segundo informaram fontes ao jornal The New York Times, Elon Musk, dono da rede de Internet via satélite Starlink, restringiu suas funcionalidades aos militares ucranianos em diversas ocasiões.

O empresário americano Elon Musk se recusou a dar à Ucrânia acesso à rede Starlink perto da Crimeia, informou na sexta-feira (28) o jornal norte-americano The New York Times (NYT).

Como destaca o jornal, embora Musk "seja aclamado como um gênio inovador, somente ele pode decidir desligar o acesso à Internet da Starlink para um cliente ou país, e tem a capacidade de usar as informações confidenciais que o serviço coleta."

"O sr. Musk restringiu o acesso ao Starlink várias vezes durante a guerra, de acordo com pessoas familiarizadas com a situação. Em um determinado momento, ele rejeitou um pedido dos militares ucranianos para ligar os terminais perto da Crimeia", indica o artigo.

Segundo a mídia, isso afetou a estratégia no campo de batalha. O bilionário teria "linhas vermelhas" que ele não permite que sejam ultrapassadas, incluindo um possível ataque das Forças Armadas da Ucrânia à Crimeia com a ajuda de sua tecnologia.

Segundo o NYT, Musk também cortou o acesso do Exército ucraniano a alguns dos terminais da Starlink devido ao não pagamento do aluguel mensal de US$ 2.500 (R$ 11.829) por cada instalação.

Devido à dependência do serviço, Kiev tem conversado com outros fornecedores de Internet, embora reconhecendo que nenhum deles consegue igualar o alcance da Starlink. As autoridades dos EUA também têm sido relutantes em criticar publicamente a gestão de Elon Musk "enquanto equilibram as prioridades domésticas e geopolíticas relacionadas ao empresário, que criticou o presidente Biden, mas cuja tecnologia é incontornável".

Em junho, Lloyd Austin, secretário de Defesa, aprovou um negócio de aquisição de 400 a 500 novos terminais e serviços da rede Starlink, que permitiria ao Pentágono o controle sobre onde o sinal funciona, para poder fornecer "capacidades-chave e certas missões", segundo duas das fontes.

A Starlink é uma rede de satélites projetada para fornecer acesso à Internet de banda larga em qualquer lugar do planeta. O projeto foi iniciado em 2018 pela SpaceX, uma empresa que pertence ao empreendedor.

 

Fonte: Sputnik Brasil

 

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