terça-feira, 4 de julho de 2023

Ex-embaixadora dos EUA alerta sobre crescimento do Exército da China

A ex-embaixadora dos EUA na ONU e candidata presidencial republicana Nikki Haley afirmou neste domingo (2) que o Exército chinês é superior ao dos EUA em quase todos os aspectos-chave.

"Se olharmos para a situação militar, eles agora têm a maior frota naval do mundo. Eles têm 340 navios, nós temos 293. Eles terão 400 em dois anos, nós nem sequer teremos 350 em duas décadas. Eles começaram a desenvolver mísseis hipersônicos. Nós estamos começando apenas agora. Estão modernizando seu Exército, nosso Exército está tendo aulas de pronomes de gênero", disse Haley à Fox News.

"Veja o que eles estão fazendo na cibernética, inteligência artificial, espaço: eles estão mais adiantados", acrescentou ex-embaixadora.

De acordo com a mídia, Haley pediu por várias vezes abertamente para impor novas restrições à China e cortar os laços econômicos com o país. Além disso, a política declarou na semana passada que Pequim é a "ameaça externa mais perigosa" que Washington tem enfrentado "desde a Segunda Guerra Mundial". "A China é muito mais do que um mero 'competidor'. A China comunista é um inimigo […] Temos que deixar de perder tempo", disse.

Em meados de junho Qin Gang, o ministro das Relações Exteriores da China, disse que as relações entre Washington e Pequim estão em seu ponto mais baixo, o que é contrário aos interesses de ambos os países e não atende às aspirações da comunidade global.

·         China intensifica manobras próximo de Taiwan após EUA anunciarem assistência militar à ilha

O Exército de Libertação Popular (ELP) da China intensificou seus exercícios militares próximo de Taiwan depois do anúncio do Departamento de Estado dos EUA.

Na quinta-feira (29), o Departamento de Estado dos EUA aprovou a possível venda de munições e apoio logístico à ilha, por um valor de US$ 440 milhões (R$ 2,1 bilhões), conforme observa o jornal Global Times.

No sábado (1º), o Ministério da Defesa de Taiwan afirmou ter detectado 26 aviões e sete embarcações do ELP próximos da ilha.

De acordo com os especialistas citados pela mídia chinesa, os exercícios das frotas aérea e naval da China no estreito de Taiwan mostraram que o Exército chinês é capaz de bloquear a ilha e negar o acesso às forças de países terceiros.

Além disso, os especialistas explicaram que, devido à posição geográfica de Taiwan, seria quase impossível para os EUA fornecerem armas e munições em caso de conflito.

A ajuda aprovada pelos EUA inclui munições incendiárias, multifuncionais e de treinamento, bem como peças de reposição para veículos, armas e outros elementos.

Na terça-feira (27), o Exército de Taiwan declarou que destruiria aeronaves e embarcações chinesas que se aproximassem da ilha a menos de 22,2 quilômetros, por Taipé reconhecer este espaço como suas águas territoriais e seu espaço aéreo.

·         Em Pequim, Rússia diz estar pronta para expandir contatos com Marinha chinesa 'em todos os níveis'

O ministro da Defesa chinês, Li Shangfu, realizou uma reunião com o almirante Nikolai Yevmenov, comandante em chefe da Marinha russa, nesta segunda-feira (3) em Pequim, informa o Ministério da Defesa da China.

A China espera expandir a cooperação com a Marinha da Rússia e contribuir conjuntamente para a manutenção da paz e da estabilidade na região e em todo o mundo, afirmou Li Shangfu durante a reunião.

Li Shangfu também apontou que, sob a liderança dos chefes de Estado dos dois países, os intercâmbios e a cooperação entre as Forças Armadas da Rússia e da China seguem se desenvolvendo.

O ministro da Defesa da China também lembrou que, em março, o líder chinês Xi Jinping fez uma visita histórica à Rússia, durante a qual os líderes dos dois países delinearam um plano para o desenvolvimento das relações sino-russas e da cooperação em vários campos.

"A China está pronta para trabalhar com a Rússia a fim de realizar o importante consenso alcançado pelos dois chefes de Estado e enriquecer continuamente o conteúdo da parceria abrangente sino-russa e a interação estratégica, que estão entrando em uma nova era", ressaltou.

Por sua vez, o almirante Nikolai Yevmenov declarou no encontro que a Rússia deseja igualmente expandir os contatos com a Marinha chinesa em todos os níveis, bem como para continuar os exercícios conjuntos e patrulhas das forças navais dos dois países.

Ele observou que o lado russo está disposto a elevar as relações entre os dois países e as respectivas forças armadas a um novo nível.

·         Inteligência russa: EUA entregaram foguetes e ogivas com substâncias tóxicas ao Daesh na Síria

O Serviço de Inteligência Externa russo detalhou o que disse ser uma tentativa por parte de Washington de "inviabilizar a normalização árabe-síria" na região.

Os EUA entregaram foguetes com ogivas de substâncias tóxicas aos membros do Daesh (organização terrorista proibida na Rússia e em vários outros países) que treinaram no sul da Síria, informou Sergei Naryshkin, diretor do Serviço de Inteligência Externa (SVR, na sigla em russo) da Rússia.

"Os americanos não se esqueceram de seus pupilos do Daesh no sul da Síria: eles receberam foguetes com ogivas tóxicas. Os foguetes foram colocados perto dos vilarejos de Hawiya e Zawria, nas imediações da base militar americana de Al-Tanf", indicou o comunicado do SVR.

Tal acontece em meio à normalização das relações da Síria com o resto do Oriente Médio, que "claramente não agrada ao governo dos EUA".

O Serviço de Inteligência Externa russo acrescentou que "a equipe do [presidente dos EUA, Joe] Biden está fazendo todo o possível para inviabilizar a normalização árabe-síria, para desacreditar a liderança síria".

"Para esse fim, estão sendo preparadas provocações, incluindo com o uso de agentes químicos. De acordo com as informações disponibilizadas ao SVR russo, a metodologia de seu uso foi praticada na província síria de Idlib em maio por militantes da divisão local da Al-Qaeda controlada pela CIA, o grupo Hurras al-Din, e também por extremistas do Partido Islâmico do Turquestão. Cerca de 100 civis foram envenenados no incidente", contou o SVR.

"Esse lugar se tornou um verdadeiro 'ninho de bandidos'. Um 'comitê conjunto de inteligência' americano-britânico foi recentemente criado lá e, na realidade, é o quartel-general de controle das atividades dos combatentes no sul da Síria e na região de Damasco. Ele é chefiado por James Malloy, vice-comandante do Comando Central dos EUA", detalhou.

·         Efetivos da defesa antiaérea dos EUA estão sobrecarregados e precisam de apoio mental

Os meios antiaéreos norte-americanos estão com falta de pessoal, e têm das maiores períodos de mobilização, escreve a emissora CNN.

As forças de defesa antiaérea dos EUA estão sobrecarregadas e com falta de pessoal devido à extensa presença estrangeira, e o pessoal precisa de ajuda psicológica para acompanhar a carga de trabalho, relatou no domingo (2) a emissora norte-americana CNN.

De todos os ramos militares das Forças Armadas dos EUA, a Força Aérea foi citada como uma das mais frequentemente mobilizadas no exterior, com as tropas tendo menos tempo de permanência em casa do que de mobilização em um ano. Quase 60% da força total está sempre mobilizada, segundo o artigo.

"Temos mais missões do que capacidade de defesa aérea", de acordo com Dan Karbler, comandante da Defesa Espacial e de Mísseis, que se lembrou de um oficial dizendo isso.

Segundo Karbler, o destacamento frequente e a carga de trabalho pesada causaram a um aumento na demanda por apoio psicológico entre as tropas com esgotamento, razão pela qual o comando recorreu à integração de especialistas em saúde mental nas unidades da Força Aérea em todo o mundo.

Algumas das principais regiões de presença da defesa antiaérea dos EUA são a Europa, onde os soldados estão envolvidos no treinamento das Forças Armadas ucranianas; a região do Pacífico, onde Washington aumentou sua presença militar para se preparar para um possível conflito futuro com a China e deter a Coreia do Norte; e o Oriente Médio.

·         'Inadequados': comandante ucraniano critica veículos blindados da França

Um oficial das Forças Armadas da Ucrânia, com codinome Espartano, destacou a razão da ineficácia ofensiva dos MX-10 RC, citando um incidente em que quatro pessoas morreram em um desses veículos.

As Forças Armadas da Ucrânia criticaram os veículos blindados AMX-10 RC entregues pela França por sua fraca proteção, informa no domingo (2) a agência francesa AFP.

"Eles são usados para apoio de fogo por causa de sua blindagem leve. Seu armamento é bom, seu equipamento de observação é bom. Mas, infelizmente, é a blindagem leve que os torna inadequados [para um ataque]", disse o jornal, citando Espartano, codinome do comandante de um dos batalhões das Forças Armadas da Ucrânia.

"Um projétil explodiu próximo ao veículo, estilhaços perfuraram a blindagem e a munição detonou [...] A tripulação de quatro pessoas [...] morreu", relatou ele.

O comandante ucraniano também chamou a atenção para os problemas com a caixa de câmbio do AMX-10 RC, que ele viu como relacionados à condução em estradas não pavimentadas.

Além disso, acrescentou, um mês de treinamento na França não é suficiente para dominar completamente esse veículo blindado.

·         Blindados franceses são medíocres e desnecessários na linha de frente, criticam oficiais ucranianos

A revista Military Watch relatou que oficiais superiores ucranianos lamentaram as capacidades limitadas dos equipamentos militares fornecidos pela França para serem usados na linha de frente contra a Rússia.

De acordo com a mídia, os oficiais ucranianos consideraram a blindagem dos tanques AMX-10RC franceses medíocre e insuficiente para as operações militares na linha de frente, resultando em perdas de tripulantes desnecessárias.

Um dos oficiais, citado pela mídia, relatou que os fragmentos de uma explosão próximo a um dos blindados resultou na morte de seus tripulantes, indicando que esses veículos podem ser penetrados facilmente, mesmo sem ser atingidos diretamente.

Os militares ucranianos afirmam que os blindados franceses, assim como os alemães e italianos, são medíocres e desnecessários na linha de frente, já que são de grande risco à tripulação e facilmente danificados, sendo um alvo fácil.

A França é um dos diversos países que forneceram equipamentos militares a Kiev. Anteriormente, os militares ucranianos já haviam criticado os equipamentos fornecidos pela Itália e Alemanha.

·         Contraofensiva ucraniana falhou em todas as direções, segundo ministro da Defesa russo

O ministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoigu, informou que a Ucrânia não atingiu nenhum de seus objetivos em sua contraofensiva, fracassando em todas as direções.

"Em geral, o inimigo não atingiu seus objetivos em nenhuma das direções. Isso confirma a capacidade de nossos combatentes e as expectativas claramente exageradas das armas ocidentais", enfatizou Shoigu.

De acordo com o ministro russo, os sistemas de defesa antiaérea russos abateram em junho 158 foguetes Himars, 25 mísseis de cruzeiro Storm Shadow e 386 drones ucranianos.

"No mês passado, as subunidades russas das tropas de defesa antiaérea interceptaram 158 foguetes Himars, 25 mísseis de cruzeiro Storm Shadow e 386 drones", enfatizou.

Shoigu também afirmou que o regime de Kiev recebe ordens do Ocidente para avançar, mesmo sofrendo tantas perdas.

"Mesmo sofrendo baixas substanciais, a liderança ucraniana, por insistência de seus tutores ocidentais, exige que o comando das Forças Armadas ucranianas continue com a ofensiva", ressaltou.

Segundo o ministro, Kiev tenta compensar seu fracasso militar com ataques terroristas contra alvos civis, para obter efeito propagandístico.

"Ao mesmo tempo, Kiev tenta compensar seu fracasso em terra com bombardeios terroristas de alvos civis, para desta forma tentar obter um efeito propagandístico", comentou.

O Exército russo reduz o potencial ofensivo das forças ucranianas com ataques eficazes, ressaltou Shoigu.

"Vou começar com o estado das coisas na zona da operação especial. Nossas Forças Armadas continuam atingindo eficazmente com fogo o inimigo, o que reduz significativamente seu potencial ofensivo", observou.

Em junho, as forças russas eliminaram 920 veículos blindados, incluindo 16 tanques Leopard, 15 aviões e três helicópteros das forças ucranianas nas regiões de Donbass e Zaporozhie.

"Somente nas direções do sul de Donetsk, Zaporozhie e Donetsk, onde as formações ucranianas empreendem ataques sem sucesso, os agrupamentos das Forças Armadas russas destruíram 15 aviões, três helicópteros, 920 veículos blindados, incluindo 16 tanques Leopard", afirmou.

Shoigu confirmou que o número de tanques Leopard destruídos é praticamente igual à quantidade desses equipamentos fornecida pela Polônia e Portugal à Ucrânia.

"Ao todo, desde o dia 4 de junho, em todas as direções as tropas ucranianas perderam aproximadamente 2,5 mil unidades de diversos armamentos", afirmou.

O ministro também ressaltou que a tentativa de desestabilizar a Rússia entre os dias 23 e 25 de junho foi frustrada graças à lealdade ao dever dos militares russos.

"Não posso deixar de comentar outra questão, à qual nosso comandante supremo já respondeu exaustivamente. Estamos falando sobre a tentativa de desestabilizar a situação na Rússia entre os dias 23 e 25 de junho. Esses planos falharam principalmente pelo fato de o pessoal das Forças Armadas russas ter demonstrado lealdade ao juramento e dever militar", destacou.

 

Ø  Parlamentar turco: se a Suécia continuar com provocações, sua adesão à OTAN seguirá sendo um sonho

 

O desejo da Suécia de aderir à OTAN continuará sendo um sonho não realizado se o país prosseguir com provocações e continuar relutante em entregar suspeitos de terrorismo a Turquia, alertou o presidente do parlamento turco.

A queima do Alcorão por ativistas em Estocolmo na semana passada foi "uma ação extraordinariamente provocativa, anti-islâmica e anti-humana", que não pode ser defendida de forma alguma, disse Numan Kurtulmus ao jornal Milliyet. Suécia afirma ser um país democrático, onde diferentes crenças e ideias são respeitadas, mas isso provou ser "falso", disse ele.

O fato de Ancara ter aprovado a solicitação da Finlândia para se juntar à OTAN não significa que a mesma coisa acontecerá com a candidatura sueca, enfatizou o parlamentar.

Ancara tem acusado Estocolmo de ter pouca vontade de entregar "terroristas" do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK, na sigla em curdo) e outros grupos associados, que são considerados terroristas pelas autoridades turcas. A aprovação de todos os Estados-membros é necessária para que a aliança consiga aceitar entrada de um novo membro.

"Eles [Suécia] se envolvem em ações provocativas e, ao mesmo tempo, pedem aprovação para se juntar à OTAN. Desculpe, mas a Turquia é um país que mantém a sua palavra. O que quer que diga, o que quer que prometa, ela cumpre, mas também queremos que os outros cumpram a sua palavra. Para a Suécia, que não cumpre suas promessas, esperar a adesão à OTAN é apenas um sonho", disse Kurtulmus.

Entretanto, ele disse que a Turquia "não se opôs categoricamente" a que Estocolmo se tornasse membro da OTAN, mas para que isso aconteça "a Suécia tem que fazer sua própria lição de casa".

Na semana passada, o líder da Turquia Recep Tayyip Erdogan condenou o último ato de queima do Alcorão na Suécia, classificando-o como "desprezível", e prometeu que Ancara não cairia em tais provocações.

 

Fonte: Sputnik Brasil

 

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