Feira de Santana: Bebê diagnosticado com rara obstrução nasal aguarda
há 1 mês regulação para fazer cirurgia
A família do pequeno Enzo Gabriel está no aguardo
há cerca de 1 mês para ele ser regulado do Hospital da Mulher em Feira de
Santana, para o Hospital Martagão Gesteira em Salvador.
Ele foi diagnosticado com estenose congênita, uma
rara causa de obstrução nasal que pode ocorrer em bebês.
Em entrevista ao Acorda Cidade, a avó da criança,
Tâmara Tereza Carvalho contou sobre as dificuldades que estão encontrando. A
família é do município de Água Fria.
“Meu neto
nasceu com suspeita de estenose congênita e já estamos aqui há praticamente
dois meses. Estou fazendo um apelo que possam acelerar essa regulação que está
demorando demais. Por minha filha ser menor de idade, eu fico preocupada com o
psicológico dela. As informações que nós temos aqui, é que este procedimento só
é feito no Martagão Gesteira em Salvador, porque aqui em Feira não tem essa
especialidade, não tem o material, então precisamos ir diretamente para o
Martagão e quando chegar lá, ainda precisa fazer uma análise se vai fazer a
cirurgia ou não. Isso causa um sofrimento para toda família, porque eu sofro
daqui, minha filha sofre de lá, meu neto nesta espera e sem esta regulação, a
gente não tem como sair daqui”, relatou.
Ao Acorda Cidade, a presidente da Fundação
Hospitalar de Feira de Santana, Gilbert Lucas explicou que se trata de uma
cirurgia específica e a unidade também vem tentando acelerar o processo de
transferência.
“É uma
cirurgia específica da parte de otorrino, a gente vem tentando a regulação, mas
é importante salientar que a família veio de fora, são do município de Água
Fria, não é daqui de Feira de Santana, já veio em trabalho de parto para o Hospital
da Mulher, veio sem regulação e foi identificado isso no parto. Já estão aqui
há praticamente dois meses e há 30 dias na regulação. É um bebê que já era para
estar em um local de unidade pediátrica e não de berçário de médio risco como
está”, afirmou.
Ø Superintendente do Procon
sofre golpe em Feira de Santana e perde mais de R$ 5 mil
O superintendente do Procon de Feira de Santana,
Maurício Carvalho, foi vítima na manhã de ontem (3), de um novo golpe praticado
por bandidos no centro da cidade. Toda a ação foi realizada por dois homens que
se passaram por mecânicos.
Em entrevista ao Acorda Cidade na manhã desta
quinta-feira (4), o superintendente relatou com detalhes, como tudo aconteceu.
Segundo ele, a prática foi muito bem articulada e não demonstrava em nenhum
momento se tratar de golpe.
“Ontem por volta das 8h20 eu estava vindo no
sentido viaduto da Noide Cerqueira, com destino ao centro da cidade, e ali
próximo da Casa Esportiva escutei um estalo forte no carro, parecia ser algo na
parte interna, no motor, algo do tipo, mas como o veículo estava funcionando
normalmente, eu segui em direção a Prudente de Moraes, próximo do Colégio
Gênesis, foi quando escutei um novo barulho e um carro ao meu lado alertou
dizendo que teria caído uma peça. Como eu não entendo da parte de mecânica, me
preocupei porque imaginei que poderia ser algo grave. Parei o carro, eles
encostaram o carro também e se identificaram como mecânicos, dizendo inclusive
o local da oficina, dando detalhes, sendo muito prestativos. Me pediram
autorização para olhar o veículo, um ficou olhando a parte do motor e o outro,
foi por baixo do veículo. Me pediram para funcionar o carro e já não estava
mais funcionando”, disse.
Segundo o superintendente, um dos homens informou
que poderia ser uma possível peça e que iria buscar na oficina.
“Um deles informou que seria algo referente ao
módulo, foi quando agradeci pela gentileza e iria chamar o guincho. Eles então
informaram que tinha esta peça na oficina, era uma peça usada, mas que poderia
usar de forma temporária até chegar na oficina especializada. Eles foram buscar
este material e retornaram. Um deles colocou essa suposta peça, enquanto o
outro foi mais uma vez para debaixo do veículo. Nesse momento, me pediram para
funcionar o carro, foi que pegou. Pediram também para que eu pudesse dar uma
volta com eles, para testar e quando questionei sobre o valor, disseram que era
R$ 5 mil. Eu contestei o valor e falaram que se não fosse daquela forma,
poderia ser pior. Mesmo não utilizando da violência, eu imaginei que eles
poderiam estar armados. Então eu fui em direção ao centro da cidade e saquei o
dinheiro no valor de R$ 5.100”, contou.
Após o golpe, o superintendente se dirigiu até a
Delegacia de Repressão à Furtos e Roubos (DRFR) para prestar queixa.
“Ontem mesmo eu fui até a delegacia, e aqui eu
quero agradecer ao delegado Dr. André Ribeiro e sua equipe que foram
excelentes, essa é uma prática nova aqui na cidade e depois identificamos que
isso é muito utilizado no Rio de Janeiro, inclusive o sotaque deles me pareceu
ser de lá, mas graças a Deus estou bem, apenas prejuízo financeiro, não sofri
nenhum tipo de lesão”, disse Maurício Carvalho ao Acorda Cidade.
Ainda de acordo com o superintendente, não se sabe
o que provocou os barulhos que estavam no veículo.
“Isso tudo é bem articulado, tanto que fiquei com
dúvida se parei em algum local antes, mas não. Eu não sei como eles conseguem
fazer isso, se é com base em alguma informação, se escolhem alguma vítima
aleatoriamente, sei que o barulho é provocado por eles e os mesmos continuam
seguindo o veículo da vítima. Depois que tudo isso aconteceu, levei o carro na
oficina especializada e o mecânico informou que nunca teve peça retirada, nem
colocada. O que na verdade aconteceu, o cara que foi por baixo do carro,
desligou algum cabo que fez com que o carro não funcionasse. Realmente é tudo
articulado e a polícia está investigando tudo isso”, concluiu.
Ø Sargento da Reserva, Josafá Ramos tem liberdade concedida pelo STF, mas
falta tornozeleira para liberação
O ex-vereador de Feira de Santana e sargento da
reserva da Polícia Militar, Josafá Ramos, que foi preso pela Polícia Federal no
dia 17 de março, por suposta participação em atos antidemocráticos no dia 8 de
janeiro, em Brasília, teve a liberdade concedida pelo Supremo Tribunal Federal
(STF), através do ministro Alexandre de Moraes, no último dia 2 de maio.
O advogado constituído para a defesa de Josafá,
Hércules Oliveira, conversou com o Acorda Cidade sobre a decisão do STF e
informou que o sargento da reserva ainda continua no Batalhão de Choque da
Polícia Militar em Salvador, devido a falta de tornozeleira eletrônica para a
sua liberação.
Segundo Hércules, a tornozeleira eletrônica faz
parte das medidas cautelares do processo, mas ele afirma que se não há o equipamento,
não faz sentido que Josafá continue preso. O fornecimento de tornozeleira
eletrônica é de responsabilidade do Estado.
“No dia 2 de maio, o ministro Alexandre de Morais
atendeu o pedido da defesa reconhecendo que a prisão não era necessária. O alvará
de soltura saiu por volta das 22h e ontem fizemos as diligências necessárias
para que ele fosse posto em liberdade. Demorou de chegar o alvará no Batalhão
de Choque e quando foi a tarde, houve a questão de colocar a tornozeleira. Isso
causou contratempos e hoje diligenciamos a Vara de Execuções Penais de Feira de
Santana e ao STF”, disse.
O ministro ainda
declarou: “desde a madrugada mandei e-mail junto ao gabinete do ministro e
peticionei junto ao processo, informando essa dificuldade referente a tornozeleira
e se não tiver ele tem que ser posto em liberdade, independente delas como o
próprio STF entende nesse sentido. E se não tem tornozeleira ele tem que ser
posto em liberdade. Quando tiver coloca, não pode mantê-lo preso. Acredito que
hoje no mais tardar às 17h este problemas estará solucionado”.
O advogado informou também que o seu cliente está
tranquilo e vai cumprir todas as etapas do processo. Segundo ele, a
participação dele nos atos no dia 8 de janeiro, não condiz com a acusação que
foi feita e Josafá não estava em Brasília. Hércules relatou que reuniu provas
ao processo, como uma ata notarial da igreja que Josafá congrega e que estava
presente no dia 8 de janeiro, fotos, vídeos, além da localização através do
Google Maps. Para ele, os fatos imputados são mínimos.
A prisão de Josafá durou cerca de 45 dias e entre
as outras medidas cautelares que ele deverá cumprir, além do uso da
tornozeleira eletrônica, estão a proibição de se ausentar de Feira de Santana
sem a autorização do STF, proibição de usar as redes sociais, de falar com
outros investigados, devolução do passaporte e cancelamento de porte e posse de
arma.
Fonte: Acorda Cidade
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